quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

I Seminário Internacional de Educação de Leopoldina: agradecimentos antecipados

Gostaria de aproveitar e fazer alguns agradecimentos antecipados a quem está nos dando apoio para a realização deste evento. A Secretaria Municipal e Educação e o CEFET - Campus III estão nos auxiliando na promoção do I SIEL (que espero possa ser realizado a cada dois anos e envolvendo um número maior de participares e mais dias de encontro), mas outros grupos e pessoas estão nos dando apoio, oferecendo ajuda e material para ser distribuído no dia do Seminário.


Dentre estes colaboradores podemos citar:

O Instituto Pró-Livro – IPL, uma associação de caráter privado e sem fins lucrativos mantida com recursos constituídos, principalmente, por contribuições de entidades do mercado editorial, com o objetivo principal de fomento à leitura e à difusão do livro.

Foi criado em outubro de 2006, como resultado de estudos e conversação entre representantes do governo e entidades do livro, e constitui uma resposta institucional à preocupação de especialistas de diferentes segmentos – públicos e privados – das áreas da educação, cultura e de produção e distribuição do livro, pelos níveis de letramento e hábitos de leitura da população em geral e, em particular, dos jovens, significativamente inferiores à média dos países industrializados e em desenvolvimento.

São privilegiados , como publico alvo as crianças e os jovens, o que demandará mobilizar os principais responsáveis pela sua educação e hábitos de leitura: educadores, pais, bibliotecários, animadores e mediadores de leitura.

Nossos agradecimentos especiais à Mirian Shimura, Assistente de Projetos, do Pró-Livro, que estará disponibilizando aos participantes do evento material informativo sobre o Instituto, que promove várias ações em prol da educação no Brasil, tendo sido um dos parceiros do MEC no Prêmio Professores do Brasil, 2008.

A Junqueira&Marin Editores (até o início de 2005 conhecida por J.M. Editora) iniciou suas atividades em 1995, com a proposta de publicar obras que pudessem colaborar com a educação no país, voltadas para os que pensam e fazem educação. Publicou livros na área de educação e formação de professores e lançou uma coleção, a Coleção Escola, dedicada aos desafios das escolas brasileiras. A Editora mantém sua atuação na área da educação e, em 2006, ampliou sua atividade no mercado editorial, iniciando a edição de obras em outras áreas.

No ano de 2008, a editora nos apoio em um evento dedicado à leitura e este ano irá disponibilizar aos participantes não apenas seus catálogos mas, também, exemplares de livros que serão sorteados durante o evento. A Editora se localiza em Araraquara, SP.

Edições UESB, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), fundada em agosto de 2002, cujas publicações são voltadas para a comunidade acadêmica e do público em geral. Desde a sua fundação, baseou suas linhas editoriais em: livros técnico-científicos, periódicos, textos didáticos e artístico-literários, sendo esse último através de um concurso anual, objetivando difundir obras inéditas, em língua portuguesa, de autores domiciliados na Região Sudoeste da Bahia. No momento em que a Uesb amplia e consolida sua posição nos meios acadêmicos, é de fundamental importância que uma universidade possa ter instrumentos que possibilitem a divulgação do conhecimento que produz.

Pensando na importância desta divulgação a editora estará contribuindo com vários exemplares de sua revista de educação Praxis Educacional, que também será sorteada entre os professores participantes. Nosso agradecimento especial a Jacinto Braz David Filho, diretor das Edições Uesb.

É importante salientar que este pequeno seminário, com participação internacional, está recebendo apoio de organizações e empresas de outras regiões e de relevância nacional, mostrando que para se buscar qualidade na educação, para promover o crescimento profissional e, porque não dizer, intelectual dos nossos profissionais do ensino não há fronteiras.

Leopoldina é um pequeno município da Zona da Mata, mas no dia 21 de março de 2009, será um grande centro de debates em torno da qualidade da educação e da valorização dos profissionais do ensino.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Globalização e Educação: tendências, Paradoxos e perspectivas

O artigo que segue foi publicado no ano de 2002, pela Revista do Programa de Pós-Graduação da Universidade Metodista de Piracicaba. Trata-se de um trabalho do qual participei a convite do prof Akarri, que estará presente no I SIEL. Se tiver dificuldade me visualizar, clique aqui.

