domingo, 28 de março de 2010

Lançamento de livro de memórias e crônicas

Ontem, dia 27 de março, ocorreu o lançamento do livro "No tempo do Horácio e do Licinho", segundo livro de Albino Montes, músico leopoldinense, mineiro nascido em Vista Alegre, zona da mata mineira.

O lançamento aconteceu na Usina Cultural e contou com a presença do prefeito de Leopoldina, Bené Guedes, do presidente da ALLA, Dr. Ronald Alvin, da artista plástica Gloria Barroso e de muitos outros leopoldineses.

O primeiro livro de Albino Montes foi lançado em 2003, "Leopoldina, sua gente e sua música. Nesse primeiro livro, o autor buscar fazer um resgate da história da música e dos costumes no município de Leopoldina entre as décadas de 40, 50 e 60, fazendo uma apologia à transição da era musical acústica para a eletrônica. Dividido em 20 capítulos o livro tem por característica o seu lirismo, simplicidade e delicadeza na narração da história.

No seu segundo livro, ele privilegia os fatos marcantes da sua vida, os quais transmite na forma de cronicas. O autor complementa informações do primeiro livro e expõe suas impressão acerca da cidade e da sociedade através de casos ocorridos durante boa parte de sua vida como músico.

Os dois livros , se não me engano, encontram-se à venda na Papelaria e Livraria Central. Vale a pena conferir esse material.


O Desafio da Indisciplina Escolar

Indisciplina é considerada por educadores como um dos problemas mais recorrentes dentro de sala de aula. Mas será que a escola está lidando corretamente com esta questão?

Era uma aula como outra qualquer, mas com uma única e importante diferença: a aula sobre grandes navegações deu lugar a conversas paralelas, alunos dormindo, celulares tocando e jornais abertos sobre a mesa no lugar do livro didático, deixado em casa por algum motivo. Se você é professor, certamente já se viu em uma situação parecida com essa. Mas não se sinta sozinho (a), a indisciplina em sala de aula é um problema mais comum do que você imagina.

Uma pesquisa realizada pela revista Nova Escola (editora Abril) e pelo Ibope em 2007 com 500 professores país mostrou que 69% deles apontavam a indisciplina e a falta de atenção como os principais problemas enfrentados dentro de sala de aula. Por muito tempo na história da educação, essas dificuldades foram atribuídas exclusivamente aos estudantes, o que ajudou a construir a famosa imagem do “aluno-problema”, ou seja, aquele aluno que não reconhece limite, que não respeita autoridade e que na gosta de aprender. Mas é preciso reavaliar essa realidade.

Segundo especialistas em pedagogia, a indisciplina pode ser vista como a transgressão de dois tipos de regras. Primeiro, as morais, construídas socialmente para alcançar equilíbrio social, baseadas em princípios éticos universais: não xingar, não bater, não roubar, não agredir, etc. Geralmente, quando uma dessas regras é violada, o professor deve procurar a ajuda de outros profissionais, como o gestor pedagógico, a assistente social ou o psicólogo. São as mais graves e exigem uma avaliação conjunto com esses outros profissionais. Em segundo lugar, estão as violações das regras chamadas de “convencionais”. Elas são responsáveis por grande parte dos atos de indisciplina. Trata-se de regras criadas com fins específicos e que, por esse motivo, podem variar de uma instituição para outra: uso do celular, conversas, atrasos, saídas indevidas etc. Nesse caso, o professor deve procurar mais do que nunca compreender e não julgar. É preciso avaliar se as regras fazem sentido para os alunos, se há excesso de regras e se as punições não criam situações constrangedoras ou criam ainda mais insatisfação.Muitos professores acreditam ainda que esse tipo de respeito, de conhecimento moral e ético, deve ser aprendido em casa. Mas as questões ligadas à moral, à ética e a vida em geral também devem ser tratadas como conteúdos de ensino, tal como as grandes navegações ou o iluminismo. Em suma, a indisciplina pode e deve ser vista com um tópico relacionado ao processo de ensino aprendizagem.

Segundo Ana Aragão, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), “as crianças não enxergam a utilidade de um regimento ou dos famosos combinados que não se sustentam. Elas não sentem a necessidade de respeitá-los e acabam até se voltando contra essas normas”.

FONTE: CAFÉ HISTÓRIA

sábado, 27 de março de 2010

OS SERMÕES DE PADRE ANTÔNIO VIEIRA

Hoje a postagem é um pouco diferente. Estou assistindo a uma aula de mestrado (pois é, eu estudo no fim de semana e há quem não acredite). O professor está passando um filme sobre o Pe. Vieira. Então, enquanto estou escrevendo estas palavras, estou me deliciando com os sermões de Vieira, que são muito bons.

