quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

MULHERES NA VANGUARDA DOS QUADRINHOS: OLIVIA CLAVEL


OLIVIA Clavel. Disponível em: http://medias-peintres.blogspot.com/2014_02_01_archive.html  acesso em 27 de dez. de 2014

Olivia Clavel é uma autora franco-belga de grande prestígio e que teve uma atuação marcante também na TV. Transitou livremente e com sucesso na 9ª arte, construindo não apenas uma carreira sólida como um estilo marcante.

Ainda como estudante, na École des Beaux-Arts em Paris, ela participou do grupo da oficina "Arte e Comunicação", onde uma nova geração de artistas compartilha a necessidade de renovação ou insurreição estética. 

La Recherche (2013) Disponível em: http://www.timeless-shop.com/prod/la-recherche-olivia-clavel-1887.html, acesso em 27 de dez. 2014.

Iniciou sua carreira no início da década de 1970, quando fez sua primeira publicação em um jornal de arquitetura e logo depois na revista Actuel. Ela ainda é co-fundadora do  "Bazooka", a versão francesa do movimento underground, um movimento estético de vanguarda que revolucionou a arte-gráfica na França. A Bazooka, que durou cinco anos (1975-1980), era uma produção coletiva do qual participaram outras artistas, como Kiki Picasso, Loulou Picasso, Lulu Larsen

 

ENFIN Jung ! — Olivia Clavel, les fluorescences du corps noir. Disponível em: http://www.larevuedesressources.org/enfin-jung-olivia-clavel-les-fluorescences-du-corps-noir,1245.html, acesso em 27 de dez. de 2014.

Um movimento provocador que representava o desejo de mudança compartilhado por jovens artistas e que ter grande influência sobre a produção de Clavel, que em cujo discurso defende uma arte feminina que não deve ser reduzida apenas aos atributos mais óbvios da feminilidade. A forma de narrativa gráfica que desenvolveu, por si só, já é revolucinária. Seu traço não possui qualquer sistematização. Ela inventa o anti-comics.



Fontes:

OLIVIA Clavel. Art & BD Planches de BD Estampes originales (2010). Disponível em: http://planche-bd.fr/olivia-clavel/, acesso em 23 de dez. de 2014.

OLIVIA Clavel. Disponível em: http://medias-peintres.blogspot.com/2014_02_01_archive.html  acesso em 27 de dez. de 2014

ENFIN Jung ! — Olivia Clavel, les fluorescences du corps noir. Disponível em: http://www.larevuedesressources.org/enfin-jung-olivia-clavel-les-fluorescences-du-corps-noir,1245.html, acesso em 27 de dez. de 2014.





ANO NOVO: NOVOS PROJETOS!


É isso aí, gente! 
O ano de 2015 está batendo na porta. 
Virada de ano representa renovação, mas também significa continuidade. Para 2015 eu pretendo continuar investindo nos projetos que eu desenvolvi em 2014 e quero abrir novas fronteiras, descobrir nossas possibilidade de trabalho e de pesquisa.

Então, que 2015 seja o ano das realizações, para todos nós!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

OS PIONEIROS NO ESTUDO DE QUADRINHOS NO BRASIL


O livro, "Os pioneiros no estudo dos Quadrinhos no Brasil", foi publicado pela editora Criativo/SP, em 2013. Ele foi organizado por Waldomiro Vergueiro, Paulo Ramos e Nobu Chinen, responsáveis pelas das 1ªs Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos, realizadas em agosto de 2011, na USP. Ele traz relatos de pioneiros na pesquisa sobre histórias em quadrinhos: Álvaro de Moya, Antônio Luiz Cagnin, Moacyr Cirne, José Marques de Melo, Sônia Bibe Luyten e Waldomiro Vergueiro. Grandes nomes que levaram os quadrinhos para a academia e os tornaram um objeto de pesquisa que atualmente não se limita apenas às áreas da comunicação e da arte.

São relatos onde esses pesquisadores falam da sua experiência pessoal com os quadrinhos, de como eles foram importantes na sua formação, desde a infância. Começam como leitores, tornam-se grandes pesquisadores cuja obra (em seu todo) é reconhecida internacionalmente. Em cada relato eu me identifiquei, de alguma forma, com o narrador. Sentimentos, crenças, situações semelhantes. Em cada narrativa biográfica eu pude me sentir revigorada na convecção de que vale a pena pesquisar quadrinhos, apesar de todos os obstáculos que temos que enfrentar no dia a dia.

Aliás, me diga qual pesquisador, em qualquer área, não se depara com problemas para analisar seu objeto ou mesmo desenvolver sua pesquisa?  O ato de pesquisa, por si só, é um desafio. Mas eu o vejo como um desafio prazeroso. Afinal, a construção de conhecimento pode ser dolorosa, em certo sentido, mas extremamente recompensadora quando concluída.

Muito mais pelo seu valor acadêmico, esse livro deve ser visto como um estímulo aos jovens pesquisadores, e não apenas dos quadrinhos. 

Os pioneiros, muitos ainda em atividade, nos deixam suas memórias e seus experiências, mas cabe a cada um de nós dar continuidade e ampliar ainda mais o campo da pesquisa e, principalmente, fazer com que ela chegue às pessoas comuns. Afinal, de que vale uma descoberta se ela não vai ser compartilhada?