Art 7

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Belezas naturais de Leopoldina


Este fim de semana, especificadamente dia 22 de fevereiro, fui com a minha família conhecer a cachoeira Poeira d' água, famosa aqui em Leopoldina, localizada no distrito de Piacatuba. Eu como boa Leopoldinense, não conhecia. Foi preciso alguns parentes meus virem do Rio de Janeiro para passar o Carnaval aqui para que o passeio acontecesse. Foi lindo. Valeu a pena toda a poeira que tomamos no caminho.

A cachoeira faz parte do complexo onde fica a Usina Maurício, que pertence à Energisa (antiga Companhia Força e Luz). É muito bonita e muito frequentada. Havia muitas pessoas acampadas, muitas famílias que foram passar o domingo de carnaval em contato com a natureza. Não há estrutura montada: apenas um estacionamento improvisado e um "restaurante" com poucas opções.

A Energisa mantem um museu, na antiga usina de geração de eletricidade, fundada há mais de 100 anos. É muito interessante. Cheguei a levar meus alunos do CEFET (quando dei aula naquela escola) para conhecer. Uma visita ao museu pode ser um bom complemento para um dia de passeio no interior do distrito de Piacatuba.

Mas isto é bom, porque o legal é fazer um piquenique na beira da cachoeira. Nada é perfeito, havia algum lixo espalhado, mas muito pouco se for levar em conta a quantidade de pessoas que lá estavam. Um ponto positivo: existe a consciência de que se deve preservar o local. Depois da cachoeira fomos almoçar em Piacatuba. Dia perfeito.

Fiz uma rápida pesquisa na internet e descobri que fazemos parte do Circuito Turístico Serras e Cachoeiras. Segue alguns trechos de uma reportagem que saiu no ACESSA.COM:

"Leopoldina, Recreio, Cataguases, Argirita, Dona Euzébia e Itamarati de Minas são as seis cidades responsáveis por dar a este Circuito um caráter tão curioso. Cataguases chama a atenção pelos ricos acervos de arte de Cândido Portinari, Emerick Marcier, Jan Zack, Bruno Giorgi, Oscar Niemeyer, Francisco Bolonha, Aldary Toledo, Burle Marx e Djanira.

Estas obras são encontradas em igrejas, colégios, praças e dentro das residências de alguns moradores. Ao lado de obras tão importantes também estão os monumentos arquitetônicos que promovem uma viajem ao passado. Um exemplo é o Santuário de Santa Rita, onde a obra A vida de Santa Rita, de Djanira, pode ser encontrada (foto abaixo à direita). "O patrimônio histórico é muito forte em Cataguases", explica a gestora da Agência de Desenvolvimento Regional do Circuito Turístico Serras e Cachoeiras

Ao lado de Cataguases, Leopoldina também contribui com o caráter urbano desse circuito. A cidade abriga o Museu da Eletricidade, onde estão guardados equipamentos e ferramentas que datam da construção da Usina Maurício em 1908. Além dele, os turistas podem visitar o Centro Cultural Espaço dos Anjos, onde estão os restos mortais de Augusto dos Anjos, poeta brasileiro que faleceu em Leopoldina em 1914.

Regina também chama a atenção para os pontos turísticos ligados à natureza em Leopoldina. A Pedra do Cruzeiro (foto acima à esquerda) é freqüentada pelos turistas mais corajosos. Ela é usada para os esportes mais radicais, como rapel e o salto de paraglider. Outro ponto muito visitado é a cachoeira Poeira D'água, localizada na área da usina hidrelétrica, ainda em funcionamento. "É um local muito visitado, principalmente no verão."

