domingo, 31 de dezembro de 2023

MINHA RETROSPECTIVA DE 2023

Pediram que eu fizesse um apanhado do meu ano de 2023. Foi quando eu percebi que eu não tinha certeza do que eu havia feito (pelo menos cronologicamente falando) durante o ano. Eu tive que buscar vestígios para muito além da minha memória para fazer esta retrospectiva, e nem tenho certeza se está completa.  Um exercício de memória difícil, pois o ano de 2023, para mim, foi complexo de várias formas. 


Eu comecei o ano fazendo uma longa viagem de férias. Fiquei mais de um mês fora de casa. Foi ótimo, mas me consumiu muito. Não faria novamente. Acredito que isso tenha sido resultado dos anos de pandemia. Eu, de repente, senti um impulso de cair na estrada e romper com aquele longo isolamento. Fui para Portugal, Suíça e França. Fiquei na casa de amigos, revi pessoas queridas e fui a lugares nos quais eu ainda não tinha ido e revi alguns que eu já conhecia.

Fechei as férias participando do Festival Internacional Quadrinhos de Angoulême, na França, de onde enviei algumas notícias para o Mina de HQ (minha primeira experiência do tipo). 

Em fevereiro, de volta, eu gravei um podcast com o Quadrinheiros, que foi lançado em março. Foi bem interessante. Não tenho o habito de gravar podcast, acho que tinha feito no máximo dois antes deste. Mas gostei da experiência e do resultado. Estou ficando mais articulada para falar.  Retomei meu trabalho nas duas escolas nas quais eu leciono. Recebi este ano 4 turmas novas, com alunos para os quais eu ainda não havia lecionado. Foram turmas ótimas, muito além da minha expectativa, e que ajudar a diminuir o fardo do trabalho porque eu me diverti muito dando aula para eles.

Fui aceita para o pós-doutorado em Letras, na UEMS, no final do ano de 2022 e já comecei 2023 ligada à universidade. Ao longo do ano eu me vi envolvida nas atividades do curso. A primeira delas foi o encontro "Quadrinhos e o fim do mundo: utopias e distopias". Eu participei de uma mesa junto com os amigos Octavio Aragão e Elidiomar Ribeiro, no dia 07 de abril, pela manhã. Primeiro evento acadêmico do qual eu participei no ano.

Em maio, saiu minha primeira publicação do ano, um a artigo na Revista Cajueiro. Aliás, um dos artigos que eu mais gostei de escrever nos últimos anos: Entre a vida e a morte - apropriação da linguagem dos quadrinhos e o tema do suicídio em W: Two Worlds. Aliás, eu escrevi muita coisa em 2022 e em 2023 que só vai ser publicado em 2024, o que me deixa um pouco confusa. Ao fazer esta retrospectiva eu me dei conta de que fiz muita coisa mas para fins de registro ainda não posso divulgar. Percebi, também, que tenho que atualizar meu Lattes e meu Orcid.

Maio, por sinal, fui um mês absurdamente corrido e cheio de eventos. Eu viajei para Campo Grande, MS, para cumprir minhas tarefas do pós-doutorado e ministrei um curso para os alunos do mestrado em letras. Aproveitei para conhecer a Gibiteca de Campo Grande e fazer contatos com professores e alunos da Universidade. Foi quando realmente caiu a ficha de que eu estava de nova na universidade, só que meu papel agora é outro: eu que estou ministrando as aulas. Foi meio assustador no início, mas foi, está sendo, divertido.

No final do mês tivemos o VI Entre ASPAS, encontro da Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial (ASPAS), em Leopoldina, MG, evento do qual fui uma das organizadoras. Participei ainda como mediadora de uma mesa sobre quadrinhos e pesquisa na História, com a participação de Mary Del Priore e apresentei comunicação ao lado da amiga Alessandra Senna. Durante o evento houve a eleição para a nova gestão da ASPAS, da qual eu agora faço parte, junto com mais três outros colegas, até 2025.

Tirei 10 dias das férias de julho para passear. Fui para Campos do Jordão, com a amiga Ana Cristiana e, depois, fui para São Paulo, rever meu amigo sueco/brasileiro, Ricardo Gonçalves. Fomos ao show da Marisa Monte e aproveitamos para fazer alguns pequenos passeios. Foi ótimo. Voltei das férias revigorada.

No final de agosto eu participei da banca de qualificação do doutorado da amiga Daniela Marino, na USP e pude aproveitar para pegar o final das Jornadas Internacionais e Quadrinhos da USP e rever  muitos amigos queridos. Foi em agosto, também, que fiquei sabendo que um artigo que eu escrevi junto com a Daniela seria publicado no International Journal of Comic Art, uma revista estadunidense especializada em quadrinhos. O artigo foi The Boom of Female Comics in the 21st Century in Brazil, que nós fizemos para um evento em 2021, mas que não havia sido publicado. Daniela submeteu o texto e ele foi aprovado.


Em setembro eu retornei a São Paulo para participar de um evento e lançamento de livro, com a autora francesa Chantal Montellier no Sesc/SP. Foi mediadora de um bate-papo com a autora que ocorreu antes da sessão de autógrafos. Acho que este ano São Paulo foi o lugar para onde eu mais me desloquei, seja para lazer, compromissos de trabalho ou mesmo fazendo escala em aeroporto.

Em outubro eu publiquei junto com o amigo Ricardo Gonçalves, um capítulo intitulado Gender and sexuality in Brazilian early childhood education no livro Gendered and Sexual Norms in Global South Early Childhood Education. Uma experiência muito boa, pois saí da minha zona de conforto e encarei um novo desafio, com um tema que é do meu interesse mas sobre o qual eu ainda não tinha produzido nada significativo. Foi um trabalho longo, que passou muitos ajustes. Eu agradeço a Ricardo pela convite e pela confiança.

Ainda em outubro dei início, junto com a amiga Lucilene Nunes, a um curso sobre Introdução à História Local, para 40 professores da rede municipal de ensino de Leopoldina. O curso terá três módulos. Aproveitamos para transformar o material que usamos em e-book que está disponível para download. Ainda em outubro eu retornei para Campo Grande, onde eu participei de um evento na biblioteca da UEMS, “Primeira Semana Nacional do Livro e da Biblioteca”, além de outras atividades tanto no curso de letras quanto no curso de História.

Em novembro eu recebi a notícia de que minha tese foi premiada pelo Trofeu HQ Mix. Foi uma surpresa, juro. Eu nem estava pensando que poderia ganhar. Fiquei muito grata pelo prêmio e foi muito emocionante poder ir à cerimônia receber o troféu, em dezembro.

No final de novembro e início de dezembro eu participei como mediadora de uma mesa no evento “Quadrinhos e Música”, como parte das atividades do meu pós doutorado. E, para encerrar, lançamos, no dia 02 de dezembro, o livro "Varal de Memórias" um projeto que eu realizei com meus alunos em agosto e que acabou resultando na publicação de um livro e um e-book.

 


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