Café Tintin, em Lisboa. |
Como
no meu primeiro texto eu falei do meu encontro com Cecília Capuana, nada mais
justo que neste eu fale do meu encontro com outros autores e artistas. Para isso
vou retornar ao início, à minha primeira parada, e base apoio logístico, Portugal.
No
dia 12 de janeiro eu tinha uma missão: ir à Bedeteca de Amadora e lá deixar
alguns exemplares de fanzines, livros e Histórias em Quadrinhos. O material me
foi dado, em sua maioria, por colegas da Associação de Pesquisadores em Arte
Sequencial (ASPAS) para fazer parte do acervo da Bedeteca de Amadora. O
material teórico, inclusive, foi muito festejado. Livros sobre quadrinhos ainda
são poucos, mas a produção acadêmica tem crescido muito e cada adição serve
tanto para valorizar os quadrinhos enquanto produto cultural quando para
mostrar como a pesquisa neste campo tem avançado.
Geraldes Lino e José Ruy. |
Passei
praticamente uma manhã inteira e parte da tarde em Amadora e, detalhe, eu fui
sozinha. Eu me virei, claro. Quando decidi que viajaria completamente sozinha
para o exterior sabia que ia precisar de jogo de cintura em muitos momentos.
Vou dizer uma coisa, passei uns bons apertos, coisa que nunca vivenciei no
Brasil, mas não reclamo. Como sabiamente disse meu amigo filósofo Gabriel “o
que não me mata, me fortalece.” E foi isso mesmo.
Mas
voltando a Portugal, eu reencontrei meu querido amigo e especialista
em fanzines Geraldes Lino, isso ainda no dia 12 de janeiro, no Café Tintin, na Avenida
de Roma, em Lisboa. Conversamos bastante sobre assuntos relacionados a
quadrinhos, política e, claro, sobre os Festivais de Angoulême e Amadora.
Depois fui apresentada a um restaurante português, "O Prego da Peixaria", que possui um cardápio
especial de Hambúrgueres.
Eu
pedi um hambúrguêr de Salmão com choco. Uma delícia, eu recomendo. Ele vem
acompanhado de batata doce frita em forma de palitinhos. É muito gostoso. Claro,
tudo acompanhado de vinho. Vou dizer que, até agora, acho que só não tomei
vinho quatro dias durante a minha viagem (estou no 12º dia). Eu brinquei com
muita gente dizendo que tomaria vinho todo dia. Não é que isso quase foi
verdade? Na casa de amigos, em restaurante e no avião. Sempre tinha vinho.
Fechando
a parte de Portugal, pelo menos esta primeira parte, no sábado, dia 14 de
janeiro eu fui convidada para participar do “Almoço do Mosquito”. O Mosquito foi
um importante periódico que circulou em Portugal que surgiu em 1936 e circulou
até o final da década de 1980. A revista abriu espaço para revelar vários
talentos dos quadrinhos em Portugal.
Uma
curiosidade: o almoço foi em um restaurante de comida mineira, olham só! A
ideia que os portugueses têm de comida mineira é bem diferente da minha. Eu sou
mineira, né gente! Mas eles tentaram. Eu me lembrei de Trina Robbins, que ficou
apaixonada por picanha, quando esteve no Rio de Janeiro. Ela achou um
restaurante brasileiro em São Francisco e, claro, pediu picanha. Como ela
reclamou! Aparentemente a picanha nos Estados Unidos não é tão boa quanto à do
Brasil.
Fechou-se
assim, minha primeira etapa da viagem, pelo menos a profissional. Depois eu
devo falar sobre a parte turística, igualmente importante. Afinal, eu estou de
férias!
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