A proximidade entre as cidades é um ponto positivo desse circuito. Entre Leopoldina, a sede, e as outras cidades, a distância maior é de Itamarati de Minas, com aproximadamente 35 Km. De Leopoldina até Recreio, Regina contabiliza 25 Km, até Cataguases 17 Km, até Argirita 22 Km e Dona Euzébia está a 30 Km da sede.

Outro ponto positivo do circuito são os restaurantes. Regina diz que os turistas estão muito bem servidos em qualquer cidade escolhida para o passeio. O que ainda está sendo estruturado nos locais menores é a rede hoteleira. "Estamos reestruturando as pousadas para adaptá-las às necessidades dos turistas. Mas em qualquer cidade há como se hospedar."


Segue um vídeo que eu fiz e postei no youtube:



domingo, 22 de fevereiro de 2009

O papel do educador na sociedade do conhecimento

Abdeljalil Akarri, consultor da Unesco, fala sobre os desafios dos professores no século 21

Por Mariana vicili

Em julho a PUCRS sediou o 3º Congresso Nacional Marista de Educação, reunindo mais de 2,5 mil professores de todo o País. O foco principal dos debates foram as novas configurações da profissão e da missão do educador no século 21. Entre os conferencistas internacionais estava o professor Abdeljalil Akkari, da Universidade de Genebra, na Suíça. Akkari é consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e diretor de pesquisa na Haute École Pédagogique. Realiza pesquisas sobre desigualdades educacionais, educação comparada e conexões entre culturas e educação. Na ocasião, realizou palestra sobre O ofício de educador na sociedade do conhecimento: profissão e missão. Antes da conferência, concedeu entrevista exclusiva à revista PUCRS Informação falando sobre o tema e comentando a respeito da educação no Brasil.

Quais são os maiores desafios dos educadores na sociedade do conhecimento?
Percebo três desafios principais. Primeiro, ajudar os alunos a selecionarem as informações mais importantes. Numa internet, num banco de dados, existe muita informação. O problema é identificar a informação que tem valor científico, valor numa disciplina. A segunda missão é ajudar os alunos a ver a informação do ponto de vista crítico. Significa que nem tudo o que encontramos na internet e em outras fontes é bom. Não precisamos aceitar tudo sem discussão. A terceira condição é pensar que a internet é só um meio para melhorar a nossa produtividade como educando, que deve ser um instrumento, e não uma finalidade da educação. É preciso conectar o que encontramos na internet com outro meio de conhecimento, valorizando a relação do professor diretamente com o educando.

A filosofia marista de ensino valoriza muito essa relação, além de buscar a formação do aluno como um todo, como profissional e como pessoa. O que o senhor acha?
Na perspectiva marista, o estudante é preparado para o emprego, para a universidade, mas sempre com uma visão histórica e filosófica de prepará-lo para ser responsável pela sua vida, com uma postura crítica. É importante existir esse tipo de instituição que não tem como objetivo só uma preparação instrumental. É uma perspectiva interessante, porque a tendência é menos ética, menos moral. Em vários lugares no mundo, inclusive no Brasil, a educação virou um mercado para gerar lucro, vender curso, enriquecer. A educação marista procura conviver com essa realidade, mas num aspecto mais espiritual, mais humano. Tive a oportunidade de participar do primeiro congresso marista em 1997, em Curitiba, e fui convidado para uma intervenção durante este evento. O que me impressionou mais é que este congresso é um encontro da comunidade marista de todo o Brasil. Tem heterogeneidade, diversidade cultural, diversidade de instituições, o que é uma questão muito importante.

No Brasil, a educação enfrenta um problema muito sério: cada vez menos pessoas querem trabalhar como professores, principalmente nos Ensinos Fundamental e Médio. O que poderia ser feito? A melhora do salário resolveria?
Estou pesquisando agora mesmo a questão da qualidade da educação básica no Brasil. A ideia é ver a opinião dos professores que atuam na rede particular e pública sobre a qualidade da educação. A maioria dos professores que entrevistamos conta que o salário tem relação com o desempenho deles, porém, muitos acreditam que melhorar o salário não vai necessariamente implicar a melhoria do trabalho do professor. Não é só salário, é uma questão de reconhecimento social. No Brasil, percebo que o professor não tem esse reconhecimento. Alguns até comentaram: “Quando as pessoas sabem que a gente é professor de Ensino Fundamental, dizem: ‘que pena, você não encontrou outro trabalho?’ ”. Não tenho solução para reformar isso, mas essa pesquisa pode ajudar a ver por que a questão é assim.

