tag:blogger.com,1999:blog-70118943901722942912024-03-07T00:33:03.148-03:00HISTÓRIA E ENSINO SEM FRONTEIRASEste site foi criado para que eu pudesse postar meus trabalhos sobre a História de Leopoldina, sobre História do Ensino e Educação. Com o tempo ele acabou se tornando muito mais do que isso. Hoje eu o uso para fazer reflexões sobre meu trabalho na escola, sobre minhas pesquisas com quadrinhos e sobre minhas opiniões sobre livros e filmes.Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.comBlogger1012125tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-31557823981927337852024-02-12T11:01:00.002-03:002024-02-12T11:01:31.376-03:00COMO ENCONTRAR FONTES NA INTERNET PARA AULAS DE HISTÓRIA<p style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; font-family: verdana; font-size: large; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgckGJ-gsNzrvzqopLsAjT6OtBB6LDFMp_l2VW0Tk-KvOuO9AjxPhWezaMaRT6w8HPt1Rkajgacg3yfp4tXjkARCzODl5pbaiYSG7TbByJho9OaGseu_xHCBoNsqIMTeFA5CFUXovCBmJ0cj67RAHX2ACRZrxVvohiNJHQ5BsXzbbeekjs1jXDaL1EwkOo/s833/hemeroteca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="833" data-original-width="701" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgckGJ-gsNzrvzqopLsAjT6OtBB6LDFMp_l2VW0Tk-KvOuO9AjxPhWezaMaRT6w8HPt1Rkajgacg3yfp4tXjkARCzODl5pbaiYSG7TbByJho9OaGseu_xHCBoNsqIMTeFA5CFUXovCBmJ0cj67RAHX2ACRZrxVvohiNJHQ5BsXzbbeekjs1jXDaL1EwkOo/s320/hemeroteca.jpg" width="269" /></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">Com
o advento da internet as aulas e história começaram a mudar, também. Até o
final do século XX o professor contava apenas com recursos como livro didático
e alguns paradidáticos para poder trabalhar. Em escolas menores e de periferia
acesso a livros e a uma bilbioteca era limitado, isso quando não era inviável (e
até hoje permanecesse assim em muitas cidades). Havia a possibilidade do uso de
jornais e revistas quando se tratava de conteúdo mais recente ou quando se
publicavam especiais sobre eventos históricos. O/a professor/a recortava as
notícias e as utilizava em sala de aula. No entanto, as fontes mais antigas
ficavam em bibliotecas e arquivos muitas vezes longe do acesso de professores/as,
principalmente daqueles/as que trabalhavam em cidades do interior.</div></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Mas
o século XXI trouxe novas possibilidades. Atualmente, no campo digital temos
espaços destinados a ser repositórios de estudos (artigos, dissertações, teses)
e de fontes diversas, de periódicos a fontes imagéticas, além de canais
destinados a produzir conteúdo sobre história (sobre estes canais, presentes no
Youtube, por exemplo, vou falar em outra postagem). As bibliotecas estão
digitalizando seus acervos e criando hemerotecas digitais<span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 107%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Atualmente
é possível acessar informações, bancos de imagens e documentos de diversas
partes do mundo e usá-los para montar aulas e atividades. O livro didático, na
minha opinião, está se tornando um objeto de apoio secundário para professores
e professoras que começaram a investir em produzir conteúdo a partir de fontes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Nas
hemerotecas e nos sites criados para abrigar documentos dos mais diversos é
possível conseguir um rico material que pode ajudar a compor uma aula,
complementar informações ou mesmo ser vir de base para projeto, inclusive
projetos interdisciplinares. Recentemente eu li alguns artigos com relatos de
experiências em sala de aula utilizando documentos como cartões postais e cartazes,
retirados de repositórios de documentos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Eu,
por exemplo, frequentemente visito repositórios e hemerotecas. Encontro muito
material interessante sem sites de bibliotecas universitárias, de bibliotecas
nacionais e internacionais. Já tirei material para compro slides que preparei
para minhas aulas com alunos do fundamental e médio e, inclusive, já usei a
hemeroteca da Biblioteca Nacional para um projeto de pesquisa com alunos do
oitavo ano do ensino fundamental, que resultou numa pequena publicação
impressa, sobre a história local. E isso foi em 2014, há 10 anos atrás. De lá
pra cá não apenas aumentaram as fontes como, também, a possibilidade de
trabalhar diversos temas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">É
trabalhoso, mas prazeroso, principalmente quando se domina as ferramentas de
busca e gente aprende a localizar o material que precisamos. Até mesmo o idioma
deixou de ser um problema, pois os navegadores têm ferramentas de tradução
automática que permite o professor/a visitar e colher material em sites com
idiomas estrangeiros. Eu já usei documentos retirados da Gallica, a hemeroteca
digital da Biblioteca Nacional da França, do site da Biblioteca da Sorbone, da
Hemeroteca de Lisboa e de sites de bibliotecas universitárias de outros países.
É uma experiência de aprendizagem tanto para os estudantes quando para os/as
docentes, pois permite que se saia do lugar comum.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Trabalhar
povos indígenas a partir de documentos históricos colhidos de uma hemeroteca ou
uma bilbioteca, analisar o imperialismo e as guerras mundiais por meio de
imagens, acessar revistas e jornais publicados há mais de 100 anos e retirar
deles documentos para serem analisados durante uma atividade em sala de aula ou
mesmo uma avaliação. Há muitas possibilidades de incluir ao material didático
já utilizado conteúdo inédito.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Eu
particularmente acredito que o professor é o melhor material que a escola pode
oferecer. Infelizmente ele/a precisa ser lembrado/a disso constantemente. Por
isso muitas vezes ele acaba se acomodando e limitando sua aula ao livro
didático. Assim como os estudantes, professores também precisam ser estimulados
a tirar o melhor de si. Isso, inclusive é algo importante para a saúde mental
dos docentes, prejudicada pela pressão sofrida diariamente nas escolas, pelo
assédio de pais e de alunos, que parecem não entender os limites para o
trabalho docente e nem sempre reconhecem seu valor. O sentimento de realização
e descoberta pode ajudar a superar estes obstáculos, cada vez mais presentes no
nosso dia a dia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Vou
deixar aqui algumas indicações de sites de bibliotecas e hemerotecas que podem
ser úteis para quem quiser se aventurar e buscar novos materiais para trabalhar
em sala de aula. Você professor que já está na docência há muitos anos e ainda
não se arriscou a trabalhar com outros materiais, não é tão complicado assim.
Aos professores mais jovens, creio que a experiência pode ser enriquecedora e
estimular outras atividades e até projeto de iniciação científica. Vamos
tentar?</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Alemanha</b><o:p></o:p></span></p>
<h1 style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">- </span><span style="color: #1d1d1b; font-weight: normal; letter-spacing: 1.15pt; text-transform: uppercase;"><a href="https://www.dnb.de/EN/Home/home_node.html"><span style="text-transform: none;">Biblioteca Nacional Alemã</span></a><o:p></o:p></span></span></h1>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Brasil</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">-
<a href="https://bndigital.bn.gov.br/">Hemeroteca Digital da Biblioteca
Nacional</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">- <a href="https://www.ihgs.com.br/hemeroteca.html">Hemeroteca Digital Santista</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">- <a href="https://ihgg.org/">Hemeroteca Digital do IHGG</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">- <a href="http://hemeroteca.ciasc.sc.gov.br/">Hemeroteca Digital Catarinense</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">- <a href="http://www.bibliotecadigital.mg.gov.br/apresentacao/apresentacao.php" target="_blank">Biblioteca Digital do Estado de Minas</a></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Canadá</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">-
<a href="https://www.torontopubliclibrary.ca/">Biblioteca Pública de Toronto</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">-
<a href="https://tr.jpf.go.jp/">Fundação Japão Toronto</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">-
<a href="https://www.bibliothequedequebec.qc.ca/index.aspx">Biblioteca de
Quebec</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>China</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">-
<a href="https://www.nlc.cn/newen/">Biblioteca Nacional da China</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Coreia
do Sul<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">-
<a href="https://www.nl.go.kr/EN/main/index.do">Biblioteca Nacional da Coreia</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Espanha</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">-
<span style="color: #1d1d1d;"><a href="https://www.bne.es/es/catalogos/biblioteca-digital-hispanica">Biblioteca
Digital Hispânica</a></span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Estados
Unidos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">-
<a href="https://www.loc.gov/">Biblioteca do Congresso</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">-
<a href="https://mndigital.org/">Biblioteca Digital de Minnisota</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>França</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">-
<a href="https://gallica.bnf.fr/accueil/fr/content/accueil-fr?mode=desktop">Gallica
– hemeroteca digital da Biblioteca Nacional da França</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">-
<a href="https://www.sorbonne-universite.fr/bu">Biblioteca da Universidade de
Sorbonne</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Japão</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><a href="https://www.jpf.go.jp/e/">- Fundação Japão</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">-
<a href="https://www.ndl.go.jp/en/index.html">Biblioteca Nacional</a> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Portugal</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">-
<a href="https://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/">Hemeroteca digital de Lisboa</a></span></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;"><br /></span></div><!--[if !supportFootnotes]--><hr size="1" style="text-align: justify;" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><a href="file:///F:/Users/Natania/Documents/hemerotes%20e%20sites.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 107%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Hemeroteca é
um setor das bibliotecas onde se encontram coleções de periódicos como jornais,
revistas e outras obras editadas em série</span></p></div></div><p></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-27371649501670695902024-01-11T22:12:00.007-03:002024-01-11T22:26:19.939-03:00PRÊMIO ARTEMÍSIA 2024 - RESULTADO ANUNCIADO<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Saiu o resultado do Prêmio Artemisa, de 2024, criado há 17 anos para dar visibilidade ao trabalho de mulheres quadrinistas na França. O resultado é divulgado tradicionalmente no dia 9 de janeiro, data em que se comemora o nascimento de Simone de Beauvoir. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px; vertical-align: inherit;">Criado em 2007 por </span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px;">Chantal Montellier</span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px; vertical-align: inherit;"> e </span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px;">Jeanne Puchol</span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px; vertical-align: inherit;"><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;">, o Prêmio Artemísia possui cinco categorias diferentes. </span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;">O júri composto por </span></span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px;">Chantal Montellier</span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px; vertical-align: inherit;"> , </span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px;">Isabelle Beaumenay-Chaland</span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px; vertical-align: inherit;"> , </span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px;">Julie Scheibling</span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px; vertical-align: inherit;"> , </span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px;">Patrick Gaumer</span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px; vertical-align: inherit;"> , </span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px;">Pascal Guichard</span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px; vertical-align: inherit;"> e </span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px;">Christophe Vilain</span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px; vertical-align: inherit;"> , é acompanhado pelo presidente honorário </span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px;">Laurent Gervereau</span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px; vertical-align: inherit;"><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> . </span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;">O Grande Prêmio anterior de 2023 foi concedido a </span></span><span style="color: black;"><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;">Valentine Cuny-Le Callet por </span></span><em style="box-sizing: border-box;"><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;">Perpendicular ao Sol</span></span></em><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> (Delcourt)</span></span><span style="box-sizing: border-box; letter-spacing: 0.1px; vertical-align: inherit;"> .</span></span></span></div><div><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div><h2 style="background-color: snow; box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px 0px 30px; text-align: justify;"><u style="box-sizing: border-box;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: normal;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">As vencedoras de 2024:</span></span></u></h2><ul style="box-sizing: border-box; list-style: initial; margin: 0px; padding: 0px;"><li style="background-color: snow; box-sizing: border-box; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="box-sizing: border-box;"><b>Grand Prix Artémisia</b></span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"><b>:</b> <em style="box-sizing: border-box; text-align: left;">Madones et putains</em><span face=""Roboto Slab", sans-serif" style="text-align: left;"> </span>(</span><em style="box-sizing: border-box;">Madonas e Prostitutas)</em><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> de </span><span style="box-sizing: border-box;">Nine Antico</span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> (Dupuis)</span></span></li><li style="background-color: snow; box-sizing: border-box; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkFYyTpZcfepC6qZ_QAWbcr1eV2czeyAvq-Ik6foTFkoQNI6gcRv-cd_byhRUVUoBgAnARAt3A804vK-DeCaE4HhbqbNtrqPVHH5Ckk1Vk_papvjQb6V6yJS-6EtuOgHfP1aoA4yjT4zrZziQIB0AuTd2p7beNPuSP4qcYedF3mz8wqH_fMC1u4brbzLo/s1000/81yGni2h5KL._AC_UF1000,1000_QL80_01.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="754" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkFYyTpZcfepC6qZ_QAWbcr1eV2czeyAvq-Ik6foTFkoQNI6gcRv-cd_byhRUVUoBgAnARAt3A804vK-DeCaE4HhbqbNtrqPVHH5Ckk1Vk_papvjQb6V6yJS-6EtuOgHfP1aoA4yjT4zrZziQIB0AuTd2p7beNPuSP4qcYedF3mz8wqH_fMC1u4brbzLo/w301-h400/81yGni2h5KL._AC_UF1000,1000_QL80_01.jpg" width="301" /></a></div><br /><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"><br /></span></span></li><li style="background-color: snow; box-sizing: border-box; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="box-sizing: border-box;"><b>Prêmio Artemisia Weed</b></span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"><b>:</b> <em style="box-sizing: border-box; text-align: left;">Devenir</em><span face=""Roboto Slab", sans-serif" style="text-align: left;"> de </span><span face=""Roboto Slab", sans-serif" style="box-sizing: border-box; font-weight: 700; text-align: left;">Joanna Folivéli</span> (</span><em style="box-sizing: border-box;">Futuro</em><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> de </span><span style="box-sizing: border-box;">Joanna Folivéli)</span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> (Dois Pontos)</span></span></li><li style="background-color: snow; box-sizing: border-box; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4eCGudnIAQ_ysU091ws23IByb_6gmptg91t5X6LfEPkwEo124mQGzpYaZcDwIIncMZl3xOyVMW0XrsQ7v24LeTBXB_vpr5JuvfPFKVG5IxSe6725-7v1V3sjkj3K8LzS0M0dPk9c-7dQn-RjSKzoxFFe1Z0sepg-P-MFV5X_2IHP9KjtYQhaaAG0newI/s995/71hmolia4nl__sl1500_-5596c.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="995" data-original-width="720" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4eCGudnIAQ_ysU091ws23IByb_6gmptg91t5X6LfEPkwEo124mQGzpYaZcDwIIncMZl3xOyVMW0XrsQ7v24LeTBXB_vpr5JuvfPFKVG5IxSe6725-7v1V3sjkj3K8LzS0M0dPk9c-7dQn-RjSKzoxFFe1Z0sepg-P-MFV5X_2IHP9KjtYQhaaAG0newI/w290-h400/71hmolia4nl__sl1500_-5596c.jpg" width="290" /></span></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"><br /></span></span></li><li style="background-color: snow; box-sizing: border-box; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"><br /></span></span></li><li style="background-color: snow; box-sizing: border-box; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="box-sizing: border-box;"><b>Prêmio Artémisia Poésie-Mixte</b></span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"><b>:</b> <em style="box-sizing: border-box; text-align: left;">Grande échappée</em><span face=""Roboto Slab", sans-serif" style="box-sizing: border-box; text-align: left;"> (A </span></span><em style="box-sizing: border-box;">Grande Fuga)</em><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> de </span><span style="box-sizing: border-box;">Bérengère Delaporte</span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> , variação gráfica em torno do poema <em style="box-sizing: border-box; text-align: left;">La Panthère</em><span face=""Roboto Slab", sans-serif" style="text-align: left;"> </span>(</span><em style="box-sizing: border-box;">A Pantera)</em><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> de </span><span style="box-sizing: border-box;">Rainer Maria Rilke</span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> (Nathan)</span></span></li><li style="background-color: snow; box-sizing: border-box; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxYmBzsnP4HwBksRikT6UShQC54SIQRLeHzRC_Tm4qJpc380mHmIgz6wcQ5WTsmGcz4sPQBnJVuHwUlMno86j4ghKHpltvpyp4ro_RL-_qmihW1BMH7kCm7uKebAeIlQQWMwRw-La9mBE-XLhUFyoQCzLQAJZVOeIWSOenxfevAPw5os5FkXlA1Jw7t9g/s842/gedc-07c02.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="842" data-original-width="600" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxYmBzsnP4HwBksRikT6UShQC54SIQRLeHzRC_Tm4qJpc380mHmIgz6wcQ5WTsmGcz4sPQBnJVuHwUlMno86j4ghKHpltvpyp4ro_RL-_qmihW1BMH7kCm7uKebAeIlQQWMwRw-La9mBE-XLhUFyoQCzLQAJZVOeIWSOenxfevAPw5os5FkXlA1Jw7t9g/w285-h400/gedc-07c02.jpg" width="285" /></a></div><br /></span></li><li style="background-color: snow; box-sizing: border-box; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="box-sizing: border-box;"><b>Prêmio Artémisia de Humor</b></span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"><b>:</b> <em style="box-sizing: border-box; text-align: left;">Le grand incident</em><span face=""Roboto Slab", sans-serif" style="text-align: left;"> </span>(</span><em style="box-sizing: border-box;">O grande incidente) de Zelba</em><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> (edições Futuropolis </span><span style="box-sizing: border-box;">/</span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> Louvre)</span></span></li><li style="background-color: snow; box-sizing: border-box; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbDN9c_W4AdE46RptqmdUtPKzca90LlCMgJacV7uig5QAzo2ZWkg4jFt-CWzqEnMA-yzWbsSxQLc7qo92BNGARn935wiv0i7TZG1wqO2bgrwCLIQkhVP-Ow1tPMLwa5YXsHVrrWx9xh5e1phok5UAPstc1CHIwn_wjD2UxFliP-jueRDsabmd-h5WJ-Dk/s500/51ed6MTb70L.