Kulturhuset, em Estocolmo. |
O
país, claro, também foi me atraindo aos poucos à medida em que eu pesquisava. Sempre
quis ter aquelas férias de inverno onde as pessoas fazem bonecos de neve e
deitam na neve para fazer anjos. Não que eu nunca tenha visto neve. Uma vez, há
muitos anos atrás, nos Alpes Suíços. Mas foi muito rápido e era a primeira
neve, poucos centímetros apenas.
Por tudo isso eu resolvi incluir Estocolmo em
quatro dias da minha viagem. Destes quatro dias, dois efetivamente foram
produtivos. Os outros envolveram traslados de aeroporto, táxi, enfim, não deu
para dizer que foram quatro dias. Coloque aí dois e meio. Este foi meu maior erro.
Serieteket do Kulturhuset, em Estocolmo. |
Deveria
ter pensando no tempo que perderia em aeroportos e aumentado pelo menos mais
dois dias de viagem. Mas, como já comentei em postagens anteriores, minhas
férias estão sendo um aprendizado. Estou aprendendo o que NÃO
fazer. Mas isso eu vou detalhar em uma postagem específica sobre viajar sozinha
pela Europa. Agora quero falar daquilo que me motivou ir parar na terra dos vikings:
conhecer pessoas que produzem e/ou fazem Histórias em Quadrinhos.
Com Gabriel Winnberg, que me ajudou a fazer contatos em Estocolmo. |
Eu
busquei alguma coisa relacionada à Academia Sueca de Quadrinhos e achei uma
página comemorativa dos 50 anos da Academia. Lá havia vários comentários. Fui diretamente
aos autores destes comentários e enviei a eles uma mensagem pedindo informações
sobre quadrinhos na Suécia.
Eis
que fui respondida por um artista plástico, Gabriel Winnberg. Ele me introduziu na comunidade dos quadrinhos
suecos através de um amigo quadrinista, Knut
Larsson. O que se seguiu, então, foi uma reviravolta: para quem não tinha
ninguém, conheci cerca de oito pessoas envolvidas diretamente com quadrinhos.
Destas, encontrei com seis em Estocolmo, no dia 20 de janeiro.
Knut, autografando Cidade dos Crocodilos para mim! |
Sinceramente,
eu nem sabia o que ia fazer. Meu inglês é muito ruim e meu francês ficou no
passado. A sorte é que eu entendo boa parte do que me falam, tanto num idioma
quanto no outro. O problema é dizer o que eu penso. Mas acabei descobrindo uma
coisa muito importante. Quando as pessoas querem te entender elas te acolhem de
tal forma que o idioma é uma barreira que se ultrapassa com algum esforço.
Eu
fui super nervosa me encontrar com meus novos amigos e fui muito bem acolhida.
Eles me apresentaram o centro cultural de Estocolmo o Kulturhuset, onde inclusive há uma gibiteca, que lá se chama Serieteket. Estou aprendendo aos
poucos algumas palavras em sueco. Por exemplo, pesquisador(a) em quadrinhos lá
se chama serieforskaren.
Depois
saímos para conversar, falar sobre quadrinhos na Suécia e tudo mais. Ganhei
presentes: um livro sobre a História dos Quadrinhos na Suécia, escrito por Fredrik Strömberg, com quem, aliás, vou
encontrar em Angoulême e a História em Quadrinhos do Knut, Cidade dos Crocodilos, sobre a qual já falei aqui. Eu tinha a
versão em pdf, recebi a versão impressa com direito a dedicatória.
Com Ola Hammarlund, Ola Hellsten, Linda Gustafsson, Thomas Karlsson e Knut Larsson. |
Eu
me senti um tanto perdida, em alguns momentos, sem saber como dizer o que eu
queria, mas todos foram muito pacientes comigo. O que eu não consegui falar lá,
eu posso compensar por mensagens, e-mails, etc. O importante foi ter esse
contato, mostrar meu interesse em conhecer mais e, principalmente, levar para lá
um pouco dos quadrinhos do Brasil. Deixei na Serieteket, que me foram dados por quadrinistas brasileiros que agora fazem
parte do acervo do Kulturhuset. Espero
que, em breve, haja quadrinhos brasileiros em terras nórdicas.
2 comentários:
Wonderful, you got to Sweden! I loved Sweden when I was there. I lectured at the school of comics in Malmo, and stayed with Fedrik Shomburg, who is a supoer great guy, and spoke at the comics library in Stockholm. The Scandinavians live up to their reputation: they are the nicest people, so intelligent, so civilized! I'm so glad you got to meet them! Did you see the Little Mermaid? My souvenir mermaid figure sits on top of my bookcase.
Hi, Trina!
I loved what all I have seen, although it has had little time for tourism. Unfortunately I did not see the little mermaid, but I plan to return with more time. I met Fredrik in Angoulême. Person super friendly. I have his book and I want to start reading as soon as possible.
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