Alguns países com o mesmo nível de desenvolvimento do Brasil conseguiram avanços nessa área. O que poderia ser tomado como exemplo?
Para melhorar a educação básica num país, estudam-se vários países no mundo, sobretudo os asiáticos, que alcançaram um bom nível educacional. O que se pode observar? Primeiro: tem que investir mais na educação. O Brasil investe bastante, mas não investe o correspondente à sua riqueza econômica. A qualidade da educação não pode sair de uma escola que não tem banheiro, não tem teto, não tem água. Todos os estudos internacionais apontam a importância da questão da infra-estrutura. Há também os livros didáticos. Não existe um lugar no mundo onde a educação melhorou sem livro didático apropriado, publicado no lugar, de acordo com realidade cultural e social local. O terceiro ponto é a formação e a condição do trabalho do professor.

Passando do ensino básico para o superior. O que o senhor acha da experiência do ProUni e das cotas no Brasil?
É difícil para um pesquisador estrangeiro opinar de forma lúcida sobre isso, mas vou tentar. Eu ministro um curso sobre educação comparada e relato sobre essa experiência brasileira. Algumas pessoas falam que a educação tem que se basear na questão do mérito. Outra parte da população acha que existem alguns grupos discriminados socialmente, e que o Estado tem o papel de ajudar esse grupo para participar realmente da vida social, política e educacional. No Brasil, historicamente, o programa educacional foi inspirado no dos Estados Unidos. O programa norte-americano é baseado nas categorias raciais. Significa que o cidadão americano se encaixa em categorias, como branco, mestiço, negro, entre outros. O problema é que aqui no Brasil a pessoa é que tem que dizer a sua “categoria”. Deixa muita margem à interpretação de cada um, e essa designação da raça dá problema. Na França a ação é territorial, ou seja, quando você mora num bairro periférico, o Estado vai ajudá-lo, não você, mas o bairro. Por exemplo, o professor que trabalha numa favela ganha mais do que um que trabalha no centro da cidade. O que acho interessante na perspectiva brasileira é a questão social, sobretudo os alunos que passaram pela rede pública e podem ingressar em universidade pública ou privada.

E quanto à educação a distância no ensino superior? O senhor acredita que é uma tendência?
Vejo que havia muita esperança nos cursos a distância. Vou falar da minha própria experiência lá na Universidade de Genebra. Estou experimentando cursos semipresenciais e percebo que, para se ter um bom curso a distância, você precisa trabalhar mais do que com cursos tradicionais. Quando decidi fazer uma parte do curso nessa modalidade, não tive tempo suficiente para melhorá-lo para que fosse adaptado. Um curso a distância pede muita preparação no aspecto técnico, gráfico. Esse tipo de curso tem muita interatividade com os alunos. O que significa que podemos contatar o professor a qualquer momento do dia, da noite. Há uma relação privilegiada com cada estudante. O problema é que isso também precisa de tempo. Mas isso depende também da disciplina. Tenho uma postura bastante crítica sobre uso e abuso de cursos a distância na educação superior.

A questão é, queremos curso a distância porque é mais barato ou mais eficiente para conseguir um objetivo de aprendizagem?
Aqui na PUCRS nós temos alguns cursos com disciplinas a distância na graduação, uma ou duas...
Penso que não se deve parar a experiência com cursos a distância. O que não acredito é num programa inteiro nessa modalidade. A presença de uma ou duas disciplinas com material bem preparado é válida. O melhor curso a distância é aquele criado na universidade que ajuda o professor a prepará-lo, que investe.