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="372" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbDN9c_W4AdE46RptqmdUtPKzca90LlCMgJacV7uig5QAzo2ZWkg4jFt-CWzqEnMA-yzWbsSxQLc7qo92BNGARn935wiv0i7TZG1wqO2bgrwCLIQkhVP-Ow1tPMLwa5YXsHVrrWx9xh5e1phok5UAPstc1CHIwn_wjD2UxFliP-jueRDsabmd-h5WJ-Dk/w298-h400/51ed6MTb70L.jpg" width="298" /></a></div><br /><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"><br /></span></span></li><li style="background-color: snow; box-sizing: border-box; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="box-sizing: border-box;"><b>Prêmio Artémisia Survireuse</b></span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;">: (</span><em style="box-sizing: border-box;">Sultana)</em><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> de </span><span style="box-sizing: border-box;">Lili Sohn</span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> e </span><span style="box-sizing: border-box;">Élodie Lascar</span><span style="box-sizing: border-box; vertical-align: inherit;"> (Steinkis)</span></span></li><li style="background-color: snow; box-sizing: border-box; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-GOQbDwMoPqiDEsYcR7Tx147s56RQPuJrNjoCpKZnn37RO87yn5QXGDuAuRW2ZczDqwqnLdIDxWCZDbOfM0CWWGkNa3FczkyyCG-QGV19RlNpFYnnVq2jZHo3UQRHMOG6lkC3c9jL2TkdSrL2e0ZWAKRwXIkCsZrTEyMkVScP2odrME7J594GBLlSlm0/s963/arton31732-475c3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="963" data-original-width="720" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-GOQbDwMoPqiDEsYcR7Tx147s56RQPuJrNjoCpKZnn37RO87yn5QXGDuAuRW2ZczDqwqnLdIDxWCZDbOfM0CWWGkNa3FczkyyCG-QGV19RlNpFYnnVq2jZHo3UQRHMOG6lkC3c9jL2TkdSrL2e0ZWAKRwXIkCsZrTEyMkVScP2odrME7J594GBLlSlm0/w299-h400/arton31732-475c3.jpg" width="299" /></span></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></li><li style="box-sizing: border-box; text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-family: verdana; font-size: medium;">A entrega dos prêmios vai acontecer no dia 17 de janeiro, no L'Espace des Femmes - Antoinnete Fouque, em Paris, França. Des Femmes é uma editora criada em 1973 por <span style="text-align: left;">Antoinette Fouque com o objetivo de impulsionar a vida edi</span><span style="outline: none; text-align: center; vertical-align: inherit;"><span style="outline: none; vertical-align: inherit;">torial, intelectual e cultural francesa, destacando a criação das mulheres. </span></span><span style="text-align: left;">Antoinette Fouque foi uma psicanalista francesa envolvida no Movimento de Libertação das Mulheres. </span></span></li></ul></div></div></div>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-26657208750795105402024-01-07T16:32:00.001-03:002024-01-07T20:38:41.078-03:00MADELEINE, RESISTENTE E QUADRINHOS SOBRE A II GUERRA MUNDIAL<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZvOChDOvISgRr4Z-e6rFSC7kawg8AuiA-LzJXXRoJmxuauJfY7NoC2LK-mjq1vc0hkIG_EjtF4Escf295_q9fXj2ZKXjec1TMeXXeM45w-EO5jlSlEy0FzXnXrRFNQM-3e65BtGQ2ki9VA217jaeOyQF7rxfxDbeCwlIxvRBxE3SMy9YlCJYHnUpLjSc/s1500/91kiC+zUGHL._SL1500_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1071" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZvOChDOvISgRr4Z-e6rFSC7kawg8AuiA-LzJXXRoJmxuauJfY7NoC2LK-mjq1vc0hkIG_EjtF4Escf295_q9fXj2ZKXjec1TMeXXeM45w-EO5jlSlEy0FzXnXrRFNQM-3e65BtGQ2ki9VA217jaeOyQF7rxfxDbeCwlIxvRBxE3SMy9YlCJYHnUpLjSc/s320/91kiC+zUGHL._SL1500_.jpg" width="228" /></a></span></div><span style="font-family: trebuchet; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">Minha primeira postagem do ano vai ser sobre uma HQ
que eu comecei a ler justamente no dia 1º de janeiro, e com certo atraso, devo
dizer. É a HQ "Madeleine, resistente: a rosa engatilhada". Trata-se
de uma HQ criada a partir das memórias da poetisa e jornalista (correspondente
de guerra) Madeleine Riffaud, uma jovem que, em 1942, aos 18 anos, e sofrendo
de tuberculose, desafiou a ocupação nazista na França, lutando da resistência. Tinha
tudo para dar errado, não é? Uma menina frágil e ainda por cima doente,
disposta a encarar um dos momentos mais difíceis da história da humanidade. Mas
olha, ela conseguiu, tanto que viveu para contar a sua história por meio dos
quadrinhos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Madeleine, resistente é uma série em quadrinhos que teve seu primeiro volume publicado no Brasil em 2023. Esta série é ressoldado de um trabalho conjunto entre Madeleine Riffaud, Dominique Bertail, Cartunista e colorista francês, e do roteirista francês Jean-David Morvan. É uma autobiografia, um registro histórico da vida de Riffaud que está fazendo muito sucesso em todo o mundo.</div></span><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUux8O4jcuFPxvqa2X-qRN-9RRJUgRCOFMaEJ6WMimTd-c9P375Hs9vzq_fBc1GYGuq6Qom0SEGJBdmn6gEZFm9Qo2Onx2W1dJQ0xGE5iYThQwO56bWqDUUsTLyXNt162u5uN4u7SWFhwEB-CAwzdsTHlL_QO3PP-rqd1jBYWehORhSetig11vLtsGz6k/s300/Madeleine_Riffaud.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="194" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUux8O4jcuFPxvqa2X-qRN-9RRJUgRCOFMaEJ6WMimTd-c9P375Hs9vzq_fBc1GYGuq6Qom0SEGJBdmn6gEZFm9Qo2Onx2W1dJQ0xGE5iYThQwO56bWqDUUsTLyXNt162u5uN4u7SWFhwEB-CAwzdsTHlL_QO3PP-rqd1jBYWehORhSetig11vLtsGz6k/s1600/Madeleine_Riffaud.jpg" width="194" /></a></span></div><span style="font-family: trebuchet; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">Madeleine Riffaud nasceu em 23 de agosto de 1924 é
filha de professores. Ao se unir à resistência adotou o codinome
"Rainer", em homenagem ao poeta alemão Rainer Maria Rilke. Ela participou das
ações das “Forças do Interior Francesas” em várias operações contra as forças de
ocupação nazistas. Em 23 de julho de 1944, ela ficou famosa pelo assassinato de
um oficial alemão, em plena luz do dia. Presa e torturada ela foi liberada e retomou
suas ações junto à resistência, até o final da guerra. Como jornalista, ela se
envolveu na frente de descolonização, tendo presenciado, e relatado como
jornalista, a guerra da Indochina, da Argélia e do Vietnã. Só por essa
biografia resumida dá para ver que Madeleine Riffaud tem muita história para
contar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu tive contado com a HQ Madeleine, resistente,
pela primeira vez, em janeiro de 2023, durante o 50º Festival de BD de
Angoulême, na França. Sobre ela foi montada uma maravilhosa exposição sobre a
HQ e a própria Madeleine. Foi uma das exposições que que mais gostei em todo o
festival. Não apenas pela forma como a HQ foi exposta mas, principalmente,
porque foi uma exposição montada a partir do ponto de vista da História. </div></span><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxCColG-kM3onDOVuSFn3lRTrJ48n-JG0tYmIopZoeZqkARnJBWf6RjKXNVU2fNunq1c__P6h0sQYvcj_rQiRwMcNC7aqua__Qr6rMNFRabaWYx72YZuOl2VLaJf3g7y1I8XwhCKr51fbENCw_qwX5XuHy4KTbPXJvvDqYNAtNJC68Vs9_ygBFBaNBqxk/s4000/IMG_20230127_101254.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="4000" data-original-width="2848" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxCColG-kM3onDOVuSFn3lRTrJ48n-JG0tYmIopZoeZqkARnJBWf6RjKXNVU2fNunq1c__P6h0sQYvcj_rQiRwMcNC7aqua__Qr6rMNFRabaWYx72YZuOl2VLaJf3g7y1I8XwhCKr51fbENCw_qwX5XuHy4KTbPXJvvDqYNAtNJC68Vs9_ygBFBaNBqxk/w285-h400/IMG_20230127_101254.jpg" width="285" /></span></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVEMMPlDAXDiJ5rZWB_qgLgHjabJhsu0vqTqp28GLm-0XvNR4NAyNtaOw1jiXrRlHhgX3_3F8KK-n1AFTj7X_8A6sqOTWoNc_BOg9f-15ZYmallKbbmtLk3VZfavamRACkqghA5P0yclX7VqfcM4U3AzVmwLyw1sfNhleCLQ9I1XTc3YKiVuRrHo7w61E/s3712/IMG_20230127_101720.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="3712" data-original-width="3000" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVEMMPlDAXDiJ5rZWB_qgLgHjabJhsu0vqTqp28GLm-0XvNR4NAyNtaOw1jiXrRlHhgX3_3F8KK-n1AFTj7X_8A6sqOTWoNc_BOg9f-15ZYmallKbbmtLk3VZfavamRACkqghA5P0yclX7VqfcM4U3AzVmwLyw1sfNhleCLQ9I1XTc3YKiVuRrHo7w61E/w324-h400/IMG_20230127_101720.jpg" width="324" /></span></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpCYERd_uL4kudgJbWZpZPrAgCInKEZUNdpjnnFYxqH7kbOsuild0mq0V-CVUw_k7Bw87Hnom38twld1aJyKsG3gFKQpiS0GQmIHD27s3RlVlhErOomhlUFpz-IDAQLDAOnJcp7V00FCseuIcBNDAQOJ2mN6TcBvGEuCb_Uiy-VuCOPr9Qd60_RdQZ2ZU/s2989/IMG_20230127_102147.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="2044" data-original-width="2989" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpCYERd_uL4kudgJbWZpZPrAgCInKEZUNdpjnnFYxqH7kbOsuild0mq0V-CVUw_k7Bw87Hnom38twld1aJyKsG3gFKQpiS0GQmIHD27s3RlVlhErOomhlUFpz-IDAQLDAOnJcp7V00FCseuIcBNDAQOJ2mN6TcBvGEuCb_Uiy-VuCOPr9Qd60_RdQZ2ZU/w400-h274/IMG_20230127_102147.jpg" width="400" /></span></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3kP5p__Hj00_OyrcgAAea8ybA05TZmeHyAvwgQ3-34AWYRDyw1shcUrYBB-oHKgoNH7FaOLbJcaeeRuJt26M-B3aFK-K_Ce58yA1M_muXq6hLV8GIoJdiDDpGW-MLmL3ZXjMaiC9odLjdca5llBDTc2YF23dtLHrFGlXe9phBeSWTO_f-ZYIFBJpiWCw/s3000/IMG_20230127_102150.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="2062" data-original-width="3000" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3kP5p__Hj00_OyrcgAAea8ybA05TZmeHyAvwgQ3-34AWYRDyw1shcUrYBB-oHKgoNH7FaOLbJcaeeRuJt26M-B3aFK-K_Ce58yA1M_muXq6hLV8GIoJdiDDpGW-MLmL3ZXjMaiC9odLjdca5llBDTc2YF23dtLHrFGlXe9phBeSWTO_f-ZYIFBJpiWCw/w400-h275/IMG_20230127_102150.jpg" width="400" /></span></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5J-u3TYIafHDK6nZ5bGJ8L-vgz_RH5Pt6lofMLiRx0kRzlDFs6djcSusNhRG85j9TT4NHG84wzz1IZQ-X1aO3ERz9nmZ7OvqsWhGctCICO3ENC_2PrSF21xsIeYtoo4D_vommTYzqKQhj2Vd431fvvWzrERtJW0KY7hFSqXFTk94_bpTW58dl-5TOtZA/s4000/IMG_20230127_102322.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="4000" data-original-width="2318" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5J-u3TYIafHDK6nZ5bGJ8L-vgz_RH5Pt6lofMLiRx0kRzlDFs6djcSusNhRG85j9TT4NHG84wzz1IZQ-X1aO3ERz9nmZ7OvqsWhGctCICO3ENC_2PrSF21xsIeYtoo4D_vommTYzqKQhj2Vd431fvvWzrERtJW0KY7hFSqXFTk94_bpTW58dl-5TOtZA/w231-h400/IMG_20230127_102322.jpg" width="231" /></span></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: trebuchet; font-size: large;">Mais
do que promover a HQ a exposição, na minha interpretação, foi pedagógica,
mostrando não apenas uma parte da guerra que poucos vivenciaram como, também,
um exemplo de empoderamento feminino, a partir das experiências de Madeleine.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: trebuchet; font-size: large;">Posso dizer que conheci Madeleine Riffaud antes de
ler a HQ e, por isso, eu acabei lendo e me interessado ainda mais pelo tema da
resistência, que eu já havia trabalhando um tanto quanto superficialmente em
outros momentos. Para quem gosta do assunto, a leitura desta HQ é mais que
recomendada. O segundo volume deve sair agora em 2024, em português. Uma coisa
que eu gostei muito foi a história “bônus” no final da HQ, que consta como o
projeto começou, na forma de quadrinhos</span></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: large;"> </span></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-28563771862870464362023-12-31T23:47:00.004-03:002024-01-01T11:48:58.225-03:00MINHA RETROSPECTIVA DE 2023<p style="text-align: justify;"></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: medium;">Pediram que eu fizesse um apanhado do meu ano de 2023. Foi quando
eu percebi que eu não tinha certeza do que eu havia feito (pelo menos cronologicamente
falando) durante o ano. Eu tive que buscar vestígios para muito além da minha
memória para fazer esta retrospectiva, e nem tenho certeza se está completa. Um exercício de memória difícil, pois o ano de
2023, para mim, foi complexo de várias formas. </span><span style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFkFfQwnUHAb5OmUsiBRbStnLXYSIZte_9fc7oaQC1mSjpEyJ2gTVN_xE2KCHU7CNm-wxs9aNz2GnObfMSayXcuHBwnE39xtVfDsTN4edfT1KJsw0KTmOK_GxP3ZZQjkMRlrNqc9AcWqO7IqYmpRlq3oSMiXCHhg6Qx581K1YDLy3mb535eiA6zyO6DZs/s4160/IMG_20230107_131933.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3120" data-original-width="4160" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFkFfQwnUHAb5OmUsiBRbStnLXYSIZte_9fc7oaQC1mSjpEyJ2gTVN_xE2KCHU7CNm-wxs9aNz2GnObfMSayXcuHBwnE39xtVfDsTN4edfT1KJsw0KTmOK_GxP3ZZQjkMRlrNqc9AcWqO7IqYmpRlq3oSMiXCHhg6Qx581K1YDLy3mb535eiA6zyO6DZs/w640-h480/IMG_20230107_131933.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span><p></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Eu comecei o ano fazendo uma longa viagem de férias. Fiquei mais
de um mês fora de casa. Foi ótimo, mas me consumiu muito. Não faria novamente. Acredito
que isso tenha sido resultado dos anos de pandemia. Eu, de repente, senti um
impulso de cair na estrada e romper com aquele longo isolamento. Fui para
Portugal, Suíça e França. Fiquei na casa de amigos, revi pessoas queridas e fui
a lugares nos quais eu ainda não tinha ido e revi alguns que eu já conhecia. <o:p></o:p></span></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Fechei as férias participando do Festival Internacional Quadrinhos
de Angoulême, na França, de onde enviei algumas notícias para o Mina de HQ
(minha primeira experiência do tipo). <o:p></o:p></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_83M65tLM-oVP9eA1-6Eu51hczx744EwF19v_ER73Zy9RKj6UbAv4xA3nRrVpGfzXZmTwvvfnmP1ZWZHI-iHZ1acJ3vzvt4VwmZq6Dj8MeavYozzmziQ6ADX4dvW3Bh20lw0TmhFah4KdCnfExabyS801x4Ji3b7onfm1i9t2HPeak29BmBV_sL_3-Gk/s4160/IMG_20230125_125111.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="4160" data-original-width="3120" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_83M65tLM-oVP9eA1-6Eu51hczx744EwF19v_ER73Zy9RKj6UbAv4xA3nRrVpGfzXZmTwvvfnmP1ZWZHI-iHZ1acJ3vzvt4VwmZq6Dj8MeavYozzmziQ6ADX4dvW3Bh20lw0TmhFah4KdCnfExabyS801x4Ji3b7onfm1i9t2HPeak29BmBV_sL_3-Gk/s320/IMG_20230125_125111.jpg" width="240" /></span></a></div><p></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Em fevereiro, de volta, eu gravei um podcast com o <a href="https://www.blogger.com/u/2/blog/post/edit/7011894390172294291/2856377186287046436" target="_blank">Quadrinheiros,</a> que foi lançado em março. Foi bem
interessante. Não tenho o habito de gravar podcast, acho que tinha feito no
máximo dois antes deste. Mas gostei da experiência e do resultado. Estou
ficando mais articulada para falar. Retomei meu trabalho nas duas escolas
nas quais eu leciono. Recebi este ano 4 turmas novas, com alunos para os quais
eu ainda não havia lecionado. Foram turmas ótimas, muito além da minha
expectativa, e que ajudar a diminuir o fardo do trabalho porque eu me diverti
muito dando aula para eles.<o:p></o:p></span></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="color: black;">Fui aceita
para o pós-doutorado em Letras, na UEMS, no final do ano de 2022 e já comecei
2023 ligada à universidade. Ao longo do ano eu me vi envolvida nas atividades
do curso. A primeira delas foi o encontro</span><span class="MsoHyperlink"><a href="https://www.blogger.com/u/2/blog/post/edit/7011894390172294291/2856377186287046436" target="_blank"> "Quadrinhos e o fim do mundo: utopias e
distopias"</a></span><span style="color: black;">. Eu participei de uma mesa junto com os amigos Octavio Aragão e
Elidiomar Ribeiro, no dia 07 de abril, pela manhã. Primeiro evento acadêmico do
qual eu participei no ano.<o:p></o:p></span></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: black; font-size: medium;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: black; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv7MvXzxC-dgpPVHgvWCKJ9w_OSFmj7q2PrPvdvGyF6b1njIAYlOviiFssJfYGK6KnfOpEjEjClgw2-BdStvnwTmysxRqE7hxN31dK1V0SUIuzhx3t4-s6ctGqxa54AHoUwq6LGCsRUBlkjQctIuqVoF1j6Fk3yc5mhWgSDdW_Ro2z8GdcPtfRBH20XGI/s489/cajueiro.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="489" data-original-width="341" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv7MvXzxC-dgpPVHgvWCKJ9w_OSFmj7q2PrPvdvGyF6b1njIAYlOviiFssJfYGK6KnfOpEjEjClgw2-BdStvnwTmysxRqE7hxN31dK1V0SUIuzhx3t4-s6ctGqxa54AHoUwq6LGCsRUBlkjQctIuqVoF1j6Fk3yc5mhWgSDdW_Ro2z8GdcPtfRBH20XGI/s320/cajueiro.jpg" width="223" /></a></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: black; font-size: medium;"><span style="color: black;">Em maio, saiu minha primeira publicação do ano, um a artigo na
Revista Cajueiro. Aliás, um dos artigos que eu mais gostei de escrever nos
últimos anos: </span><span class="MsoHyperlink"><span style="background: white;"><a href="https://www.blogger.com/u/2/blog/post/edit/7011894390172294291/2856377186287046436" target="_blank">Entre a vida e a morte - </a><a href="https://www.blogger.com/u/2/blog/post/edit/7011894390172294291/2856377186287046436" target="_blank">apropriação da linguagem dos quadrinhos e o tema do suicídio em
W: Two Worlds</a></span></span><span style="background: white; color: black;">. Aliás, eu escrevi muita coisa em 2022 e em 2023
que só vai ser publicado em 2024, o que me deixa um pouco confusa. Ao fazer
esta retrospectiva eu me dei conta de que fiz muita coisa mas para fins de
registro ainda não posso divulgar. Percebi, também, que tenho que atualizar meu
<a href=" http://lattes.cnpq.br/7390818109682435">Lattes</a> e meu <a href="https://orcid.org/0000-0003-3765-7420">Orcid</a>.</span></span></span></div><p></p><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Maio, por sinal, fui um mês absurdamente corrido
e cheio de eventos. Eu viajei para Campo Grande, MS, para cumprir minhas tarefas
do pós-doutorado e ministrei um curso para os alunos do mestrado em letras.
Aproveitei para conhecer a Gibiteca de Campo Grande e fazer contatos com
professores e alunos da Universidade. Foi quando realmente caiu a ficha de que
eu estava de nova na universidade, só que meu papel agora é outro: eu que estou
ministrando as aulas. Foi meio assustador no início, mas foi, está sendo,
divertido.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><o:p></o:p><span style="background: white; color: black;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirQdsREp8lGYSSms97Ux6qssZBBVi0G6nYHOXuu86xVr5Saui5gLbkLacXdhB-GT8h_SjFuuvqWXReG8eishbRuqYGhwntlBrqQPEDUx1qOD_45ZR5RcSM-cwT9QFw-_M4plFs7_JDQGq8HQbiHG1PxqdfBN6TGORqr6y5QMhLQX08Y-7PcV7Cjsi49R4/s2464/Base%20Cabec%CC%A7alho%20Aspas%2002%20(1).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1097" data-original-width="2464" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirQdsREp8lGYSSms97Ux6qssZBBVi0G6nYHOXuu86xVr5Saui5gLbkLacXdhB-GT8h_SjFuuvqWXReG8eishbRuqYGhwntlBrqQPEDUx1qOD_45ZR5RcSM-cwT9QFw-_M4plFs7_JDQGq8HQbiHG1PxqdfBN6TGORqr6y5QMhLQX08Y-7PcV7Cjsi49R4/w640-h284/Base%20Cabec%CC%A7alho%20Aspas%2002%20(1).jpg" width="640" /></a></span></span></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">No final do mês tivemos o VI Entre ASPAS,
encontro da Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial (ASPAS), em
Leopoldina, MG, evento do qual fui uma das organizadoras. Participei ainda como
mediadora de uma mesa sobre quadrinhos e pesquisa na História, com a
participação de Mary Del Priore e apresentei comunicação ao lado da amiga
Alessandra Senna. Durante o evento houve a eleição para a nova gestão da ASPAS,
da qual eu agora faço parte, junto com mais três outros colegas, até 2025.</span></span></p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><div style="text-align: justify;">Tirei
10 dias das férias de julho para passear. Fui para Campos do Jordão, com a
amiga Ana Cristiana e, depois, fui para São Paulo, rever meu amigo sueco/brasileiro,
Ricardo Gonçalves. Fomos ao show da Marisa Monte e aproveitamos para fazer
alguns pequenos passeios. Foi ótimo. Voltei das férias revigorada.</div><o:p></o:p></span><p></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background: white; color: black;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background: white; color: black;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWfCOk47E0mXiIumwK22AyQCwKUrhNxMTrCRRt_Dais17EUTVOsSBeMdoer4tc0gDYWGcpa9qEheA0olmcbSP7h7_cBChy_x6LKYWtJl1yQeBdlpGpA61lKsCF3q6WlNWYwD2y8Y67Eeb9IGtvw4XW4QLk5JtWPaDEewzTyPu6erUxoMVlT6vkPCAivCg/s2740/IJOCA%2025-1%20Spring-Summer%202023%20reduced.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="2740" data-original-width="1620" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWfCOk47E0mXiIumwK22AyQCwKUrhNxMTrCRRt_Dais17EUTVOsSBeMdoer4tc0gDYWGcpa9qEheA0olmcbSP7h7_cBChy_x6LKYWtJl1yQeBdlpGpA61lKsCF3q6WlNWYwD2y8Y67Eeb9IGtvw4XW4QLk5JtWPaDEewzTyPu6erUxoMVlT6vkPCAivCg/s320/IJOCA%2025-1%20Spring-Summer%202023%20reduced.jpg" width="189" /></a></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background: white; color: black;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;">No final de agosto eu participei da banca de
qualificação do doutorado da amiga Daniela Marino, na USP e pude aproveitar para
pegar o final das Jornadas Internacionais e Quadrinhos da USP e
rever muitos amigos queridos. Foi em agosto, também, que fiquei sabendo
que um artigo que eu escrevi junto com a Daniela seria publicado no </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; letter-spacing: 0.2pt;"><a href="http://www.ijoca.net/">International
Journal of Comic Art</a>, uma revista estadunidense especializada em
quadrinhos. O artigo foi </span><i style="background-color: transparent; mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">The
Boom of Female Comics in the 21st Century in Brazil</span></i><span style="background-color: transparent; color: black;">,
que nós fizemos para um evento em 2021, mas que não havia sido publicado.
