sábado, 19 de outubro de 2013

“Malditos Cartunistas”, no MAC (Niterói/RJ)

É um evento promovido pela ASPAS em parceria com o CineolhO.

Será no dia 26 de outubro às 16:30 - Entrada Franca. 


RELEASE DIVULGAÇÃO 


O CineolhO de outubro apresenta o documentário “Malditos Cartunistas”, de Daniel Paiva e Daniel Juca (Daniéis Entretenimento, Tarja Preta). No Brasil, cartuns, charges e quadrinhos discutem a realidade social e realizam uma genuína crônica de nosso duro cotidiano, não se restringindo à temática infantil. Neste sentido, “Malditos Cartunistas” é um precioso registro de grandes nomes das artes gráficas brasileiras e nos permite traçar um panorama da multifacetada produção do país em cartuns e histórias em quadrinhos. As dificuldades do mercado, as possibilidades críticas, o processo criativo e as diferenças entre gerações de desenhistas são alguns dos temas tratados no documentário. 

Após a sessão, contaremos com a presença dos cartunistas Nani e Danilo – pai e filho, para um bate-papo com o público. O DVD "Malditos Cartunistas" será comercializado no local.

IV SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR DO CURSO DE PEDAGOGIA - UEMG/LEOPOLDINA


PROGRAMAÇÃO

Mostra permanente: A ciência na História
Aletéia Carvalhaes e Acadêmicos do 4º Período

Exposição permanente de fotos sobre cotidiano escolar
Marcella Domingues


QUARTA – 23/10

18:20 – 20:00
Fotografia no Cotidiano Escolar
Albertina Mattos
Janaina Sara Lawall
Luiza Helena Morais Barbosa
Marcela Domingues
Glenda Moraes Ladeira

20:10 – 22:00
Quadrinhos: o uso da  Arte Sequencial na Educação
Natânia Nogueira


QUINTA – 24/10

18:20 – 20:00
Mesa redonda: Imagens, mídias e educação
Andrea Toledo Trabalhos colaborativos em Rede #umpéaquioutroaí
Saulo Guerson – Mídias de jogos eletrônicos e Educação
Elizabete Procópio Imagem, Mídias e Educação: Do acesso ao uso na sala de aula
Leonardo Dutra – Educação audiovisual: o caminho para uma via de mão dupla

20:10 – 22:00
Palestra: Fontes de Informação: suporte para dar sentido à aprendizagem
Claudia Maria Moura de Castro Amaral

Palestra: Mito, mídia e ideolologia
Ricardo da Silva Vieira


SEXTA – 25/10

18:20 – 20:00
Apresentação: O PIBID nas Escolas Municipais de Leopoldina: apontamentos e perspectivas
Equipe PIBID UEMG – Unidade de Leopoldina

20:10 – 22:00
Palestra: “Educação inclusiva: deficiência cognitiva e usos de tecnologias”
Suzana Mcauchar



Todas as Atividades serão realizadas na UEMG Leopoldina

Informações: (32) 3441-9003 (32) 3441-9045

NAS TRILHAS DE HONESTINO


O Testemunho da Verdade apresentou no dia 10 de outubro de 2013, em parceria com a Comissão da Verdade e Memória da UFRJ, uma sessão sobre o caso Honestino Guimarães, no salão nobre do IFCS /UFRJ, no centro do Rio de Janeiro.  O evento marcou os 40 anos do desaparecimento de Honestino contou com a presença de líderes políticos, estudantis, alunos e professores da instituição e foi aberto ao público em geral. 
Sobre Honestino Guimarães: dados Biográficos
Honestino Monteiro Guimarães nasceu em 28 de março de 1947 em Itaberaí, Goiás. Em 1964 ingressou na Ação Popular (AP), organização política clandestina. Em 1965, foi admitido na Universidade de Brasília, aonde veio a destacar-se como como líder estudantil. Suas ações o levaram a ser preso, por cinco vezes: a primeira vez em fevereiro de 1966; depois em fevereiro; pela terceira vez em 1967; pela quarta vez em agosto de 1967, tendo sido eleito presidente da Federação dos Estudantes da Universidade e Brasília (Feub), ainda no cárcere. Sua quinta prisão aconteceu em 29 agosto de 1968.
Em dezembro, se 1968, com a edição do AI-5, Honestino passou a viver na clandestinidade. Morou em São Paulo e em 1971 mudou-se para o Rio de Janeiro. Foi eleito vice-presidente da UNE em 1969, na gestão de Jean-Marc von der Weid e em 1971 foi eleito presidente. Acreditava que a transformação social brasileira só poderia ocorrer pela ação dos trabalhadores organizados. Honestino não participou de ações armadas. A última prisão, no dia 10 de outubro de 1973, pode ter ocorrido por delação.[1]
O evento no IFCS/UFRJ
A sessão “Onde está Honestino Guimarães” contou com a presença da atual presidente da UNE, Vic Barros; o diretor do IFCS, Marco Aurélio Santana; da filha de Honestino, Juliana, Guimarães, de Wadih Damous, presidente da Comissão Estadual da Verdade (CEV) e de dois ex-companheiros e amigos de Honestino, Agostinho Guerreiro, militante, junto com Honestino, na organização Ação Popular (AP), e o vereador Eliomar Coelho, seu colega na UNB.  
Sobre as informações referentes à sua prisão e desaparecimento há apenas especulações. Ele teria sido preso pela Marinha ou levado para a Casa da Morte, em Petrópolis. Seu caso é considerado único, entre os desaparecidos, pelo fato de não ter havido testemunhas de sua prisão ou pistas sobre o seu paradeiro. Em busca de informações que levem à verdade sobre esses acontecimentos e ao túmulo do pai, Juliana Guimarães, lançou a campanha Trilhas do Honestino.
Vídeo exibido durante o evento - assista!
Algumas considerações
Toda a memória de amigos e familiares de Honestino, exposta por meio de um documentário exibido no início da sessão e dos relatos que o seguiram, mostram um líder carismático e que tinha uma grande sensibilidade e apego aos amigos e à família. De fato, se explora muito mais o lado afetivo e as relações de amizade de Honestino do que sua ação política, hora ou outra pincelada.
Constrói-se a imagem do amigo, do companheiro, do pai amoroso do bom filho. Do Honestino Guimarães, líder estudantil, membro ativo da AP, pouco se fala. A busca por Honestino se pauta no desejo de reescrever da história e de fazer justiça para a família. Na sessão, senti falta do Honestino líder político, do que ele pensava e defendia. Parece que houve uma dissociação entre um e outro. Como se se pudesse separar o líder do homem de família, como se os dois não fossem a mesma pessoa.
Por outro lado, foi enriquecedor ter um testemunho tão vívido de uma situação que foi muito mais comum do que se deveria: do sofrimento de uma família que deseja encontrar não apenas a verdade sobre o que aconteceu com um de seus membros, mas, também, colocar fim a uma história que espera por uma conclusão há quarenta anos.
Significativa, também, a articulação que se faz entre a ditadura e o contexto atual que vive o Brasil, especialmente o Rio de Janeiro, no que diz respeito à repressão. Quase todos os palestrantes tocaram nesse assunto e lamentaram a incrível semelhança entre a forma como se reprime as manifestações populares em 2013 e as que ocorreram durante os anos de ditadura.




[1] Honestino Guimarães. Biografia. Disponível em: http://honestinoguimaraes.com.br/biografia, acesso em 13/10/2013.