sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

TOMANDO CHOCOLATE NO LOUVRE COM CECÍLIA CAPUANA

Tomando chocolate quente com Cecília Capuaba no Louvre.
Eu Não gosto de resumos. Eles tendem a simplificar as coisas e a beleza, pelo menos pra mim, está nos detalhes. Eu me irrito quando pergunto animadamente a uma pessoa “E aí, como foi?” e ela simplesmente responde “Foi bom!” Ora, se uma pessoa tem interesse em saber o que aconteceu, ela não perguntaria. Então, detalhes, por favor.

Por isso eu fiz esta postagem, eu quero dar detalhes sobre um dos momentos mais incríveis da minha vida: eu conheci pessoalmente Cecília Capuana.

Cecília Capuana é uma pintora, desenhista e quadrinista italiana. Eu conheci o trabalho dela primeiro pela indicação de Chantal Montellier, uma quadrinista francesa. Depois através dos quadrinhos dela, que eu tive a oportunidade prazer de ler quando comprei meus exemplares da revista francesa da década de 1970, Ah! Nana!, da qual Cecília, Chantal, Trina Robbins e muitas outras quadrinistas participaram, entre os anos de 1976 e 1978. Ah! Nana! tem sido meu objeto de estudo desde o final do meu mestrado, há quase dois anos e, possivelmente, será o tema do meu doutorado se eu me animar a fazer.

Voltando a Cecília Capuana, como fui conhecer meu objeto de pesquisa pessoalmente?
 
Self de despedida!
Há alguns anos eu planejo fazer uma viagem longa ao exterior. No roteiro eu queria incluir duas coisas: Paris e Angoulême. Juntando meu suado dinheirinho eu consegui realizar meu desejo (darei detalhes separados em outras postagens) e fiz algo que eu não tinha planejado: passei algumas horas com Cecília. O local não poderia ser melhor, em um café super chique, no Louvre.  É, o Louvre, aquele museu onde está aquele quadro famoso, a Monalisa. Aliás, tirei retrato com elas: a Monalisa e a Cecília, claro.

Mas vamos aos detalhes. Eu fui a Paris, obviamente. Alguns dias antes eu recebi uma mensagem de Cecília perguntando quando eu estaria lá. Acabamos marcando um encontro, para o dia 17 de janeiro. Para a minha surpresa ela está residindo em Paris, pois, se entendi bem, o marido dela está trabalhando na França. Daí, fui eu alegremente caminhando pela Champs-Elysées em direção ao Louvre, numa terça-feira, com temperatura abaixo de zero.
 
Eu e a Monalisa!
O encontro foi ótimo. Marcamos na frente da grande pirâmide e fomos para o Café Marly. Tomamos chocolate quente. Caiu bem naquele dia frio. E conversamos, misturando francês e italiano. Vou uma doideira, mas conseguimos nos comunicar. Eu fiquei morta de vergonha no início, mas depois fiquei a vontade. Ela é uma pessoa maravilhosa, muito alegre e gentil. Ficamos lá cerca de uma hora e meia e depois eu me despedi.

Ah, por coincidência naquele mesmo dia eu soube que meu texto sobre Cecília havia sido publicado na revista Papiers Nickelés # 51, a última de 2016.  Fui a uma reunião na revista e a recebi em mãos. Acho que não tem como dizer que o dia 17 de janeiro possivelmente foi um dos melhores dias da minha vida.

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