quinta-feira, 1 de maio de 2014

Minha pequena Leopoldina

Por Joana Amaral

Joana Amaral
Um dia, acordei, abri os olhos e me dei conta de que a nossa cidade possui uma beleza incomparável, com seu ar puro e com uma elegância que só ela tem, apesar de alguns problemas. Já não sinto mais aquela tristeza de ver uma cidade que não cresce, com toda a sua política, que não oferece oportunidades a todos, nem lazer para a população.

A cidade é isto que vemos: o sol brilhando, o céu azul cada vez mais limpo, e como somos uma cidade pequena, não há muita poluição, o ambiente é agradável, o ar exala o perfume da esperança de que, algum dia, tenhamos uma política com mais interesse em investir na nossa pequena Leopoldina.

Apesar da falta de interesse em melhorar nossa cidade, em melhorar nossos pontos de encontro, inovar, há ainda alguns lugares que fazem parte de nosso dia a dia, onde tudo pode acontecer, onde podemos reunir os amigos, a família, como a famosa Sol e Neve; o Spettos, onde há música ao vivo todo final de semana para animar a galera; o bar do Telo, onde há sempre uma ótima programação para os clientes; o nosso ponto turístico belíssimo, que é a Catedral, onde são celebradas belíssimas missas e há outros lugares aqui em Leopoldina que são aconchegantes.

Há também a parte ruim, que envolve a criminalidade, apesar de sermos uma cidade pequena. O pior disso é que todos procuram esconder, mas ele existe e está aí, fazendo vítimas todos os dias. Os bandidos estão à espera de um pequeno descuido, pagando pela própria imprudência, sabendo que é um caminho quase sempre sem volta.

Mas a cidade não tem culpa dos personagens que nela habitam e cada um tem inteira liberdade de escolha de como viver. Ela é assim, calada, observando tudo com um olhar sereno de interior, adorando seu povo. Observando os sentimentos daqueles que a amam e lhes dedicam um grande respeito por tudo o que ela nos proporciona de bom, apesar de tudo.

Em retribuição a nossa dedicação, um futuro próximo proporcionará mais lazer, educação e felicidade. Apesar de todos os problemas, ela está aí, a cada amanhecer, à espera que seus personagens apareçam, como se fosse uma miragem, e comecem a se movimentar, dando vida a essa pequena cidade. Todos que saem querem voltar, pois nós não conseguimos viver sem ela, que estará sempre em nossos corações. Sinto uma vontade louca de correr, de cumprimentar, carinhosamente, homens, mulheres, crianças, receber sorrisos afetuosos e gritar bem alto, na calma e tranquila avenida:

“Te amo muito, minha pequena Leopoldina, eu confio em você, apesar de tudo!” 

Joana recebendo a premiação.

Joana Amaral foi segunda colocada na categoria crônica, no I Concurso Literário promovido pela ALLA. O texto é simples, é singelo e expõe a visão de uma juventude que pode contribuir enormemente para o futuro da nossa cidade.

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