Renata e Berê |
Aconteceu neste último sábado, na Casa de
Leitura Lya Müller Botelho, a 3ª Conferência Municipal de Cultura de
Leopoldina. Eu, juntamente com Renata Arantes, Berê Salles e outras pessoas
comprometidas, fizemos parte da comissão organizadora.
Confesso que estava desanimada, a
princípio, mas não podia negar ajuda, por menor que fosse aos colegas. Falar de
cultura em Leopoldina é complicado, mas acredito que isso não seja uma
realidade apenas nossa.
Público aguardando o início da Conferência |
Eu me sinto, muitas vezes, em meio a um
tiroteio onde se usam palavras como munição. Fulano que fiz que beltrano não
faz o que tem que fazer que o sicrano não tem experiência ou conhecimento,
etc. Muitas críticas ao que se faz ou ao que se deixou de fazer.
A gente se vê entrincheirado nesse
conflito verbal, do qual muitas vezes acabamos participando. Nossas opiniões
estão sendo formadas ali, muitas vezes ficamos perdidos sem saber direito em
quem confiar (todos sempre acham que são donos da razão), sem saber onde estão
os exageros, onde a vaidade se esconde (e ela sempre está presente). Enfim, a
verdade é que, lá no fundo, estamos todos perdidos.
Independentemente dos resultados que
puderem vir a ser colhido pela nossa sociedade com as ações e decisões dessa
reunião, que foi importantíssima, eu acho que o maior ganho foi o fato de que
nós estamos nos "achando".
Plenária final |
Vendo a sala lotada, as pessoas tendo que
se sentar no chão porque faltavam cadeiras para todos, naquela tarde de sábado,
eu fiquei finalmente animada. Noventa pessoas reunidas onde se esperava apenas
cinquenta.
Mais do que propostas, foi valiosa a
presença da comunidade, representada de todas as formas, por pessoas de todas
as idades e de formações variadas. Foi ali que eu finalmente me encontrei e, o
que era uma desanimação, uma falta de fé no futuro da nossa comunidade, se
tornou um injeção de ânimo.
Plenária final |
Para mim, a conferência foi um sucesso.
Não importa se você não tem experiência e se lhe falta conhecimento sobre
determinado assunto, naquele dia um completava o outro e juntos tivemos a
felicidade de poder sair de lá depois de quase oito horas de trabalho com a
sensação de que Leopoldina tem uma cara nova.
Essa cara
nova é representada por todos aqueles que tiraram praticamente metade do
seu fim de semana, do seu momento de descanso, de lazer para fazer da nossa
cidade, uma cidade melhor. Nesses momentos, vaidade não tem espaço, e
comunidade ganha um sentido mais amplo.
Obs. Podem compartilhar, mas peço que não reproduzam meu texto sem minha devida autorização.
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