quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Nota sobre o arquivo de Leopoldina


Algumas pessoas acham que eu estou responsável pelo Arquivo Municipal de Leopoldina. Não é verdade. Não tenho nenhum vínculo com a prefeitura, além de meu cargo (concursado) de professora. Eu juntamente com outras colegas, nada mais fizemos do que alertar sobre a necessidade de preservação dos nossos documentos.

Estive trabalhando na separação dos documetos mais antigos, com a permissão da Secretaria de Cultura e da Câmara Municipal, por minha conta, nos ultimos meses e estou encerrando este trabalho, na certeza de que a equipe que irá assumir o arquivo irá dar continuidade.

Infelizmente, tenho tido problemas de saúde que exigem uma certa atenção (tenho que fazer exercícios periódicos) e tem faltado tempo. Além disto, não estou dando conta de tudo que tenho que fazer, de outros projetos, mais imediatos, ligados a pesquisa e à escola. Por isto vou me afastar deste trabalho, mas sabendo que ele terá prosseguimento em breve.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Primeira Olimpíada Nacional de História

A 1ª Olimpíada Nacional em História do Brasil é uma iniciativa inédita de estudar e debater a história nacional, por meio da leitura e interpretação de documentos, imagens e textos. Serão cinco fases online e uma fase final com premiação, disputadas por equipes compostas por até 3 estudantes e um professor de história.

Podem participar somente alunos de oitavo e nono anos do ensino fundamental e do I, II e
III ano do ensino médio. As inscrições vão de 1 de agosto a 15 de setembro de 2009, e a Olimpíada começa no dia 21 de setembro de 2009. Para participar, as escolas públicam pagam o valor de R$ 15,00 por equipe, e as escolas particulares pagam o valor de R$ 35,00 por equipe. Para saber mais sobre as inscrições, datas, provas e premiação, clique aqui!

Sobre a Olimpíada

Estudar e conhecer a história do Brasil pode ser um desafio estimulante e enriquecedor. É nisso que acreditamos ao propor uma Olimpíada Nacional em História do Brasil. Tradicionalmente, as Olimpíadas científicas têm contemplado as ciências exatas e naturais. No Brasil, já são conhecidas a Olimpíada Brasileira de Matemática, a de Química, a de Biologia, a de Robótica, entre outras. Nosso objetivo com a 1ª Olimpíada Nacional em História do Brasil é trazer para o âmbito das ciências humanas este tipo de atividade que estimula o conhecimento e o estudo, desperta talentos e aptidões e, fundamentalmente, envolve os participantes em atividades de desafio construtivo. O conhecimento histórico é sem dúvida um dos mais importantes para a nossa formação pessoal e profissional, e fundamental na constituição da cidadania.

Com exceção da última fase da Olimpíada – presencial – todas as demais fases serão virtuais, o que nos dá a possibilidade de agregar participantes de todas as regiões do país. Nossa plataforma é simples e pode funcionar bem em diferentes equipamentos e velocidades de conexão. Para participar, basta montar uma equipe composta por um professor de história e por estudantes regularmente matriculados em escola pública ou privada do Brasil, cursando o ensino médio e/ou o oitavo e nono anos (antigas sétima e oitava séries) do ensino fundamental. No mais, basta ter um acesso à internet para visitar a página da Olimpíada com as perguntas e atividades e para enviar as respostas. A nossa Olimpíada tem uma particularidade: ela não é realizada por competidores individuais e sim por equipes de estudantes, orientados por um professor. Queremos, desta forma, intensificar a conexão entre estudantes de diferentes séries e seu professor de história, numa atividade que pode se estender dentro e fora da sala de aula e fortalecer, assim, hábitos de estudo e vínculos de cooperação.

A 1ª Olimpíada Nacional em História do Brasil é uma iniciativa inédita do Museu Exploratório de Ciências, Unicamp, concebida e elaborada por historiadores e professores de história, voltada para o público das últimas séries de ensino Fundamental e do Ensino Médio. Nela, os participantes terão a oportunidade de trabalhar com temas fundamentais da história nacional e de conhecer de perto as práticas e metodologias dos historiadores, ao lidarem com documentos históricos, textos, imagens e outros materiais. Assim, mais do que buscar conteúdos, nosso convite é para uma reflexão sobre como a história é construída por seus participantes.

Basta olhar para o símbolo em nossa página, ou seja, o nosso logotipo: a letra H – a história – aparece sendo construída por diferentes linhas de força, que contribuem, com diferentes inflexões e pontos de vista, para a construção de um resultado final. Assim como a história, ela não é um todo definido e acabado: ela só tem sentido no processo, no fazer-se. Consultem com atenção nosso manual. Ele contém todas as informações básicas de que sua equipe necessita para participar da 1ª Olimpíada, bem como as regras e regulamentos, orientações e sugestões que podem ser úteis para o bom andamento de seu trabalho.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Documentos da Câmara de Leopoldina


Estou higienizando, junto com algumas colegas (Eva, Elizan e ocasionalmente, a Sandra), a documentação da Câmara de Leopoldina, assim como outros documentos de valor permanente (histórico) que estavam mal acondicionados nos depósitos da prefeitura. Ainda é um trabalho mecânico de limpeza, pois não estamos classificando os documentos - coisa que deve ficar a cargo do pessoal do Arquivo Municipal, quando este entrar em operação, creio que nos próximos dois meses.

Segundo o Art. 7, § 3º da Lei nº 8.159, de 08 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providência, "Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados".

Nossa preocupação é a fazer uma preservação preventiva da documentação, que ficou por décadas relegada a depósitos insalubres e mal acondicionada. Quando o Arquivo começar a funcionar, esperamos poder entregar esta documentação limpa e separada em pacotes para que possa ser separada de classificada em fundos.

Quem tem me ajudado muito é uma colega professora Elizan. Ela formou recentemente em química e está estudando os processos de oxidação do papel, para que possamos identificar as causas da deteriorização. A maior parte dos documentos danificados foram vítimas de insetos. Já identuficamos estragos feitos por cupim, lacraia, traça e até, imagine, por carrapato.

Esta sendo um trabalho interessante e enriquecedor. Tiramos duas a três manhãs para cuidar da documentação. Já encontramos livros de atas da Câmara de 1858-59, em excelente estado de conservação, apesar das péssimas condições às quais estavam acondicionados. Acredito que podemos recuperar boa parte da história da cidade.

Entre a documentação do século XIX, estão atas de reunião, relatórios de distritos e de despesas. Também encontramos uma série de processos referentes a eleições na Câmara e documentos que falam sobre saúde, saneamento básico, só para citar alguns. Estimamos, apesar do pouco tempo que dispomos para o trabalho - temos outras ocupações - e da escassez de material para trabaho - mas a gente sempre dá um jeito - até Novembro esta documentação deverá está toda limpa e separada. Assim, quando o arquivo começar a funcionar, o arquivo permanente já estará bem adiantado e poderá ser colocado à disposição do público.

É bom sempre lembrar que o acesso a estes documentos é um direiro garantido a todo cidadão. Eles fazem parte do nosso patrimônio histórico e cultural e são inalienáveis.

Ah, não posso deixar de agradecer a ajuda diária que estamos recebendo da Maria Helena (que faz um cafezinho ótimo) e da Izabel, que trabalham no Gabinete!!!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Educação Básica no Brasil


O texto que segue foi publicado recentemente por dois amigos, que participaram do nosso I SIEL: Abdeljalil Akkari e Camila Pompeu. Vale a leitura.

EducacaoBasicaBrasil_Akkari_Pompeu