Daniela submeteu o texto e ele foi aprovado.</span></span></span></div><p></p>
<p style="text-align: justify;"></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><span style="font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-size: medium;">Em setembro eu retornei a São Paulo para participar
de um evento e lançamento de livro, com a autora francesa Chantal Montellier no
Sesc/SP. Foi mediadora de um bate-papo com a autora que ocorreu antes da sessão
de autógrafos. Acho que este ano São Paulo foi o lugar para onde eu mais me
desloquei, seja para lazer, compromissos de trabalho ou mesmo fazendo escala em
aeroporto.</span></div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAc1y-mZ0JemTtf6nP3BJ4rPepEfO4Orwov22qMhVxsmKiaE56Iu-YQu9m218kPNGEGtSABnosNAkqFdPB6UNlEIOoHi5qAlUG5qB9TBPwhAE4Yaimm-wk9tB1u_8mIklOvU2o5Ik6-WXQTUYn7B6iFrWcz-9M30ofzYrrpA8xC5iwWQhozT_wHyBuhvs/s1000/gender.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="650" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAc1y-mZ0JemTtf6nP3BJ4rPepEfO4Orwov22qMhVxsmKiaE56Iu-YQu9m218kPNGEGtSABnosNAkqFdPB6UNlEIOoHi5qAlUG5qB9TBPwhAE4Yaimm-wk9tB1u_8mIklOvU2o5Ik6-WXQTUYn7B6iFrWcz-9M30ofzYrrpA8xC5iwWQhozT_wHyBuhvs/s320/gender.jpg" width="208" /></a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Em outubro eu publiquei junto
com o amigo Ricardo Gonçalves, um capítulo intitulado <i><a href="https://www.diva-portal.org/smash/record.jsf?pid=diva2%3A1779276&dswid=5379">Gender
and sexuality in Brazilian early childhood education</a> </i>no livro Gendered
and Sexual Norms in Global South Early Childhood Education. Uma experiência
muito boa, pois saí da minha zona de conforto e encarei um novo desafio, com um
<span style="background: white;">tema que é do meu interesse mas sobre o qual eu
ainda não tinha produzido nada significativo. Foi um trabalho longo, que
passou muitos ajustes. Eu agradeço a Ricardo pela convite e pela confiança.</span></span></div><p></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background: white; color: black;">Ainda em outubro dei início, junto com a amiga
Lucilene Nunes, a um curso sobre Introdução à História Local, para 40
professores da rede municipal de ensino de Leopoldina. O curso terá três
módulos. Aproveitamos para transformar o material que usamos em e-book que está
disponível para download. Ainda em outubro eu retornei para Campo Grande, onde
eu participei de um evento na biblioteca da UEMS, “Primeira Semana Nacional do
Livro e da Biblioteca”, além de outras atividades tanto no curso de letras
quanto no curso de História. </span><o:p></o:p></span></p>
<p style="text-align: justify;"></p><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-family: verdana; font-size: medium;">Em novembro eu recebi a notícia de que minha tese
foi premiada pelo Trofeu HQ Mix. Foi uma surpresa, juro. Eu nem estava pensando
que poderia ganhar. Fiquei muito grata pelo prêmio e foi muito emocionante
poder ir à cerimônia receber o troféu, em dezembro.</span></div><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><o:p></o:p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxQX06dqoNbEnaEfvHcqYLq2mVsX0J3CEwPfCy8818VgYLRdPdkyIgynfah9CYjWD2Tg_xKYcRUMFuFrf-VKvKO1WTlznmt_XJo4yvhyq5_GsSmFfICfA6tJPb8Dktu9_c-RkrnYJownv0XMxZQspUiEYJqy95yISYVBMxxDLBv1jbxn7SmWXRyN6T2Jw/s4000/IMG_20231202_091308.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3000" data-original-width="4000" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxQX06dqoNbEnaEfvHcqYLq2mVsX0J3CEwPfCy8818VgYLRdPdkyIgynfah9CYjWD2Tg_xKYcRUMFuFrf-VKvKO1WTlznmt_XJo4yvhyq5_GsSmFfICfA6tJPb8Dktu9_c-RkrnYJownv0XMxZQspUiEYJqy95yISYVBMxxDLBv1jbxn7SmWXRyN6T2Jw/w640-h480/IMG_20231202_091308.jpg" width="640" /></a></div></span></span><p></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background: white; color: black;">No final de novembro e início de dezembro eu
participei como mediadora de uma mesa no evento “Quadrinhos e Música”, como
parte das atividades do meu pós doutorado. E, para encerrar, lançamos, no dia
02 de dezembro, o livro "Varal de Memórias" um projeto que eu
realizei com meus alunos em agosto e que acabou resultando na publicação de um
livro e um e-book.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> </span></o:p></span></p><br /><p></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-521647518245949492023-12-27T18:25:00.002-03:002023-12-27T18:26:55.488-03:00A CRIATURA DE GYEONGSEONG E OS CRIMES DE GUERRA DO JAPÃO<p style="text-align: justify;"></p><p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Nosso
conhecimento sobre os crimes cometidos por nações do EIXO durante a Segunda
Guerra Mundial é geralmente centrado na Alemanha e em seus campos de
extermínio, que levaram milhões de pessoas inocentes à morte. Livros de
história e obras e ficção trouxeram horríveis experimentos que os nazistas
fizeram com pessoas de todas as idades, experimentos que começaram antes mesmo
do início da guerra. No entanto, pouco estudamos ou falamos sobre os crimes
cometidos pelo Japão.<o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Devo confessar
que, mesmo com formação em história, foi somente por meio de quadrinhos como
"<a href="https://historiadoensino.blogspot.com/2020/10/grama-as-comfort-women-e-as-mulheres.html" target="_blank">Grama</a>", cuja a narrativa gira em torno da escravidão sexual de
mulheres pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, e de séries dramáticas como "Mr Sunshine",
que levanta o tema da resistência armada e a luta pela independência da Coreia
durante a dominação japonesa, que eu comecei me interessar e a estudar uma parte da história do Leste Asiático. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><br /></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><span style="mso-bidi-font-style: italic;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwpxlPvlOdkLvbVecHa1FUEiSzL3xLHpoWwCVB3lvWMnBQQHkzT7DoFnx6qs3DGA2fsdTDSHn3bMQb5jixAV_UeADZfPSSAhcWEobxl2Btsb5IjRU2Pj4rY-16bQj_zYj-i3aVDMKM_ajDlD9XR-BXdGCvWPH1ouGB-GLQ6lFlEvJZ9HFbXs-SaVHH6rc/s1000/Gyeongseong-Creature-poster-2-Netflix.webp" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="675" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwpxlPvlOdkLvbVecHa1FUEiSzL3xLHpoWwCVB3lvWMnBQQHkzT7DoFnx6qs3DGA2fsdTDSHn3bMQb5jixAV_UeADZfPSSAhcWEobxl2Btsb5IjRU2Pj4rY-16bQj_zYj-i3aVDMKM_ajDlD9XR-BXdGCvWPH1ouGB-GLQ6lFlEvJZ9HFbXs-SaVHH6rc/s320/Gyeongseong-Creature-poster-2-Netflix.webp" width="216" /></a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Recentemente eu assisti a primeira parte de um o drama histórico lançado
pela Netflix, em dezembro de 2023, chamado “<span style="background: white; color: #202124;">Gyeongseong Creatur</span>e” (A criatura de <span style="background: white; color: #202124;">Gyeongseong)</span>, uma obra de suspense e de ficção
científica, que fala sobre experimentos conduzidos por médicos japoneses em
laboratórios secretos, durante a Segunda Guerra Mundial. Foi a partir desse
programa de TV que acabei conhecendo mais uma história lamentável da Segunda
Guerra Mundial, cuja barbárie atualmente vem sendo enaltecida por pessoas de
pouco conhecimento e nenhuma sensibilidade.</span></div><p></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-style: italic;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">No drama, a população civil de regiões
colonizadas era exposta a experimentos com o objetivo de criar uma mutação
capaz de ser usadas na guerra contra os aliados. Monstros criados em
laboratório. "A criatura de <span style="background: white; color: #202124;">Gyeongseong"</span> é uma obra ficcional, repleta de exageros
necessários para compor a narrativa fantasiosa, mas que se baseia em fatos históricos.</span></p><p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></p><p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Em
1935, o governo japonês fundou a Unidade 731, uma unidade secreta de pesquisa e
desenvolvimento de guerra biológica e química do Exército Imperial Japonês que
realizou experimentação humana letal durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa e parte
da Segunda Guerra Mundial. Foi oficialmente conhecido como o Departamento
de Prevenção de Epidemia e Purificação de Água do Exército de Guangdong. O
nome "Unidade 731" foi oficialmente adotado em 1941.</span></p><p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></p><p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A
Unidade 731 era comandada pelo Tenente General Shiro Ishii, responsável por vários
de crimes de guerra. <span style="background: white; color: #333333;">O General Shiro Ishi era um cirurgião
formado pela faculdade de medicina na Universidade Imperial de Kyoto. Ele entrou
para o Exército Imperial Japonês como de Cirurgião do Exército. Antes de
iniciar sua pesquisa com seres humanos na Unidade 731, </span>Shiro Ishii
viajou para a Europa para estudar <span style="background: white; color: #333333;">armas
biológicas e guerra química. Ele foi a versão japonesa de Josef Mengele</span>,
responsável pelos experimentos com prisioneiros realizados no campo de Auschwits,
na Alemanha.</span></p><p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></p><p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Estima-se
que cerca de 250 a 300 mil pessoas foram submetidas a experimentos
realizados pela Unidade 731, sendo que a maioria das vítimas era chinesa. Havia
ainda soviéticos, mongóis, coreanos e pessoas
pertencentes a países que opunham ao EIXO. Eles foram usados como cobaias para
testes de armas bacteriológicas e outros experimentos. O maior número de mortes
no campo de Pingfang era de chineses (70%) e soviéticos (30%). A unidade funcionou
até o final da guerra, em 1945.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: large;"> </span></o:p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH1-SN60EJU7w1DAFTvArzqP0l6W5lzxBOgHNZWboxLLRCbu-Yst4qjZvO72hgUplRRsMgINyAek-VwikQuHpt8sWq3nvNTL6herVk9HzJ-4fzb1gNez6nBtNRZilIsrtdt0LDVnixzFQR4sx5Pvjzj-S9CA3xIok1Enscy6UyMR1q2NgWOhCZINoAnsI/s1024/uniade.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="453" data-original-width="1024" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH1-SN60EJU7w1DAFTvArzqP0l6W5lzxBOgHNZWboxLLRCbu-Yst4qjZvO72hgUplRRsMgINyAek-VwikQuHpt8sWq3nvNTL6herVk9HzJ-4fzb1gNez6nBtNRZilIsrtdt0LDVnixzFQR4sx5Pvjzj-S9CA3xIok1Enscy6UyMR1q2NgWOhCZINoAnsI/w640-h284/uniade.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Unidade 731 - foto atual</td></tr></tbody></table><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Os
experimentos realizados envolviam armas ou procedimentos que poderiam ter uso
na guerra. Por exemplo: em câmaras refrigeradoras, prisioneiros eram submetidos
a temperaturas de até 50 graus celsius negativos para que os médicos pudessem
descobrir a melhor maneira de tratar soldados japoneses que tivessem membros
congelados durante batalhas no frio. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para descobrir o que aconteceria a pilotos
japoneses caso os aviões dessem pane os cientistas colocavam prisioneiros em
centrífugas superpoderosas, onde ficavam rodando até morrer. Testavam bombas
com bactérias ou com pulgas infectadas com peste bubônica ou febre tifoide
foram jogadas sobre vilarejos chineses. Autópsias eram realizadas com pessoas
vivas. E tudo foi minuciosamente registrado em desenhos científicos detalhados.
Não foi por nada que a Unidade 732 ganhou o apelido de “Auschwitz asiática”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Algumas
dessas experiências são mostradas no drama, assim como os laboratórios nos
quais pode-se ver, por exemplo, órgãos humanos, fetos e até cabeças dentro de
vidros com formol. Aparecem também experiências feitas com crianças, que
recebiam diariamente injeções e muitas delas desenvolviam doenças que as
levavam a óbito. Muitas das experiências eram tão macabras que descrevê-las é
difícil. Citei apenas algumas, mas para quem quiser saber mais, eu deixarei o
link dos sites que eu consultei para elaborar este texto.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Com
a derrota do Japão na guerra, Shiro Ishii encenou a própria morte para fugir do
exército dos Estados Unidos, mas acabou sendo descoberto. No entanto, ele
negociou sua liberdade em troca do conhecimento que reuniu em suas experiências
na Unidade 731. Nem ele nem outros médicos que trabalharam na sua equipe
chegaram a ser presos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdsL4uU4otRlbduugpJ8rMoH009WKtBoUhyYwbWBacYUOOK7zveYTKldiU4DSuRva_qVy6GbDltaSNpi43SvzS7UC23QBvJlt4hIO8gb_bFBpDl6qbeudolTIwxRcZsOMRsfVSaLsKchNj5g_2JBJTMDgZeCibtukX6x_F7woZdjF-3hvDBC4yM9ij5LM/s405/men_behind_the_sun_poster.jpg.webp" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="405" data-original-width="280" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdsL4uU4otRlbduugpJ8rMoH009WKtBoUhyYwbWBacYUOOK7zveYTKldiU4DSuRva_qVy6GbDltaSNpi43SvzS7UC23QBvJlt4hIO8gb_bFBpDl6qbeudolTIwxRcZsOMRsfVSaLsKchNj5g_2JBJTMDgZeCibtukX6x_F7woZdjF-3hvDBC4yM9ij5LM/s320/men_behind_the_sun_poster.jpg.webp" width="221" /></a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A
China chegou a produzir um filme sobre a Unidade 731, “Cam<strong><span style="background: white; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">po 731 –
Bactérias, A Maldade Humana<span style="text-align: start;">” (</span></span></strong><span style="background: white;">Men
Behind the Sun</span>)<strong><span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">, de 1988. O </span></strong>diretor Tun Fei Mou que usou como locação o
verdadeiro quartel general do 731, na província de Habin, na Manchúria.
Em “A criatura de <span style="background: white;">Gyeongseong” o campo é citado, mesmo que
indiretamente. No drama, após o fechamento de um laboratório na Manchúria, as experiências
teriam continuado na Coreia, que na época ainda chamava-se Joseon. De fato, o
Campo 731 não foi o único local no qual experimentos eram realizados, mas ele
foi o modelo seguido por outros laboratórios espalhados por outras regiões.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><span style="background: white;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><span style="background: white;">P</span>or
fim, uma coisa que me chamou atenção no
drama, foi a forma como os japoneses tratavam as populações dominadas. O desprezo,
o ódio e a xenofobia estão presentes nas relações com outro de uma forma
nauseante. Os japoneses alimentaram seu exército com homens recrutados em
regiões dominadas, que eram obrigados a lutar pelo Japão e eram frequentemente vítimas
de humilhando dentro do exército. Eram desprezados e ensinados a desprezar seus
pares. Os japoneses reproduziam o mesmo pensamento de superioridade racial que considerava
outros povos asiáticos inferiores moralmente e biologicamente. Esse tipo de
comportamento que foi incentivado entre japoneses é bem representado na série, dando
uma ideia de como dolorosa foi a dominação japonesa na primeira metade do
século XX.</span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Mergulhar na
cultura asiática tem sido um balde d'água fria em muitos sentidos,
principalmente o histórico. Há histórias lá que deveriam ser de conhecimento de
todos, há situações que merecem receber atenção mundial. Violência contra a
mulheres e população LGTBQI+, xenofobia, alcoolismo, violência escolar e
suicídio. O Leste Asiático está submerso em uma série de mazelas que podem ser
explicadas por uma história marcada pela escravidão e pelas disputas
imperialistas, que envolvem não apenas países da região mas, também, nações
europeias e os Estados Unidos. Uma história marcada por violência e que
reproduziu ao longo do tempo essa mesma violência.<o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Ao falar
sobre os crimes de guerra do Japão não é necessariamente um ataque ao país ou a
seu povo. Os japoneses também formam vítimas de seu próprio governo. Homens,
forçados a servirem ao exército e a cometerem crimes horrorosos. Mulheres
japonesas pobres foram escravizadas sexualmente e transformadas em prostitutas
a serviço do governo. A intenção aqui é alertar para o fato de que estes crimes
aconteceram e podem se repedir enquanto for alimentado um discurso belicoso e
de ódio, discurso este que vem crescendo nos últimos anos. O Japão e a Alemanha
da Segunda Guerra Mundial devem ser o exemplo do que não queremos para o
nosso presente e, muito menos, para o nosso futuro.<o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>REFERÊNCIAS</b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">BROLIA,
MARCOS(2014). 550 – Campo 731 – Bactérias, A Maldade Humana (1988). Disponível
em: <<a href="https://101horrormovies.wordpress.com/2014/10/23/550-campo-731-bacterias-a-maldade-humana-1988/">https://101horrormovies.wordpress.com/2014/10/23/550-campo-731-bacterias-a-maldade-humana-1988/</a>>.
Acesso em 27 dez. 2023.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">DRUMMOND,
Pedro (2021). Uma Auschwitz Na Ásia: O Japão E Sua Macabra Unidade 731.
Disponível em <<a href="https://historiamilitaronline.com.br/index.php/2021/03/25/uma-auschwitz-na-asia-o-japao-e-sua-macabra-unidade-731/">https://historiamilitaronline.com.br/index.php/2021/03/25/uma-auschwitz-na-asia-o-japao-e-sua-macabra-unidade-731/</a>>.
Acesso em 27 dez. 2023.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">LIMA,
Claudia de Castro e (2016). Os terríveis experimentos japoneses com
prisioneiros chineses. Disponível em: <<a href="https://super.abril.com.br/mundo-estranho/os-terriveis-experimentos-japoneses-com-prisioneiros-chineses?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=eda_super_audiencia_institucional&gad_source=1&gclid=CjwKCAiAs6-sBhBmEiwA1Nl8szaLjur5cAhvqZa2Qh_JYx61FHbUcPHbIxPuDh92DPHM3tWzLgSA5RoCi38QAvD_BwE">https://super.abril.com.br/mundo-estranho/os-terriveis-experimentos-japoneses-com-prisioneiros-chineses?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=eda_super_audiencia_institucional&gad_source=1&gclid=CjwKCAiAs6-sBhBmEiwA1Nl8szaLjur5cAhvqZa2Qh_JYx61FHbUcPHbIxPuDh92DPHM3tWzLgSA5RoCi38QAvD_BwE</a>>.
Acesso em 27 dez. 2023.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">PISSURNO,
Fernanda Paixão. Unidade 731. <<a href="https://www.infoescola.com/historia/unidade-731/#google_vignette">https://www.infoescola.com/historia/unidade-731/#google_vignette</a>>.
Acesso em 27 dez. 2023.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">PREVIDELLI,
Fábio. Unidade 731: o antro japonês de experimentos em humanos durante a 2ª
guerra. Disponível em: < <a href="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-o-que-foi-a-unidade-731.phtml">https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-o-que-foi-a-unidade-731.phtml</a>>.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">UNIDADE
731. Wikipedia. Disponível em: <<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_731">https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_731</a>>.
Acesso em 27 dez. 2023.</span></p><p></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-41708481141478084742023-12-25T10:37:00.003-03:002023-12-25T10:37:00.141-03:00INTRODUÇÃO À HISTÓRIA LOCAL: LEOPOLDINA, OCUPAÇÃO E POVOAMENTO<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiefUiQbLKmeiVX8C_RTWeQi-Gxz7Fr0H7-4RXkgu59JbL2wAopq4PceWu8kNPtpw9CeuhISfwM65vr8wwmYZE-mo5BzyzErid5o8Qmgz1Fx7Q8cKdASdkJ7IU-aQ1d5SUSi_QOo0-89wV4feDKgPYlhTct2xZ-fhDCe9Nyjz5MGF4hpaXS1_odBGfeY1Q/s1600/CAPA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1061" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiefUiQbLKmeiVX8C_RTWeQi-Gxz7Fr0H7-4RXkgu59JbL2wAopq4PceWu8kNPtpw9CeuhISfwM65vr8wwmYZE-mo5BzyzErid5o8Qmgz1Fx7Q8cKdASdkJ7IU-aQ1d5SUSi_QOo0-89wV4feDKgPYlhTct2xZ-fhDCe9Nyjz5MGF4hpaXS1_odBGfeY1Q/w424-h640/CAPA.jpg" width="424" /></a></div><br /><p></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Este ano comecei um projeto com a amiga e colega de trabalho Luciene Nunes Silva. Preparamos um curso, dividido em três módulos, para professores e professoras do ensino fundamental, primeiros anos, do município de Leopoldina. O primeiro módulo foi oferecido em outubro. O curso consiste numa formação básica para o ensino de história local. O objetivo é, não apenas, oferecer informação para os e as docentes mas, sobretudo, introduzi-los no uso de conceito relacionados à história e de documentos que podem ajudar a complementar o ensino da história loca.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Para isso elaboramos um material inédito sobre a História de Leopoldina, que foi oferecido na forma de e-book. O primeiro e-book (serão 3 volumes) se ocupou de questões ligadas à ocupação e formação da Zona da Mata e ficou divido nos seguintes tópicos:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">1. Os primeiros habitantes de
Leopoldina: características dos Puris e
dos Coroados e sugestão de atividades em sala de aula.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">2. O
mito de origem: a Lenda do Feijão Cru.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">3. A ocupação do território: a criação do município; trabalhando história a partir de mapas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">4. Quem foi a Princesa
Leopoldina? - Trabalhando a biografia e a escrita de si nas
aulas de história</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="line-height: 107%;">5. </span>O jornal como fonte para
aulas de história</span></div><p class="Default"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Para os próximos módulos, que vão acontecer nos meses de abril e agosto (datas ainda não definidas) iremos explorar outros aspecto da história local como política, sociedade, arte, cultura, educação e saúde, procurando trazer material inédito que possa não apenas atualizar conteúdo como, também, permitir aos professores e professores a oportunidade de ter acesso a informações que dificilmente serão encontradas de forma ordenada na internet.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Diferente do que muita gente acredita, não é fácil e muitas vezes nem é possível, encontrar material sobre conteúdos relacionados à história local na internet. Isto porque trata-se de temas específicos que são condicionadas à um produção historiográfica que pode não estar disponível na rede ou mesmo não existir. Tendo isso em mente, oferecemos o curso para a Secretaria Municipal de Educação de Leopoldina e fomos prontamente atendidas. Esperamos que nos próximos módulos passamos aprofundar junto aos professores.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Quem tiver interesse pode acessar o livro clicando <a href="https://drive.google.com/file/d/1cTvBfq8-_zk101XtHh3KxOq50WR6d93s/view?usp=sharing" target="_blank">aqui</a>!</span></span></div>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-29144265773842384512023-12-23T10:34:00.001-03:002023-12-23T10:34:00.144-03:00COMENTANDO O K-DRAMA "OS OUTROS NÃO"<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC1LdSk1EmofMWlxyDnzcOaloW6VKRXGX9zFsoQMDdom9Un0jhWGgBlxQSFXLezS0uNSpLf7Z5OCXOw3j7MSujzomvp0o_TMArI3JZT5yMoWdbTqXvIg3md-47u7iz3kvztI1hpXpAod18_vMcdOJUCPNIP3r3ytGR65QJBr18SQ8dfVa_vJdlPg27n_w/s890/73d9a0_6c0a7af47e5340af9681e5b86bf8536a~mv2.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="890" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC1LdSk1EmofMWlxyDnzcOaloW6VKRXGX9zFsoQMDdom9Un0jhWGgBlxQSFXLezS0uNSpLf7Z5OCXOw3j7MSujzomvp0o_TMArI3JZT5yMoWdbTqXvIg3md-47u7iz3kvztI1hpXpAod18_vMcdOJUCPNIP3r3ytGR65QJBr18SQ8dfVa_vJdlPg27n_w/w640-h360/73d9a0_6c0a7af47e5340af9681e5b86bf8536a~mv2.webp" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Sou fã de dramas coreanos desde 2019, mas assisto
também produção asiáticas de outros países como China, Tailândia e Vietnã.
Gosto muito de alguns tipos específicos de dramas, principalmente aqueles que
fogem ao lugar comum e, mesmo tendo alguns clichês, muitas vezes necessários,
trazem histórias envolventes. É o caso de "<span lang="EN-US">남남</span>
(NamNam)", "Not Others", em português "Os outros
não". O drama conta a história de mãe e filha que dividem juntas uma
vida cheia de altos de baixos. </span></div><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Eu confesso que me interessei pelo drama por conta
de uma das protagonistas Jeon Hye-jin, uma atriz muito talentosa, que na
casa dos quarenta anos continua trabalho em muitos projetos
numa indústria que privilegia as mulheres jovens. Não é uma comédia
romântica, embora exista interesses românticos para as protagonistas, os homens
apenas estão lá para reforçar a força das mulheres, que deles nada dependem,
muito pelo contrário. </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">A história começa quando a estudante do ensino
médio Kim Eun Mi (interpretada por Jeon Hyejin), descobriu que estava grávida.
