Com a maravilhosa Malin Biller, em Gotemburgo. |
Não foi a toa que eu quis ir a Bruxelas, na Bélgica, considerada por muitos a capital europeia dos quadrinhos, por exemplo. Eu me diverti e aprendi muito por lá. Na França, eu fui à entrega do Prêmio Artemísia. Na oportunidade eu reencontrei Chantal Montellier e Cecília Capuana e ainda conheci outros quadrinistas, jornalistas e pesquisadores. Tirei ainda um tempinho para
visitar a redação da revista Papiers Nickelés, em Paris, para qual eu contribuo
com artigos sobre história dos quadrinhos.
Na Suécia não foi diferente. Em Estocolmo eu me encontrei com os amigos Ola Hammurlund e Ola Hellstein, que conheci ano passado, na minha primeira ida a Estocolmo. Ola Hellstein, por sinal, me presenteou novamente com um livro sobre quadrinhos, desta vez focado na educação. Por sinal, eu estou ansiosa para começar a ler, se o doutorado e o trabalho na escola me permitiram. Aproveitei para deixar meu livro com ele, para a Serieteket de Estocolmo.
Na Suécia não foi diferente. Em Estocolmo eu me encontrei com os amigos Ola Hammurlund e Ola Hellstein, que conheci ano passado, na minha primeira ida a Estocolmo. Ola Hellstein, por sinal, me presenteou novamente com um livro sobre quadrinhos, desta vez focado na educação. Por sinal, eu estou ansiosa para começar a ler, se o doutorado e o trabalho na escola me permitiram. Aproveitei para deixar meu livro com ele, para a Serieteket de Estocolmo.
Uma vez em Örebro, eu aproveitei a
oportunidade para dar uma esticadinha até Gotemburgo e encontrar uma pessoa
que eu acho apaixonante: a quadrinista sueca Malin Biller. Eu a conheci da mesma forma como conheci
muitas outras pessoas da área. Eu perguntei sobre mulheres que fazem quadrinhos
na Suécia, e o nome dela apareceu várias vezes. Então, na cara de pau, eu
entrei em contato com ela.
Gotemburgo debaixo de chuva, mas isso não atrapalhou muito, só um pouquinho! |
Normalmente, homens e mulheres
quadrinistas não conseguem sobreviver apenas produzindo quadrinhos. Precisam
complementar sua renda dando aulas de arte ou mesmo em atividades que nada têm a ver com a área dos quadrinhos. Álbuns são
produzidos muitas vezes de forma independente ou por meio de financiamento
coletivo. No caso de Malin Biller, ela é uma jovem artista que conseguiu se
consolidar na profissão e se manter fazendo quadrinhos.
Então, fui eu para Gotemburgo com
o amigo Thomas Karlsson para conhecer pessoalmente Malin. E foi maravilhoso. O
tempo não ajudou muito, pois estava chovendo. Mas quem se importa? Não fui lá pelo turismo, apesar de
ter ido a museus e conhecido um pouco da cidade. Pretendo, inclusive, retornar a Gotemburgo, num dia
ensolarado. Mas fui lá especialmente para conhecer uma das quadrinistas suecas
que mais admiro.
Quadrinhos de Malin Biller, exibidos pela primeira vez no Brasil, em Leopoldina (MG), em 2017. A imagem está um pouco embaçada, infelizmente. |
Nós nos encontramos em uma livraria
no centro de Gotemburgo. Aonde, inclusive, eu cheguei a comprar alguns álbuns
enquanto eu esperava. Thomas já havia me dito que me presentearia com alguns,
mas eu não resisti, acabei comprando mais. Da livraria fomos para um charmoso
restaurante onde almoçamos, conversamos e tomamos café. Não posso dizer por
Malin, mas eu adorei cada momento. Foi exatamente como eu imaginei que seria.
Fiquei encantada.
Eu tenho uma experiência positiva
com os suecos. Das duas vezes que estive na Suécia eu fui recebida de forma
calorosa. Talvez porque eu seja uma visitante e só apareça nas férias. Mas os suecos me passam uma sensação
muito boa, de acolhimento. Imagino que nossos interesses comuns ajudem, afinal, assunto nunca falta.
Aliás, falamos sobre um pouco de tudo, apesar do meu inglês ser horrível (mas
tem melhorado bastante).
Conhecer pessoalmente as pessoas
sobre quem estudo ou irei estudar é especial para mim. Não chego a considerar
isso como um “trabalho”, embora possa até parecer. Para mim é a oportunidade de
estabelecer conexões mais amplas que, futuramente, podem beneficiar todas as
partes envolvidas, seja no aspecto pessoal ou profissional.
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