terça-feira, 22 de março de 2011

Mídia, história e educação: o jornalismo abrindo as portas para o conhecimento.


Os jornais impressos foram a primeira grande mídia popular que circulou no ocidente após a invenção da imprensa. Seja na forma de simples panfletos ou em edições ricamente trabalhadas, o jornalismo foi crescendo e ganhando o mundo, levando informações para de todos os tipos, para todos os continentes.
No Brasil a história do jornalismo ainda é bem recente, remontando o ao período colonial, quando a publicação de jornais ou de qualquer outro tipo de material impresso foi proibida por Portugal. Temia-se que as perigosas ideias iluministas chegassem ao Brasil e circulassem pela colônia. Por essa razão, o primeiro jornal brasileiro, o Correio Braziliense, de oposição ao governo português, era então publicado no exterior e entrava clandestinamente no Brasil. Essa proibição terminou com a instalação da Família Real e da corte portuguesa no Brasil, em 1808.
D. João VI criou a Imprensa Régia para editar o jornal monarquista Gazeta do Rio de Janeiro. No século XIX vários jornais circularam pelo Brasil, nas cidades grandes ou nas pequenas, eles se tornaram meios importantes de comunicação. Em suas páginas havia um pouco de tudo, tratava-se da política como ironia, satirizava-se a elite brasileira por meio das charges e das caricaturas, divertia-se o público leitor com os quadrinhos, cujo pioneirismo no Brasil deve-se ao Italiano Angelo Agostini, considerado o pai dos quadrinhos nacionais.
O fato é que o jornal foi e é ainda hoje um espaço democrático de comunicação, que aproxima a sociedade da notícia e que interliga as mais diversas sociedades, sem barreiras de nacionalidade ou língua. Na Era da Internet o jornal está disponível a todos, em todos os idiomas. Na escola, o jornal é um instrumento de conhecimento que vem sendo usado há décadas pelos professores. Ele serve como um instrumento de incentivo à leitura e à alfabetização. Os jornais também são fontes de pesquisa para historiadores, que buscam em suas páginas informações sobre comportamento social, política, economia, enfim, sobre a vida cotidiana em várias épocas e em vários momentos.
Em suas páginas encontramos parte dos quadrinhos, das elites, das lutas sociais, das revoluções. Mais do que um meio de comunicação ele é um ponte entre a sociedade de a informação. Com o jornalismo veio uma globalização do conhecimento que parece não conhecer limites.
Os Cursos Jornalismo e Comunicação são hoje uma opção para quem queira mergulhar ainda mais no mundo da comunicação global. O jornalismo hoje ultrapassa os limites do tempo e espaço e oferece ao estudante opções que vão muito além do trabalho em revistas e jornais. Se há dois séculos atrás os jornalistas eram pioneiros na arte de fazer circular notícia, hoje esta prática ainda reserva muitas surpresas.

quarta-feira, 9 de março de 2011

QUADRINHOS INVADEM O ENCONTRO NACIONAL DA ANPUH


Este ano teremos algo inédito: um Minicurso e um Simpósio Temático sobre quadrinhos. Pois é, acho que já comentei aqui no Blog, mas não custa nada lembrar. O Encontro Nacional da ANPUH (Associação de História), ocorre a cada dois anos e do reúne pesquisadores e estudantes de todas as partes do Brasil Este ano a ANPUH está comemorando 50 anos de sua fundação por isso o encontro será na USP.

Apesar da data do evento estar marcada para a segunda quinzena de Julho, as inscrições para minicurso e ST já começaram e, no caso do ST, estão quase acabando. Minha presença está confirmadíssima, afinal, vou ministrar um minicurso (na USP, olha que chique) junto com a amiga Valéria Fernandes. Será nosso terceiro minicurso sobre quadrinhos e mesmo quem já assistiu aos outros dois pode ter certeza que traremos muitas novidades.

O ST sobre quadrinhos está sob responsabilidade da Dra Gêisa Fernandes, que é membro ativoObservatório de Quadrinhos da USP, coordenado pelo Dr. Waldomiro Verguero que será, nos bastidores, um dos coordenadores do ST (Ele é o cara! Não se faz pesquisa em quadrinhos no Brasil sem se referir aso Waldomiro, sem falar nos livros que ele organizou sobre quadrinhos e educação). O ST tem tudo para bombar. Minha inscrição está a caminho (espero que aceitem).

As inscrições para o minicurso são limitadas: apenas 50 vagas. Não sei exatamente quantas inscrições já foram feitas, mas como não recebemos ainda nenhum comunicado acredito que tenhamos vagas em aberto,

No caso do ST, as inscrições vão até o dia 21 de Março. Mas atenção, o texto da apresentação tem que ser enviado para que a inscrição seja efetivada. Para quem ainda não terminou o texto, vai uma dica: não precisa apavorar, pois teremos de 01 a 15 de junho para revisar o texto e fazer as alterações necessárias. Ainda bem, né.

Seguem abaixo o ST e o Minicurso (clique no título para ir diretamente para a página da ANPUH)

História e Quadrinhos: pesquisa e ensino em História e as interações com a nona arte

Coordenadores: GÊISA FERNANDES D´OLIVEIRA (Doutor(a) - Observatório de Histórias em Quadrinhos/USP)
Resumo: Discutir as relações entre História e a linguagem das Histórias em Quadrinhos, enfocando aspectos como: ensino, fidelidade histórica, tensão entre ficção e realidade, registro histórico e registro ficcional. Esta proposta será dividida nos seguintes subtemas:

Histórias em quadrinhos: pesquisa e ensino

Coordenadores: NATANIA APARECIDA S NOGUEIRA (Pós-graduado(a)/Especialista - Secretaria Municipal de Educação de Leopoldina), VALERIA FERNANDES DA SILVA (Doutor(a) - Faculdade Teológica Batista de Brasília)
Ementa: Esta proposta é resultado de um trabalho que vem sendo realizado há alguns anos pelas proponentes nas instituições nas quais lecionam e em comunicações científicas apresentadas em diversos eventos. Ela parte do princípio de que as Histórias em Quadrinhos são uma mídia ainda pouco explorada como fonte de pesquisa e de ensino de História. Acreditamos que as Histórias em Quadrinhos são produto de uma determinada época e possibilitam discutir e refletir sobre o contexto que o produziu, assim como discutir os períodos históricos que buscam retratar. Examinaremos as possibilidades de pesquisa com quadrinhos, em História do Brasil dentro do recorte que vai de 1869 – ano da publicação da primeira HQ – até a década de 1970; e em História Geral através de HQs produzidas em várias partes do mundo – EUA, França, Japão – e que se proponham a discutir períodos ou eventos específicos, como a Revolução Francesa