Ontem uma grande amiga me pediu algumas dicas sobre como montar uma apresentação de trabalho (no caso dela para a apresentação de um TCC) para a banca do curso de pós-graduação que ela está finalizando.
Quando eu fiz a minha apresentação e TCC foi tudo muito informal. Claro, foi em 1997, naquela época não se utilizava projetor de slides. Tive dez minutos para falar ao resto da minha turma de pós-graduação (especialização) qual tinha sido minha pesquisa. Na faculdade, durante a graduação, nem havia banca. Nós fazíamos uma monografia muito simples e entregávamos ao professor.
Passei a ela o roteiro que eu geralmente uso quando apresento uma comunicação, o mesmo que eu fiz quando fiz minha qualificação no mestrado (embora nela não tenha usado o recurso do slide). Hoje acordei pensando nisso. Ao invés de apenas falar eu deveria ter escrito um roteiro. Então, resolvi fazer esta postagem pois imagino que outras pessoas possam ter a mesma necessidade. Além disso, muitas coisas a gente vai aprendendo com erro e acerto, com a experiência, e nem sempre encontra certas dicas em livros de metodologia.
Então, vamos lá. 99% das apresentações que eu faço, sejam em palestras ou comunicações para congresso, são usando slides e sequem os seguintes passos:
1. No primeiro slide (capa) eu coloco o título da minha apresentação e a minha identificação (meu nome, a instituição que eu represento e meu e-mail)
2. Faço uma breve apresentação do meu trabalho, para que a pessoa que esteja me assistindo saiba do que se trata.
3. Digo meus objetivos
4. Cito meu quadro teórico
5. Apresento minha hipótese
6. Falo da metodologia (o passo a passo da minha pesquisa,o material que usei, etc) que utilizei durante a pesquisa (isso nem sempre precisa estar no slide, mas é sempre bom que você esclareça).
7. Faço uma explanação sobre o trabalho em seu todo e finalizo apresentando uma conclusão.
Quando eu faço slides para serem usados em oficinas e minicursos, costumo acrescentar uma bibliografia básica, no final. Quando é uma apresentação em congresso, de comunicação, eu nem sempre faço isso (e estou errada) porque o tempo é tão curto que as pessoas não vai ter nem como ver as minhas referências bibliográficas. Sem falar que geralmente ela costuma ser longa e não fica muito legível para quem está assistindo. Ademais, depois o texto do ficará disponível nos anais e quem quiser pode consultar. Acabo encerrando na conclusão. Mas é recomendável citar, pelo menos, os principais autores que você utilizou na sua pesquisa.
Quando eu faço slides para serem usados em oficinas e minicursos, costumo acrescentar uma bibliografia básica, no final. Quando é uma apresentação em congresso, de comunicação, eu nem sempre faço isso (e estou errada) porque o tempo é tão curto que as pessoas não vai ter nem como ver as minhas referências bibliográficas. Sem falar que geralmente ela costuma ser longa e não fica muito legível para quem está assistindo. Ademais, depois o texto do ficará disponível nos anais e quem quiser pode consultar. Acabo encerrando na conclusão. Mas é recomendável citar, pelo menos, os principais autores que você utilizou na sua pesquisa.
Tudo bem simples, sem muito enrolação, porque além de ter pouco tempo eu preciso me focar naquilo que as pessoas que estão me assistindo precisam saber.
Com relação à quantidade de slides, use no máximo doze, se sua apresentação for de vinte minutos. Eu às vezes uso um pouco mais porque trabalho com imagens e elas precisam estar presentes, sendo que muitas vezes prevalecem sobre o texto. Mas é meu caso em particular.
Vou colocar como exemplo a última apresentação que fiz, para o II Encontro de Pesquisadores em Arte Sequencial ( e que me salvou, porque no dia da apresentação eu estava sentindo fortes dores de coluna, tomei analgésicos e estava me sentindo sem forças. Se não fosse a apresentação, e o roteiro que preparei pra ela, minha comunicação teria sido pior do que foi).
Outra coisa, a apresentação de slides não tem que ter TUDO que você vai falar. Ela é uma guia, uma forma de prender a atenção de quem está assistindo e de você se orientar na hora de apresentar. Não precisa ficar lendo o que está escrito nela e não deve ficar limitado também ao texto dela também. A verdadeira fonte de informação é você. O slide é apenas um roteiro que você preparar para poder apresentar sua pesquisa de forma mais organizada e eficiente.
Algumas pessoas gostam de treinar, de cronometrar o tempo que vai gastar e escolher o que vai falar. Isso varia de pessoa para pessoa.
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