Foto tirada em meados do século XX mostra a estação ferroviária e a antiga Vila Arminda, condenada a desaparecer por completo com a demolição do último prédio que resta do conjunto arquitetônico original
Mais um aniversário da fundação do município de Leopoldina se aproxima.
O mês de Abril em Leopoldina geralmente é bem agitado por conta desta data. No dia do aniversário da cidade, 27 de Abril, desfile de alunos das escolas da cidade (prática que acho totalmente despropositada e não escondo minha opinião a respeito disso) e entrega de comendas (outra prática na qual não vejo sentido). Se há outras atividades, eu sinceramente desconheço.
Na minha opinião, o mês de Abril deveria ser marcado por uma série de ações que proporcionassem uma reflexão ampla do significado da cidade, do município para cada um de nós. Nada muito grandioso, mas que pudesse envolver toda a comunidade (ou uma grande parcela dela) e que resultasse em troca de saberes e aprendizado mútuos. Projetos nas escolas - não aqueles pré-fabricados que são empurrados aos professores - mostrando iniciativa em levar para os estudantes não apenas informações mas, sobretudo, questionamentos.
Debates nos distritos, nos bairros sobre questões atuais, sobre as necessidades e problemas enfrentados por cada bairro e pelo nosso município, de uma forma geral (desemprego, violência, drogas, só para citar alguns temas polêmicos). Seria, também, um bom momento para reforçar a questão do patrimônio, da memória e da conservação e resgate da nossa história, pelo qual pouco ou quase nada se faz.
Acho que esta seria a maneira correta de comemorar a data. A festa, o ritual, deve ter um significado. Não vejo isso nas crianças que reclamam por ter que levantar cedo no feriado para desfilar no centro da cidade.
Falta iniciativa. E eu me incluo neste item. O que eu tenho feito para mudar as coisas? Muito pouco, eu poderia fazer mais. O meu problema, em particular,está no fato de que eu sempre espero apoio para dar continuidade às minha ações e fatalmente ele não vem da forma que eu preciso.
Aí mora o "X" da questão. Estamos sempre esperando que as pessoas ou os órgãos públicos façam por nós algo que nós poderíamos fazer, mesmo que com muitas limitações. Há quem vá dizer: "É dever da municipalidade", "a administração tem que cumprir tal papel". Sim, é dever, sim a lei diz que o governo municipal deve oferecer determinados serviços e promover determinasdas ações.
Mas eis a nossa realidade, que não é diferente da realidades de centenas de outros municípios: se não houver mobilização da sociedade civil nada vai mudar. Tem que haver pressão (e não confundam pressão com reclamação) e ação. Temos que arregaçar as mangas e agir.
Vamos pensar sobre isso: o que podemos fazer para desenvolver nossa Leopoldina, para construir sua história, para preservar suas tradições e cultura, para melhorar o ensino nas escolas, para efetivamente caminhar para um desenvolvimento que não nos foi dado mas que nós conquistamos. É isso que pretendo fazer: tentar converter minhas ideias em ações e convido a todos que compartilham do meu desejo de uma Leopoldina melhor a fazerem o mesmo.
* Como se trata de um texto pessoal, peço que quem deseje reproduzí-lo o faça mediante minha autorização. Obrigada.
O mês de Abril em Leopoldina geralmente é bem agitado por conta desta data. No dia do aniversário da cidade, 27 de Abril, desfile de alunos das escolas da cidade (prática que acho totalmente despropositada e não escondo minha opinião a respeito disso) e entrega de comendas (outra prática na qual não vejo sentido). Se há outras atividades, eu sinceramente desconheço.
Na minha opinião, o mês de Abril deveria ser marcado por uma série de ações que proporcionassem uma reflexão ampla do significado da cidade, do município para cada um de nós. Nada muito grandioso, mas que pudesse envolver toda a comunidade (ou uma grande parcela dela) e que resultasse em troca de saberes e aprendizado mútuos. Projetos nas escolas - não aqueles pré-fabricados que são empurrados aos professores - mostrando iniciativa em levar para os estudantes não apenas informações mas, sobretudo, questionamentos.
Debates nos distritos, nos bairros sobre questões atuais, sobre as necessidades e problemas enfrentados por cada bairro e pelo nosso município, de uma forma geral (desemprego, violência, drogas, só para citar alguns temas polêmicos). Seria, também, um bom momento para reforçar a questão do patrimônio, da memória e da conservação e resgate da nossa história, pelo qual pouco ou quase nada se faz.
Acho que esta seria a maneira correta de comemorar a data. A festa, o ritual, deve ter um significado. Não vejo isso nas crianças que reclamam por ter que levantar cedo no feriado para desfilar no centro da cidade.
Falta iniciativa. E eu me incluo neste item. O que eu tenho feito para mudar as coisas? Muito pouco, eu poderia fazer mais. O meu problema, em particular,está no fato de que eu sempre espero apoio para dar continuidade às minha ações e fatalmente ele não vem da forma que eu preciso.
Aí mora o "X" da questão. Estamos sempre esperando que as pessoas ou os órgãos públicos façam por nós algo que nós poderíamos fazer, mesmo que com muitas limitações. Há quem vá dizer: "É dever da municipalidade", "a administração tem que cumprir tal papel". Sim, é dever, sim a lei diz que o governo municipal deve oferecer determinados serviços e promover determinasdas ações.
Mas eis a nossa realidade, que não é diferente da realidades de centenas de outros municípios: se não houver mobilização da sociedade civil nada vai mudar. Tem que haver pressão (e não confundam pressão com reclamação) e ação. Temos que arregaçar as mangas e agir.
Vamos pensar sobre isso: o que podemos fazer para desenvolver nossa Leopoldina, para construir sua história, para preservar suas tradições e cultura, para melhorar o ensino nas escolas, para efetivamente caminhar para um desenvolvimento que não nos foi dado mas que nós conquistamos. É isso que pretendo fazer: tentar converter minhas ideias em ações e convido a todos que compartilham do meu desejo de uma Leopoldina melhor a fazerem o mesmo.
* Como se trata de um texto pessoal, peço que quem deseje reproduzí-lo o faça mediante minha autorização. Obrigada.
4 comentários:
Olá Natty, tudo bem?
Parabéns pela reflexão e faço votos que muitos Leopoldinenses leiam este seu post e também arregacem as mangas.
As mudanças ocorrem quando UM arregaça a manga e começa a fazer algo, como você está fazendo agora. Se em algum momento forem dois, já começará a surtir efeito. E esta iniciativa é válida para todos nós. Se sempre ficarmos esperando que o outro faça algo, não sairemos do lugar.
Sucesso e não deixe de compartilhar conosco quando mais pessoas estiverem ao seu lado nesta caminhada
Bom domingo!
Natânia: eu não poderia deixar de manifestar-me sobre sua postagem. Entretanto, desta vez eu resolvi responder através do blog.
http://coloniaconstansa.blogspot.com/2011/04/resposta-reflexao-de-uma-historiadora.html
[]ss
nilza
Natty, querida!
Só com seu trabalho sobre a história de Leopoldina, levantando assuntos que estavam empoierados em depósitos inadequados,já é um grande benefício que presta a Leopoldina, como cidadã e como historiadora. Amiga, Vc valoriza nossa cidade como poucos... que seu exemplo seja seguido pelas autoridades....
Valeria Dibo
Parabéns, é muito importante abrir estes debates.
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