Determinada a criar sua filha, Jin Hee (interpretada pela cantora Choi Sooyoung),
a jovem mãe enfrenta muitos desafios. O primeiro foi a família do namorado, que
proibiu o relacionamento, o segundo foi sua própria família, com um pai alcoólatra
do qual a moça era vítima constante de violência doméstica. sozinha, as duas
enfrentam juntas todas as adversidades da vida.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">
Ao longo dos 12 episódios da série vamos conhecendo um pedacinho do passado
destas duas mulheres e entendendo melhor sua relação, que muitas vezes parece
muito mais a de duas irmãs (sendo a mãe a irmã caçula e rebelde) do que de mãe
e filha. Jin Hee durante toda a narrativa deixa claro que, apesar das brigas
constantes com a mãe, ela é sempre sua prioridade. As duas não falam de relacionemos externos, vivem de dependem uma da outra numa relação quase
simbiótica e não querem mudar isso.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Eun Mi já com quase 50 anos trabalha como
fisioterapeuta, Jin Hee, de 29 anos, tem uma carreira como policial. Nem mesmo
o aparecimento do pai biológico muda a conexão entre mãe e filha. Mais do que
falar dos desafios da maternidade enfrentados por uma jovem num país conservador
e machista como a Coreia do Sul, o drama traz temas atuais e sensíveis como a
violência contra as mulheres, a opção por uma vida de solteira, tanto da mãe
quanto da filha e o próprio conceito de família, já que as duas tiveram que
construir uma família não parental, ao longo de sua trajetória. Amigos que as
colheram ganharam um status de família enquanto que aqueles com os quais Jin
Hee compartilha laços consanguíneos são pessoas completamente estranhas à sua
realidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Esta parte, em especial, foi que me prendeu à trama e me fez levantar questões
com relação ao conceito que temos e que reproduzimos mesmo que inconscientemente
de família. Acredito que, dentro da realidade sul coreana, esse debate seja
ainda mais acalorado, uma vez que essa sociedade se alicerçou dentro de uma
filosofia confucionista, baseada no dever fundamental dos filhos cuidar e
obedecer aos seus pais e honrar os ancestrais. </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">O respeito pela autoridade
e pela autoridade familiar também é uma característica importante do
confucionismo. Uma família hierarquizada em todos os sentidos. Muito diferente
do núcleo familiar criado por Kim Eun Mi e sua filha. Enfim, para quem
tiver interesse numa história engraçada e, ao mesmo tempo comovente, eu
recomendo. Este drama está disponível no VIKI para assinantes, mas acredito que
pode ser encontrado gratuitamente nos fansubs.</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-71922087195125859632023-12-21T09:14:00.000-03:002023-12-21T09:14:00.153-03:00PROJETO VARAL DE MEMÓRIAS<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQPLlJ6xr5oOEBsOHQmTlXWraraqh4uleCGLPFbdf6PWnFV2vNxvh5WwD7TF-lmd2PiFz0Ia0-2g4Cf29JA7SXA3ELP6olAxRYMk6K6__P7JCeyyDjQOz0rQhieUNhrmc94lkaiEEVwDZVX0ODE1axzH682fgqVoABgUtsk_iFoL6ZRLk6mPYpn0g4FjU/s794/capa_nathania_1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="794" data-original-width="680" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQPLlJ6xr5oOEBsOHQmTlXWraraqh4uleCGLPFbdf6PWnFV2vNxvh5WwD7TF-lmd2PiFz0Ia0-2g4Cf29JA7SXA3ELP6olAxRYMk6K6__P7JCeyyDjQOz0rQhieUNhrmc94lkaiEEVwDZVX0ODE1axzH682fgqVoABgUtsk_iFoL6ZRLk6mPYpn0g4FjU/w343-h400/capa_nathania_1.png" width="343" /></a></span></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /><div style="text-align: justify;">Este ano eu emplaquei vários projetos mas não consegui separar tempo para registrar, em palavras escritas, nenhum deles. Vou aproveitar o final do ano para fazer isso. Projetos, resenhas de livros e de quadrinhos, pretendo colocar tudo em dia em dezembro e janeiro. </div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Vou começar com o projeto que eu desenvolvi recentemente na E. M. Judith Lintz Guedes Machado, Leopoldina (MG) e que recebeu o nome de "Varal de Memórias". Trata-se de um projeto que começou a ganhar corpo em agosto de 2023, justamente na semana do estudante (semana em que comemoramos o dia do estudantes, 11 de agosto, com atividades extras na escola) . Eu resolvi, na inspiração, pedir para que cada aluno/a escrevesse pelo menos meia filha de caderno contanto uma lembrança/experiência relacionada à escola. As experiências seriam transcritas e faríamos um varal no qual cada um colocaria seu texto. Daí o nome de "Varal de Memórias".</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Era para ser uma atividade apenas para minhas turmas do oitavo ano, mas acabou se tornando um projeto maior, que envolveu 8 salas e alunos do 7º ao 9º ano. Os textos eram tão interessantes que acabei abandonando a ideia original e resolvi transcrever os 110 texto que recebi e transformar em um livro. Com isso eu manteria o registro daquelas memórias e os alunos/as que participaram do projeto poderiam ter consigo o fruto do seu trabalho e compartilhar suas memórias com outras pessoas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Foi assim que nasceu o livro "Varal de Memórias" que foi lançado oficialmente no dia 02 de dezembro, numa cerimônia que teve a participação de alguns alunos que participaram da atividade, além de pais, professore e autoridades ligadas à educação e à cultura, de Leopoldina (MG) e até de outros municípios da Zona da Mata. Foi emocionante. </span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoJoNHeoonouh9Tbequ2uifi4-5rD-2P2s6zXvSiBM50GRdb407eBtY2Wessi4ukmbQ_3eARFMVYdYPwvggGbjWWOOWLQbgUgU2l3sEass-tQ6pWKRA9wQ1_FQ0sdf-Z_-bNKGxiBybHW58oWVbsSu7Hugw-bqYnOTxyxL8OuskEGIBJ5ibUxMNDCMM84/s3195/IMG_20231202_085050.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3195" data-original-width="2989" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoJoNHeoonouh9Tbequ2uifi4-5rD-2P2s6zXvSiBM50GRdb407eBtY2Wessi4ukmbQ_3eARFMVYdYPwvggGbjWWOOWLQbgUgU2l3sEass-tQ6pWKRA9wQ1_FQ0sdf-Z_-bNKGxiBybHW58oWVbsSu7Hugw-bqYnOTxyxL8OuskEGIBJ5ibUxMNDCMM84/w374-h400/IMG_20231202_085050.jpg" width="374" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6dtk1464YKw4Oqts0PF4mZkAHEPKelHUURy7so6ILr9rOEZuuxJC8VzhG5wT2FToCL1l9MbwgvKQC1EWweweDx08cCZN-Y7WO50sKqQT8Cym3QRhtzYT6Ob6vb6lXCqDPD_KZryzOp-Rsgi000jtz45oaUGhnXa6Ocl40W9K6sHB6i-RUntEZ96XWBRw/s4000/IMG_20231202_085927.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3000" data-original-width="4000" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6dtk1464YKw4Oqts0PF4mZkAHEPKelHUURy7so6ILr9rOEZuuxJC8VzhG5wT2FToCL1l9MbwgvKQC1EWweweDx08cCZN-Y7WO50sKqQT8Cym3QRhtzYT6Ob6vb6lXCqDPD_KZryzOp-Rsgi000jtz45oaUGhnXa6Ocl40W9K6sHB6i-RUntEZ96XWBRw/w400-h300/IMG_20231202_085927.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizScKZBkBlJtkdv9yQuIYa-t6MBcLsYlu66GUVmnPmKfJfS-dE08AbAT-BXfmtjbSJzxOExyiwzhb-ZMcC9bJRZ7M6Hfw4VA8qbDfnlRoP7Tyi0NOQ7FZRKAYpzaczcLt0s7YljYmkkHPJdjpndVHxt-8GkHvOYFXQtVsTOk_rcVuS_iFagWXUWaMzHh8/s2957/IMG_20231202_090314.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2539" data-original-width="2957" height="344" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizScKZBkBlJtkdv9yQuIYa-t6MBcLsYlu66GUVmnPmKfJfS-dE08AbAT-BXfmtjbSJzxOExyiwzhb-ZMcC9bJRZ7M6Hfw4VA8qbDfnlRoP7Tyi0NOQ7FZRKAYpzaczcLt0s7YljYmkkHPJdjpndVHxt-8GkHvOYFXQtVsTOk_rcVuS_iFagWXUWaMzHh8/w400-h344/IMG_20231202_090314.jpg" width="400" /></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">O livro foi literalmente impresso na escola. A diretora imprimiu e encadernou pessoalmente exatos 110 unidades e também fizemos uma versão e-book. Estamos levantando a possibilidade de conseguirmos verba para imprimir em gráfica 100 unidades do livro, para serem distribuídas para escolas do munícipio, mas isso é projeto para 2024. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Fazendo um apanhado geral, a experiência de organizar um livro de memórias foi um desafio e um prazer. Um desafio pois trabalhar com jovens requer certos cuidados e eu meio que pisei em ovos com relação aos relatos, porque eu estava trabalhando com menores. O primeiro passo foi pedir autorização dos pais/responsáveis e garantir o anonimato dos participantes. Sim, não nomeei os alunos/as, por questão de ética com pesquisa envolvendo seres humanos. Fui orientada a proceder desta forma. Outro desafio foi de organizar o livro da forma devida.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Prometi aos alunos que eles teriam tratamento de autor. Não deveriam se preocupar com a escrita pois todo o material seria revisado antes de publicado. Para isso eu contei com a ajuda da equipe do professor Nataniel Gomes do curso de letras UEMS, que se voluntariaram para fazer a revisão. A diagramação foi realizada juntamente com o professor Amaro Braga, da UFAL, amigo de longa data. A capa foi criada por duas aluna da escola, Lívia e Vivian, e tratada digitalmente pelo designer e quadrinista Hamilton Kabuna. O prefácio foi realizado pela professora Fabiana Rubira, da <span style="background-color: white; color: rgba(0, 0, 0, 0.8); text-align: left;">FEUSP. </span>Enfim, foi um trabalho coletivo, envolvendo pessoas de dentro de fora da escola.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">O prazer veio na reação dos/as estudantes que participaram do projeto tanto durante o processo de produção do texto quanto no lançamento do livro. Aqueles que não puderam estar presentes no lançamento buscaram seus exemplares e foi muito recompensador ver como liam com interesse e comentavam entre si sobre os textos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Para quem tiver interesse em conferir o trabalho basta clicar <a href="https://drive.google.com/file/d/1bw976yInIKsOlZ6ENopiD_ndYVGTzMqo/view?usp=sharing" target="_blank">aqui </a>e baixar gratuitamente o e-book. Se quiser deixar suas impressões, faça um comentário. Irei compartilhar com os alunos/as da escola.</span></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-51574969294566149812023-12-19T09:57:00.001-03:002023-12-19T20:36:48.017-03:00COMENTANDO A HQ COLABORAÇÃO HORIZONTAL<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguC-aCpD9e7G4d2xcFrVWrXrFgRCATziRlc6PFNvWoF1Z8021EOp52pKNWI5eaV7w7TGhQtJHZ3i_WpfptV8wslt10H0GRB9_5ViqCDKS5OqRGe5JGi3jBMYLXhpqEdbIjoOS2nV5x_5vNQx9skhyABB2OVdTGv221Db9SRJ7RNS0wWY_vs2XmD9dkYE4/s1500/91gFpL99BOL._SL1500_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1141" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguC-aCpD9e7G4d2xcFrVWrXrFgRCATziRlc6PFNvWoF1Z8021EOp52pKNWI5eaV7w7TGhQtJHZ3i_WpfptV8wslt10H0GRB9_5ViqCDKS5OqRGe5JGi3jBMYLXhpqEdbIjoOS2nV5x_5vNQx9skhyABB2OVdTGv221Db9SRJ7RNS0wWY_vs2XmD9dkYE4/w304-h400/91gFpL99BOL._SL1500_.jpg" width="304" /></a></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Eu gosto de Histórias em Quadrinho produzidas em contextos históricos específicos e que trazem reflexões sobre questões importantes, muitas vezes desconhecidas do grande público pois não contam dos livros de História. É o caso de "Colaboração Horizontal" publicada no Brasil em 2022, pela editora Nemo. Esta HQ estava na minha lista de leitura já havia um tempo. Colaboração horizontal é um termo (que particularmente eu não gosto) aplicado às relações românticas e sexuais entre mulheres e soldados nazistas durante o período de ocupação da França pela Alemanha durante a II Guerra Mundial. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Contextualizando, em 1940 a França caiu nas mãos do EIXO, sendo invadida pelo exército
italiano e Alemão. O governo francês foi derrubada e o país foi divido. Surgiu a
França de Vichy, um regime francês que colaborou com os nazistas ao longo da
guerra, enquanto a outra parte do país foi ocupada por tropas alemães e, ao sul,
formou-se um governo de resistência liderado por Charle de Gaulle.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Apesar do movimento de resistência e da ação de civis dentro das áreas ocupadas e das áreas livres, uma grande parte da população se calou frente a ocupação e se omitiu no que dizia respeito à perseguição de judeus e outros grupos pelos nazistas. Pode-se dizer que uma parte significativa da população francesa fez vista grossa ou declarou sua simpatia ao nazismo nestes 4 anos e ocupação. Alemães e franceses viviam e conviviam de forma despreocupada. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibdKmESzvQxweGA72c5_0T38dv4Kz-d-wYQ-7fFh5Ao1xNWdCGHbfPI6tqoCxo2weAjpNxD9vXC-enpaNqxfoayoBN5EdEdVvl3XBXrejcZJs3RFRxHjICWRStRHNq5_XoHhTdTtZG9zepbvlEtfs3TntOdPtQekdbbIWxNzvtIyL7O88DweFNOJqDdSU/s1500/91l53LO4R6L._SL1500_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="986" data-original-width="1500" height="420" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibdKmESzvQxweGA72c5_0T38dv4Kz-d-wYQ-7fFh5Ao1xNWdCGHbfPI6tqoCxo2weAjpNxD9vXC-enpaNqxfoayoBN5EdEdVvl3XBXrejcZJs3RFRxHjICWRStRHNq5_XoHhTdTtZG9zepbvlEtfs3TntOdPtQekdbbIWxNzvtIyL7O88DweFNOJqDdSU/w640-h420/91l53LO4R6L._SL1500_.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Mas, com o fim da guerra, aqueles que declararam favoráveis à resistência subitamente aumentou assim como surgiu a necessidade de encontrar alguém a quem punir e responsabilizar. As mulheres foram o alvo perfeito, em particular aquelas que mantiveram qualquer tipo de relacionamento afetivo e físico com alemães, independentemente de ser consensual ou não. Essas mulheres foram humilhadas publicamente, presas e mesmo mortas, consideradas traidoras da França.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikFqvBD6ggPsXSl2dVklC9218GyyxpXTWCHwlIl1mOC7qVOC2Mmhrjmb7D5GO-azAOTa765JHF2owGhmtY0qJ2QLowAF1BRGEsuYNpKhkeJz9N2wABDtr7tyqTBwjf6KVVjeWHerqucggI2MWpkfhgt8Ys0POMy-FrPtvq1AU_Zjwz7HXuRa3r1TUrY9g/s518/main-qimg-b17ca86099e3b5721c24911fa80ea344-lq.jpeg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="518" data-original-width="420" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikFqvBD6ggPsXSl2dVklC9218GyyxpXTWCHwlIl1mOC7qVOC2Mmhrjmb7D5GO-azAOTa765JHF2owGhmtY0qJ2QLowAF1BRGEsuYNpKhkeJz9N2wABDtr7tyqTBwjf6KVVjeWHerqucggI2MWpkfhgt8Ys0POMy-FrPtvq1AU_Zjwz7HXuRa3r1TUrY9g/s320/main-qimg-b17ca86099e3b5721c24911fa80ea344-lq.jpeg" width="259" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fonte: <a href="https://pt.quora.com/Qual-foi-a-maior-injusti%C3%A7a-da-hist%C3%B3ria-cometida-contra-as-mulheres-francesas" target="_blank">Quora</a></span></td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Elas foram alvos de linchamentos morais públicos e da purga,
que consistia consistia na raspagem de seus cabelos e no desfile público pelas
ruas das cidades, vilas ou aldeias. Muitas das mulheres eram também despidas e
marcadas com a suástica nazista através de tintura ou mesmo com ferro quente.
Além de toda a humilhação, elas foram condenadas a penas de seis meses a um ano
de prisão em decorrência da suposta colaboração com o inimigo. Cerca 20.000
mulheres foram alvos das purgas legais na França.</span><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: x-small;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;">[1]</span></span></span></span></span></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Esse o tema explorado pelas autoras <span style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #212529; text-align: left;">Carole Maurel (arte) </span><span style="background-color: white; color: #212529; text-align: left;">e</span><span style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #212529; text-align: left;"> Mademoiselle Navie</span><span style="background-color: white; text-align: left;"><span style="color: #212529;"> (roteiro) nesta HQ. Elas trazem no centro na narrativa a história de uma jovem mulher, casada, Rose, cujo marido era prisioneiro guerra, que vive um romance com um soldado alemão, Mark. A história começa a ser contada pela protagonista, já idosa, e acaba envolvendo muitas outras mulheres, presente nos entorno de Rose.</span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; text-align: left;"><span style="color: #212529; font-family: verdana; font-size: medium;">Na verdade, a HQ trata justamente da forma como essas mulheres viveram este momento sombria da história da França e da humanidade. Elas são submetidas á violência por parte dos homens, seus maridos e/ou vizinhos, e tentam se defender e sobreviver num ambiente hostil no qual são objetificadas e inferiorizadas. Mulheres forçadas a se prostituírem para continuar vivendo e, ao mesmo tempo, perdendo a vontade de viver quando abrem mão da sua dignidade; mulheres que lutam para ajudar a libertar a França e proteger judeus; mulheres que tentam se aceitar e se defender do olhar preconceituoso do outo.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; text-align: left;"><span style="color: #212529; font-family: verdana; font-size: medium;">Colaboração horizontal fala de família, de resistência, de amor, de ódio, de sentimentos múltiplos e antagônicos que se misturam num ambiente belicoso, numa sociedade com relações desestruturadas pela guerra.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; text-align: left;"><span style="color: #212529; font-family: verdana; font-size: medium;">Uma leitura agradável, uma obras bem produzida com arte impecável.</span></span></p><p><br /></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-61093694399455009172023-12-17T13:41:00.002-03:002023-12-19T07:56:25.883-03:00MINHA TESE FOI PREMIADA NO HQ MIX<p><span style="font-size: medium;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8tzEi9fKjG5u20QXYK3sYfIwBFwLSzI-uy8dP3N-XpAunlhbr_ngscU128LfeBNuWmNwh9PSUuHTqinahoV-c7ohRZmUyklNkF84lWMC1ilrsmC6ZYC6XL2oLR8kVWgRBXcr7I6jqBKsj3xZXNFIYLm7pYPygaZWgCAByqETE4drGfsayd6rtJ4WhZW0/s738/IMG_20231206_224435_972.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="738" data-original-width="738" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8tzEi9fKjG5u20QXYK3sYfIwBFwLSzI-uy8dP3N-XpAunlhbr_ngscU128LfeBNuWmNwh9PSUuHTqinahoV-c7ohRZmUyklNkF84lWMC1ilrsmC6ZYC6XL2oLR8kVWgRBXcr7I6jqBKsj3xZXNFIYLm7pYPygaZWgCAByqETE4drGfsayd6rtJ4WhZW0/s320/IMG_20231206_224435_972.jpg" width="320" /></span></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Finalmente consegui fôlego para falar sobre a minha premiação no <b>35º HQ MIX</b>, que ocorreu no dia 06 de dezembro, no SESC 24 de maio, em São Paulo. Pois é, minha tese de doutorado, que analisa a revista francesa <b>Ah! Nana</b> e o movimento feminista na Franca, na década de 1970 recebeu o prêmio de melhor tese, por unanimidade (palavras de Sônia Luyten durante a premiação). </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Pois é, a ficha ainda não caiu totalmente. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Eu olho para o troféu e me questiono: "É meu mesmo?".</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: justify;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgADUDA2cZrCJWiGnjcPLANdcDgy3pUyd2K5A5eTyCsl5kCUStbyQbQ-UG8NBVNw1co3eBPEi9ZHBjdz-q8LajjGC8Bf5np5eqv85cbNJR7hwKfSn4aq-RO2pF6jUOFz5vXd7765rsNQcg_VQk-cz144LvmtnMMNpRbOonOklWCkggHcukNFYpD39n9dBI/s1080/IMG_20231206_224437_052.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgADUDA2cZrCJWiGnjcPLANdcDgy3pUyd2K5A5eTyCsl5kCUStbyQbQ-UG8NBVNw1co3eBPEi9ZHBjdz-q8LajjGC8Bf5np5eqv85cbNJR7hwKfSn4aq-RO2pF6jUOFz5vXd7765rsNQcg_VQk-cz144LvmtnMMNpRbOonOklWCkggHcukNFYpD39n9dBI/w200-h200/IMG_20231206_224437_052.jpg" width="200" /></span></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Com Dani Marino</span></td></tr></tbody></table><span style="font-family: verdana; font-size: medium; text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">Isso tudo porque meu doutorado foi muito diferente do meu mestrado. O mestrado foi relativamente fácil e eu estava muito segura do que eu queria realmente fazer. Tanto que, quando fiz minha qualificação minha dissertação estava praticamente pronta. Já no doutorado foi diferente. Foi tenso, eu passei por bloqueios criativos, troquei de orientadora no meio do caminho, fiquei insegura e me questionava sobre minha escolha de tema. Mas meti a cara e corri atrás do prejuízo. </div></span><p></p><p style="text-align: justify;"></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: justify;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7LL8Wm3-_BQpdQ-28oGUtuH1hS-Ut_2oK-PVHiqgGMPMoUFqo8KXzUuf68P10-C93wuZYZgCd8C_OeY3YwAjff_fvva2h8z-dwxOHnnJkUbC-xtDC23Q1X5GFdFTXvv7vRqlusg1UQxqXk2jZpdFBmAfK0Fju1EkJKlCD-1EC9tAuleSDzRXbGPV0TW8/s4000/IMG_20231206_214654.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="4000" data-original-width="3000" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7LL8Wm3-_BQpdQ-28oGUtuH1hS-Ut_2oK-PVHiqgGMPMoUFqo8KXzUuf68P10-C93wuZYZgCd8C_OeY3YwAjff_fvva2h8z-dwxOHnnJkUbC-xtDC23Q1X5GFdFTXvv7vRqlusg1UQxqXk2jZpdFBmAfK0Fju1EkJKlCD-1EC9tAuleSDzRXbGPV0TW8/w150-h200/IMG_20231206_214654.jpg" width="150" /></span></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Com Sabrina da Paixão</span></td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Já que eu tinha me decidido sobre falar sobre a história e os quadrinhos na França, eu não iria recuar. Não é da minha natureza deixar uma coisa pela metade. Mas parece que o universo conspirou a meu favor. Eu conheci muita gente que me ajudou e motivou. Pessoas se aproximaram de mim para oferecer ajuda, olha que coisa! Rompi barreiras de idioma e consegui o máximo que eu pude dentro dos limites que eu tinha. Sinceramente, as pessoas acreditaram mais do que eu. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">O doutorado foi sofrido mas o resultado foi maravilhoso. Ao ver minha tese pronta eu me senti recompensada pelo meu esforço e pelo meu trabalho.</span></p><p style="text-align: justify;"></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ8s-OcxhO5xRP4p3Qe1zLn48pl9xpTo0Fa2y4PD8M7-Ykq5PbC3TKz0qQhKWKMRBF0IYkR6HhqbTHuyghocjHDCrUA75WzKC6AXgTorB5Oh3blSdxQQIK8HbSvYEly2qZliYSJ_Yv7_gEiu5QMgW5SL1HPU4-wNW5WC3vGlZbKkyCHns9Xpf0lvjcnMk/s4000/.trashed-1704504182-IMG_20231206_215244.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="4000" data-original-width="3000" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ8s-OcxhO5xRP4p3Qe1zLn48pl9xpTo0Fa2y4PD8M7-Ykq5PbC3TKz0qQhKWKMRBF0IYkR6HhqbTHuyghocjHDCrUA75WzKC6AXgTorB5Oh3blSdxQQIK8HbSvYEly2qZliYSJ_Yv7_gEiu5QMgW5SL1HPU4-wNW5WC3vGlZbKkyCHns9Xpf0lvjcnMk/w150-h200/.trashed-1704504182-IMG_20231206_215244.jpg" width="150" /></span></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Com Sônia Luyten</span></td></tr></tbody></table><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><div style="text-align: justify;">Receber o prêmio foi muito mais do que eu poderia esperar, de várias formas. Eu me emocionei com a alegria dos amigos. Não sabia que era querida por tanta gente. Vi pessoas comemorando como se elas tivessem ganhado. Minha diretora, assim que soube, disse que iria comigo receber o prêmio do meu lado. Ela e uma outra amiga querida da escola, Elizandia, cobriram os gastos com a viagem (que não foi pequeno) para poder estar do meu lado no dia da entrega. Muitos amigos e familiares largaram o estavam fazendo, para comparece à entrega do troféu. E não foi pouca gente. </div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgNIHiyAnPnp7NJwQYAFF23LNT0hzCAUVE6Vzclh5Tz54DJwGVzR9bSSHZRiOueEBFVsdXgfXFGpRyyTyiHn-oNmpNvA9CqNmqVteZTi-dC_KMxO-kqtZoi3ywwO3Olw1b7PI4mdrucBWv90BGvZp8T26Yj279w53k_jBPkeCx4a_J2Wo4EPX9ZUsgmmY/s4160/IMG_20231206_222939~2.