sábado, 23 de agosto de 2014

O MENINO NO ESPELHO


Hoje tivemos uma sessão de cinema especial na Casa de Leitura Lya Müller Botelho, com o filme o "Menino no Espelho". As filmagens foram feitas em Cataguases (MG) e houve algumas tomadas aqui em Leopoldina (MG). Por essa razão fomos agraciados com uma sessão especial, aberta para 60 pessoas. Não sou de fazer resenhas de filmes, nem sei se isso pode ser considerado uma resenha, mas não resisti.

O filme é baseado no livro de Fernando Sabino, que tem o mesmo título. Nele o autor mistura suas memória de infância com elementos de fantasia. O filme se passa em meados da década de 1930, em pelo governo Vargas e narra as aventuras de Fernando, interpretado pelo ator mirim Lino Facioli (Game of Thrones) e conta ainda com a participação de Matheus Solano, que faz Domingos, o pai de Fernando. A direção de arte ficou a cargo José Roberto Eliezer, que um ótimo trabalho.

Não vou ficar contando a história do filme, até porque isso tira um pouco da graça para quem ainda vai assistir. Vou passar direto para as minhas impressões. Para começar, o filme me despertou um sentimento de nostalgia. Nele aparecem brincadeiras que marcaram a minha infância, quando nós nos divertíamos construindo nossos próprio brinquedos, correndo pelo quintal com nossos animais de estimação, indo com os colegas e primos fazer pescarias na beira do ribeirão. Eu vi aquela alegria que nós tínhamos e que eu não enxergo nas minhas sobrinhas quando elas estão debruçadas sobre celulares e computadores em redes sociais ou com jogos eletrônicos.

Ele me lembrou daqueles filmes que a gente via na sessão da tarde, como crianças levadas, reunidas em clubinhos secretos que ficavam em casas da árvore.

Como filme de época "O Menino no Espelho" me convenceu. A pesquisa histórica foi impecável e a referência às reuniões secretas da Ação Integralista Brasileira (AIB) ajudou a localizar o filme no tempo, pois os Integralistas, ou  camisas-verdes, foram colocados na ilegalidade por Getúlio Vargas em  10 de novembro de 1937. O filme, então, se passa no início do Estado Novo. As referência históricas foram colocadas de uma forma tão leve que chegaram a ser divertidas. 

A sessão foi marcada pela presença de um público eclético: mães e pais com seus filhos pequenos, idosos e adolescentes. Imagino que todos tenham gostado, pela risadas animadas e pelos aplausos assim que o filme acabou. Aliás, eu pretendo rever, assim que estiver disponível em DVD.


2 comentários:

Pesquisadora Nilza Cantoni disse...

Quero ver, Natania. Aliás, pouca gente sabe que o Fernando Tavares Sabino era filho de dois leopoldinenses: Domingos Sabino e Odete Lacerda Tavares.

Natania A S Nogueira disse...

Olha!!! Que legal! Tenho que passar essa informação para frente! :-)