Outro dia um amigo, que é
tarólogo, examinando a data do meu aniversário me disse que a minha carta no Tarot é a "roda da fortuna", que eu sou
regida pelo destino. Na hora eu não pensei muito sobre aquilo.
Mas colocando tudo na balança, pesando as coisas que aconteceram comigo, boas ou ruins, eu acho que talvez a roda da fortuna tenha muito mais a ver comigo do que eu imaginava. Afinal, não temos controle sobre a vida. Ela nos oferece
desafios, escolhemos como iremos enfrentá-los ou se iremos enfrentá-los. Ela
nos oferece oportunidades, escolhemos se iremos abraçá-las ou não. Ela coloca
pessoas nas nossas vidas e essas pessoas deixam suas marcas.
Muitas pessoas tiveram e têm um impacto positivo na minha vida pessoal e profissional. Acho que eu não seria quem eu sou
se não fosse por elas. E a lista é grande, muito grande. Tanto que vou me
limitar a citar alguns exemplos e espero que todos se identifiquem neles. E, por favor, aqueles que não foram citados, não fiquem com ciúmes! Se eu fosse colocar aqui todas as pessoas que foram e ainda são importantes na minha vida, não seria um post, seria um livro, com muitos capítulos.
Começando com a Karla. Eu a conheci há 16
anos, durante uma viagem de trabalho ao exterior. Ela se tornou uma grande
amiga. Mora no Sul do Brasil, eu no Sudeste. A família dela quase se tornou a minha. Acompanhei de longe suas filhas crescerem, ganhei a amizade do seu marido César (depois de muito doce de leite) e até a confiança do seu cachorro (saudoso Oddy). Nós nos encontramos praticamente a
cada dois anos. Ela me apoia e incentiva muito, sempre.
O mesmo acontece com a Valéria Fernandes, outra amiga querida que está longe.Apesar de sermos muito diferentes, em vários sentidos, eu a tenho como uma irmã. Mas irmãos não são assim? Diferentes? Foi junto com ela que eu montei meu primeiro minicurso e fiz minha primeira apresentação sobre quadrinhos num encontro regional da ANPUH, se não me engano em 2004.
E falando em amor fraternal, não posso deixar de mencionar aqui os amigos Amaro de Iuri. Com eles eu participei da fundação da ASPAS - Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial. Confesso que em alguns momentos eu quero matá-los! São tranquilos demais! Mas já percebi que só vou matá-los de rir, porque acham graça quando eu fico brava, ao invés de se sentirem intimidados. Uns abusados!
O mesmo acontece com a Valéria Fernandes, outra amiga querida que está longe.Apesar de sermos muito diferentes, em vários sentidos, eu a tenho como uma irmã. Mas irmãos não são assim? Diferentes? Foi junto com ela que eu montei meu primeiro minicurso e fiz minha primeira apresentação sobre quadrinhos num encontro regional da ANPUH, se não me engano em 2004.
E falando em amor fraternal, não posso deixar de mencionar aqui os amigos Amaro de Iuri. Com eles eu participei da fundação da ASPAS - Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial. Confesso que em alguns momentos eu quero matá-los! São tranquilos demais! Mas já percebi que só vou matá-los de rir, porque acham graça quando eu fico brava, ao invés de se sentirem intimidados. Uns abusados!
E tem ainda o amigo e mentor Abdeljalil Akkari. Quando eu o conheci, em 1994, ele não falava uma só palavra em português. Isso não impediu que construíssemos uma relação de amizade e trabalho que já dura mais de vinte anos. Aliás, foi ele quem me colocou na direção da pesquisa. Foi o Jalil que me proporcionou a oportunidade de ter textos publicados em revistas acadêmicas importantes, quando eu tinha nada mais do que uma especialização. Ele me apresentou novas perspectivas e me transformou numa professora pesquisadora.