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="4160" data-original-width="3120" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgNIHiyAnPnp7NJwQYAFF23LNT0hzCAUVE6Vzclh5Tz54DJwGVzR9bSSHZRiOueEBFVsdXgfXFGpRyyTyiHn-oNmpNvA9CqNmqVteZTi-dC_KMxO-kqtZoi3ywwO3Olw1b7PI4mdrucBWv90BGvZp8T26Yj279w53k_jBPkeCx4a_J2Wo4EPX9ZUsgmmY/w150-h200/IMG_20231206_222939~2.jpg" width="150" /></span></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Com Claudia e Elizandia</span></td></tr></tbody></table><span style="font-family: verdana; font-size: medium; text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">Isso foi o maior prêmio<span style="font-family: verdana;">: o reconhecimento por parte dos meus pares e o carinho recebido dos amigos, amigas e familiares, antes, durante e depois da premiação. Por tudo isso valeram 4 anos de pesquisa e escrita. Por tudo isso valeu meu diploma, que é tanto meu quando de vocês, assim como esse prêmio que eu dedico a todos e toda que acreditam em mim, muito mais do que eu mesma.</span></div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Muito obrigada aos avaliadores que viram potencial na minha pesquisa, muito obrigada a quem acreditou e acredita em mim. É isso que motiva acordar todo dia, a ler, escrever e produzir conteúdo. Uma tese não se escreve sozinha, ela é escrita por mãos invisíveis, as mãos de quem acredita e apoia o pesquisador/a na sua jornada.</span></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-40416565008245793592023-04-15T20:40:00.005-03:002023-04-15T20:40:45.270-03:00ENTRE A VIDA E A MORTE APROPRIAÇÃO DA LINGUAGEM DOS QUADRINHOS E O TEMA DO SUICÍDIO EM W: TWO WORLDS<p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: verdana;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLWR4UuxMnjONTr5FpTsPc0M6ln_7hka447dokhK0LV4jrMJVeKLzhNxQ8H00I02IVPO9NOoc2LtVnAU6ayBxK-5xI6uzWJvl2RdSn6hdNqqjQK-QlB6jotIva1CPlYlh0zhYRO05buWFNkIqyJn-YEzi1O5s1MqF9QyOgkgDMqFV3txtfC9KTVbTs/s489/cajueiro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="489" data-original-width="341" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLWR4UuxMnjONTr5FpTsPc0M6ln_7hka447dokhK0LV4jrMJVeKLzhNxQ8H00I02IVPO9NOoc2LtVnAU6ayBxK-5xI6uzWJvl2RdSn6hdNqqjQK-QlB6jotIva1CPlYlh0zhYRO05buWFNkIqyJn-YEzi1O5s1MqF9QyOgkgDMqFV3txtfC9KTVbTs/s320/cajueiro.jpg" width="223" /></a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: medium;">Publiquei um artigo que eu escrevi em 2020 a partir do K-drama "W: two worlds". Foi minha primeira experiência tendo como fonte esse tipo de produção midiática. Eu particularmente adorei o resultado e, também, a experiência.</span></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background-color: white;">O artigo em questão acabou de sair na nova edição da revista Cajueiro, segue o resumo.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background-color: white;">"A obra W: Two Worlds, se descortina como bem cultural híbrido, criado nas mídias k-drama e manhwas, em intersemiose e dialogicidade dos enredos. O k-drama é um formato de programa criado para televisão, enquanto os manhwas são as histórias em quadrinhos coreanas. W: Two Worlds é um exemplo ímpar de hibridação, pois não apenas se apropria de alguns aspectos da linguagem dos quadrinhos, mas também, em muitos momentos, insere os quadrinhos na narrativa central. Dos efeito</span><span style="background-color: white;">s especiais, que transformam páginas de quadrinhos em cenas “reais”, personagens de quadrinhos em personagens “reais”, aos debates entre os </span><span style="background-color: white;">personagens acerca das regras e variáveis do mundo do manhwa, W: Two Worlds inova, ao colocar em cena a própria lógica do trabalho criativo dos autores de quadrinhos. Desse modo, este bem cultural se apresenta como mediador de leitura, não apenas pelos efeitos</span><span style="background-color: white; color: rgba(0, 0, 0, 0.87);"> de animação de animação, mas a inserção do manhwa no k-drama. Esse encontro de linguagens e mídias pode ainda ser observado em outras produções e mostra como a influência da literatura ocidental está presente e se mistura com as narrativas do leste asiático.!</span></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="background-color: white; color: rgba(0, 0, 0, 0.87); font-family: verdana;">Quem quiser conferir o artigo completo, é clicar </span><a href="https://seer.ufs.br/index.php/Cajueiro/article/view/19022" style="background-color: white; font-family: verdana;" target="_blank">aqui! </a></span></div>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-9965966131767572592023-03-19T08:08:00.001-03:002023-03-19T08:08:28.664-03:00O ESPAÇO URBANO COMO LUGAR DE MEMÓRIA<p> </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><b><img border="0" data-original-height="3000" data-original-width="4000" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS2hUG8TMzKL5PHF98G7QAPk1V_P5dyycB4yLyr8WxtzvjDcvykei80m__vHNThGdne590y6wzRTbizTkTHncR1r--OWuVhqof_XmEIpsYOiib3Or11r-iB_04z97x1KYB-_yRL-KuV45CDiMMYkslOLzOOXN4Dz904yv167sYB8B3DSbLnaTm-V1VTw/w640-h480/IMG_20230121_133739.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></b></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b>O Grand Palais, em Paris, está passando por uma reforma. Para justificar essa reforma foi feito um grande painel (acho que posso chamar assim) contando um pouco da história do edifício, além de outras informações destinados ao público.</b></span></td></tr></tbody></table><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Recentemente eu viajei ao exterior e uma das coisas que me chamou atenção, e que talvez passe despercebido para a maioria dos turistas, foi a formo como o espaço urbano é transformado em lugar de memória, a partir de ações simples. Por exemplo, na França, tanto na capital como em comunas do interior, quando se faz a reforma de um prédio, coloca-se banners ou murais explicando o "por que" daquele espaço ser preservado. Conta-se, por exemplo, a história de quem morou naquele lugar, ou a história do edifício e sua importância como patrimônio. </span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Não se trata apenas de dizer o que vai ser feito, mas justificar valorizando o patrimônio. Essas ação são uma forma de educação patrimonial, na qual a comunidade tem acesso a informação histórica e, ao mesmo tempo, a criação de um espaço de memória. Uma forma didática de se educar, porque não é apenas na escola que temos acesso a conhecimento, as ruas das cidades também podem nos ensinar muito. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span>Em Petrópolis há placas nas calçadas assinalando a história de casarões que fazem parte do centro histórico. No bairro de Benfica, em Lisboa, há também esse tipo de sinalização, que remete à memória do bairro a partir do seu conjunto arquitetônico. Em Mafra, Portugal, temos o projeto "Caminhos da poesia" ou "Caminho de Camões", que correspondem a </span><span style="background-color: white;">10 poemas de Camões distribuídos entre o Jardim do Cerco, o parque intermodal do Alto da Vela, a Variante Sul. Tal iniciativa une literatura, história e memória por meio da poesia.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Outro exemplo, são as placas com os nomes de ruas. Em algumas cidades, como Cognac, na França, os nomes das ruas vem seguidas de alguma informação sobre a pessoa nomeada, que deixar de ser um sujeito anônimo e passa a ter uma identidade. Algo simples e muito significativo. Na cidade do Rio de Janeiro e, acredito, em outras cidades brasileiras, esse tipo de ação, que ajuda a preservar a memória, já existe.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Eu fui surpreendida no meu retorno à minha cidade, Leopoldina (MG). com uma iniciativa semelhante e, diga-se de passagem, até melhor elaborada. A prefeitura está instalando novas placas de indicação nas quais esclarece quem é a pessoa à qual se homenageia nomeado praças, ruas, avenidas. Uma iniciativa fantástica que ajuda a valorar não apenas o espaço urbano, mas a construir uma identidade local.</span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="980" data-original-width="1470" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcickrpQmmw_Tp-r6qFNGyANCxChw1zKd0DG67JuzdtM4ciYR-vPsdwoKoemBicqL70McKj3_af4PkGwILUyYjRSPSTDh1SBXNGfjRUwsdOHqnCCvCbMg2B_zJFc2YxPF0_JrgjG3RWgGv4qUzo3u6L1pSCkCF5Xpad1Wf3yZFBRIwiRJzHzlnkaD2vg/w640-h426/WhatsApp%20Image%202023-02-09%20at%2010.47.44.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b>Placa colocada na esquina da minha rua, não apenas trazendo uma pequena biografia do personagem que a nomeia mas, inclusive, o cep, que recentemente foi alterado.</b></span></td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcickrpQmmw_Tp-r6qFNGyANCxChw1zKd0DG67JuzdtM4ciYR-vPsdwoKoemBicqL70McKj3_af4PkGwILUyYjRSPSTDh1SBXNGfjRUwsdOHqnCCvCbMg2B_zJFc2YxPF0_JrgjG3RWgGv4qUzo3u6L1pSCkCF5Xpad1Wf3yZFBRIwiRJzHzlnkaD2vg/s1470/WhatsApp%20Image%202023-02-09%20at%2010.47.44.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></a></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Os pesquisadores Nilza Cantoni e José Luiz Machado já haviam feito, anos atrás, em 2004, um excelente trabalho identificando os nome das ruas de Leopoldina, "Nossas ruas, nossa gente: logradouros púbicos de Leopoldina" (clique <a href="https://cantoni.pro.br/estudos-sobre-a-historia-de-leopoldina-mg/livros-historia-e-genealogia/nossas-ruas-nossa-gente/" target="_blank">aqui</a> para acessar). Imagino que a iniciativa da prefeitura tenha partido desse trabalho que, agora, está dando mais frutos, transformando as ruas em lugares onde a história e a memória estão presentes.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Este exemplos que trazem iniciativas brasileiras e de outros países demonstra que ações com relação à memória e ao patrimônio, em contextos diferentes, trazem similaridades. Há a preocupação em usar o espaço público de forma pedagógica, de educar e criar um sentimento de orgulho pelo espaço urbano, reforçando assim a identidade coletiva, local e/ou nacional, assim como o sentimento de pertencimento.</span></p></div>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-19942555669500785632022-12-19T17:29:00.009-03:002022-12-19T18:27:53.154-03:00O ÚLTIMO VOO DAS BORBOLETAS - IMPRESSÕES<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3cJeDTarYSStMRxXv17DdtDkVwcPDAMyH_suA8T4tQI7Pdkc6pHyLGlfD50YgvZFEUsNPmYgkXFjN1csFN3BNdfmQj2s6YzbRzA7Y5hgWWSxnerIp6q_HP_l7jfy0mTB9cjqL1Vybv-4e1IKNS8CzO9eMOLKs_11VeMqWJ6Z_XTTYbmRUVAEf1zga/s1920/poltron-O-ultimo-voo-das-boboletas-ler-e-bom-vai.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3cJeDTarYSStMRxXv17DdtDkVwcPDAMyH_suA8T4tQI7Pdkc6pHyLGlfD50YgvZFEUsNPmYgkXFjN1csFN3BNdfmQj2s6YzbRzA7Y5hgWWSxnerIp6q_HP_l7jfy0mTB9cjqL1Vybv-4e1IKNS8CzO9eMOLKs_11VeMqWJ6Z_XTTYbmRUVAEf1zga/w640-h360/poltron-O-ultimo-voo-das-boboletas-ler-e-bom-vai.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-size: 14pt;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Eu terminei de ler
hoje o mangá "O último voo das Borboletas", de Kan Takahan, mangaká
premiada, que debutou em 2001. Em 2020, a autora venceu o 24º Prêmio Cultural Osamu
Tezuka. </span><span style="font-size: 18.6667px;">Sua obra aborda temas cotidianos, o que me agrada muito, e tem influência franco-belga. </span><span style="font-size: 14pt;">Não conhecia a autora, até porque eu não sou leitura regular de mangá
(e pode até ter sido que eu tenha lido algo antes, mas não me recordo), mas
gostei muito dessa HQ. A narrativa, a arte, a preocupação com a pesquisa na construção dos
cenários e dos personagens são alguns dos seus pontos fortes.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Cho-no-Michiyuki
ou "Voo das borboletas" é uma referência a obra do teatro kubuki,
de 1784, de Gohei Namiki. Trata-se de um mangá histórico, ficcional, que
se passa no Japão do século XIX. A protagonista é Kichou, uma cortesã de luxo,
que trabalhava no bordel Kagetsu-rou da Casa Hiketa-ya, um
estabelecimento muito famoso no Japão, com quase 400 anos, hoje conhecido como Restaurante
Histórico Kagetsu. Nele, as gueixas - mulheres que se dedicavam às artes e ao entretenimento,
dividiam espaço com as yuujo, como eram chamadas de mulher de diversão, que
prestavam favores sexuais. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Kichou era uma <i>taju,</i>
uma cortesã que tinha habilidades de uma gueixa, beleza esmerada e
inteligência, e por isso estava no topo da hierarquia dentro do bordel. Seus
clientes eram selecionados e pagavam muito mais um valor mais elevado, sendo
que ela poderia, inclusive, se recusar a atender uma pessoa, caso não
desejasse. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Uma menina se
tornava <i>yuujo </i>quando era enviada ainda bem jovem para o bordel, geralmente
vendida pela família, que não tinha condições de alimentar a prole. Essa é a
história de Kichou, vendida pelo pai ainda menina. Essas mulheres desenvolviam
uma dívida com o estabelecimento que poderia ser paga com o passar do tempo,
com seu trabalho, ou por algum amante que desejava torna-la esposa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">É uma história muito
interessante e sensível, que fala sobre a vida das mulheres nos bordeis, de
doenças como a sífilis, de como o estigma da prostituição as marcava, mesmo
quando conseguiam conquistar sua liberdade e estabelecer uma família. Não é um
mangá que vai trazer a violência contra as mulheres, mas o modo como elas
viviam e conviviam como a realidade social e cultural de um Japão que estava se
às portas da Era Meiji.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Embora o local, bordel
Kagetsu-rou, seja real, tendo até inspirado outras histórias, os personagens são ficcionais, com exceção
de um, o doutor Toon, um médico ocidental – Anthonius Franciscus Bauduin – que
realmente existiu e que foi apropriado pela autora, embora sua inserção na obra
seja toda ficcional.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Recomendo a leitura,
principalmente porque é também uma experiência de aprendizado. A autora teve a
preocupação de escrever um prefácio, esclarecendo pontos e contado um pouco
sobre o processo de criação do mangá e ainda disponibilizou um glossário, que
traz informações tanto sobre termos usados, quando sobre a história e a cultura
do Japão do século XIX, durante o Era Edo.</span></p><p></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-49921292854508817032022-12-10T13:34:00.004-03:002022-12-10T13:34:51.575-03:00A REVOLTA DA VACINA EM QUADRINHOS<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; font-family: verdana; font-size: large; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCbRnBU7ONGgRlYzMMwi6Lxp5UcKERfxP50gNgKQCbmnAcbgM8dzuEIXtIm4Ky1CmByS4-bM2PG5V6RLkd6nuAXCgyQHw4KYSuFjuXdLMYgxcgw_FuWl1WK-boXl9MbnEJl8gI2UDa3DcOth9EFRQ9Z4HJ5JyTjn3EvMsg_UvYlO5bBPnowhWqVnwN/s451/revolta%20da%20vacina.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="451" data-original-width="322" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCbRnBU7ONGgRlYzMMwi6Lxp5UcKERfxP50gNgKQCbmnAcbgM8dzuEIXtIm4Ky1CmByS4-bM2PG5V6RLkd6nuAXCgyQHw4KYSuFjuXdLMYgxcgw_FuWl1WK-boXl9MbnEJl8gI2UDa3DcOth9EFRQ9Z4HJ5JyTjn3EvMsg_UvYlO5bBPnowhWqVnwN/s320/revolta%20da%20vacina.jpg" width="228" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Terminei esta semana a leitura da HQ "Revolta da Vacina", de André Diniz. Uma obra de ficção que tem como pano de fundo o Rio de Janeiro durante a gestão de Pereira Passos, em plena reforma urbana e sanitária, retratado o movimento da Revolta da Vacina, que envolveu a massa popular e até setores do exército. Uma obra de ficção comprometida com a fundamentação histórica. Exatamente o tipo de HQ que eu gosto.</span></div></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Muitos autores se aproveitam de fatos ou eventos históricos para comporem a trama e criarem uma narrativa fictícia, às vezes se apropriando de personalidades históricas, ora como protagonistas, ora como personagens secundários. Temos, por exemplo, uma participação de Oswaldo Cruz no quadrinho, e não apenas fazendo uma breve figuração, mas estabelecendo uma diálogo longo com o protagonista. Nessas narrativas temos um pouco de tudo, de romance, de mistério e até fantasia. O diferencial está no compromisso do autor em fundamentar a trama e não se valer apenas liberdade poética. Eu gosto de classificar esse tipo de HQ de <b>"quadrinho documentado". </b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Não é um termo muito bonito, mas acho que serve para descrever um tipo de HQ que <b> </b>tem a preocupação em citar suas fontes, em introduzir ao leitor os passos da pesquisa que levaram à composição da narrativa e dos personagens. Eles trazem como anexo, por exemplo, textos de especialistas, esboços/rascunho dos desenhos e descrevem o processo de criação. Eu poderia citar como exemplo, "Degenerado", quadrinhos ricamente documentado, de </span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background-color: white; text-align: left;">Chloé Cruchaudet</span></span><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">, "Rosa Vermelha", de Kate Evans, HQ sobre a qual já comentei </span></span><a href="https://historiadoensino.blogspot.com/2017/10/rosa-vermelha-uma-biografia-em.html" style="font-family: verdana; font-size: large;">aqui</a><span style="font-family: verdana; font-size: large;">, outro quadrinho que tem a preocupação em apresentar documentos e bibliografia e, agora, "Revolta da Vacina".</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Conheço André Diniz já há muitos anos e acompanho sua trajetória como autor. Por mais de uma vez, ele já me procurou para pedir opinião sobre suas HQs baseadas em fatos históricos. Por isso, eu sei que esse autor tem uma preocupação legítima com a pesquisa. Em "Revolta da Vacina" eu acredito que ele amadureceu ainda mais nesse quesito. Além de incluir no texto da HQ fatos históricos bem explicados e, em alguns pontos, detalhados, o autor nos presenteia com um anexo rico, com um artigo escrito pelo escritor e historiador Luiz Antônio Simas, e uma série de charges publicadas durante o período da revolta da vacina, copiladas na HQ.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">A narrativa gira em torno do personagem Zelito, um jovem que sonha em ser cartunista, mas que enfrenta desde o descrédito da família às suas próprias questões pessoais. Zelito é um jovem problemático, que deseja o sucesso imediato, não aceita o fracasso e não sabe valorizar aquilo que a vida lhe oferece. Trata-se de uma HQ que coloca em cena não apenas a história do Brasil do início do século XX mas que, também, apresenta o lado sombrio de pessoas que perdem a noção do limite ao buscar a realização pessoal. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Há muitos elementos psicológicos na trama e na composição dos personagens que podem ser identificados e, portanto, é um quadrinhos que explora, também, questões mentais. Seu texto é complexo e, ao mesmo tempo, muito simples e fluido. No aspecto físico, a obra em si é muito bonita, com capa dura e miolo impresso em papel de qualidade, além de estar num preço acessível.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Eu recomendo a leitura para quem gosta de quadrinhos que trazem questões mais densas e para professores que querem ilustrar suas aulas, com uma fonte alternativa para o ensino da história e mesmo nas áreas de sociologia e saúde, incluindo saúde mental. </span></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-16500134979219059662022-12-04T13:37:00.006-03:002022-12-04T13:45:22.333-03:00COMENTANDO A HQ BERTHA LUTZ E A CARTA DA ONU<p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUbX_l8skUVdVuKhNTasuyawIpYnBqkBPI36NgE-zEXXU6K0cuX_sox_anGrDm650OJgHWYbUiXA2B5kzgsstx7z4z11vUuAdfD1OdDlN_p7c9dZkS6-T_nV0RgnKm-NvMX3Y4d-DvifjQeun8foKqGo7NSJ6x-Fj3MyKGk5oiNk8gHT-U3eWyE0DJ/s1024/Bertha_Lutz_capa-scaled-2-655x1024.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="655" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUbX_l8skUVdVuKhNTasuyawIpYnBqkBPI36NgE-zEXXU6K0cuX_sox_anGrDm650OJgHWYbUiXA2B5kzgsstx7z4z11vUuAdfD1OdDlN_p7c9dZkS6-T_nV0RgnKm-NvMX3Y4d-DvifjQeun8foKqGo7NSJ6x-Fj3MyKGk5oiNk8gHT-U3eWyE0DJ/s320/Bertha_Lutz_capa-scaled-2-655x1024.jpeg" width="205" /></a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Não tenho lido tantos quadrinhos quanto eu
gostaria, mas estou muito satisfeita com aqueles que eu decidi priorizar a leitura. Um deles é a HQ Bertha
Lutz e a Carta da ONU, de Angélica Kalil, Mariamma Fonseca, com cores Faw
Carvalho e mentoria da quadrinista Ana
Luiza Koehler. E já começo elogiando essa HQ por ser resultado de um trabalho
conjunto que, acredito eu, resultou da troca de ideias entre todas as envidas,
Um trabalho de história de memória em forma de quadrinhos que nos coloco dentro
de um contexto de militância feminista num momento no qual as mulheres estão
sendo incluídas de forma inédita no espaço macro político.</span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Mas comecei e já apontei diversos méritos da obra.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Quem acompanha as postagens que faço no meu blog
sabe que tenho uma predileção por quadrinhos que trazem conteúdo biográfico ou
autobiográfico. Da mesma forma gosto de obras que tem na história sua principal
referência e que se preocupam em utilizar fontes e contextualizar, mesmo que
isso não seja uma obrigatoriedade em obras de ficção.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Essa HQ sobre Bertha Lutz se encaixa dentro disso. É
obra que eu chamaria de referência para quem quer trabalhar a história do
feminismo mundial e brasileiro. Bertha, perdoem-me a intimidade, foi uma mulher
fabulosa. Cientista, feminista, política, militante sufragista, ao longo de
outras mulheres como Jerônima Mesquita foi responsável pela conquista do voto
feminino</span><span style="font-family: verdana; font-size: large;">.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Além disso, foi uma das poucas mulheres a
participar da elaboração da Carta da ONU, em 1945. Esse documento, histórico,
propunha a construção e um futuro melhor, após o flagelo de duas guerras
mundiais. As mulheres estavam lá, 14 mulheres, sobre as quais acabamos tendo
conhecimento não apenas da sua existência, pois confesso que além de Bertha,
não conhecia nenhuma delas, como também de seus feitos e conquistas. Algumas
delas nos trazem simpatia, outras nem tanto. É notável perceber que, ao contrário
do que muitos pensam, as mulheres não pensam igual. As posições e ações de
Bertha, por exemplo, iam de encontro a concepções mais conservadoras de algumas
delas.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUv8uUavbLld81nOeQgPV6L123OTQxD5n0e9dQ-6jj0ljBSRvyx6cUO88_ST7pGte9eksQz_WxqY6M-JqSggz_YBNN0AdCGZehPL0axpeyV6k-NjgOeQl7lqW-vY5pCVT6xw59xbirb0H3LZwYk9eLuR8Yh_ZnPaHNbdyof-T_DchDB24OgLvL9-3u/s628/berta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="599" data-original-width="628" height="610" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUv8uUavbLld81nOeQgPV6L123OTQxD5n0e9dQ-6jj0ljBSRvyx6cUO88_ST7pGte9eksQz_WxqY6M-JqSggz_YBNN0AdCGZehPL0axpeyV6k-NjgOeQl7lqW-vY5pCVT6xw59xbirb0H3LZwYk9eLuR8Yh_ZnPaHNbdyof-T_DchDB24OgLvL9-3u/w640-h610/berta.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Mas como eu disse, trata-se de uma biografia histórica
que traz à tona a memória do feminismo e não apenas a memória de uma feminista.