É um filme lusitano, Palavra e Utopia (2000), 38 filme do portugues Manural de Oliveira, que tem a participação de Lima Duarte, interpretando o Pe. Viera em seus sessenta anos de idade. O objetivo, ao que parece, é exemplificar a importância da oratória na comunicação e na política (corrija-me o professor se eu estiver errada).

Vieira é muito bom e, embora eu não possa utilizar esse material em sala (não creio que meus alunos ainda tenham maturidade para isso), posso encontrar meios de usar a informação de forma a embasar atividades em torno de colonização, catequese jesuíta e até contra-reforma.

Participei por três anos das reuniões do grupo de Estudos sobre Educação Colonial, liderado por José Maria Paiva. A aula está sendo, de certo modo, uma forma de rever o tema, de relembrar outros debates. Bom, deixa eu rretomar minha atenção ao filme, senão vão achar que estou fazendo mal uso da internet durate a aula.

Para quem não sabe quem foi Vieira:
Notável prosador e o mais conhecido orador religioso português, o Padre António Vieira
nasceu em 1608, em Lisboa, e faleceu na Baía em 1697. Aos seis anos vai para o Brasil com os pais e fixa-se na Baía. Em 1623 inicia o noviciado na Companhia de Jesus. Ordena-se sacerdote em 1635, exerce as funções de pregador nas aldeias baianas e começa a granjear notoriedade como pregador.

Os primeiros sermões já reflectem as preocupações sócio-políticas de Vieira porquanto a colónia da Baía lutava contra as invasões dos holandeses. Em 1641, restaurada a independência, regressa a Portugal e cativa o favor de D. João IV. Por isso, inicia em 1646 missões diplomáticas na Europa. Volta ao Brasil em 1653, para o estado do Maranhão, depois de se envolver em questões relacionadas com a Companhia de Jesus. Aí toma um papel muito activo nos conflitos entre jesuítas e colonos, como paladino dos direitos humanos, a propósito da exploração dos indígenas. No ano seguinte prega o "Sermão de Santo António aos Peixes ".

É expulso do Maranhão pelos colonos, em 1661, e regressa a Lisboa. Em 1665 é preso em Coimbra pelo Tribunal do Santo Ofício sob a acusação de acreditar nas profecias do poeta Bandarra. Três anos depois é amnistiado e retoma as pregações em Lisboa. Em 1669 parte para Roma e obtém grande sucesso como pregador, combatendo o Tribunal do Santo Ofício. Regressa a Portugal em 1675; mas, agora sem apoios políticos e desiludido pela perseguição aos cristãos-novos (que tanto defendera), retira-se de vez para a Baía em 1681 onde se entrega ao trabalho de compor e editar os seus Sermões.

A sua prosa é vista como um modelo de estilo vigoroso e lógico, onde a construção frásica ultrapassa o mero virtuosismo barroco. A sua riqueza e propriedade verbais, os paradoxos e os efeitos persuasivos que ainda hoje exercem influência no leitor, a sedução dos seus raciocínios, o tom por vezes combativo, e ainda certas subtilezas irónicas, tornaram a arte de Vieira admirável.

As obras Sermões, Cartas e História do Futuro ficam como testemunho dessa arte.

Capturado em: http://www.edusurfa.pt/area.asp?seccao=4&area=2&artigoid=2938&tipo=1, acesso em 27 de março de 2010.

Sobre o filme:

Palavra e Utopia, de Manoel de Oliveira

Direção: Manoel de Oliveira

Elenco: Lima Duarte, Luís Miguel Cintra, Ricardo Trêpa, Miguel Guilherme, Leonor Silveira, Renato De Carmine, Diogo Dória, Paulo Matos, António Reis, Canto e Castro, José Pinto, José Manuel Mendes

Ano de Produção: 2000
Duração: 130 minutos
Cor: Colorido
Formato da Tela: Widescreen anamórfico 1.66:1

País de Produção: Portugal
Legenda: Português
Idioma: Português(Portugal)
Áudio: Dolby Digital 2.0

segunda-feira, 22 de março de 2010

Até onde o professor pode ajudar seu aluno a desenvolver vocabulário?


É uma pergunta que eu faço aos colegas e frequentadores do Blog: Onde está o nosso limite?