O destino, por vezes, me colocou
em certas situações das quais eu pude tirar um grande proveito. O mestrado foi uma delas. Quando Rodrigo Fialho me disse que haveria uma seleção de mestrado, na
UNIVERSO, ele tomou pra si a missão de me convencer a me inscrever. Acabei passando na seleção, fiz novas amizades, até fora do Brasil, tive uma
orientadora maravilhosa que se tornou minha amiga e escrevi uma dissertação sobre
um tema que eu amo. Foram dois anos maravilhosos.
E voltando mais no tempo, vamos falar de quando eu resolvi montar uma gibiteca numa saleta da escola. Tudo aconteceu de uma forma tão espontânea. Os alunos ajudaram, a diretora (na época a Ana) autorizou. Reuni pela primeira vez, em 2007 um grupo de pessoas para fazer um seminário sobre quadrinhos para professores do CEFET. Dali surgiram grandes amizades. Depois daquele seminário vieram outros, o grupo foi crescendo. Passamos para encontros acadêmicos, como o I Fórum de Pesquisadores e acabamos fundando uma associação, que hoje conta com mais de 60 pesquisadores. E tudo começou com um projeto em uma escola da periferia de uma pequena cidade do interior de Minas Gerais.
E voltando mais no tempo, vamos falar de quando eu resolvi montar uma gibiteca numa saleta da escola. Tudo aconteceu de uma forma tão espontânea. Os alunos ajudaram, a diretora (na época a Ana) autorizou. Reuni pela primeira vez, em 2007 um grupo de pessoas para fazer um seminário sobre quadrinhos para professores do CEFET. Dali surgiram grandes amizades. Depois daquele seminário vieram outros, o grupo foi crescendo. Passamos para encontros acadêmicos, como o I Fórum de Pesquisadores e acabamos fundando uma associação, que hoje conta com mais de 60 pesquisadores. E tudo começou com um projeto em uma escola da periferia de uma pequena cidade do interior de Minas Gerais.
Recentemente comecei a estudar sobre
quadrinhos na Europa. Primeiro na França. Tudo começou com o pedido de Amaro Braga, que queria que eu escrevesse um capítulo para um livro sobre as mulheres nos quadrinhos franco-belgas. Recusei duas vezes,
mas ele insistiu. Para escrever o artigo eu tive que pesquisar muito e fazer
contatos. Por conta disso, conheci pessoas maravilhosas como Chantal Montellier e ainda me tornei colaboradora de uma revista
francesa.
Agora, em 2016, aconteceu de novo.
Ganhei algumas revistas suecas. Comecei a investigar seus
personagens, a conhecer sua história. Fui acumulando informações, fazendo
contatos. As coisas foram simplesmente acontecendo. Fui conhecendo pessoas, fui
firmando relações profissionais e, espero, de amizade. Hoje criei uma rede que
me permite ter acesso a um material que eu sequer sabia que existia. Agora, em 2017, vou começar o ano conhecendo pessoalmente estes novos amigos e, imaginem só, vou parar no Festival de Angoulême!
Se hoje eu colho frutos do meu trabalho foram essas pessoas que o destino (ou acaso) colocaram na minha vida. Sou a primeira a admitir que precisei e sempre vou precisar dos outros para chegar a qualquer lugar, porque todos que passaram pela minha vida contribuíram de alguma forma para a pessoa que eu sou hoje. E acho que sou uma boa pessoa e uma ótima profissional.
Espero que a roda da fortuna favoreça
a todos nós em 2017, com novas oportunidades profissionais, novas amizades e
novos amores. Que nossas relações sejam ampliadas e que, para cada pessoa que deixe as nossas vidas, duas outras possam entrar e torná-la ainda mais
completa.
2 comentários:
Que em seu contínuo girar, a Roda da Fortuna lhe proporcione experiências e encontros sempre os mais satisfatórios e produtivos, Natânia. Votos de um muito feliz ano de 2017 para você.
Obrigada, Alexandre!
:-)
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