Persépolis é uma História em Quadrinhos autobiográfica produzida pela cartunista iraniana Marjane Satrapi (Marjane Ebihamis), uma das mais
prestigiadas da nova geração de desenhistas francófonas. Narjane foi primeira mulher iraniana a
escrever uma história em quadrinhos.
Persepolis conta toda a sua trajetória, desde a infância até a idade adulta, quando se muda do Irã para morar na França e lá dar início a sua carreira. É uma história em quadrinhos fantástica. Fala de religião, de história, dos obstáculos que uma mulher enfrenta em um país onde a lei a a religião são opressoras. Os quadrinhos de Satrape trazem a tona os dramas pessoais da autora, assim como suas experiências e a forma como ela enfrentou os desafios que se colocam à sua frente.
Quando criança, queria ser profetiza; aos 14 anos vai morar sozinha na Áustria. Passa por todos os tipos de problemas e decepções de uma adolescente. É uma história que fala de política, de como as ideologias estiveram presentes na geração iraniana das décadas de 1970 e 1980. Persépolis, por assim dizer, é uma lição de vida.
Marjane não é uma heroína ideal. Ela apresenta suas falhas e suas imperfeições. Em Persépolis ela abre seu coração e sua alma para o mundo. Persépolis é uma aula de história completa, sobre a Revolução Iraniana e sobre o que significa ser mulher num país dominado pelo radicalismo religioso.
Infelizmente, ela teve que pagar um preço pela sua independência. Após o sucesso da série, os quadrinhos foram transformados em um longa metragem de animação. Quando foi exibido em Cannes, na mostra
de 2007, o filme foi repudiado pelo governo do Irã e Satrapi foi proibida de
voltar novamente ao país. Em 2011 sua exibição por um
canal de TV tunisiano provocou protestos por parte de radicais, que acusavam o
filme de “blasfêmia por conter imagens em que há a representação de Deus, o que
é rigorosamente proibido pela religião.
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