Esta entrevista saiu na Revista Informação, da PUCRS, n° 141, setembro/outubro, 2008, p. 25 e 26.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

INSCRIÇÕES PARA O 1° SIEL - AVISO

Caros colegas,

As inscrições para o público externo se esgotaram. Eram 40 vagas. No entanto, em caso de não preenchimento de vagas reservadas aos professores municipais de Leopoldina, à SRE e ao Cefet, disponibilizaremos as mesmas àqueles que estão sendo colocados na fila de espera. Até dia 15 de março teremos uma posição para estas pessoas.

Infelizmente não temos como inscrever mais de 250 pessoas, pois o espaço físico não comporta. Pedimos que confira sua inscrição na sua escola na semana do evento ou pelo e-mail nogueira.natania@gmail.com.

No dia do evento não serão feitas inscrições e as pessoas que não estiverem na listagem não poderão participar. Também não serão aceitas transferência de vagas. Se algum inscrito não puder ir, deverá cancelar a inscrição, mas não poderá passá-la para outra pessoa.


Pedimos sua compreensão e lamentamos não poder atender a todos.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Saiba mais sobre os palestrantes que irão se apresentar no I SIEL


Abdeljalil Akkari

Doutorado em Ciências da Educação na Universidade de Genebra (1992). Pós-doutorado na Universidade de Baltimore (1998). De 1996 a 1998 foi professor visitante na Universidade de Maryland, em Baltimore. Foi decano da pesquisa no Haute École Pédagogique (BerneJuraNeuchâtel) até 2008. Atualmente leciona na Universidade de Genebra, como professor de “Dimensões Internacionais da Educação”. Sua pesquisa envolve desigualdades educacionais e educação comparada e, também, sobre conexões entre culturas e educação. É consultor da UNESCO. Ensinou nas universidades de Fribourg e de Genebra. Atua nas áreas de formação de professores, da instrução de minorias culturais, da análise de desigualdades educacionais e da cooperação internacional na pesquisa na instrução. Publicou os seguintes livros:

Akkari, A &. Gohard-Radenkovic, A. (Ed). (Sous presse). Coopération internationale : entre accommodements interculturels et utopies du changement ? Paris : Harmattan.

Dasen, P. & Akkari, A. (Ed.). (sous presse). Educational ideas from the majority world. Delhi: Sage India.

Akkari, A. Solar Pelletier, L. & Heer, S. (Ed). (2007). L’insertion professionnelle des enseignants. Bienne (Suisse) : Editions de la HEP-BEJUNE.

Akkari, A. & Dasen, P. (Ed.) .(2004). Pédagogues et pédagogies du Sud. Paris: L’Harmattan.

Akkari, A. , Sultana, R. & Gurtner, J-L. (Ed.). (2001). Politiques et stratégies éducatives. Termes de l'échange et enjeux Nord-Sud. Bern: Peter Lang.

Akkari, A. (1993). Modernisation des petits paysans. Une mission impossible? Tunis: Éditions Éducation & Cultures.


Camila Pompeu

Possui graduação em Bacharelado e Licenciatura Em Dança pela Faculdade de Artes do Paraná (2003), Especialização em Fundamentos do Ensino da Arte pela Faculdade de Artes do Paraná; Mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUC-PR, ( A arte como prática de liberdade na formação de professores: um olhar freireano sobre o papel da expressão artística na prática pedagógica).

Atualmente é coordenadora e professora de arte - Colégio Marista Santa Maria. Tem experiência na área de Artes, com ênfase no ensino da Arte, atuando principalmente nos seguintes temas: corpo, educação, formação de professores, ensino-aprendizagem, arte, dança e escola.


Glauci Pereira Ferraz Catrinck

Psicóloga formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1997). Foi bolsista de Extensão no Projeto: “Avaliação Psicológica de Crianças com Dificuldades de Aprendizagem”; trabalhou na ESCOLA MUNICIPAL SANTANA ITATIAIA, Juiz de Fora (1997) com Psicologia Escolar e atendimento em grupo a alunos com problemas de socialização.Atualmente atrabalha como Psicóloga Coordenadora do Serviço do Serviço de Enfrentamento à Violência, ao Abuso, e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, em Leopoldina.


