sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A morte de Augusto dos Anjos nos periódicos, em 1914.


Tendo morrido em 1914, de uma pneumonia, Augusto dos Anjos recebeu homenagens em Leopoldina, Paraíba e Rio de Janeiro, que foram registradas em jornais da época como O Paiz, o Correio da Manhã e o Imparcial, periódicos que circularam no Rio de Janeiro durante muitos anos e que registraram não apenas a presença do poeta naquela cidade, assim como sua obra.

Correio da Manhã, Rio de Janeiro de janeiro, 13 de novembro de 1914, p. 03

O Paiz, Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1914, p. 04

Sobre a morte de Augusto dos Anjos, escreveu o "Imparcial", de 14 de novembro de 1914, p. 02:


"As letras brasileiras perderam ante-ontem um dos poetas novos que mais a dignificavam, pela sua originalidade, pela sua sinceridade e pela sua cultura: Augusto dos Anjos. Espírito votado, todo inteiro ao culto da ideia e da rima, que tratava como objetos da sua religião, Augusto dos Anjos era, talvez, o poeta mais perfeito, mais completo, da sua geração, no Brasil; Inimigo da "reclame", odiando o elogio mutuo tecia em silêncio a trama de seu verso, qual se cumprisse, nesse trabalho, como aranha do pensamento, seu verdadeiro destino na terra. Daí não ter seu nome soprado constantemente nas folhas, entre adjetivos mentirosos e retumbantes; daí não andar de roldão entre as nossas celebridades da Avenida, que tem a imortalidade dos cogumelos; mas daí também ter morrido com a consciência do seu valor e da impericibilidade do seu esforço na vida"

Jornais da região, como o Pharol, de Juiz de Fora, chegaram a publicar poesias de Augusto dos Anjos, anos depois de sua morte.
O Pharol, Juiz de Fora, 01 de maio de 1915, p. 02

O Pharol, Juiz de Fora, 20 de maio de 1915, p. 02
Logo após sua morte vieram as primeiras manifestações de pesar e o reconhecimento do seu valor para a poesia brasileira. Anos mais tarde, não esquecido, encontramos textos extensos que analisam sua poesia, poesia essa que é publicada em revistas e jornais. 

FONTES:

Correio da Manhã, Rio de Janeiro de janeiro, 13 de novembro de 1914, p. 03
O Paiz, Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1914, p. 04
O Pharol, Juiz de Fora, 01 de maio de 1915, p. 02
O Pharol, Juiz de Fora, 20 de maio de 1915, p. 02





2 comentários:

Unknown disse...

Muito interressante Natania. Não sabia que o famoso poeta tinha sido diretor de escola em Leopoldina. Sabia que era da Paraíba, terra de gente muito criativa...até hoje. Parabéns pelo trabalho. Que ele continue.

Natania A S Nogueira disse...

Ele veio para Leopoldina para morrer, coitado. Morou alguns meses aqui, faleceu e está enterrado no cemitério municipal. A família não aceitou que o corpo fosse transferido para a Paraíba, então, Leopoldina ficou sendo a "cidade de Augusto dos Anjos", para muitas pessoas. Ano passado inauguraram um museu em homenagem a ele.