terça-feira, 28 de julho de 2009

Unicamp promove Olimpíada de História


No Brasil, são famosas as “Olimpíadas de Matemática”, competições nas quais os alunos de todo o país demonstram suas habilidades nas disciplinas. O sucesso do evento é tão grande que milhares de professores de História já devem ter se perguntado: por que não uma Olimpíada de História?

Pois, chegou a hora de deixar a pergunta de lado e experimentar a realidade. A partir deste ano, os alunos da rede pública de ensino e seus professores de história

A 1ª Olimpíada Nacional em História do Brasil tem início no dia 7 de setembro. A ação é uma iniciativa inédita de estudar e debater a história nacional, por meio da leitura e interpretação de documentos, imagens e textos.

Serão cinco fases online e uma fase final com premiação, disputadas por equipes compostas por até três estudantes e um professor de história. Somente alunos de oitavo e nono anos do ensino fundamental e do I, II e III ano do ensino médio poderão participar. As inscrições vão de 1º de agosto a 1º de setembro.

Para participar, as escolas públicas pagam R$ 15 por equipe, e as escolas particulares pagam o valor de R$ 35 por equipe.

A 1ª Olimpíada Nacional em História do Brasil é uma iniciativa do Museu Exploratório de Ciências, Unicamp, concebida e elaborada por historiadores e professores de história, voltada para o público das últimas séries de ensino Fundamental e do Ensino Médio.

Nela, os participantes terão a oportunidade de trabalhar com temas fundamentais da história nacional e de conhecer de perto as práticas e metodologias dos historiadores, ao lidarem com documentos históricos, textos, imagens e outros materiais. Assim, mais do que buscar conteúdos, o convite da instituição é para uma reflexão sobre como a história é construída por seus participantes.

Para mais informações, acesse o manual do concurso, e boa sorte!

Fonte: http://cafehistoria.ning.com/

terça-feira, 21 de julho de 2009

Programa de Educação Profissional capacitará cerca de 25 mil jovens e adultos mineiros

Para atender a crescente demanda dos jovens e adultos mineiros por melhores oportunidades de formação profissional técnica gratuita e, consequentemente, ao mercado de trabalho, uma nova modalidade do Programa de Educação Profissional foi implementada. Nesta nova etapa de construção do conhecimento, o Governo de Minas Gerais oferecerá cerca de 100 mil vagas em 77 cursos de Educação Profissional em 277 municípios do estado.

Desde sua criação (2008) o PEP já ofereceu 79 mil vagas destinadas a alunos do 2° e 3° anos do ensino médio da rede estadual e a estudantes com o ensino médio completo. A partir de agosto, atenderá também os estudantes do Curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os cursos técnicos são de Administração Empresarial, Gestão de Pequenas Empresas e Secretariado e Assessoria.

Já a metodologia utilizada será a do Telecurso Tec, que consiste em 145 programas para cada um dos cursos. A proposta é de que o aluno seja o protagonista do processo do conhecimento por meio da observação, reflexão e discussão dos conceitos trabalhados em sala junto com seu orientador. Neste caso, o orientador é um educador que troca experiências e recebe apoio pedagógico permanente nos encontros presenciais de formação e no ambiente virtual.

Para usar essa tecnologia, as escolas receberam computadores e aparelhos de TV e DVD, fruto de um investimento de R$ 12,7 milhões do Governo do Estado de Minas Gerais em infraestrutura e capital humano. A primeira reunião técnica aconteceu no último dia 14, em Belo Horizonte. O evento contou com a presença de 479 diretores das escolas envolvidas, diretores e técnicos das superintendências regionais de ensino e da Secretaria de Estado de Educação para discutir como será o desenvolvimento do programa e o treinamento dos professores.

Fonte:
Thamires Andrade


sexta-feira, 17 de julho de 2009

João Maurício Wanderley: Barão de Cotejipe (1882-1885)

Barão de Cotejipe

Tenho uma amiga que não gosta do meu interesse por Biografias. Mas eu acho um passatempo interessante. Gosto de saber mais sobre pessoas que viveram na minha cidade e acho isto uma curiosidade natural e sadia. Hoje, no entanto, eu não vou postar sobre um Leopoldinense. O texto que segue é sobre um pernambucano. Mas porque ele? Primeiro, porque um amigo me perguntou se eu sabia alguma coisa sobre o personagem, eu realmente não sabia nada. Ele tinha algumas suposições e eu fiquei curiosa para conferir. Infelizmente, creio que o que achei sobre o Barão de Cotegipe não foi aquilo que meu amigo esperava.

No entanto, creio que o texto terá alguma utilidade para pesquisas escolares, pois Barão de Cotegipe é o nome de umas das principais – e mais conhecidas – ruas da nossa cidade. Político muito influente no Império, não me surpreende o fato terem dado seu nome uma rua de Leopoldina, embora tenha curiosidade de saber em que circunstâncias esta homenagem se fez.

Gostaria de adiantar que o texto é uma “colagem” de outros textos, encontrados na Internet. Não se trata de um estudo historiográfico e há muito pouca intervenção minha. Mas é informativo e segui uma linha do tempo interessante, que vai da Colônia ao Império.

