AVENTURANDO-SE
EM PORTUGAL
Vamos para o ponto central da viagem, que foi Portugal. Foi para lá que eu fui
realmente passar meu feriado mais que prolongado (e aqui fica o agradecimento
às minhas diretoras que permitiram que eu pudesse fazer esta viagem em meio ao
período letivo). Portugal é um país lindo e Lisboa é uma cidade maravilhosa.
Para
uma capital, ela é bem provinciana. É muito fácil de andar, de localizar as coisas.
E nem é por conta de se falar o português, mas porque tudo é muito organizado e
as pessoas são extremamente solícitas. Sem falar que o taxi lá é muito barato!
Peguei o taxi para ir ao shopping com minha mãe e paguei o valor que pagaríamos
se tivéssemos ido de ônibus.
Dos lugares que visitei, de alguns eu gostei
mais, por outros eu me apaixonei. O primeiro ponto turístico que conheci,
oficialmente, foi a Praça Marquês de
Pombal. Não poderia de ser outro! Acho o todo poderoso primeiro ministro de
D. José I uma das figuras históricas mais emblemáticas da história lusitana. E
eu o vi praticamente todos os dias em que estive em Lisboa, pois passava pela
praça ao ir para casa. Eu fiquei hospedada na casa de um amigo, não cheguei a
ficar em um hotel. Mas Ana e sua filha Isabela ficaram e elogiaram muito o
serviço e o preço também compensou.
Nos
três primeiros dias nós fizermos uma série de passeios pela cidade, naqueles
ônibus turísticos de dois andares. Compramos o pacote completo, com quatro itinerários.
Um deles nos levou para as praias de cidades próximas a Lisboa, como as de Estoril e Cascais. Lindas, por sinal.
Tudo muito limpo, organizado. A orla muito bonita, com casas de verão lindas,
bares e lojas. E havia pessoas na praia! Muitas por sinal, aproveitando o sol
da primavera. A diferença de temperatura de Lisboa para as cidades litorâneas
era grande. Não que tenhamos pegado frio. O clima estava agradável, embora à
noite a temperatura baixasse um pouco, mas nada que atrapalhasse ou
incomodasse.
Em Cascais, cidade de veraneio. |
Um
dos lugares que eu mais gostei e frequentei em Lisboa foi a Praça do Comércio, que tem ao centro a
famosa estátua de Dom José I, da qual ouvia falar nas aulas da Marieta, no meu
primeiro semestre de mestrado. A praça é mais conhecida por Terreiro
do Paço e fica na parte baixa de
Lisboa, às margens do famoso rio Tejo. Se eu não estivesse em grupo,
seria certamente o lugar para onde eu iria todo final de tarde, sentar a beira rio
e simplesmente ficar ali, contemplativa, bebericando uma taça de vinho.
Praça do Comércio (parte dela) - ao fundo, as bandeiras de todos os países de língua portuguesa. |
Outro lugar que me
encantou foi o Castelo
São Jorge, também em Lisboa,
construção medieval que fica num dos pontos mais elevados da cidade e que tem
uma das vistas mais lindas de Lisboa. A construção em si é maravilhosa. O castelo é um monumento nacional e integra a zona
nobre da antiga cidadela medieval (Alcáçova), constituída pelo castelo, os
vestígios do antigo paço real e parte de uma área residencial para elites. Ele
foi construído pelos muçulmanos em meados do século XI e conquistado em 1147,
por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal. Com tanta história, eu poderia ficar horas, caminhando
pelas muralhas, sentada em um dos recantos simplesmente admirando a beleza e
deixar minha mente vagar no passado.
Um lugar que eu queria muito ir era o Convento do Carmo.
