quinta-feira, 18 de abril de 2019

O MENINO QUE DESCOBRIU O VENTO NOS AJUDA A ENCONTRAR VALOR NAS PEQUENAS COISAS


Alguns filmes trazem grandes lições em pequenas coisas. Acho que essa frase resume o que eu senti ao assistir à produção britânica "O menino que descobriu o vento" (2019), dirigida por Chiwetel Ejiofor, ator de origem nigeriana, que também é uma das estrelas do filme. 

"O menino de encontrou o vento" é a história do jovem William Kamkwamba, que descobriu um método para criar energia eólica no meio das terras secas do Malawi, conseguindo dessa forma irrigar as plantações e salvar sua aldeia da fome. É um filme que mostra como a engenhosidade e a determinação podem ser ajudar a superar situações adversas com o mérito de nos apresentar uma África multifacetada: aquela que mantém as tradições, mas que deseja abraçar a modernidade.

A República do Malawi, lugar que serve de cenário para o filme, é um país da África Oriental, que faz fronteira com a Tanzânia, Moçambique e  Zâmbia. Sua capital é Lilongwe. É um dos países mais densamente povoados do mundo, e um dos menos desenvolvidos. Os idiomas oficiais são o chichewa e inglês. O país sofreu colonização inglesa, no século XIX. Tornou-se independente em fevereiro de 1963.

"O menino que descobriu o vento" enaltece o valor da escola em tempos em que estamos enfrentando uma onda conservadora que tende a diminuir a importância da educação na vida do indivíduo. O filme ainda ressalta a importância da preservação do meio ambiente, fala de direitos humanos, de política, e da sabedoria e cultura africanas.

Trata-se de uma produção midiática com potencial para ser utilizada em diversas disciplinas, como história, sociologia, geografia, ciências, língua portuguesa e ensino religioso. Um material como grande potencial multi e interdisciplinar. As possibilidades de uso são enormes e o resultado, acredito, tende a ser um aproveitamento do conteúdo muito acima da média esperada com o uso de materiais didáticos tradicionais, como livro didático, por exemplo. 

O filme, exibido no 69º Festival Internacional de Cinema de Berlim, em fevereiro de 2019, é baseado no livro de memórias The Boy Who Harnessed The Wind, de William Kamkwamba e Bryan Mealer e está disponível na Netflix. Aliás, não custa repetir que a Netflix tem oferecido ao publico brasileiro a oportunidade de ter contato com belas produções, de vários países,  abrindo a possibilidade de acesso a um universo cinematográfico muito mais amplo. Eu, particularmente, já assisti filmes indianos, noruegueses, tchecos e franceses que provavelmente eu jamais teria conhecido por meio da TV aberta ou mesmo por assinatura que privilegia produções estadunidenses.

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