Uma obra de ficção que dialoga com a história. Ficcção pois a Bertha que nos é
apresentada e o resultado da apropriação e da visão de mundo as autoras, mas
baseia-se em documentos, em relatos. Documentos de época como cartas, textos
oficiais e fotografias.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Há na obra passagens muito interessantes, marcadas
por uma crítica sutil, por uma ironia leve mas certeira, por informações e
cenas que ajudam a enriquecer o estudo tanto da política internacional
brasileira quando do que era ser mulher nos anos de 1940. Enfim, recomendo a
leitura da obra, tanto pelo seu valor histórico e seu conteúdo rico quando pelo
fato de ser, realmente, uma boa leitura.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">E o que é uma boa leitura para mim?</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Um texto leve, mas rico, um traço simples, mas
marcante, uma obra despretensiosa mas que alcança tudo que propõe e muito mais.</span></p><p></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-66207906450751158182022-12-04T11:02:00.001-03:002022-12-04T11:03:34.540-03:00OFICINA DE PERFUME INSPIRADA NO UNIVERSO DE HARRY POTTER<p style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj71d3QEDBH3sFj4oJ7ZTK2MR5c2aX5avXgBXInmFxm2MTwL-GDzw0sXxASsKjFD_uQcr2wm1agMt2I4_C7qtLIWZS7mHyIqYzFBREaBWdxtHU1OPSHxAFLnyICqceV_1u884KAE9bqkNq_UkO54Uns2Jk8Pgy-PnzSA_WLsxwM-wTUQ5vQpeztDho6/s3049/IMG_20221118_163446.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="3049" data-original-width="3000" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj71d3QEDBH3sFj4oJ7ZTK2MR5c2aX5avXgBXInmFxm2MTwL-GDzw0sXxASsKjFD_uQcr2wm1agMt2I4_C7qtLIWZS7mHyIqYzFBREaBWdxtHU1OPSHxAFLnyICqceV_1u884KAE9bqkNq_UkO54Uns2Jk8Pgy-PnzSA_WLsxwM-wTUQ5vQpeztDho6/w630-h640/IMG_20221118_163446.jpg" width="630" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Oficina realizada no dia 18 de novembro com alunos do Ensino Fundamental II da E. M. Judith Lintz Guedes Machado, em Leopoldina - MG.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Acredito que várias gerações, até mesmo a minha, leu as obras da
autora britânica J. K. Rowling, criadora a série de
romances de Harry Potter, que foram posteriormente adaptados para mídias
como quadrinhos, filme e games. O universo fantástico de Harry Potter
influenciou e ainda influencia muitas mentes jovens e ávidas por aventura. Mas
não é apenas isso, Harry Potter se tornou, também, uma porta para a ciência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Ficção Fantástica e ciências? Será?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Ora, claro que sim! Não foi muitas vezes na ficção que a
ciência encontrou inspiração para grandes descobertas e invenções? O maior
exemplo dessa afirmação talvez seja o aclamo romancista do século
XIX, Júlio Verne. Com seus livros "Cinco Semanas em um Balão",
"Viagem ao Centro da Terra”, "Da Terra à Lua", "Vinte Mil
Léguas Submarinas" e "A Volta ao Mundo em 80 Dias" ele não
apenas foi um dos pioneiros na da ficção científica como inspirou
cientistas do mundo inteiro. Não seria demais dizer que Verne era pop, a sua
maneira.</span><span style="font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">A cultura pop, e aqui especificadamente o universo de Harry
Potter, pode ser um caminho para se introduzir a ciência entre os jovens, inspirar
novos cientistas, criar futuros adultos mais críticos e abertos ao novo.
Exemplo disso foi a oficina que tivemos nas escolas aqui em Leopoldina (MG),
entre os dias 17 e 19 de novembro. Com o título "Perfumes: obras de
arte, composições químicas ou poções mágicas?", a oficina se baseia no
universo de Harry Potter para levar aos jovens estudantes temas complexos
ligados às Ciências da Natureza e suas Tecnologias, usando de
interdisciplinaridade, discutindo tópicos de Biologia e Química numa abordagem
CienciArte.</span><span style="font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJAXW6kSraAW1pOqrGxaryA4mM6-2E-FHucGPk5SoPvQXozlgEiZ8cbBiFRLxk81Y7iHJ3pFuk2pF7rIb62qHL_1xQwd_aZxdT_R7r3FVkpq7fHz0DwWTokeYLpwznGhubwIhW0SWiIU81eJCkYjdQmWJ6eX1NEon7m2W4xTwLy5_Iitb4e7dqNxct/s4000/IMG_20221119_105837.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4000" data-original-width="3000" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJAXW6kSraAW1pOqrGxaryA4mM6-2E-FHucGPk5SoPvQXozlgEiZ8cbBiFRLxk81Y7iHJ3pFuk2pF7rIb62qHL_1xQwd_aZxdT_R7r3FVkpq7fHz0DwWTokeYLpwznGhubwIhW0SWiIU81eJCkYjdQmWJ6eX1NEon7m2W4xTwLy5_Iitb4e7dqNxct/w480-h640/IMG_20221119_105837.jpg" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5iZFqQ8uwBPG-Q7TSNjGaNCxwNdcBLmt4Wa8j_BqrgA4A1DXs75p0IZkhz3NhThiqxkwk0bGXzoAC8R2F7vhfa4bQA9MtQ3XKE5rDO-Iz5elHA5gRROa3hkjhsNoGEKxBKhBvB3hDVTbqEFDcT0GiIzmwHGx34y-2XwM4l6GOZsRvcZRI3P-3RcFA/s4000/IMG_20221119_105905.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4000" data-original-width="3000" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5iZFqQ8uwBPG-Q7TSNjGaNCxwNdcBLmt4Wa8j_BqrgA4A1DXs75p0IZkhz3NhThiqxkwk0bGXzoAC8R2F7vhfa4bQA9MtQ3XKE5rDO-Iz5elHA5gRROa3hkjhsNoGEKxBKhBvB3hDVTbqEFDcT0GiIzmwHGx34y-2XwM4l6GOZsRvcZRI3P-3RcFA/w480-h640/IMG_20221119_105905.jpg" width="480" /></a></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Falando assim, o leitor deve se perguntar: "Mas é
possível?". Pois eu confirmei que é. Participei como observadora de
uma das oficinas, com alunos de escola pública entre 12 e 14 anos e fiquei
encantada tanto com o que eles aprenderam como pela forma como o
conteúdo foi apresentado. Esses estudantes puderam ter acesso a informação
sobre a botânica de plantas aromáticas, sobre metabolismo vegetal,
biodiversidade, misturas, solutos e solventes orgânicos, moléculas apolares,
volatilidade molecular, cultura do perfume: aspectos históricos e outros temas
igualmente complexos, em duas horas de oficina. E, no final, todos muito
perfumados, não queriam ir embora. Eu, particularmente fiquei fã do
pesquisador/cientista /arte educador da Fiocruz Helder Silva
Carvalho.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Eu o assisti ensinado meus alunos a lerem gráficos e entenderem o
que leram. Depois de quase dois anos de isolamento, com pouco ou nenhum acesso
a aulas remotas, estes estudantes voltaram para a sala de aula este ano com uma
série de deficiências de aprendizagem que vão pesar no futuro. Mas na oficina
eu percebi que eles estão abertos ao apreender novos conteúdos e que a forma
como ensinamos faz diferença. Sei que não podemos ter uma oficina como essa
toda semana, ou mesmo todos mês mas, se pudermos planejar atividades como esta
com certa regularidade para alunos e mesmo para professores, creio que será possível
vencer os desafios que a pandemia de Covid-19 trousse para os professores de
todo o mundo.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6JrZYBfrPcfOMdi-sdECKhNZ5S5AyB13rVZEvtGVXS6R3f0b58ajXObIAUj5sBfqdb7mEVbi4IUPDcpwtzUEubrmltGGq80S4Dmulzq6YhzcpiGxU1zta_zWoDx_xudm8Bn_DYXLr7HrIPfn4iA7-0j9fCp6-K56n0H3FPRw4QPLTLS0xUowg_t0l/s4000/IMG_20221118_144220.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3000" data-original-width="4000" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6JrZYBfrPcfOMdi-sdECKhNZ5S5AyB13rVZEvtGVXS6R3f0b58ajXObIAUj5sBfqdb7mEVbi4IUPDcpwtzUEubrmltGGq80S4Dmulzq6YhzcpiGxU1zta_zWoDx_xudm8Bn_DYXLr7HrIPfn4iA7-0j9fCp6-K56n0H3FPRw4QPLTLS0xUowg_t0l/w640-h480/IMG_20221118_144220.jpg" width="640" /></a></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Por fim, é preciso agradecer à FIOCRUZ por nos proporcionar
essa atividade e à ASPAS, a Secretaria de Educação e o Colégio Imaculada
Conceição que, juntos tornaram possível que nossos alunos e os alunos de outras
escolas pudesse ter essa oportunidade.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Veja a seguir o depoimento do oficineiro sobre a experiência:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="385" src="https://www.youtube.com/embed/QKt2hikEO_w" width="463" youtube-src-id="QKt2hikEO_w"></iframe></div><br /><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><br /></span><p></p><br /><p></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-43398548881839365672022-10-23T10:13:00.001-03:002022-10-23T10:13:56.432-03:00HELENA FONSECA NA PAPIERS NICKELÉS<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhodfqL5-8P-a6UI-WRgGgvzkHOrHoWTMz9zf5Z3rSZY6nD35prKPupflAfTaLX8K-atfJ4TstN0R4u4-2U5F_z6RWAXRoTS-xa260aJIiChxk_v__GOzKO7bvCoVBloVZCUP2Bw00RqW-yHzp0_hw8J1kZ_0FVGHZk50J4e3QPrmELj3tov3DKc-gW/s3507/PAPIERS%20NIQUELES_55_01.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3507" data-original-width="2436" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhodfqL5-8P-a6UI-WRgGgvzkHOrHoWTMz9zf5Z3rSZY6nD35prKPupflAfTaLX8K-atfJ4TstN0R4u4-2U5F_z6RWAXRoTS-xa260aJIiChxk_v__GOzKO7bvCoVBloVZCUP2Bw00RqW-yHzp0_hw8J1kZ_0FVGHZk50J4e3QPrmELj3tov3DKc-gW/w277-h400/PAPIERS%20NIQUELES_55_01.jpg" width="277" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Recentemente publiquei um artigo sobre a quadrinista Helena Fonseca na revista francesa </span><b style="font-family: verdana; font-size: large;">Papiers Nickelés,</b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"> nº 73. Uma autora que eu admiro muito mas sobre a qual não tenho muitas informações, infelizmente. Ela inclusive foi escolhida para ser homenageada pelos alunos da minha escola, quando da escolha do nome da nossa gibiteca escolar. Tenho até uma postagem sobre ela, um pouco menor do que o artigo que eu enviar para a revista. Quem quiser conferir, é só clicar <a href="https://historiadoensino.blogspot.com/2017/04/helena-fonseca-da-superaventura-aos.html" target="_blank">aqui</a>. Caso algum pesquisador queira usar o texto em francês para alguma referência, mas não tem acesso a revista, pode ler o artigo, clicando <a href="https://drive.google.com/file/d/1xxBlIcHAuGVgy4ibK2FGmk9E0eX9aElt/view?usp=sharing" target="_blank">aqui</a>!</span></div><p></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-87572827345864203982022-10-09T20:53:00.001-03:002022-10-09T20:58:48.266-03:00CAPÍTULO SOBRE QUADRINHOS AUTIOBIOGRÁFICOS NO LIVRO " QUADRINHOS & CONEXÕES INTERMÍDIAS" <p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13.5pt; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKgBxyadafby1WRR8JuTvd8zmKK54SJT9gHhQ1Zu7ztfOXyHOCsjawcG6dpCc6wm_hDaQ6GJPyclTAtUTQkgHFPP6tY7O-rUcykYOQ-ALddVCMK6bcVKk9GDiFpjNQJLjSqSU_L_UWnqu6pu5P9SRsTWF3RdrEK79ff7fWbRiU5iAbAt5LnU0Nnq2i/s564/vol01.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="564" data-original-width="395" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKgBxyadafby1WRR8JuTvd8zmKK54SJT9gHhQ1Zu7ztfOXyHOCsjawcG6dpCc6wm_hDaQ6GJPyclTAtUTQkgHFPP6tY7O-rUcykYOQ-ALddVCMK6bcVKk9GDiFpjNQJLjSqSU_L_UWnqu6pu5P9SRsTWF3RdrEK79ff7fWbRiU5iAbAt5LnU0Nnq2i/s320/vol01.jpg" width="224" /></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><div style="text-align: justify;">Esta semana tivemos mais dois
lançamentos da ASPAS: os volumes 01 e 02 de Quadrinhos e Conexões
Intermídias, resultado de pesquisas apresentadas em evento da ASPAS de 2021. Eu
dei minha pequena colaboração como organizadora e estou participando do primeiro
volume com o um texto que eu particularmente adorei escrever, no qual eu
trabalhei a questão da autobiografia. Usei como referência três autoras que eu
gosto muito <span style="color: #0c343d;"><b>Anneli Furmark</b>, <b>Nicole Claveloux</b> e <b>Catia Ana</b> <b>Baldoíno,</b> </span>com
seus quadrinhos, produzidos em períodos e países diferentes, nos quais
podemos trabalhar várias questões dentre elas a memória.</div></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Convido a todos e todas conferir não
apenas meu capítulo, mas a todos os capítulos dos dois livros. Há textos
excelentes, para todos os gostos. Recomendo a leitura e o download dos livros, que são gratuitos, dentro do espírito da ASPAS de contribuir para a democratização e o acesso ao conhecimento. Para ter acesso aos dois volumes, assim como a outras publicações da ASPAS, basta
clicar <a href="https://blogdaaspas.blogspot.com/p/publicacoes.html" style="color: black;" target="_blank">aqui!</a> </span><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Segue um breve resumo do meu capítulo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><b>Os quadrinhos autobiográficos como
forma de expressão para as mulheres</b></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13.5pt; text-indent: 35.45pt;">No texto iremos analisar o componente autobiográfico na produção de
quadrinhos por mulheres, a partir da análise de obras de autoras como Anneli
Furmark, Nicole Claveloux e Catia Ana Baldoíno. São quadrinhos que
misturam elementos ficcionais com as experiências das autoras que, por meio de
seus personagens, trazem suas auto-representações e utilizam os quadrinhos como
recurso como um espaço para autoconhecimento e autoanálise. Partimos da ideia
de que, ao utilizar suas experiências, essas mulheres quadrinistas
transformaram seus quadrinhos em “lugares de fala”, nos quais podemos encontrar
não apenas representações sociais, ideias políticas ou posicionamentos
ideológicos, mas, também, experiências de vida a serem apropriadas e
compartilhadas com seus leitores e leitoras. Podemos, também, por meio deles,
adentrar ao ambiente privado, tão restrito e pouco documentado enquanto objeto
de análise. Neste sentido, trataremos essa produção midiática como um produto
da cultura material e uma fonte para se estudar a História das Mulheres, uma
vez que esse componente autobiográfico, muitas vezes implícito em uma obra, nos
ajuda a compor um quadro geral acerca de relações familiares e profissionais
que envolvem mulheres comuns cujas memórias possivelmente não serão registradas
nos anais da história. Como base teórica utilizamos a obra de Michelle Perrot e
Roger Chartier.</span></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-7947619915522303922022-10-02T13:43:00.002-03:002022-10-02T13:43:15.472-03:00A MULHER REI E A HISTÓRIA DAS MULHERES NA ÁFRICA <p style="text-align: justify;"></p><p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSJgO6CMC67ANGjmpy2p-hx4xn9i-zsyo_5OV3NecXt0iBmxiqDCWOLbk9A8Zrv9vDBSl_E1IesVcgN1GiNeBChMbxMdlRqnSXB994Pp9A_MNsBRcci5JFu7zbv3i5HxCB9Ik37SS5OgKAn2N9cW7k1cYrFIGLq0xlcOePc4mWCNRXUZJ7c1DcMqEf/s1000/a%20mulher%20rei_03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="1000" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSJgO6CMC67ANGjmpy2p-hx4xn9i-zsyo_5OV3NecXt0iBmxiqDCWOLbk9A8Zrv9vDBSl_E1IesVcgN1GiNeBChMbxMdlRqnSXB994Pp9A_MNsBRcci5JFu7zbv3i5HxCB9Ik37SS5OgKAn2N9cW7k1cYrFIGLq0xlcOePc4mWCNRXUZJ7c1DcMqEf/w640-h384/a%20mulher%20rei_03.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">Divulgação do filme - "A Mulher Rei".</span></b></td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></b></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /><div style="text-align: justify;">Fazia um bom tempo que eu ia ao cinema assistir
um filme que me marcasse, mas A "Mulher Rei" simplesmente puxou o meu
tapete, e isso num bom sentido. Eu fiquei sem chão e mergulhei de cabeça em uma
história que me fez pensar em muitas coisas. Até então, eu dizia que poucos
filmes sobre a África haviam realmente me marcado. Vou citar dois, "O
menino que descobriu o vento" e " Pantera Negra". Ambos, de
formas diferentes, descontroem muitos estereótipos que temos da África. Mas a "Mulher Rei" vai além disso.
Ele descontrói a própria história da África e das mulheres africanas, sempre
representadas como fracas, submissas, vítimas constantes de violência e
mutilação. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um filme que traz um reino africano, em
sua plenitude, enfrentando seus inimigos, não se curvando aos homens brancos
europeus. Um filme de mulheres fortes e com um elenco composto por atrizes
experientes, muitas delas de ascendência africana, valorizando não apenas as
atrizes negras, mas atrizes negras africanas. Além disso, salvo a licença
poética característica de obra de ficção, é um filme com fortes bases
históricas e com uma pesquisa realmente bem feita. Podemos perceber isso pela
preocupação com o figurino, com a contextualização história e com a escolha e
elaboração de cenários.</div></span><p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSVwjKLJBR-MIFUIPM2sC5kAXOLmr_01iJWKg_qSC4ElYNDpbkL00ABHXi0g0kA7iLHFs3WvxfbkZFj6czYvRmitBQnGsTgW-Kw7UxQymOZBHwofmOpLjOE-NRZB14fQL3Pf2dYqg8Iq6Nsow0WjcLZdzCjH_F1CvvoLkgatHibfLt3h1CEfkXZddv/s700/amazonas%20de%20Daom%C3%A9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="394" data-original-width="700" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSVwjKLJBR-MIFUIPM2sC5kAXOLmr_01iJWKg_qSC4ElYNDpbkL00ABHXi0g0kA7iLHFs3WvxfbkZFj6czYvRmitBQnGsTgW-Kw7UxQymOZBHwofmOpLjOE-NRZB14fQL3Pf2dYqg8Iq6Nsow0WjcLZdzCjH_F1CvvoLkgatHibfLt3h1CEfkXZddv/w640-h360/amazonas%20de%20Daom%C3%A9.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b>Amazonas de Daomé</b></span></td></tr></tbody></table><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">O
filme é ambientado na África, no Reino de Daomé, atual Benin, um dos reinos
mais poderosos daquele continente entre os séculos XVI e XIX. Daomé permaneceu um
reino autônomo até 1904, quando o último rei foi destronado e os franceses o anexaram
ao seu império colonial, depois de muitos anos de guerra. A história gira em
torno das "Agodjié", também chamadas de <span lang="PT">Ahosi ou Mino</span>,
uma tropa de elite formada por mulheres guerreiras a serviço do rei.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O grupo é comandado por Nanisca, personagem
de Viola Davis, que além de defender o reino de tribos inimigas e de
colonizadores franceses ainda entoa um poderoso discurso contra a escravidão de
africanos e sua venda para traficantes europeus. As "Agodjié",
inclusive, inspiram as “<span style="mso-bidi-font-style: italic;">Dora
Milaje<i>”</i></span>, mulheres da guarda real de <span style="mso-bidi-font-style: italic;">Wakanda<i> </i></span>no filme “<span style="mso-bidi-font-weight: bold;"><a href="https://omelete.com.br/filmes/pantera-negra/"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Pantera Negra</span></a>”</span>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Essas
mulheres guerreiras realmente existiram e foram temidas tanto por africanos
quanto por europeus, estes últimos as chamavam de Amazonas, uma referência ao
mito grego. Segundo registros, o primeiro regimento de <span style="background: white;">"Agodjié"</span> foi formado durante o reinado de T<span style="background: white;">assi Hangbe, a primeira e única mulher que reinou em Daomé,
no século XVIII e, também, a primeira "Agodjié". Há também relatos
que afirmam que elas eram, originalmente, mulheres caçadoras. Essas guerreiras
bem treinadas atuavam na segurança da família real, como espiãs e em batalhas. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Elas eram moças recrutadas
entre o povo de Daomé ou oferecidas, quando meninas, pelas suas famílias ao
rei. Elas podiam ser também mulheres capturadas de outras tribos e
transformadas em cativas. A essas últimas era feita a oferta de servir ao rei como
mulheres livres. Isso aparece em uma passagem do filme. Quando uma mulher de
uma tribo inimiga é questionada sobre a razão que a leva a aceitar a oferta ela
responde algo como “Aqui vou ser o caçador e não a presa”. E não deviam ser
poucas que aceitavam pois dos escravos traficados do reino, a minoria era de
mulheres. <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb8Fg8BAIJpvbo9J9Wj8oXZtrcc3vT2c3USqC6_eyKqQb3gnfaoZw1B7MfU7lgn-9TMv8lfpVsk2Cf5CFFA3zqKAUDxcPJNNzxbOgNk40hr0EeOU9PgEMmjmPXD_z7hhu5sppgxbai819YFxZW1Pu4r44tm8YiBHf2GYPqUir6wEhP1UWy8fPXMH8O/s600/mulher%20rei)9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="437" data-original-width="600" height="466" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb8Fg8BAIJpvbo9J9Wj8oXZtrcc3vT2c3USqC6_eyKqQb3gnfaoZw1B7MfU7lgn-9TMv8lfpVsk2Cf5CFFA3zqKAUDxcPJNNzxbOgNk40hr0EeOU9PgEMmjmPXD_z7hhu5sppgxbai819YFxZW1Pu4r44tm8YiBHf2GYPqUir6wEhP1UWy8fPXMH8O/w640-h466/mulher%20rei)9.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b>Grupo de durante uma visita a Paris, 1891 - Fonte: https://www.historyvshollywood.com/reelfaces/woman-king/</b></span></td></tr></tbody></table></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Tornar-se uma "Agodjié"
dava às mulheres um novo papel dentro de uma sociedade dominada por homens.