Construído em 1389 pelo Condestável D. Nuno Álvares Pereira. O Convento da
Ordem do Carmo possuía uma igreja em estilo gótico que chegou a ser uma das
mais importantes de Lisboa. A Igreja sofreu com o grande terremoto de 1755 e
acabou ficando em ruínas, que são preservadas como marcas do desastre ocorrido
naquele ano (terremoto seguido de um maremoto e uma série de incêndios que
destruíram grande parte da cidade). O Convento pode ser visto da Praça Pedro IV (Praça do Rossio), onde fica o Teatro D. Maria II.
Ele atualmente abriga o Museu Arqueológico do Carmo, que tem uma coleção incrível, que passa pela pré-história, pela América pré-colombiana e Portugal Medieval. Comprei um livro sobre o museu. Adoro arqueologia e quero conhecer melhor o trabalho que eles fazem por lá. Aliás, o museu tem uma pequena livraria que tem livros ótimos, para quem gosta do tema. Vale a pena dar uma paradinha, sentar-se numa poltrona e conferir.
Ele atualmente abriga o Museu Arqueológico do Carmo, que tem uma coleção incrível, que passa pela pré-história, pela América pré-colombiana e Portugal Medieval. Comprei um livro sobre o museu. Adoro arqueologia e quero conhecer melhor o trabalho que eles fazem por lá. Aliás, o museu tem uma pequena livraria que tem livros ótimos, para quem gosta do tema. Vale a pena dar uma paradinha, sentar-se numa poltrona e conferir.
Entrada do Convento do Carmo. |
Torre de Belém. |
O entorno não fica por
menos. Além da proximidade com outros monumentos, museus e centros culturais,
ainda há uma enorme área gramada, onde os visitantes se acomodam em toalhas,
descansam, tomam sol ou fazem piqueniques. Bem próximo, por exemplo, está o Mosteiro dos Jerínimos, que data também do início do século XVI,
do governo de D. Manoel I. Uma construção magnífica, em cuja igreja se encontra
os túmulos de Luiz de Camões e Vasco da Gama. Uma dica é comprar as entradas
para o Mosteiro e para a Torre juntas, sai mais barato.
Bem em frente ao Mosteiro e à esquerda da Torre está o monumento em homenagem aos descobrimentos portugueses, o Padrão dos Descobrimentos, onde estão representados heróis portugueses como Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Camões, Fernão de Magalhães e, Pedro Álvares Cabral.
De todos os passeios que fiz em Portugal, o que eu mais gostei foi
conhecer Sintra. Cidadezinha pequena e pitoresca cercada de montanhas, ela
guarda um tesouro fantástico: o Castelo dos Mouros. O Castelo dos Mouros foi construído durante o séc.IX pelos Mouros, para
guardar a cidade de Sintra, mas foi abandonado depois da conquista cristã em
Portugal.
Entrada do Mosteiro dos Jerónimos. |
Bem em frente ao Mosteiro e à esquerda da Torre está o monumento em homenagem aos descobrimentos portugueses, o Padrão dos Descobrimentos, onde estão representados heróis portugueses como Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Camões, Fernão de Magalhães e, Pedro Álvares Cabral.
Padrões dos Descobrimentos. |
O Rei D. Fernando II mandou restaurá-lo, em meados do século XIX. É um dos lugares mais lindo que eu já visitei. Uma verdadeira viagem ao passado, e todo mundo sabe que eu adoro isso. Além de ser a construção mais antiga que eu já visitei, pelo menos que eu saiba. Estive em lugares em Lisboa cuja data da construção é incerta, como a Igreja da Ordem dos Cavaleiros de Malta, que foi anteriormente uma mesquita.
Pequena (pequena mesmo) parte das ruínas do Castelo dos Mouros, em Sintra. |
Ruínas do Castelo dos Mouros. Em dias claros como este dá pra ver a cidade de Lisboa, bem ao fundo. |
Na próxima postagem o fechamento do meu
enorme relato, com algumas impressões finais, algumas coisas que não gostei e,
claro, vou falar das comidinhas que eu provei e das quais ainda não falei. Afinal, em Portugal a gente come muito bem!
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