Tira de Malin Biller. |
Uma das melhores
descobertas que fiz este ano foram os quadrinhos suecos. Eu tenho uma atração irresistível
pela História das Histórias em Quadrinhos no mundo. Acho essencial conhecer o
percurso desta mídia em outros países, justamente para poder ter uma visão mais
ampla do que são e foram as HQs aqui no Brasil.
Por isso, no meu
mestrado, eu estudei os quadrinhos nos Estados Unidos, pela mesma razão eu estudo
atualmente os quadrinhos na França. Acho importante ter com o que comparar
tanto a nossa produção nacional, assim como a trajetória de vida dos nossos (as) quadrinistas. Particularidades a parte, há muito mais em comum entre
eles do que muita gente imagina.
Om någon vrålar i skogen (Se alguém grita na floresta) |
Ontem, por exemplo,
tive a oportunidade de conhecer os quadrinhos de Malin
Biller, uma talentosa, e muito simpática, quadrinista sueca. Como muitas quadrinistas da
atualidade, começou produzindo fanzines e acabou conquistando o grande público
com suas tiras bem humoradas. Possui um estilo eclético, produzindo desde quadrinhos
infantis a humor pastelão. Em
2011 ganhou o prêmio de melhor História em Quadrinhos sueca com Om någon
vrålar i skogen (Se alguém grita na floresta), uma História em Quadrinhos
autobiográfica onde narra o drama de crescer com um pai alcoólatra e abusivo.
Capa de City of Crocodiles (Cidade dos Crocodilos), de Knut Larsson. |
Outro quadrinista sueco, Knut
Larsson, com quem conversei recentemente, também possui um
trabalho excelente, que nada deixa a desejar aos quadrinhos franco-belgas. Aliás, sua
obra já foi exposta em outros países, inclusive na cidade de Angoulême, na
França, onde acontece um dos mais importantes festivais de quadrinhos do mundo,
o Festival de Angoulême. Pois é, Histórias em Quadrinhos também têm ganhado
espaço nas galerias, no mundo todo. E não apenas em galerias especializadas, afinal,
os quadrinho são uma arte, como tantas outras.
Tem ainda Pidde
Andersson,
jornalista, quadrinista, crítico
de cinema e membro da Academia Sueca
de Quadrinhos. Atualmente ele é roteirista de 91:AN (clique aqui para saber mais) e de Åsa-Nisse, uma
série de quadrinhos de humor, criada originalmente em 1944. Andersson também
trabalhou na série Bamse (clique aqui para conhecer). Conversando com Andersson eu descobri que as principais editoras estão em Malmö e Estocolmo. Há
ainda a Associação de Quadrinhos (Seriefrämjandet) e sua escola de quadrinhos localizam
em Malmö, cidade que, ao que parecem é o
centro nervoso da produção de quadrinhos na Suécia.
Edição de Åsa-Nisse de 2013 |
O fato é que quanto mais conheço mais me interesso
em conhecer quadrinhos suecos. Acho que, futuramente terei que aprender o
idioma. Enquanto isso não acontece vou me virando com suas versões em francês e
inglês e, claro, apelando para o Google Tradutor.
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