Por Joana Amaral
Joana Amaral |
Um dia, acordei, abri os olhos
e me dei conta de que a nossa cidade possui uma beleza incomparável, com seu ar
puro e com uma elegância que só ela tem, apesar de alguns problemas. Já não
sinto mais aquela tristeza de ver uma cidade que não cresce, com toda a sua
política, que não oferece oportunidades a todos, nem lazer para a população.
A cidade é isto que vemos: o sol brilhando, o céu azul cada vez mais
limpo, e como somos uma cidade pequena, não há muita poluição, o ambiente é
agradável, o ar exala o perfume da esperança de que, algum dia, tenhamos uma
política com mais interesse em investir na nossa pequena Leopoldina.
Apesar da falta de interesse em melhorar nossa cidade, em melhorar
nossos pontos de encontro, inovar, há ainda alguns lugares que fazem parte de
nosso dia a dia, onde tudo pode acontecer, onde podemos reunir os amigos, a
família, como a famosa Sol e Neve; o Spettos, onde há música ao vivo todo final
de semana para animar a galera; o bar do Telo, onde há sempre uma ótima
programação para os clientes; o nosso ponto turístico belíssimo, que é a
Catedral, onde são celebradas belíssimas missas e há outros lugares aqui em
Leopoldina que são aconchegantes.
Há também a parte ruim, que envolve a criminalidade, apesar de sermos
uma cidade pequena. O pior disso é que todos procuram esconder, mas ele existe
e está aí, fazendo vítimas todos os dias. Os bandidos estão à espera de um
pequeno descuido, pagando pela própria imprudência, sabendo que é um caminho
quase sempre sem volta.
Mas a cidade não tem culpa dos personagens que nela habitam e cada um
tem inteira liberdade de escolha de como viver. Ela é assim, calada, observando
tudo com um olhar sereno de interior, adorando seu povo. Observando os
sentimentos daqueles que a amam e lhes dedicam um grande respeito por tudo o
que ela nos proporciona de bom, apesar de tudo.
Em retribuição a nossa dedicação, um futuro próximo proporcionará mais
lazer, educação e felicidade. Apesar de todos os problemas, ela está aí, a cada
amanhecer, à espera que seus personagens apareçam, como se fosse uma miragem, e
comecem a se movimentar, dando vida a essa pequena cidade. Todos que saem
querem voltar, pois nós não conseguimos viver sem ela, que estará sempre em
nossos corações. Sinto uma vontade louca de correr, de cumprimentar,
carinhosamente, homens, mulheres, crianças, receber sorrisos afetuosos e gritar
bem alto, na calma e tranquila avenida:
“Te amo muito, minha pequena Leopoldina, eu confio em você, apesar de
tudo!”
Joana recebendo a premiação. |
Joana Amaral foi segunda colocada na categoria crônica, no I Concurso Literário promovido pela ALLA. O texto é simples, é singelo e expõe a visão de uma juventude que pode contribuir enormemente para o futuro da nossa cidade.
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