domingo, 31 de janeiro de 2010

DIA NACIONAL DO HISTORIADOR

A Revista Tema Livre informa:

A partir deste ano, os historiadores passarão a ter o seu próprio dia: A homenagem recaiu sobre 19 de agosto, data que remete ao natalício do intelectual pernambucano Joaquim Nabuco (nascido no ano de 1849), que exerceu uma série de atividades, como, por exemplo, a de diplomata, político e historiador. Além disto, Nabuco foi grande opositor à escravidão e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL). A seguir, a publicação da lei no Diário Oficial da União (http://www.jusbrasi l.com.br/ diarios/1564077/ dou-secao- 1-18-12-2009- pg-1):

“LEI N 12.130, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009

Institui o Dia Nacional do Historiador, a ser celebrado anualmente no dia 19 de agosto.

O VICE-PRESIDENTE DA REPUBLICA , no exercicio do cargo de PRESIDENTE DA REPUBLICA

Faco saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1 E instituido o Dia Nacional do Historiador, a ser celebrado anualmente no dia 19 de agosto.

Art. 2 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicacao.

Brasilia, 17 de dezembro de 2009; 188 da Independencia e 121 da Republica.

JOSE ALENCAR GOMES DA SILVA

domingo, 17 de janeiro de 2010

VAMOS AJUDAR O HAITI


Há vário canais para cidadãos e empresários interessados em fazer doações para as vítimas do terremoto no Haiti. Veja quais são as principais formas de ajudar:

Embaixada do Haiti no Brasil
Banco do Brasil
Agência 1606-3
Conta corrente 91.000-7
CNPJ 04170237/0001-71

Cruz Vermelha
HSBC
Agência 1276
Conta corrente 14526-84
CNPJ é 04359688/0001-51

Viva Rio
Banco do Brasil
Agência 1769-8
Conta corrente 5113-6
CNPJ 00343941/0001-28

Care Internacional Brasil
Banco Real-Santander
Agência 0373
Conta corrente 5756365-0
CNPJ 04180646/0001-59

Pastoral da Criança
HSBC
Agência 0058
Conta Corrente 12.345-53
CNPJ 00.975.471/0001-15

Caixa Econômica Federal*
Agência 0647
Conta corrente 3.600-1
CNPJ 00.360.305

* As doações da Caixa serão encaminhadas à Coordenação de Assistência Humanitária (Ocha, na sigla em inglês) pelo Programa Mundial de Alimentação (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU) e pelo Escritório das Nações Unidas
.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Sugestão de trabalho usando receitas de família

Estou estudando memorialistas nas minhas férias, então devo citar algumas coisas interessantes que tenho lido aqui no blog, com uma certa frequência. Acredito que se possa fazer bom usos de algumas dessas informações para desenvolver um trabalho interessante com os alunos na sala de aula. Vou começar com algo bem exótico: a culinária. Deparei-me com uma comida típica portuguesa nas memórias da professora Áurea Nardelli: Ovos verdes. Cuja receita segue abaixo.

Ovos Verdes (do livro - Cozinha Tradicional Portuguesa Editorial Verbo)

Ingredientes:
Para 4 pessoas

  • 8 ovos cozidos
  • 1 colher de sopa de margarina
  • 2 colheres de sopa de salsa picada
  • sal
  • pimenta
  • 1 ovo inteiro
  • farinha
  • óleo

Confecção:

Cozem-se os ovos durante 10 minutos a partir da fervura.
Passam-se imediatamente por água fria e descascam-se. Depois de frios cortam-se ao meio no sentido do comprimento, e com a ajuda de uma colher de chá retiram-se as gemas, tendo o cuidado de não partir as claras. Deitam-se as gemas numa tigela e, com um garfo, misturam-se com a salsa e a margarina. Temperam-se com sal e pimenta e enchem-se as claras com o preparado. Passam-se os ovos por farinha e depois pelo ovo batido temperado com sal. Fritam-se em óleo bem quente. Acompanham-se com arroz de tomate e salada.

Dica para trabalhar o tema na escola: pedir aos alunos que tragam uma receita de família, algo que não se encontra em qualquer restaurante, passado e pai para filho, por várias gerações. O professor monta um livro de receitas junto com os alunos (que podem inclusive ilustrar, ou acrescentar fotos do prato em questão, acompanhado ou não de quem o produziu), onde o alunos faz uma espécie levantamento histórico da receita (fala sobre a pessoa que a introduziu, por quantas gerações que ela está na família, o significado que ela tem, etc). Dá uma pesquisa muito boa onde se trabalha muitos conceitos relacionados à memória e ao tempo.

Mas atenção, o professor dever preparar um roteiro para que o aluno possa elaborar uma pesquisa usando uma "metodologia" que permita dar ao trabalho realizado mais relevância. Sem roteiro, a pesquisa corre o risco de "desandar".

Atenção: Esta postagem, assim como a idéia nela contida podem ser reproduzidas livremente, desde que citada a fonte e a autora.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Dilermando Cruz por Pedro Nava

Estou relendo algumas anotações e pesquisas para aproveitar as férias escolares e desencalhar alguns artigos inacabados, que tiveram que passar a vez para as prioridades de trabalho. Pois é nas férias eu descanso, passeio e aproveito para tocar meus projetos pessoais. Numa destas anotações, realizadas há alguns anos atrás, encontrei uma passagem do livro de Pedro Nava - Baú de ossos - , onde ele dedica toda uma página a Dilermando Cruz. Além de uma descrição do personagem, ele ainda fala da casa onde Dilermando morava, em Juiz de Fora.

Para quem não conhece, Pedro Nava foi um médico memorialista de Juiz de Fora, considerado um dos grandes memorialistas brasileiros. Através de sua premiada obra, ele reabilitou o gênero e mostrou que é possível dar a uma narrativa de memória sentimento, coerência e até um pouco de poesia.

Seguem alguns fragmentos:

O Dr. Dilermando (Martins da Costa) Cruz era um leopoldinense fixado em Juiz de Fora. Fino, elegante, calvo desde muito moço e usando bigode e barbicha que disfarçavam seu ligeiro prognatismo superior. Tinha uma dentadura esplendida e era dono do sorriso mais contagioso que se possa imaginar. Eu adora ir com meu pai à sua casa, por causa dele, dos seus filhos e sobretudo do ambiente de que conservei uma impressão veludosa e colorida. Vastos claros de paredes brancas, pardos de mobílias lustrosas, verde musgo de cortinas e panos de mesa, compondo natureza morta onde as cores eram surdas e sem estridência como nos quadros de Bracque. (...) Estudei sua lembrança, a de seus filhos, a de sua esposa e afinal a de sua residência. Era esta que me levava a liga-lo a Georges Bracque – porque ele morava, sem mais nem menos, dentro de uma natureza morta do mestre. Obrigado, Dr Dilermando, obrigado! Por suas salas cuja arrumação e cujas tintas me prepararam para entender as guitarras, violinos, facas, jarros e travessas de beleza mitológica e de cor abafada do pintor fovista e cubista. Depois soube que o Dr. Dilermando era poeta.[1]



[1] NAVA, Pedro. Baú de Ossos. – 6ª ed – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983, p. 317.