Este
ano eu resolvi me aventurar um pouco mais e montei um roteiro de viagem
passando por seis países durante o mês de janeiro e pegando os dois primeiros
dias de fevereiro. A minha primeira parada foi Portugal, de lá fui para a
Itália, mais especificamente para a cidade de Roma. Permaneci lá por cinco
dias.
Roma
é uma cidade que mexe com as sensações. E com o meus dois pontos fracos:
história e massas! E eu acho que abusei das duas coisas.
Imaginem
o que é para mim estar numa cidade que pode ser considerada o berço da
civilização ocidental?
Ver
ruínas romanas de perto não é necessariamente uma novidade. Em Portugal existem
muitas. Mas ver as ruínas da cidade de
Roma, onde tudo começou, a capital de um dos maiores impérios do mundo,
lugar por onde passaram tantos personagens célebres, de imperadores a poetas, é
algo de tirar o fôlego.
Lembrar
de Roma, por si só, já é emocionante. Se eu resolvesse colocar em palavras todas
as minhas experiências naquela cidade eu não escreveria uma postagem, mas um
livro. Então, eu selecionei algumas passagens que eu considero significativas.
No
primeiro dia fui com os amigos a um charmoso restaurante e pedimos o menu
promocional. Aliás, eu faço isso sempre. Dependendo da cidade ou país o menu do
dia costuma trazer uma entrada, um prato principal e uma sobremesa. Há casos em
que o restaurante oferece uma cesta de pães e água como cortesia.
Basílica de São Pedro, a noite. |
Na Europa eu
nunca pedi um menu com valor superior a €16,00 e sempre comi muito bem. Mas é
aquela coisa, eu não como muito. Para aqueles que gostam de ser fartar é um
pouco mais difícil e mais caro achar um restaurante que lhe satisfaça. Mas há
jeito para tudo.
Destaco
este restaurante não por ele ter sido o melhor, mas por ter sido o primeiro em Roma. No geral, lá tudo delicioso: as massas, os pães, os gelatos e os vinhos. Tudo é muito saboroso e é difícil você não encontrar uma coisa que realmente goste em Roma. Há comida para todos os gostos.
As fontes em Roma são maravilhosas. Esta foi uma das que eu mais gostei: Fontana di Nettuno (Piazza Navona). |
Daí
vamos para meu segundo momento. Chegamos à praça São Pedro, à noite, achando
que encontraríamos tudo vazio e fechado. Mas, ao contrário, encontramos muito
movimento e a decoração de Natal ainda lá, nos proporcionando um show de luzes
inesquecível.
Um amigo certa vez me disse que Roma era uma cidade solar. Mas pra mim Roma vai ficar na memória como uma cidade noturna, onde a iluminação oferece um encantamento sem igual. Faz toda diferença, por exemplo, visitar a Fontana di Trevi durante o dia e durante a noite. A noite eu achei muito mais romântica, e olhe que não me considero uma pessoa romântica.
Um amigo certa vez me disse que Roma era uma cidade solar. Mas pra mim Roma vai ficar na memória como uma cidade noturna, onde a iluminação oferece um encantamento sem igual. Faz toda diferença, por exemplo, visitar a Fontana di Trevi durante o dia e durante a noite. A noite eu achei muito mais romântica, e olhe que não me considero uma pessoa romântica.
O Panteão é um dos prédios da antiguidade romana mais bem conservados. Pena que a luz não favoreceu a foto. |
No
dia seguinte fizemos um longo passeio, que se estendeu até a noite, e pude ter
meu primeiro encontro com os monumentos antigos de Roma. E são eles que eu quero destacar nesta
postagem.
O
primeiro foi o Panteão. Criado para abrigar as divindades romanas, o prédio de
aproximadamente 2000 anos atravessou o tempo e hoje é um templo católico, onde
estão sepultadas figuras ilustres como o pintor renascentista Rafael e o rei Victor
Emanuel II, um dos líderes da unificação italiana. Estar no Panteão é
presenciar 2000 anos de história italiana. E não é qualquer história: é aquela
que meus alunos aprendem na sala de aula.
E tem
ainda o Coliseu! Pois é, ele mesmo. Em toda a sua grandeza, ali na minha
frente. Minha vontade era correr em volta dele, como uma criança. Infelizmente,
chegamos lá tarde e não foi possível fazer a visita, mas retornamos no dia
seguinte. Foi majestoso.