Elas abriam mão do casamento e dos filhos e recebendo em troca o reconhecimento
e um status social que as colocava entre as pessoas mais respeitadas e admiradas
de Daomé. Os homens comuns não podiam encará-las, inclusive as temiam, e tinham
que abrir caminho quando elas passavam. Apesar de todos os riscos e do
treinamento intenso muitas mulheres escolhiam se tornar "Agodjié",
tanto que elas representavam cerca de um terço das topas de Daomé. Além disso,
as "Agodjié" tinha influência política e participação de decisões
importantes. Em muitos reinos africanos mulheres chegaram a assumir posições de
liderança ou mesmo certo status social, mas em Daomé as mulheres encontraram-se
em uma posição de empoderamento única, o que torna ainda mais interessante sua
história, contada no filme.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background: white;">O Brasil tem uma ligação
com o reino de Daomé que começou com Portugal, durante as navegações. Os portugueses
estabeleceram relações econômicas e diplomáticas na região, tendo lá construído
uma feitoria no reino de Daomé, posteriormente transformada na </span>Fortaleza
de São João Batista de Ajudá<span style="background: white;">. De
lá vieram considerável parte dos escravos trazidos para a América. Daomé
enriqueceu com esse comércio, trocando prisioneiros de guerra por mercadorias
europeus. No entanto, como tempo, o próprio povo de Daomé acabou vendido como
escravo. Não atoa a região recebeu o nome de “Costa dos Escravos”. Daomé também
tinha relações diplomáticas com o Brasil, tendo sido o primeiro Estado a
reconhecer a nossa independência, em 1922, antes mesmo dos Estados Unidos, o
que ocorreu apenas em </span><span style="background: white;">26 de
maio de 1824.</span><span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: justify;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMT9Fvpm0fKye6oUt_q9D9uNXPxDMdWOtwkim_d0coQqxa7P6IyUAYh-kAvYor3sQVm2HHvzX5a51HiqZ9iTL5e4gzngEm5OyROdoAzCYVbM3iukfmbluO5LY-mDigrXpKIYJ3zhnKKVqeHqsu8YIhNcg31NRdyKIrxBh7zLc_g3vskZ4jYlc-8zuX/s1073/S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_Baptista_de_Ajud%C3%A1_1886.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="817" data-original-width="1073" height="488" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMT9Fvpm0fKye6oUt_q9D9uNXPxDMdWOtwkim_d0coQqxa7P6IyUAYh-kAvYor3sQVm2HHvzX5a51HiqZ9iTL5e4gzngEm5OyROdoAzCYVbM3iukfmbluO5LY-mDigrXpKIYJ3zhnKKVqeHqsu8YIhNcg31NRdyKIrxBh7zLc_g3vskZ4jYlc-8zuX/w640-h488/S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_Baptista_de_Ajud%C3%A1_1886.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: x-small;">Fortaleza de São João Batista de Ajudá - 1886 - Fonte: wikipedia.</span></b><br /><br /></span></td></tr></tbody></table></span><span style="background: white;"></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">No filme, por
exemplo, o próprio rei afirmou que sua mãe havia sido vendida e que ele
procurava por ela para trazê-la de volta para África. A maior parte dos
escravizados vinha para o Brasil, daí a ligação de Daomé com nosso país. A
presença brasileira naquele reino e sua relação com o Brasil está presente no
filme. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Muitos ex-escravizados, inclusive
chegaram a retornar para Daomé. Seus descentes representam
hoje 5% da população de Benin e são chamados de </span><span style="background-color: transparent;">agudás. </span></span><span style="background-color: transparent; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Os agudás têm origens diversas e se encontram atualmente em todas as
classes sociais. Fazem parte do grupo, também, descendentes de traficantes, de
comerciantes brasileiros e portugueses estabelecidos na região. Há ainda aqueles sem
ligação ancestral com o Brasil mas que estão de alguma forma ligada aos
brasileiros e se apropriaram de seus costumes.</span></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Eu me emocionei no filme porque senti que pela
primeira vez vou ter um material realmente rico e empoderador para poder
utilizar na escola. Trabalho com muitos alunos afrodescendentes, “A Mulher Rei”
traz não apenas uma boa contextualização da história de um reino africano como,
também, de empoderamento feminino. Essas mulheres guerreiras, na sua
ferocidade, entoam um discurso libertário. Elas agarram a oportunidade e fogem
do papel de submissão representado pelo casamento, geralmente arranjado, no
qual não seria valorizada e estaria à mercê da violência. Assistam à “A Mulher
Rei”, independente do seu gênero e da sua cor, tenho certeza que vai ser uma
ótima experiência.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #050505;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Fontes
consultadas:</b><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Agudás - de
africanos no Brasil a ‘brasileiros’ na África. Disponível em: <<a href="https://www.scielo.br/j/hcsm/a/vtXQvFkGbHFSHQhs5BQv3rs/?lang=pt">https://www.scielo.br/j/hcsm/a/vtXQvFkGbHFSHQhs5BQv3rs/?lang=pt</a>>.
Acesso em 02 de out. 2022.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Amazonas de
Daomé: as mulheres mais temidas do mundo. Disponível em: <<a href="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-amazonas-daome-mulheres-temidas-mundo.phtml">https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-amazonas-daome-mulheres-temidas-mundo.phtml</a>>.
Acesso em 02 de out. 2022.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Amazonas: O exército feminino do Reino do Daomé. Disponpível em: <a href="https://www.dw.com/pt-002/amazonas-o-ex%C3%A9rcito-feminino-do-reino-do-daom%C3%A9/a-56823669">https://www.dw.com/pt-002/amazonas-o-ex%C3%A9rcito-feminino-do-reino-do-daom%C3%A9/a-56823669</a>.
Acesso em 02 de out. 2022.</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">JIF : Je
vous Présente les Agodjié, Braves Amazones du Danhomè. Disponível em: <<a href="https://fafadi323701274.wordpress.com/2020/02/29/jif-je-vous-presente-les-agodjie-braves-amazones-du-danhome/">https://fafadi323701274.wordpress.com/2020/02/29/jif-je-vous-presente-les-agodjie-braves-amazones-du-danhome/</a>>.
Acesso em 02 de out. 2022.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Os
guerreiros deste reino de África Ocidental eram formidáveis – e eram mulheres. Disponível
em: <<a href="https://www.natgeo.pt/historia/2022/09/os-guerreiros-deste-reino-de-africa-ocidental-eram-formidaveis-e-eram-mulheres">https://www.natgeo.pt/historia/2022/09/os-guerreiros-deste-reino-de-africa-ocidental-eram-formidaveis-e-eram-mulheres</a>>.
Acesso em 02 de out. 2022.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;"><span class="mw-page-title-main" style="font-family: verdana; font-size: large;">Reino do Daomé.<b> </b></span><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Disponível em: <<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_do_Daom%C3%A9">https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_do_Daom%C3%A9</a>>.
Acesso em 02 de out. 2022.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">The Woman
King (2022). Disponível em: <<a href="https://www.historyvshollywood.com/reelfaces/woman-king/">https://www.historyvshollywood.com/reelfaces/woman-king/</a>>. Acesso em 02 de out. 2022.</span></p><p></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-68267536576707101422022-09-22T11:12:00.002-03:002022-10-16T08:36:35.777-03:00DOIS LIVROS LANÇADOS EM SETEMBRO<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Eu prometi a mim mesma que em 2022 eu assumira compromissos depois que defendesse minha tese. Infelizmente, não sou uma pessoa confiável. Acho que nunca escrevi tanto e nem trabalhei tanto como este ano. Eu participei até agora de vários eventos sobre quadrinhos, e ainda há mais chegando por até dezembro. Além disso, publiquei vários textos em revistas e capítulo de livro. Além disso, estou finalizando a escritura de dois livros de história e na organização de alguns livros sobre quadrinhos. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbJ3VC9hcEytnoaJHgDTLbqEDKrOHC_PRZ-vkLj54X5fYP9Bf1GflXeVeNYMOxOqWkco8LcXWLYi7Z5wVdNfEBruV9ig-cNhHOS81GBbATLX1Hy7ueH352bvua4wd3ptIyin9ftTwfMRe4GjZ4CQSisn_gHBxi71SvBXAmA2lUguy0BtBzIc6XdmAI/s1280/capa%20final.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="886" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbJ3VC9hcEytnoaJHgDTLbqEDKrOHC_PRZ-vkLj54X5fYP9Bf1GflXeVeNYMOxOqWkco8LcXWLYi7Z5wVdNfEBruV9ig-cNhHOS81GBbATLX1Hy7ueH352bvua4wd3ptIyin9ftTwfMRe4GjZ4CQSisn_gHBxi71SvBXAmA2lUguy0BtBzIc6XdmAI/s320/capa%20final.jpeg" width="222" /></a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Dois deles saíram este mês. </span>O primeiro livro foi <b>"Imagem, pesquisa e criatividade: os quadrinhos como vetores de conhecimento"</b>. Esse livro foi organizado juntamente com Amaro Xavier Braga Jr e Caetano Borges, este último é inclusive o autor da capa, de muito bom gosto, por sinal. O livro reúne vários textos de trabalhos apresentados durante os encontros da ASPAS e conta com o prefácio de Nataniel dos Santos Gomes. </span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Trata-se de uma obra diferenciada em vários sentidos. Primeiro, porque traz muitos textos de referência, que tratam de questões metodológicas, como o capítulo assinado por Lucas de Almeida Melo e João Paulo Ovídio, que faz um levantamento trabalhos de iniciação científica usando quadrinhos, realizados na UFRJ, entre os anos de 2006 e 2017. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Além disso, para pesquisadores que trabalham com fanzines há dois excelentes capítulos. Um deles, por Sara Gaspar, "Fanzines 'comer pra quê?' - relato e uma experiência de aproximação com temas relacionados à Alimentação", é resultado de um projeto de iniciação científica, e traz um relato de experiências rico e instigante, do trabalho com fanzines na educação alimentar. O capítulo outro, "Fanzines cartoneiros: reflexões sobre o cenário ambiental contemporâneo global e regional", escrito por Danielle Barros, que já é conhecida por seus trabalho com fanzines, também traz experiências da pesquisadora com a produção de fazines e das oficinas que ela desenvolveu junto com seus alunos e a comunidade, com temas relacionados ao meio ambiente.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Há ainda o texto que eu escrevi em conjunto com Dani Marino. Aliás, minha parceria com ela já rendeu três artigos, sendo que um ainda permanece inédito, aguardando publicação. O título do capítulo é "Mulheres e quadrinhos no Brasil: a explosão dos quadrinhos femininos no século XXI". Nesse capítulos tentamos fazer um síntese sobre a produção de quadrinhos por mulheres no Brasil e sobre alguns obstáculos enfrentados por quadrinistas que ingressam nesse mercado, que ainda permanece muito restrito. Foi um prazer poder escrever esse texto pois ele basicamente inaugurou uma nova fase minha, na qual eu me volto um pouco mais para a produção de quadrinhos nacional, uma vez que tanto no mestrado quando o doutorado eu me concentrei na produção estrangeira.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Temos ainda outros capítulos, igualmente interessantes. Você pode conferir todo o livro, clicando <a href="https://drive.google.com/file/d/1bj9BwxO2D4K7iYLGNRPPJajNRXkALyTb/view">aqui</a>.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCxarFbgoKSmCwn8no7ZF2jL_u90VbY8U_YkAR57L1AtVi2fg0JuMOoRRz4tHpWw012XUFiVL_t8Vqn9WSGiajZ_gSit6uvU8sxTdKf5RKb-lakhgBuBPeYfCf-JpJCpa-RFJdtZMWGX6gIdBlqwzYJHjiPP5Vi6VWIWggmgaBL0-8B20YR3LTHr8X/s2718/Capa.png" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="2718" data-original-width="1896" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCxarFbgoKSmCwn8no7ZF2jL_u90VbY8U_YkAR57L1AtVi2fg0JuMOoRRz4tHpWw012XUFiVL_t8Vqn9WSGiajZ_gSit6uvU8sxTdKf5RKb-lakhgBuBPeYfCf-JpJCpa-RFJdtZMWGX6gIdBlqwzYJHjiPP5Vi6VWIWggmgaBL0-8B20YR3LTHr8X/s320/Capa.png" width="223" /></a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">A segunda publicação é um dossiê que trata dos quadrinhos como instrumento de ensino. Esse dossiê é um projeto da ASPAS, cujos capítulos contam apenas com textos de aspianos, voltada para professores da educação básica. No livro <b>"Do lazer ao fazer: as histórias em quadrinhos na escola"</b>, eu, Maiara Alvim e Nataniel Gomes ficamos a cargo da organização do livro, com a arte na capa de Catia Ana Baldoino. O prefácio foi generosamente escrito por Henrique Magalhães. </span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Ao conceber esta publicação pensamos em produzir um material exclusivo para professores com uma linguagem acessível. Procuramos trazer uma abordagem mais prática, envolvendo temas que dizem respeito à mais diversas disciplinas. A ASPAS busca sempre reforçar a característica </span><span style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">interdisciplinar da pesquisa acadêmica e, mais ainda, compartilhar experiências. E esse livro, em particular, tem essas características.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="text-align: left;">É até difícil escolher sobre quais capítulos escrever, então vamos pegar apenas alguns como exemplos. O primeiro é o </span><span style="text-align: left;">Para surdo ouvir, para cego ver:
a acessibilidade em histórias em quadrinhos é possível?", de Valéria Aparecida Bari e Ana Laura Campos Barbosa. Nesse capítulos os quadrinhos são apresentados como uma ferramenta importante para a inclusão de pessoas que necessidades especiais. Um trabalho excelente que merece ser conferido. Temos também o capítulo dedicado ao ensino religioso "</span><span style="text-align: left;">Sugestões de quadrinhos a serem utilizados
em aulas de ensino religioso", de Marcelo Buzzoni, que traz dicas para os professores de ensino religioso. Um material inédito e valioso, uma vez que essa disciplina, em especial, carece desse tipo de referência.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Temas a participação de nossos associados estrangeiros, no capítulo "El cómic en la escuela y el desafío de formar lectores y escritores", de autoria dos pesquisadores argentinos Sebastian Gago e Valeria Daveloza. Neste capítulo os autores trazer a experiência argentina dos quadrinhos nas salas de aula como ferramentas importantes para a formação de leitores. Uma experiência estrangeira mas que pode servir de referência para as escolas brasileiras. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Temos, também, no ensino da matemática, o texto "Quadrinhos e matemática:
uma fundamentação para produções de histórias em quadrinhos", de Vanuza Camargo Durães e Aparecida Santana de Souza Chiari. Neste capítulos vamos ver como o texto pode ser importante no ensino da matemática e como o uso da criatividade e de ferramentas virtuais pode ajudar o professor de matemática a vencer alguns desafios na aprendizagem dessa disciplina.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">E há, como eu disse, muito mais. O livro pode receber, em breve, uma versão impressa mas enquanto isso não acontece, ele pode ser acessado gratuitamente <a href="https://drive.google.com/file/d/145AhnRwdNUgbG4TFfosCdtOdPzyn5jLf/view">aqui</a>.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-83677659986918182432022-09-17T10:27:00.002-03:002022-09-17T10:27:27.332-03:00OS DEZ ANOS DA ASSOCIAÇÃO DE PESQUISADORES EM ARTE SEQUENCIAL<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkZr-hd2VbBQqPDnqeiPV9qCQ2hkSnd2dUCQVDCzVB3bYPxitXbeELmyYjQZmfJcSrPhmsiAnboPxr7o3TJXOz_QV825dL2d4D4eYudc7mbcfi4UOtkXdQ_QFxbkZAOfx1QryUXjLs6dHga1qlwBuHMcmfx3QA_vPZmM5vvGcPLePCu99TaO3sJ3jk/s1097/Aspas-Logo-4-Gazy-pb.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1097" data-original-width="1009" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkZr-hd2VbBQqPDnqeiPV9qCQ2hkSnd2dUCQVDCzVB3bYPxitXbeELmyYjQZmfJcSrPhmsiAnboPxr7o3TJXOz_QV825dL2d4D4eYudc7mbcfi4UOtkXdQ_QFxbkZAOfx1QryUXjLs6dHga1qlwBuHMcmfx3QA_vPZmM5vvGcPLePCu99TaO3sJ3jk/s320/Aspas-Logo-4-Gazy-pb.jpg" width="294" /></a></span></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /><div style="text-align: justify;">Há um pouco mais de 10 anos surgiu em Leopoldina (MG), a Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial - ASPAS. Leopoldina é uma cidade do interior da Zona da Mata de Minas que, particularmente, não tem nada de especial, nem alguma ligação forte com os quadrinhos. Por exemplo, não temos um grande nome como Maurício de Sousa, que seja nativo daqui. Mas temos uma gibiteca escolar, a primeira, acredito, que foi criada e reconhecida como tal, em uma escola pública. E tudo começou com essa pequena gibiteca.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Por conta dela, o município acabou investindo muito na formação de professores e tivemos vários encontros envolvendo pesquisadores que trabalham com quadrinhos, nas mais diversas disciplinas, com objetivo de trazer novas possibilidades para o uso dos quadrinhos em sala de aula. Por conta disso, a cada ano, desdes 2007, a cidade recebeu muitos nomes importantes neste campo como, por exemplo, o professor Waldomiro Vergueiro e a professora Sonia Luyten, ambos pioneiros na pesquisa dos quadrinhos na USP. E, em meio, a isso nasceu a ideia de se criar uma associação que reunisse pesquisadores, organizasse encontros entre eles e fomentasse a produção de conhecimentos a partir do uso dos quadrinhos, tanto do ponto de vista acadêmico quanto didático. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Com mais de 60 associados, a ASPAS foi além das expectativas e se fez presente em quase todo o território nacional por meio de seus associados. Mais do que isso, ela possibilitou a integração e produção de saberes numa escala antes nunca vista. Hoje podemos oferecer a quem deseja ingressar na pesquisa dos quadrinhos obras de referência dos mais vaiados temas. Esse talvez tenha sido o nosso maior mérito.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">A ASPAS, particularmente, mudou minha vida. Eu não apenas tive a possibilidade de conhecer pessoas que me ajudaram muito com o trabalho na escola e com a pesquisa como, também, consegui alçar voos maiores na minha carreira. De outro lado, forjaram-se amizades que se fortalecem a cada ano. Dito isso, gostaria de convidar a todos e todas a conhecer a ASPAS e as obras que ela disponibiliza no seu blog.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Clique <a href="https://blogdaaspas.blogspot.com/#" target="_blank">aqui </a>para saber mais sobre a ASPAS e, <a href="https://blogdaaspas.blogspot.com/p/publicacoes.html">aqui</a>, para ter acesso a livros produzidos pelos seus associados, disponibilizados gratuitamente.</span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-70950760499133217322022-09-05T08:50:00.004-03:002022-09-05T08:50:19.114-03:00PROJETO GUERREIRAS DA INDEPENDÊNCIA<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Para a semana da comemoração dos 200 anos da Independência, preparamos na Escola Municipal Judith Lintz Guedes Machado uma pequena exposição de banners com o tema <b>"Guerreiras da Independência"</b>, que vai ser começar no dia 06 de setembro e deve durar até o final do mês. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Na exposição trazemos a história de mulheres que foram importantes tanto para a declaração da nossa Independência quanto para que ela pudesse se consolidar. Mulheres que foram para a frente de batalha para lutar contra tropas portuguesas, mulheres que se colocaram contra a opressão. Nestes 200 anos queremos trazer aqui sua memória, para que elas possam inspirar novas gerações.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">O objetivo do projeto é trabalhar justamente o papel das pessoas comuns nas história, sem tirar o mérito, claro, daqueles que já são conhecidos. Em especial, escolhemos as mulheres porque elas normalmente são esquecidas ou citadas superficialmente. O projeto pretende atender a todos os anos do Ensino Fundamental e do EJA e ser ponto de partida para outros pequenos projetos e para debates. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Confira nossa pequena exposição.</span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuvxoElNzVBWH8NV1RXyj03xK_JjlRSNggqWDpWaPAJczcKzblaQwdnizYQB_fqe98WD2pdKo2zxNe7MklzVpYMBCOj1fNfY6TuzFIvLI3bivkXZMlklBuEqqf2YaE90i12UgZmoGeWiS9KFvvRFLaPl8o5uX5i22Ay_XFIRfxTm8DJcTQBXKHxBBe/s10368/1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="10368" data-original-width="5184" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuvxoElNzVBWH8NV1RXyj03xK_JjlRSNggqWDpWaPAJczcKzblaQwdnizYQB_fqe98WD2pdKo2zxNe7MklzVpYMBCOj1fNfY6TuzFIvLI3bivkXZMlklBuEqqf2YaE90i12UgZmoGeWiS9KFvvRFLaPl8o5uX5i22Ay_XFIRfxTm8DJcTQBXKHxBBe/w320-h640/1.png" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxFaKPTJpIfPslygXZDXCMenDh3n5onuMKx2is_Fbmcbw9-3o-BwckoWsI-SMl_ggLfbD1DQyF0hvsHF0_vZyOFHwjpYFF75hxVjw4Mb4bd90jom9V-ZZMhfJj6iA9K-xujvtPSTCT-BuF_O3Un5aY7g3BpyDIwH9_uvL8Keq9awrFg2YiX84oGcO7/s10368/2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="10368" data-original-width="5184" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxFaKPTJpIfPslygXZDXCMenDh3n5onuMKx2is_Fbmcbw9-3o-BwckoWsI-SMl_ggLfbD1DQyF0hvsHF0_vZyOFHwjpYFF75hxVjw4Mb4bd90jom9V-ZZMhfJj6iA9K-xujvtPSTCT-BuF_O3Un5aY7g3BpyDIwH9_uvL8Keq9awrFg2YiX84oGcO7/w320-h640/2.png" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJzFtoTOjJiPYZaItr-8VP6H8U2JrHht2jEv0sXGHpbSVRs21AwAFFRk0A8xr5Qe--SNxUwgNNAYS7DVKwwelnNT2brA2_MgJeeYueOnGhIcEa1xdFow1Jxp1e5OJfVI_RsRHM_cmxfTYN1CLdRxmsPCNPloMWTw90L8wlJX4CBdgebyavTPXPoJVD/s10368/3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="10368" data-original-width="5184" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJzFtoTOjJiPYZaItr-8VP6H8U2JrHht2jEv0sXGHpbSVRs21AwAFFRk0A8xr5Qe--SNxUwgNNAYS7DVKwwelnNT2brA2_MgJeeYueOnGhIcEa1xdFow1Jxp1e5OJfVI_RsRHM_cmxfTYN1CLdRxmsPCNPloMWTw90L8wlJX4CBdgebyavTPXPoJVD/w320-h640/3.png" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis8yfsbACYgsVUDlJVAzQsJPmjNUO5PPH3rsjpEbiNg_CWSpT6gpgTtVdTQ9tvtfYmd595KawJqEey3dg0K4xZR_E4-yZLvhMU3e_4eKOdjVo8jSvkPV2_B2uCBUlJvZ0xUPcA-N6S5VvV7gn6qrjYr33asT5uEr-eHzEXwiDrbzmCX3yrmiqhsp83/s10368/4.