José Antônio Pinto

Licenciado em Ciências e Licenciado em Física pela Universidade Federal de Viçosa (1984). Mestrado em Ciências Naturais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2006). Professor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, atualmente ocupando o cargo de Diretor do Campus III (Leopoldina) do Cefet MG. Pesquisa na área de Formação Continuada professores.


Karina Saavedra Acero Cabello

Bióloga e pesquisadora peruana, mestre em biologia pela FIOCRUZ, desenvolve trabalho na área de educação em saúde.


Lívia Freitas Fonseca Borges

Possui graduação em Pedagogia pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília, graduação em História pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília, Mestrado em Educação pela Universidade de Brasília e Doutorado em Sociologia pela Universidade de Brasília. Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Superior e Educação Profissional, atuando principalmente nos seguintes temas: currículo, formação docente, pedagogia e educação superior.


Marco Antônio Vieira

Pedagogo (UCB-1989), Historiador (UERJ-1996), Especialista em Administração,Supervisão e Orientação Educacional (UFF-1997) e Mestre em Educação (UFF-1998). Seu foco de interesse profissional é em "História da Educação", "História do Magistério" e "Paulo Freire e a Formação de Professores". Atualmente é professor do curso de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá e sócio-diretor de uma pequena empresa de assessoria educacional, Pedagogium - Assessoria,Cursos e Eventos Ltda.

Programação do 1° SIEL


Local: CEFET - Campus III - Leopoldina

Credenciamento e Café da manhã: 07:30 – 08:30

Abertura: 08:30 – 09: 10


Palestra de abertura : 09:10 – 10:30

"Docência na Educação: elementos integradores"

Lívia Freitas Fonseca Borges


Mesa I: Desafios na formação de professores : 10:30 – 12:00

A formação de professores de Física

José Antônio Pinto


Formação de professores e educação em saúde

Karina Saavedra Acero Cabello


Almoço: 12:00 - 13:30

Mesa II: História, Arte, educação e violência na escola- 13:30 – 15:30

História do Magistério no Brasil: reflexões sobre a gênese e a trajetória.

Marco Antônio Vieira


Arte-Educação e Paulo Freire: do corpo interditado ao corpo emancipado na Escola

Camila Pompeu da Silva


A Violência na Escola e sua Influência no Rendimento, Freqüência e Evasão Escolar.

Gláuci Pereira Ferraz Catrinck


Momento cultural – 15:30 – 16:00

Grupo Folclórico do CEFET: ASSUM PRETO


Palestra de encerramento 16:00 – 17:20

Educação básica de qualidade, projeto politico-pedagógico e trabalho docente: uma articulação necessária - Abdeljalil Akkari


Encerramento 17:20

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Começando a inventariar a documentação da Câmara e Prefeitura de Leopoldina


Apesar de ainda ter muita coisa para tirar do "arquivo municipal", como eu só tenho um dia na semana para me dedicar a esta tarefa, e poucas pessoas para ajudar, eu estou indo algumas vezes na semana na sala onde estão sendo depositados os documentos para fazer uma limpeza manual, com pincel, de cada folha, para tentar uma higienização inicial. Um dos primeiros livros que peguei foi justamente um livro de atas da Câmara Municipal de Leopoldina, do ano de 1858. Uma preciosidade, assinada por um dos mais ilustres representantes do nosso município no Império: Manuel José de Castro.

Manuel José Monteiro de Castro, primeiro barão de Leopoldina, nasceu em 3 abril 1805 em Congonhas do Campo (Mg). Ele faleceu em 27 fevereiro 1868 em São Martinho, Distrito de Providência (Mg). Manuel José Monteiro de Castro foi um militar e político brasileiro.

Filho de Domiciano Ferreira de Sá e Castro e de Maria do Carmo Monteiro de Barros, casou-se com sua prima Clara de Sá e Castro. Oficial de milícias, em 1824, comandou uma companhia da Guarda Nacional, no combate de José Correia.