Penso que o maior desafio que temos enfrentado é a falta de vocabulário dos nossos alunos. Vocabulário se adquire por meio da leitura, uma leitura que não pode ser limitada a texto dados em sala de aula. Não podemos determinar nem saber ao certo o que nossos alunos lêem ou deixam de ler quando estão em suas casas.

Quando eu digo leitura, não me limito a livros mas a várias outras mídias. Nossos alunos assistem um filme ou um documentário sem que sejam obrigados ou que esteja na moda?

Eu me lembro da minha infância, quando ia ao cinema e via filmes legendados. Mais tarde, com o surgimento das vídeo locadoras eu odiava só encontrar cópias dubladas de filmes. Sempre gostei de ler as legendas e aprendi muito com elas.

A própria Internet, uma mídia atual, será que ela não está sendo usada apenas como ferramenta de entretenimento? Para jogos, bate-papo, Orkut e msn?

Desconfio que na maioria das vezes é isso que acontece, pois eu nunca tive tantos alunos com tanto acesso à informação (e aí eu incluo meus alunos de todas as classes) e nunca senti tanta dificuldade em trabalhar. Palavras banais e simples, muito usadas em textos de história se mostram completamente desconhecidos para a grande maioria.

Eu comecei há alguns anos um projeto de leitura que tem dados bons resultados, mas não tenho como assumir o compromisso de desenvolvê-lo em outas escolas pois minha carga horária não permite. Então, qual a solução?

Imaginei a possibilidade de selecionar textos em revistas de história e/ou notícias atuais, que trabalhem conhecimento histórico de forma diferente e que sejam atraentes aos alunos, que despertem sua curiosidade. Marcaria sua leitura e relato como atividade semanal ou quinzenal. É uma saída. Quem sabe?

Preocupa-me ver tanto investimento e incentivo à leitura e, ao mesmo tempo, ter alunos com tanta dificuldade em entender textos. Já me falaram por mais de uma vez que tenho que simplificar o conteúdo. Será que isso não seria simplesmente mascarar um problema?

Ora, alguns termos são básicos e vão estar presentes em textos diversos que irão cair nas mãos de alunos que tiveram um estudo "simplificado". Talvez eles não consigam passar em concursos ou mesmo desempenhar bem suas atividades profissionais, que com certeza não serão simplificadas.

domingo, 21 de março de 2010

Atividade sobre Pré-História

Este mês eu realizei um atividade com os alunos do ensino fundamental II, 6º ano do colégio onde estou trabalhando este ano. Na verdade a sugestão estava ano livro, entre as atividades propostas. Os alunos fizeram uma história em quadrinhos sobre a evolução do homem e a pré-história. Coisa simples, mas que teve um resultado muito bom.

Para quem não sabe, eu trabalho há muitos anos com quadrinhos. Mantenho um blog exclusivamente sobre o assunto e tenho um projeto permanente (do qual o citado blog faz parte). Pois bem, eu geralmente preparo os alunos para o trabalho, por meio de uma minioficina, de orientações sobre como fazer uma HQ, e coisas do gênero. Nesse caso específico, não tive tempo para isso, então apenas fiz algumas exigências: história colorida, em folha de papel A4, seis quadros.

É claro, sempre tem quem ignora as instruções. Tive alunos que fizeram tudo a lápis, outros fizeram a caneta azul e alguns utilizaram folha de caderno. Apesar de que em alguns casos os alunos terem feito boas histórias, apesar de não seguirem as orientações, tive que descontar alguns décimos para não abrir precedente. obedecer as orientações é parte da atividade.

As história ficaram boas, algumas com pequenas falhas, mas no geral os alunos conseguiram mostrar compreensão pelo conteúdo. Selecionei algumas como amostragem e coloquei no scribt, para quem quiser analisar, juntamente com algumas observações.

Ah, eu editei algumas histórias, colocando letras mais escuras nos balões porque eles estavam escritos a lápis. Já encontrei alguns "defietos técnicos" e peço desculpas antecipadas.

Aceito e agradeço comentários.

Trabalho de História_quadrinhos_março

sexta-feira, 19 de março de 2010

Nova roupagem e o Centenário da Constança


Resolvi revolucionar o visual dos meus blogs. Agora eles ficaram (acredito) com uma aparência mais leve e melhores de ler. Espero que todos gostem. Ah, a prometida postagem (inédita) sobre história de Leopoldina vai acontecer em breve. Faltam apenas alguns ajustes. Aproveitando gostaria de lembrar a todos das comemorações dos 100 anos da Colônica Constança. Com um pouco de dificuldade (estou trabalhando muito este ano e cheia de compromissos), estou desenvolvendo trabalhos com meus alunos. Espero que outros professores façam o mesmo. Não podemos desperdiçar esse momento de resgate da nossa história local. E que ele seja apenas o começo.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Retroceder não pode!

