Uma super-heroína muçulmana.
Em tempos onde o multiculturalismo tomou conta das histórias em quadrinhos, não é necessariamente uma novidade. A novidade é que a personagem luta contra a misoginia e foi criada por uma mulher muçulmana.
Seu nome é Qahera e ela é egípcia. Em resumo, ela usa suas habilidades especiais para lutar contra homens que acham que podem assediar mulheres. Ela carrega uma espada e tem habilidades fantásticas de luta. Seu nome significa "conquistadora" ou "vencedora".
Em tempos onde o multiculturalismo tomou conta das histórias em quadrinhos, não é necessariamente uma novidade. A novidade é que a personagem luta contra a misoginia e foi criada por uma mulher muçulmana.
Seu nome é Qahera e ela é egípcia. Em resumo, ela usa suas habilidades especiais para lutar contra homens que acham que podem assediar mulheres. Ela carrega uma espada e tem habilidades fantásticas de luta. Seu nome significa "conquistadora" ou "vencedora".
A personagem
foi criada pela cartunista Deena Mohamed, e como muitas criações de jovens
artistas, tem suas aventuras publicadas na internet, na forma de webcomics. Webcomics, ou quadrinhos on-line, ou ainda web
comics, são quadrinhos publicados exclusivamente na internet. É uma forma
de publicação independente, muito parecida com os fanzines, que tem ganhando
grande popularidade e revelado muitos jovens talentos.
A autora, Deena Mohamed, é uma
jovem estudante egípcia. Sua inspiração para criar a personagem veio do desejo
de desenhar uma personagem feminina forte pudesse defender outras mulheres sob
ameaça de maus-tratos.
Mohamed sempre se sentiu frustrada com a misoginia que
predomina no Egito. A autora se posiciona contra qualquer intervenção externa na sociedade. Não acha que ela
precisa de um salvador "branco". Acredita que sociedade precisa se
curar de práticas ultrapassadas e que as leis que defendem as mulheres precisam
ser respeitadas. Que a sociedade pode se tornar mais justa, principalmente no
que tange as relações entre homens e mulheres.
Qahera representa o desejo da
mulher egípcia de se proteger contra a violência. Fato que pode ser facilmente
compreendido quando se tem algum conhecimento sobre a realidade das mulheres
naquele país. No Egito, segundo dados da ONU, de cada três mulheres, duas sofre
algum tipo de violência diariamente.
Em entrevista coletiva
realizada no Cairo, a diretora no Egito da ONU Mulheres, a Entidade das Nações
Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, Nihad Gohar,
afirmou que a violência contra as mulheres está provocando "lesões físicas
e psicológicas devastadoras em vários sentidos". Ela advertiu que esta
situação reforça "a subordinação das mulheres aos homens" e contribui
para o fortalecimento de normas culturais "estereotipadas" que
limitam a contribuição feminina à sociedade.[1]
O combate ao assédio sexual e
misoginia através da arte é uma armas que os ativistas tem utilizado para
tentar mudar a mentalidade de homens e mulheres.
Qahera foi criada a partir de
modelos reais, mulheres fortes que a autora conhece e convive no seu dia a dia.
Suas aventuras são baseadas nas experiências pessoas da autora e das pessoas
com quem convive. É uma personagem forte, nascida para dar esperança e inspirar
outras mulheres.
Qahera também combate a
islamofobia, fenômeno que tem aumentado muito em todo o mundo, principalmente
após os últimos acontecimentos na França. As mulheres muçulmanas são duplamente
vitimadas: pelo fato de serem mulheres e pela sua opção religiosa. Qahera usa
um hijab para mostrar que ela não nega sua religião mas que defende maior
respeito e melhor tratamento às mulheres.
Confira as aventuras de Qahera,
clicando aqui!
FONTES CONSULTADAS
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