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="10368" data-original-width="5184" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis8yfsbACYgsVUDlJVAzQsJPmjNUO5PPH3rsjpEbiNg_CWSpT6gpgTtVdTQ9tvtfYmd595KawJqEey3dg0K4xZR_E4-yZLvhMU3e_4eKOdjVo8jSvkPV2_B2uCBUlJvZ0xUPcA-N6S5VvV7gn6qrjYr33asT5uEr-eHzEXwiDrbzmCX3yrmiqhsp83/w320-h640/4.png" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdTVHVyRoNqmrKnaRcQUYG1g5KBtW_zHww056pqN1l_qCHJTa-Ao4TgxboEWaXk2EDTWp7pQ6GlaEt9Ti-TrZLYLm7zN_QxYJWx45DyFXDXgWOyjNI5aR7p5HK_VhU1n-boepNN6ADvuIOzpYy1ol7vqxCysd8uVzh0HIa4SZqFnYv4wgaQsev3FiL/s10368/5.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="10368" data-original-width="5184" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdTVHVyRoNqmrKnaRcQUYG1g5KBtW_zHww056pqN1l_qCHJTa-Ao4TgxboEWaXk2EDTWp7pQ6GlaEt9Ti-TrZLYLm7zN_QxYJWx45DyFXDXgWOyjNI5aR7p5HK_VhU1n-boepNN6ADvuIOzpYy1ol7vqxCysd8uVzh0HIa4SZqFnYv4wgaQsev3FiL/w320-h640/5.png" width="320" /></a></div><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Agradecimentos</span></b></p><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Agradecemos à direção da Escola Municipal Judith Lintz Guedes Machado por apoiar o projeto e aos senhores Amilton Kabuna e Luiz de Mello por patrocinarem os banners.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">OBS: Os banners podem ser reproduzidos livremente.</span></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Créditos</span></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">As imagens foram capturadas na Internet. </span></p><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Imperatriz Maria Leopoldina - <span style="background-color: white; color: #111111;">Flávio Viana (@flaviovianart). </span><span style="background-color: white; color: #050505;"> </span>Imagem capturada<span style="background-color: white; color: #050505;"> <a href="https://br.pinterest.com/pin/795870565388918590/">aqui</a></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Maria Felipa de Oliveira - <span style="background-color: white; color: #050505;">arte de @ltdathayde. </span>Imagem capturada<span style="background-color: white; color: #050505;"> <a href="https://www.facebook.com/manifestocrespo/photos/a.278415635523531/3402085573156506/?type=3">aqui!</a></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Maria Quitéria de Jesus - <em style="background: 0px 0px rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;"><span style="background: 0px 0px; border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">ilustração de Guilherme Karsten. </span></em>Imagem capturada <span style="background-color: white; color: #050505;"><a href="https://blog.brinquebook.com.br/lancamentos/brasileiras-brasileiros-fizeram-historia/">aqui!</a></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Joana Angélica - Imagem capturada <a href="http://www.famososquepartiram.com/2012/08/joana-angelica.html">aqui!</a></span></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-71618948366442363182022-07-22T11:13:00.003-03:002022-07-22T11:28:59.658-03:00COMENTANDO A HQ "NÃO ERA VOCE QUE EU ESPERAVA"<p style="text-align: justify;"></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; font-family: Verdana, sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguGPmutSB1BlFlkCvg1zJfiRdgP7LwNmTxmHWA2lVnSO4Op9kYQKcMP9D8ScPiDh35fN0heaTCqdogYup6dyE7FFqs1unkZ9eg2HU3XSDg-ZrXoR2Vq2GQZZ0EPaOHtxG-ioUZgjl6FQC0y7JGQs58JdN7hEO8uE8j0O37wNCh1ZvzKJdsQbvXwudG/s559/0002.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="559" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguGPmutSB1BlFlkCvg1zJfiRdgP7LwNmTxmHWA2lVnSO4Op9kYQKcMP9D8ScPiDh35fN0heaTCqdogYup6dyE7FFqs1unkZ9eg2HU3XSDg-ZrXoR2Vq2GQZZ0EPaOHtxG-ioUZgjl6FQC0y7JGQs58JdN7hEO8uE8j0O37wNCh1ZvzKJdsQbvXwudG/s320/0002.jpg" width="229" /></a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">Eu desenvolvi nos últimos anos uma preferência por
quadrinhos autobiográficos. Isso aconteceu quase que naturalmente, à medida que
fui tendo acesso a esse tipo de material. Sobre esse gênero eu o considero ímpar
pois ele é capaz de abrir uma comunicação mais ampla entre leitor e
autor. Isso porque, pelo menos no meu caso, eu sinto como se alguém
estivesse me contanto uma história. Algo bom pessoal que essa pessoa quer
compartilhar com outras pessoas.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></span></div><p></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">São
quadrinhos que tem uma sensibilidade muito grande e muitas vezes falam de
coisas que nós costumamos guardar para nós mesmos. São HQs, também, que possuem
um certo compromisso com o que estão narrando. Algumas vezes eles nos ensinam
sobre o que não sabemos ou o que achamos saber. Eles acabam assumindo uma um
função informativa.<o:p></o:p></span></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Eles podem ser, também, comparados ao gênero literário
"memória". Um quadrinista ao fazer um quadrinhos autobiográfico se
torna um memorialista, mesmo que não seja essa a sua intenção. Esse exercício
da escrita de si é incrivelmente cativante porque temos uma sede enorme de
estar com o outro, mesmo que seja apenas apropriando sua narrativa. <o:p></o:p></span></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Nos encontramos, muitas vezes, nessas narrativas. Nossas dúvidas,
nossos preconceitos, nossas próprias experiências podem estar ali. Conheci
muitos quadrinistas que, desde o início da carreira, basearam seus quadrinhos
na sua própria experiência, embora usassem de uma dose de ficção. E aqui eu
gostaria de destacar quadrinistas mulheres, que com quadrinhos autobiográficos
encontraram uma forma de serem ouvidas pelo mundo. Seus personagens ficcionais,
na verdade, são canais de comunicação por meio dos quais elas se abrem para o
mundo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;">No entanto, colocar-se como personagem, abrir seus pensamentos,
narrar sua própria experiência na primeira pessoa não é fácil. Embora possa-se
usar do recurso da ficção para dar certo alívio cômico ou mesmo para
expressar emoções mais profundas, essa escrita de si é
extremamente desafiadora.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgupBBZL8sm7RG9Q9rrOZFPm1FiShXKh_HJyxb1XZ-MbF4FRkB6TiEb10uQS0sY7cZzZnk9G3L0AjWOOXDxG57-5B0gbTjloh2y1QUYTig79lUoinMfsXJRbcxClPEXgIgI2CteGguzOehtvDhk8eRG-NeYGu-ZDdyB0j_R5psWGh2kJ5qGW0TB1YC_/s627/123.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="353" data-original-width="627" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgupBBZL8sm7RG9Q9rrOZFPm1FiShXKh_HJyxb1XZ-MbF4FRkB6TiEb10uQS0sY7cZzZnk9G3L0AjWOOXDxG57-5B0gbTjloh2y1QUYTig79lUoinMfsXJRbcxClPEXgIgI2CteGguzOehtvDhk8eRG-NeYGu-ZDdyB0j_R5psWGh2kJ5qGW0TB1YC_/w640-h360/123.jpg" width="640" /></span></a></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Dito
tudo isso, vamos ao que esse texto se presta, que é comentar a HQ "Não era
você que eu esperava", do francês <span style="background: white; color: #202124;">Fabien Toulmé.
O Autor é formado em engenharia e depois de trabalhar muitos anos no ramo,
inclusive no Brasil (onde fez intercâmbio, abriu uma firma e até se casou
e constituiu família), resolveu se dedicar aos quadrinhos. O ponto chave dessa
mudança foi o nascimento da sua filha caçula, Júlia. É claro, isso é uma
dedução, baseada no fato de que "Não era você que eu esperava" foi
seu primeiro quadrinho que, publicado em 2014, e narra os primeiros nos de vida
da filha, que nasceu com síndrome de down, também
conhecida como </span><span style="background: white; color: #202122;"> trissomia 21 .</span></span></p></span><p></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="font-size: medium;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: Verdana, sans-serif;">O quadrinho fala das dificuldades de
Toulmé, enquanto pai, aceitar a filha como sendo portadora de uma deficiência.
Uma verdadeira autoterapia na qual o autor expõe e analisa seus
sentimentos. Não há floreios. </span><span style="color: #202122; font-family: Verdana, sans-serif;">Toulmé assume seu
lado preconceituoso, expõe sua dor e a de sua família. Não
se apresenta como um pai perfeito mas como uma pessoa que aprendeu a aceitar
as diferenças. Ele narra seu processo de humanização, se posso assim chamar,
que ocorre à medida que ele interage com a criança que, desde o início, ele
achava que nunca iria aceitar.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="font-size: medium;"><span style="color: #202122; font-family: Verdana, sans-serif;">Há
muitas histórias sobre amor materno. Eu sinto falta de histórias sobre amor
paterno. Principalmente quando conseguimos perceber em "Não era você que
eu esperava", como o mito do amor incondicional dos pais é realmente uma
construção social. Toulmé e sua esposa, Patrícia, tiveram que aprender a
amar a criança. Ela não era amada só por existir. Isso porque a
relação consanguínea em si não garante que o amor entre pais e
filhos floresça. Até para amar é necessário um esforço.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p><p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOpIvZYNIXycT70vp4B0r2nMxM_AOhV8bqK1mr6J2zr18s18d23Pky7QHMgPGBwSYzp-PDpgN7Xr-obP1catN4hWcLpWGXXFXt4lv0Wcngo-EIhdb82FXeIkFa4G_rocQ9bCnhKXl6J_SHbIl4UmsODT7mdoU3UH1veoYQU5Pq1pGPBSjj7RB_DVVk/s800/0001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="427" data-original-width="800" height="342" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOpIvZYNIXycT70vp4B0r2nMxM_AOhV8bqK1mr6J2zr18s18d23Pky7QHMgPGBwSYzp-PDpgN7Xr-obP1catN4hWcLpWGXXFXt4lv0Wcngo-EIhdb82FXeIkFa4G_rocQ9bCnhKXl6J_SHbIl4UmsODT7mdoU3UH1veoYQU5Pq1pGPBSjj7RB_DVVk/w640-h342/0001.jpg" width="640" /></span></a></div><p></p><p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: #202122; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Esse
é um ponto que eu gostei muito. Ver esse amor sendo construído. Ele não é
natural, mas resultado de interação, de abertura para o outro, de
romper preconceitos e padrões. Toulmé discriminava crianças
com síndrome de down. Ao se tornar pai de uma criança portadora de
trissomia<span style="background: white;"> 21 ele foi levado a rever seus
preconceitos e aceitar as diferenças. Isso porque esse tipo de medo nasce
justamente de não se encontrar no outro, ou seja, naquele que é diferente de
nós.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: Verdana, sans-serif;">Dito isso, só me resta recomendar o quadrinho. Boa
leitura, traço agravável e extremante sensível e impactante.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></p><br /><p></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-503970580327225902022-07-19T11:04:00.004-03:002022-07-19T11:04:25.941-03:00ARTIGO SOBRE A HQ PELE DE HOMEM<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNEpohgd4tVHzMPeifiC9INPTzneqIQ4WkxlbDqhG9YnFNJzcIZ5KVm942P9ncYptER6Qxyolqmr1c64nlG5IwJua9SdmCa9RCyKs1ecM4D9fqW0sb61zDIX5oH6DnTDhuACJ4EEiluJZx1qmPttR1NSXuUOm6-JqQAoyOt5EX7euUxfNL3HhPAaug/s879/pele%20de%20homem%207.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="879" data-original-width="560" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNEpohgd4tVHzMPeifiC9INPTzneqIQ4WkxlbDqhG9YnFNJzcIZ5KVm942P9ncYptER6Qxyolqmr1c64nlG5IwJua9SdmCa9RCyKs1ecM4D9fqW0sb61zDIX5oH6DnTDhuACJ4EEiluJZx1qmPttR1NSXuUOm6-JqQAoyOt5EX7euUxfNL3HhPAaug/s320/pele%20de%20homem%207.jpg" width="204" /></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><div style="text-align: justify;">Ano passado eu postei <a href="https://historiadoensino.blogspot.com/2021/09/minhas-impressoes-sobre-hq-pele-de-homem.html" target="_blank">aqui </a>minhas impressões sobre a HQ "Pele de Homem". Gostei tanto que até mesmo participei de um vídeo comentando sobre essa produção, com Valéria Fernandes da Silva e Fabiana Rubira (clique <a href="https://www.youtube.com/watch?v=DlB54jAziYY" target="_blank">aqui </a>para conferir). Por fim acabei produzindo um artigo sobre ele, com o título: "Pele de Homem e a desconstrução dos Papeis de Gênero nos Quadrinhos", que saiu pela Revista da Universo. Foi meu último trabalho publicado como doutoranda. </div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Vou compartilhar aqui o resumo do artigo e, logo depois o link para quem quiser ler na íntegra.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #111111; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">"Pele de Homem"(2020) é uma história em quadrinhos, doravante HQ, franco-belga, que conquistou o público europeu e foi traduzida em 2021 para o português. A narrativa é ambientada na Itália do período renascentista e gira em torno de Bianca, uma jovem que se prepara para o casamento, mas que deseja conhecer o futuro marido. Seu desejo se realiza quando ela descobre um artefato místico que é passado de geração em geração para as mulheres da sua família, uma pele de homem. Trata-se de uma HQ que fala, com muita sensibilidade, sobre a condição feminina numa sociedade patriarcalista, que discute questões relativas aos papéis de gênero, a sexualidade e a homoafetividade, ambientado naquele contexto italiano. O roteirista Hubert Boulard e o ilustrador Frédéric Leutelier constroem uma história que mistura elementos históricos e ficção que dialogam com o presente. Nessa narrativa escrita e visual, o leitor(a) pode se encontrar representado(a) em vários momentos.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #111111; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Para ler o artigo completo, clique <a href="http://www.revista.universo.edu.br/index.php?journal=2013EAD1&page=article&op=viewArticle&path%5B%5D=9244" target="_blank">aqui!</a></span></span></p><div style="background-color: white; color: #111111; line-height: 15.68px;"><div style="text-align: justify;"><br /></div></div>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7011894390172294291.post-26705298995544197272022-07-02T00:12:00.008-03:002022-07-02T09:41:50.224-03:00DESAFIOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS PÓS-QUARENTENA<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Imagino que mais de uma centena de textos sobre educação trazem como título a palavra desafio. Desafiar, segundo o dicionário, significa, provocar uma pessoa, incitar alguém para um duelo, combate ou guerra, medir forças durante uma luta ou competição. Para a escola, e os professores, desafiar significa enfrentar todos os dias os obstáculos desempenhar bem sua função. Agora, muito mais do que antes, tem sido uma prova de fogo lecionar.</span></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Estamos diante de uma horda de alunos despreparados para a vida escolar. E esse despreparo não se deve apenas às questão de aprendizagem, de apropriação de conteúdos. O desafio maior tem sido o da convivência. Não apenas a convivência com os professores, mas entre eles mesmos. Falo aqui da minha experiência neste primeiro semestre, com alunos do fundamental II, em escola pública. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Alunos que não tiveram oportunidade de estudar e frequentar a escola por dois anos. As aulas remotas, realizados por meio de aplicativos, usando o celular, desgastaram os professores e não tiveram muito efeito sobre uma clientela que, muitas vezes, nem celular possuía. A saúde mental tanto de alunos quando de professores também sofreu com a pandemia de Covid-19. O resultado disso, eu tenho testemunhado na escola, às vezes durante minhas aulas, às vezes em relatos de colegas. </span></p><p style="text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5UKDRhcXpPRJl6HOxKcP-rs_mmmer-tWWdBP45Q-MiGsJu0_0s87zuf_uxrcJphRPMij5hZs1kYnb5aygQXeBSAr6tHDbsmQvhl9B926ouW4k_Lf5rDMRgQSGu5s8O6unXoGzUu2cb5JR3BZ1RD87CIHqB-ZWicjl_9WsYNavMY2TqjiaYO_vXNdj/s700/21105516_1681947658544654_3692631056572963863_n.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="700" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5UKDRhcXpPRJl6HOxKcP-rs_mmmer-tWWdBP45Q-MiGsJu0_0s87zuf_uxrcJphRPMij5hZs1kYnb5aygQXeBSAr6tHDbsmQvhl9B926ouW4k_Lf5rDMRgQSGu5s8O6unXoGzUu2cb5JR3BZ1RD87CIHqB-ZWicjl_9WsYNavMY2TqjiaYO_vXNdj/w400-h400/21105516_1681947658544654_3692631056572963863_n.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">Imagem capturada em: https://www.facebook.com/cnj.oficial/photos/a.191159914290110/1681947658544654/?type=3</span></td></tr></tbody></table><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">O bullying na escola aumentou enormemente, a ponto de resultar, em alguns casos, de violência física, quando a vítima chega ao limite e revida de forma quase desesperadora. É praticamente uma rotina constante ficar atenta a sinais de intimidação entre alunos, buscando evitar qualquer tipo de assédio moral.</span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">A imaturidade é outro ponto. Nesses dois anos de afastamento da escola, os alunos perderam ou não desenvolveram o traquejo básico para conviver com outras pessoas, sejam elas os colegas ou os professores. Temos alunos do sétimo ano que agem como crianças do quinto ano. Crises de choro e de ansiedade se tornaram rotina. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Tanto professores quanto alunos estão sendo vítimas de violência moral. À falta de limites some-se a falta da educação familiar. Alunos rebeldes e desrespeitosos, muito mais do que antes. Claro, isso é uma generalização. Temos alunos que sabem lidar com o ambiente escolar e com os outros de forma cordial, mas acabam sendo prejudicados pelo contexto geral. São eles, inclusive, os que mais sobre com o bullying.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Ouvi de um colega que uma mãe reclamou que a escola não está educando seu filho, pois ele está desenvolvendo "maus hábitos". Fico imaginando que algumas, não todas claro, famílias pensam que a escola deverá ser responsável pela formação moral de suas crianças. Mas isso não é papel dos pais? Não é a família que cria a base da identidade da criança, lhe ensina valores e transmite sua experiência de vida?</span></p><p style="text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwYYiGSnAt-VFYdiuPzD2sJjsVwFY6zjhNkPRx1dtV0aVzoiGDds4Tc3jZzWtDo1N8kTsLzYFLk2r5hE2cBi9zVVJUFGLZAdT4DLg-wqMUEm7jb90WJbZbC2Foy8LkXzZcgU4Ua6rvpGOUSnFmMOW7f-nmdIqRSe2rZsJNI4GiQq5r-HphzAgxRKj_/s680/EAQW1ptW4AAQ7RN.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="455" data-original-width="680" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwYYiGSnAt-VFYdiuPzD2sJjsVwFY6zjhNkPRx1dtV0aVzoiGDds4Tc3jZzWtDo1N8kTsLzYFLk2r5hE2cBi9zVVJUFGLZAdT4DLg-wqMUEm7jb90WJbZbC2Foy8LkXzZcgU4Ua6rvpGOUSnFmMOW7f-nmdIqRSe2rZsJNI4GiQq5r-HphzAgxRKj_/w400-h268/EAQW1ptW4AAQ7RN.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">Imagem capturada em: https://twitter.com/kaol_/status/1154072744495108096</span></td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">É muito complicada a própria relação entre os alunos. Muitas agressões verbais ou mesmo físicas por conta de coisas irrelevantes. Fiquei assombrada com a reação de alunos mais velhos quando solicitei que mantivessem o distanciamento. Eles começaram se se agredir verbalmente, com xingamentos, e ameaças físicas. E como gritam uns com os outros! </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">É visível a instabilidade psicológica dos adolescentes, que estão passando por uma fase da vida caracterizada por muitas mudanças físicas. Essa instabilidade se torna visível na forma como tratam o outro. E o apoio da família parece ter diminuído. Talvez para não ter que assumir a responsabilidade de ensinar, no sentido de educar para vida, muitos pais têm apoiado as más ações dos filhos e sobrecarregando o trabalho dos especialistas. Estamos tendo que repensar o papel da escola e do professor, em particular. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Neste retorno às aula presenciais eu tenho observado muitos dos meus colegas empenhados em trabalhar. Temos buscado alternativas para suprir a deficiência de aprendizagem. No entanto, ao mesmo tempo somos desestimulados pelo ambiente difícil da sala de aula. Com isso o desgaste físico e emocional diários tem refletido em adoecimento, o que faz com que professores de afastem da sala de aula temporariamente, interrompendo um ciclo de trabalho que precisará ser retomado no futuro.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Enquanto ambiente social, a escola tem sido palco de relações tóxicas, resultado de dois anos de isolamento que parecem ter feito com que os alunos esquecessem de como é ser aluno. Hoje o desafio não tem sido o ensino-aprendizagem, mas incutir normas básicas de convivência social e respeito ao outro. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">OBS: Este texto é uma autoanálise, uma forma que encontrei de refletir sobre os problemas que tenho e que outros colegas têm tido na pratica docente diária. Sempre acreditei no poder da palavra escrita. Não apenas pensar sobre algo, mas escrever sobre algo pode ampliar a compreensão que nós temos da realidade e de nos mesmos.</span></p>Natania A S Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/12242747278823165516noreply@blogger.com0