Em 1833 participou da sedição militar de Ouro Preto. Foi eleito para diversos cargos públicos, sendo presidente da câmara municipal de Ouro Preto, em 1860. Agraciado barão em 6 de setembro de 1862, era comendador da Imperial Ordem da Rosa.

Barão de Leopoldina é um título nobiliárquico criado por D. Pedro II do Brasil. Usaram o título:

1 - Manuel José Monteiro de Castro (1805 — 1868) - 1º barão de Leopoldina.

2 - José de Resende Monteiro (1810 — 1888) - 2º barão de Leopoldina.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

INSCRIÇÕES PARA O 1° SIEL

Começam nesta segunda as inscrições para o 1° SIEL (Seminário Internacional de Educação de Leopoldina), que será realizado na cidade de Leopoldina (MG). As inscrições serão até o dia 13 de março através do e-mail nogueira.natania@gmail.com

Não serão aceitas inscrições na hora do seminário.

O 1° SIEL destina-se a profissionais da educação e alunos de graduação. Serão reservadas 150 vagas para os professores e especialistas da rede municipal de ensino, 30 vagas para funcionários da SRE de Leopoldina, 30 vagas para professores e especialistas do CEFET e 40 vagas para estudantes e profissionais de ensino que atuam na rede particular e estadual.

O critério para preenchimento das vagas é a ordem de inscrição. Escolas municipais que não fizerem a inscrição de seus professores em tempo hábil, correm o risco de que as vagas se esgotem.

No caso de não preenchimento de todas as vagas destinadas a um dos grupos acima citados, estas vagas serão redistribuídas.

As vagas são intransferíveis, portanto, se por alguma razão o/a inscrito(a) não puder participar, favor comunicar com a organização para que a inscrição seja cancelada.

O e-mail com as inscrições deverá conter os seguintes dados:

Nome:
Área de atuação:
Instituição à qual está vinculado(a):
Cidade:
Estado:
Situação atual:
( ) professor da rede municipal
( ) professor da rede municipal e/ou estadual
( ) estudante
( ) outro________________________________________

O Seminário será realizado no dia 21 de março (sábado) com início previsto para as 8 horas e término às 18 horas. Estaremos, em breve, colocando no ar a programação final, acompanhada dos resumos das palestras que serão proferidas.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O professor não tem prestígio

O texto saiu no Correio Brasiliense, e reflete sobre a situação dos professores e do ensino no Brasil. Vale a leitura e um balanço pessoal sobre a carrei do magistério e suas perspectivas futuras. Vale também pensar na formação de professores, tão debilitada nos últimos anos e tão emergencial para um país como o nosso, que carece cada vez mais de profissionais competentes.

**********

O professor não tem prestígio
Jaime Pinsky

Historiador, doutor e livre docente pela USP, professor titular da Unicamp, coordenador e coautor do livro Ensino de história e criação do fato, entre outros

O professor perdeu prestígio. A notícia parece mais velha do que andar pra frente, como diria minha tia Ana, mas agora vem associada a outra: o país forma cada vez menos professores. A carreira atrai menos gente. O diretor do Colégio Bandeirantes, um dos melhores de São Paulo, em entrevista à Folha de S.Paulo, diz que houve desvalorização da carreira do magistério. Um pesquisador da USP alerta que "apenas 2% dos estudantes de escolas médias de ponta declaram que vão prestar vestibular para ser professor". Isso significa que professores são formados entre os que cursam escolas menos boas. São, portanto, menos preparados. E vão encontrar pela frente alunos cada vez mais difíceis. O resultado, todos sabemos: o Brasil é mais conhecido no mundo pela indisciplina e incontinência etílica e sexual de seus jogadores de futebol do que pelos resultados obtidos por seus estudantes.