Compramos um pacote que dava acesso ao Coliseu, ao Paladino e ao Fórum Romano. E o melhor de tudo é que tínhamos um guia. Com ele aprendemos toda a história do Coliseu, o que o tornou ainda mais impressionante. Eu cheguei a gravar uma pequena parte da visita guiada. Cinco minutos que valem a pena ser assistidos.
Compramos um pacote que dava acesso ao Coliseu, ao Paladino e ao Fórum Romano. E o melhor de tudo é que tínhamos um guia. Com ele aprendemos toda a história do Coliseu, o que o tornou ainda mais impressionante. Eu cheguei a gravar uma pequena parte da visita guiada. Cinco minutos que valem a pena ser assistidos.
Do
Coliseu fomos para o Palatino e para o Fórum Romano. Lá também tínhamos uma
guia, muito simpática, que foi contando a história do lugar e apontando as
construções mais importantes. Eu gastei pelo menos três horas e meia no
passeio. Foi o tempo e o dinheiro mais bem gasto em toda a minha viagem.
Mas
o que tem de importante no Palatino?
A cidade de Roma é formada por sete colinas e foi justamente na colina do Palatino que a cidade
teve sua origem. Segundo a lenda, foi lá que os gêmeos Rômulo e Remo foram
amamentados pela loba. Por essa razão, muitos imperadores escolheram o locam para
construírem suas casas. Ali também ficavam as casas de famílias patrícias
importantes, que queriam viver à sobra dos imperadores.
Bem ao lado
(e é até difícil dizer onde começa um e termina o outro) fica o Fórum Romano, o
centro político e comercial da cidade. Naquela região concentrava-se a maior
parte da população, que foi se espalhando e ocupando outros espaços à medida
que a cidade foi crescendo.
Vou contar para vocês, eu andava pelas ruínas, parava,
respirava fundo e tentava imaginar como era a vida ali há mais de 2000 anos.
Doideira, né? Mas foi mais ou menos assim. Eu nem percebia as pessoas ao meu
redor, e certamente elas não me percebiam, também.
Foto do interior da Basílica de São Pedro. |
Para encerrar, vou retornar onde comecei: no
Vaticano. No domingo, dia 08 de janeiro de 2018 fomos visitar a Basílica de São
Pedro. Quando eu entrei na Basílica eu pensei comigo: nunca mais vou conseguir
achar outra igreja tão bonita. A Basílica é indescritível. São obras de arte
maravilhosas unidas a uma arquitetura de tirar o fôlego.
E quando eu achei que nada
mais iria me impressionar eu me deparei com a Pietà de Michelangelo. Para quem
não sabe, a Pietà é um tipo de arte cristã que representa o sofrimento de Nossa
Senhora com o corpo morto de Jesus nos braços. A Pietà de Michelangelo é uma escultura em mármore maravilhosa. E olhe que nesta viagem eu vi muitas esculturas e nenhuma, na minha opinião se iguala a ela. Foi
devastador, até porque confesso que não sabia que ela estava lá.
A foto não ficou muito boa, mas quem se importa? Eu vi a Pietà de Michelagelo, uma das obras de arte que eu mais amo. |
E
pra fechar a viagem tivemos o Angelus, a benção do Papa. Pois é, vi o Papa Francisco! De longe, mas vi! Aos domingos
o Papa dá uma benção para quem estiver na praça São Pedro (que estava lotada,
claro). Ela dura 10 minutos. Há um telão que permite ver de perto o Papa (que fica
na janela da biblioteca do Vaticano) e um equipamento de som muito potente.
Tudo muito organizado, devo dizer.
Sobre
Roma eu poderia ainda escrever muita coisa. Só sobre o Panteão e o Coliseu
seriam várias páginas. Eu poderia falar de muitos outros lugares que eu visitei,
como os subterrâneos da Basílica de São Clemente, uma verdadeira capsula do tempo, as fontes e os museus. Mas, como eu disse, uma
postagem não seria suficiente.
Pra
quem quer ir um dia ir a Roma eu posso dizer algumas coisas, da minha recente
experiência: dá pra passear muito e gastar pouco. Dá pra para se divertir,
tirar fotos, ir a lugares fantásticos. Basta planejar. A comida é ótima, a cidade é linda e o clima é sensacional. Não importa se no verão ou no inverno, Roma é uma ótima pedida em qualquer estação.
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