quarta-feira, 28 de maio de 2014

Leitura da semana: Tabuleiro dos Deuses


Minha leitura básica de rodoviária. 

Depois de um dia de aula no mestrado eu enfrento uma hora de espera na rodoviária para voltar para casa, isso sem contar os prováveis engarrafamentos que eu posso vir a pegar antes de conseguir sair do Rio de Janeiro. É nessas horas que eu estou sempre armada de um livro. 

Não gosto de estudar em rodoviária. Leitura de livro teórico para mim requer um ambiente mais controlado, até para que ela seja uma leitura proveitosa.

Já os livros de ficção (eu definitivamente não os estou desmerecendo, pelo contrário) eu leio em qualquer lugar porque eles exigem menos concentração e nenhuma anotação. O meu livro de rodoviária deste mês é da minha autora preferida, Richelle Mead e chama-se Tabuleiro dos Deuses. 

É uma série nova, um pouco diferente de tudo que eu já li da autora. Aliás, comento sobre os livros dela em outro post (Se quiser saber mais, clique aqui). A série chama-se A Era X e é uma série de ficção. Uma espécie de distopia.

Uma distopia ou antiutopia é um conceito filosófico adotado por alguns autores onde se retrata uma sociedade ou um universo ficcional oposto a uma utopia. Esses universos distópicos geralmente possuem governos autoritários que exercem um grande poder sobre a sociedade. Faz o estilo Jogos Vorazes ou Divergente, só que direcionado a um público adulto.

Quando digo para adultos não quero dizer que é um livro que tem muitas passagens envolvendo sexo ou coisa do tipo (engraçado o fato das pessoas sempre acharem que se é para adultos tem que ter cena de sexo).  Richelle escreve para jovens e adultos e estou para dizer que os livros juvenis dela tem mais cenas de sexo ou cenas sensuais do que os para adulto. 

A diferença acho que está na forma como os tópicos são abordados e no uso de palavreado mais forte. Além disso, fala-se de drogas e alcoolismo como coisas muito cotidianas para os protagonistas e vários assuntos polêmicos são tratados mais abertamente e sem rodeios. Fora isso, não tem muita diferença das outras séries que ela já escreveu.

Quanto enredo, temos dois protagonistas: Justin e Mae. Pessoas completamente diferentes que se vêem envolvidas em uma trama com deuses antigos e assassinatos. Tudo isso num futuro não muito distante, onde o mundo se recupera de um apocalipse biológico que causou muitas mortes, a ruína da "civilização" e o abandono das religiões. Aliás, é um mundo dividido entre uma área que mantém o conforto e os benefícios da tecnologia e o resto do planeta, mergulhado em pobreza, caos e selvageria.

É uma boa leitura e é bem provável que eu siga a série, se ela mantiver o ritmo do primeiro livro. Fica a sugestão, para quem quiser ler algo para distrair nessas férias e gosta de uma boa ficção. 


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