Não sei se esse quadro é reversível, a esta altura do campeonato. Mas dá para analisar a questão de forma um pouco mais complexa do que simplesmente esmolar por mais prestígio, como se isso pudesse ocorrer por decreto. De resto, esperar que baixe uma medida provisória por parte de um presidente que não lê, assume que não lê, se orgulha de não ler e ainda tem mais de 80% de aprovação da população, é ilusão em estado puro.

Parte do problema tem a ver com a própria forma de os professores perceberem seu papel no mundo de hoje. Muitos deles se equivocam na sua relação com os alunos, uma vez que têm a pretensão de lhes fornecer informações, como se estivéssemos em pleno século 19 e o rádio, a TV e, principalmente, a internet não tivessem sido inventados. Crianças e jovens, mesmo de escolas públicas, são bombardeados com informações, não têm mais como serem preservados até que os pais e a escola decidam o que e como eles devem conhecer. Decidir quando é o momento de fazer o aluno ter contato com determinada informação era algo possível na era de Gutemberg, e essa já acabou.

Hoje cabe aos professores tarefa diferente, a de transformar informações em conhecimento, o que implica promover a articulação de dados fornecidos por um mundo aparentemente desconexo. E não são muitos os professores preparados para desempenhar esse papel. Transformar informações em conhecimento organizado, sistematizado, pressupõe conhecimento que está fora do alcance de mestres que nem sempre se preocupam, eles mesmos, em construir uma base teórica sólida, que implicaria ler livros e lê-los bem. Pergunta: qual o percentual de professores que faz isso?

Claro que uma parte do problema está com o poder público, com as autoridades educacionais. Salvo meia dúzia de municípios e duas ou três secretarias estaduais de educação não se nota preocupação em fornecer aos professores livros de boa qualidade (mesmo que acessíveis, não adianta confundir educação contínua com disciplina de pós-graduação) para que eles robusteçam sua formação, solidifiquem sua massa teórica e atualizem sua prática em sala de aula. E dar livros não é o suficiente, há que se cobrar deles a leitura. Sim, professores devem ser cobrados, para que não se continue a nivelá-los por baixo. Não é aceitável que livro didático do professor continue sendo fonte única do saber daquele que é responsável pela educação dos alunos.

Para os professores recuperarem o prestígio social eles precisam, antes de mais nada, aumentar sua autoestima. Com mais autorrespeito poderão lutar por melhores condições de trabalho, por salários mais dignos, pelo reconhecimento de seu papel (que não é o de babás de alunos grosseiros e agressivos). Mas tudo passa por sua qualificação, para a qual órgãos de classe e governo deveriam se unir.

De pouco tempo para cá até técnicos de futebol, muitos deles analfabetos funcionais, passaram a ser chamados de professor. Imagine a grita se fossem denominados advogados, ou médicos, ou enfermeiros. Para os professores parece algo aceitável, até normal, ver um sujeito ululando ao lado do campo, gesticulando para as câmaras de TV (já que seus gritos não são ouvidos por ninguém num estádio cheio) ser chamado de professor.

Será que é assim que os professores se percebem? Patéticos? Gritando e não sendo ouvidos, fingindo ensinar para aqueles que ou já sabem, ou não vão aprender com eles? Os técnicos de futebol pelo menos ganham melhor.

Fonte: http://www2.correiobraziliense.com.br/cbonline/opiniao/pri_opi_173.htm

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

I Seminário Internacional de Educação de Leopoldina


DATA: 21 de março de 2009 (sábado)

LOCAL: Auditório do CEFET - CAMPUS III - Leopoldina

PÚBLICO ALVO: Estudantes e profissionais do ensino

DURAÇÃO: 8 HORAS

ORGANIZAÇÃO: Natania Aparecida da Silva Nogueira

PROMOÇÃO: CEFET/Uned/Leopoldina e Prefeitura Municipal de Leopoldina

VAGAS LIMITADAS

APOIO: Editora Junqueira& Marin, YAHOO, Superintendência Regional de Ensino

INSCRIÇÕES: DE 16 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2009

INFORMAÇÕES: nogueira.natania@gmail.com


Em breve divulgaremos a programação completa.