Em que sentido?
Estou com essas questões em mente desde a posse do segundo mandato da presidente Dilma Roussef. Sou conhecida pelos amigos por ser uma pessoa otimista, mas só vou acreditar vendo. Do meu ponto de vista, a educação nunca foi prioridade de governo algum, pelo menos não aquele esforço em se trazer qualidade para dentro das escolas.
O governo manda construir novas escolas, aumentar salas de aula, manda colocar laboratórios diversos, cria leis onde determina mudanças no currículo e estabelece aprovação automática de alunos que não estão preparados para enfrentar a vida (e que correm o risco de se tornarem párias no mercado de trabalho pois tem diploma, mas nenhum conhecimento).
Os tais laboratórios ou são esquecidos, ou viram sucata porque não há pessoal habilitado para coordená-lo. Escolas novas se tornam depósitos de alunos, com salas superlotadas.
Professores tem um jornada longa de trabalho. Eu, por exemplo, trabalho em duas escolas de ministro 39 aulas semanais. Conheço professores que trabalham duas vezes mais. Uma das reivindicações dos professores é uma carga horária menor, mais tempo para preparar aulas, para se aperfeiçoar. Se consegue isso, perde parte do salário, que já é pequeno.
Enfim, não vou me alongar.
Mas fica a questão: o que vai mudar de fato para a educação no Brasil?
Se a mudança não começar investindo-se no profissional de ensino, vamos ver novamente dinheiro público sendo jogado fora.
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