ORIGENS
João Maurício Wanderley, primeiro e único barão de Cotejipe nasceu em Vila da Barra de São Francisco – Bahia, no dia 23 de outubro de 1815. Descendente de neerlandeses, era filho de João Maurício Wanderley e de Francisca Antônia do Livramento. Casou com Antônia Teresa de Sá Pita e Argolo, filha sucessora dos condes de Passé.

Baronesa de Cotejipe
As origens de sua família remontam ao período da Invasão Holandesa, no nordeste. Sua família (paterna) descende de Gaspar van der Ley, coronel holandês, amigo devotado do Conde Maurício de Nassau, que após a derrota e expulsão dos holandeses, preferiu permanecer no Brasil, em Pernambuco. Seus descendentes se espalharam para várias parte do Brasil (Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul). O primeiro filho de Gaspar van der Ley e de Dona Maria Melo, nascido no Brasil, foi João Maurício Wanderley, nascido em 1641.

Brasil Holandês
Segundo Wanderley Pinho:
“Gaspar van der Ley ou Wanderley, como vieram depois a corromper-se os seus apelidos, capitão de cavalaria, de nobre prosápia, conforme atestou Maurício de Nassau, citado por Borges da Fonseca, na "Nobiliarquia Pernambucana," foi um dos que, por ocasião do cerco do Pontal de Nossa Senhora de Nazaré, se declararam pelo partido brasileiro. Casado com Da. Maria Melo, filha de Manuel Games de Melo, senhor do engenho "Trapiche do Cabo", da melhor linhagem pernamubacana, neta de Arnau de Holanda e de Cristovão Lins, povoadores quinhentistas daquela capitania, foi fundador da família Wanderley, de grande e ilustre progenie no norte do Brasil” [1]

Walter Wanderley destaca em seu livro, uma citação de Gilberto Freyre, publicada no O Jornal do Rio de Janeiro, sob o titulo “A propósito dos Wanderley”:
“Os Wanderley, família a que pertenço, são, em sua origem holandesa, Van der Ley. Trata-se de gente nórdica, Ariana. Existem, ainda hoje, van der Ley na Holanda; e na Alemanha Lei ou Von Ley: a mesma gente. Sabe-se que no Brasil o fundador da família foi Gaspar van der Ley, no século XVIII. Era êle capitão da cavalaria entre os holandeses estabelecidos no Brasil, no tempo do Conde Maurício de Nassau. Foi figura eminente entre os principais auxiliares do Conde de Nassau que, aliás, era alemão e não holandês. E cujo governo foi, talvez, a mais notável obra de administração que realizou em qualquer das Américas um europeu durante a época colonial. Inclusive neste aspecto: como prefeito do Recife.(...)”.[2]

SUA TRAJETÓRIA

João Maurício Wanderley, cursou na Bahia, o primário e o preparatório, e em 1832 em Pernambuco, matriculou-se na Faculdade de Direito de Olinda (PE), formando-se aos 22 anos de idade em Ciências Jurídicas e Sociais, a 6 de outubro de 1837. Ingressando na Política, em 1839.Foi deputado provincial (1843), deputado geral, presidente da província da Bahia (nomeado por Carta Imperial em 21 de agosto de 1852, presidiu a província de 20 de setembro de 1852 a 1 de maio de 1855), senador do Império do Brasil de 1856 a 1889. A partir de 1865 passou a integrar o ministério, tendo ocupado as pastas da Fazenda (1865), da Marinha (1865 e 1868), dos Estrangeiros (1869, 1875 e 1885) e da Justiça (1887). Quando Chefe de Polícia de Salvador desbaratou, em Pernambuco, a Revolução Praieira. A Praieira foi a maior insurreição ocorrida no Segundo Reinado, e que teve início em 1848, na província de Pernambuco, e representou a última manifestação popular contra a monarquia e os poderosos proprietários rurais locais, os senhores de engenho. [3] João Maurício Wanderley enviou para Pernambuco quase toda a força baiana, impedindo que a revolução chegasse à Bahia.

Revolução Praieira (Pernambuco)

Como Presidente da Província da Bahia foi dinâmico e progressista, com várias providências que tomou na agricultura, na indústria, no comércio e na instrução pública. Combateu energicamente o tráfico escravo. Fundou, juntamente com Demétrio Tourinho, o Diário da Bahia.

Como Administrador-Geral da Santa Casa de Misericórdia, fundou, na Corte, o Instituto Pasteur e o Hospital N. S. das Dores, em Cascadura, para tratamento de tuberculosos. Pertencia ao Partido Conservador.