Esta semana eu ouvi um comentário que me deixou perturbada: durante a reunião do nosso sindicato, correu a notícia de que Leopoldina vai perder sua Secretaria de Cultura. Não tive ainda como confirmar ou negar a informação porque estou sem tempo de ir até a Prefeitura, conversar com os funcionários da Cultura, mas precisava refletir sobre essa possibilidade.

A notícia que chegou até mim (e parece que comentaram para saber se eu tinha conhecimento, se sabia de mais algum detalhe) é de que a Secretaria de Cultura seria extinta e fundida à Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo. Atualmente, a Secretaria tem à sua frente a Secretária de Educação, que responde interinamente pela pasta. Achávamos que seria nomeado(a) um(a) Secretário(a) para o cargo, já que a antiga secretária pediu afastamento há cerca de um ano.

Se a Secretaria realmente for fundida, será um retrocesso para nossa cidade. Leopoldina ficou pelo menos 8 anos sem uma Secretaria de Cultura. Durante 8 anos nós quase não desenvolvemos projetos significativos nessa área. Doe meu coração imaginar que irmos retroceder. Espero que seja realmente um boato (infeliz por sinal), pois penso que o investimento em educação e cultura é o que realmente reflete o desenvolvimento de um povo e eu sinceramente desejo o melhor para meu município.

terça-feira, 2 de março de 2010

Como fazer bons trabalhos escolares

Não sei os colegas professores, mas estou passando uma grande dificuldade em conseguir que meus alunos façam bons trabalhos escolares, em todos os sentidos. Para começar, eles não entendem a importância do trabalho para ele e para o professor que o está recebendo. Parece brincadeira, mas os alunos ignoram as orientações na maioria das vezes.

Quando se trata de entregar exercícios em folha separada, simplesmente arrancam uma folha do caderno de qualquer forma, sem preocupação alguma com a "apresentação", com a aparência que o dito trabalho vai ter. Tudo bem, não se julga um livro pela capa, mas para o professor que está recebendo o exercício - muitas vezes só as respostas, porque não copiam as perguntas - a sensação é de total descaso.

Lembro-me de quando era estudante que gostava de fazer pesquisas, caprichava na letra e entregava o meu trabalho escolar em papel ao maço (é assim que a gente pedia na papelaria), cuidadosamente grampeado.

Acho que este cuidado, este capricho, é tão importante quanto o conteúdo, porque passa a seguinte mensagem "eu me importo" e o professor que recebe esta mensagem se sente mais estimulado a trabalhar.

Trabalho em escola pública e privada, atualmente. Não há muita diferença neste sentido. Perdeu-se o hábito de se fazer trabalhos pensando em se fazer um bom trabalho, de todas as formas. Mas a culpa e nossa, dos professores, ou pelo menos é minha. Eu me esquece regularmente de que eles não tiveram a minha formação e que precisam de orientação para aprender a fazer melhor suas atividades de casa.

Por essa razão, ao invés de reclamar e dizer que não vou aceitar trabalhos mal feitos, resolvi partir para a ação. Montei uma apostila de orientação para meus alunos e vou distribuí-la ainda essa semana, ensinando a fazer pesquisas e dando dicas para apresentação de trabalhos, dos mais simples aos mais complexos.

Como sei que não devo ser a única que anda desanimada com a situação, eu a estou compartilhando com todos. Espero que aprovem.
ORIENTAÇÕES DE COMO FAZER BONS TRABALHOS ESCOLARES

Montei a apostila com dicas de trabalhos mais simples e mais complicados. É interessante o professor começar a aplicá-la por partes, sempre antes de pedir aos alunos que façam um trabalho. Não adianta fazer a apostila completa e entregar nas mãos deles. É preciso introduzir aos poucos o hábito de pesquisa e de confecção de trabalhos para que realmente se tenha resultado.

Ah, eu aceito críticas, correções, dicas, etc.

Projeto "Conhecendo nossas Raízes"

Segue o projeto que começou a ser divulgado esta semana em Leopoldina, como forma de comemorar o centenário da Colônia Constança. Leia, divulgue e participe! Aproveite veja o ´labum de fotos montado pela pesquisadora Nilza Cantono, clicando aqui!

Projeto Conhecendo suas Raízes -Centenário da Colônia Constança