Participou de diversos gabinetes do império, quando o Brasil era agitado pelas idéias abolicionistas e republicanas. Como presidente do Conselho de Ministros (1885-1888), ajudou a aprovar a Lei dos Sexagenários (1885), proposta na gestão de José Antônio Saraiva, seu antecessor. A lei que tornava livres os escravos sexagenários, também conhecida como Saraiva-Cotejipe, foi tão importante quanto a do visconde do Rio Branco, Lei do Ventre Livre (1871), e enquadrava-se no projeto de extinção gradual da escravatura. Manteve-se à frente do Conselho durante quase três anos, durante os quais o país foi agitado pelas idéias abolicionistas e republicanas, bem assim pela chamada “questão militar”. O seu afastamento deu vitória aos defensores da extinção imediata do escravismo, por meio da Lei Áurea.Contribuiu para a sensível melhoria das finanças, deu impulso à agricultura e favoreceu a grande imigração. Como proprietário rural era adepto dos métodos agrícolas os mais modernos na época, em vez da escravidão preferia o trabalho livre.

Na política externa, negociou com o Paraguai (1872), o Tratado de Assunção, com o qual se encerrou diplomaticamente a guerra da Tríplice Aliança, e esforçou-se por solucionar a questão litigiosa do território de Palmas, pretendido pela Argentina.Faleceu no Rio de Janeiro. Faleceu repentinamente, em novembro no dia 13 de fevereiro de 1889, quando ocupava o cargo de Presidente do Bando do Brasil. Morreu na Rua Senador Vergueiro, Rio de Janeiro.

OBRAS E TÍTULOS

Publicou Trabalho sobre a Revolução da Bahia de 1837, Rio de Janeiro, 1837; Melhoramento do Fabrico de Açúcar, Bahia, 1867; Informações sobre o Estado da Lavoura, Rio de Janeiro, 1874; Apontamentos sobre os Limites do Brasil e a República da Argentina, Rio de Janeiro, 1882; proferiu vários discursos sobre temas importantes como: emissão de papel-moeda; mesas de rendas alfandegadas; fuga de escravos em Campinas; questão militar etc. Recebeu o título de Barão de Cotejipe (1860) e foi condecorado como Dignitário da Ordem do Cruzeiro; Comendador da Ordem da Rosa; da Ordem Portuguesa da Conceição da Vila (Viçosa); foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Belga de Leopoldo, a Ordem Espanhola de Isabel, a Católica, e a Ordem Italiana da Coroa.

Fontes consultadas

CANCIAN, Renato. Democratas pernambucanos pedem o fim da monarquia. Disponível em http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u42.jhtm, acesso em 17/07/2009.

WANDERLEY, Walter. Família Wanderley: História e Genealogia. Rio de Janeiro, Editora Pongetti, 1966. Disponível em http://www.irwanderley.eng.br/GasparLiteratura/FamiliaWanderleyWalter.htm, acesso em 15/07/09.

http://www.senado.gov.br/sf/senadores/senadores_biografia.asp?codparl=1819&li=9&lcab=1853-1856&lf=9

http://www.irwanderley.eng.br/Nobiliarquia/BaraoCotegipe/Cotegipe.htm

http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/JoaoMaur.html

http://www.cristina.mg.gov.br/2009/pag_impressao.php?id=34

http://www.sfreinobreza.com/NobC4.htm

http://www.senado.gov.br/sf/senadores/presidentes/p_imp_Joao_Mauricio_Wanderley.asp


[1] WANDERLEY, Walter. Família Wanderley: História e Genealogia. Rio de Janeiro, Editora Pongetti, 1966. Disponível em http://www.irwanderley.eng.br/GasparLiteratura/FamiliaWanderleyWalter.htm, acesso em 15/07/09.

[2] Idem.

[3] CANCIAN, Renato. Democratas pernambucanos pedem o fim da monarquia. Disponível em http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u42.jhtm, acesso em 17/07/2009

quinta-feira, 16 de julho de 2009

CAPITAL HUMANO


Uma amiga que desenvolve pesquisas em história institucional está investindo em trabalhos independentes. Clique na na imagem, entre em contato e conheça mais sobre este trabalho.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Leopoldina e os arquivos



É com muita felicidade que eu escrevo que Leopoldina, finalmente, está dando um passo importante para a criação de seu ARQUIVO PÚBLICO. Esta semana eu estive em Belo Horizonte, participando da campanha de sensibilização para a criação de arquivos municipais, acompanhada - e acompanhando - de duas funcionárias da prefeitura, ligadas à área de patrimônio cultural e de educação: Rosângela e Dileusa.

O evento ocorreu e foi orquestrado pelo Arquivo Público Mineiro, que junto com o Conarq, está buscando incentivar a criação de arquivos no interior de Minas Gerais. Participaram cerca de 200 pessoas, representados vários município, de várias regiões do nosso Estado. Foi muito bom, mesmo e eu acho que todos saíram de lá realmente sensibilizados. Conhecimento e boa vontade nós temos e acredito que temos, também mais gente com disposição e vontade de fazer Leopoldina se desenvolver e crescer.

A criação de um arquivo é de importância fundamental para a administração pública, em seu todo, e para a comunidade do nosso município. Se de um lado o arquivo público ajuda na administração pública a garantir a gestão de informações e a transparência, de outro, preserva a memória da sociedade e ajuda a construir nossa identidade.

Tenho muito que agradecer ao sr Prefeito, à Secretaria de Cultura, mas principalmente às minhas companheiras de curso, que hoje estão em Leopoldina como duas das pessoas que mais entendem de arquivos e de sua importância para a nossa comunidade.