Esta semana eu recebi da professora
Andréa, de português, um livrinho feito por alunos da Escola Estadual Pompílio Guimarães, do distrito de Piacatuba, que conta, em forma de verso, a história da cidade. O livrinho foi escrito ilustrado e impresso pelos alunos da escola. É simples, criativo e instrutivo. Os ilustrações são simples, mas em perfeita harmonia com o texto, todo em versos como na literatura de cordel.
A
literatura de cordel é um tipo de poesia popular,
assim chamada pela forma como são vendidos os folhetos, dependurados em barbantes (cordão), nas feiras, mercados, praças e bancas de jornal. O povo se refere à literatura de cordel apenas como folheto. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. A tradição dessas publicações populares, geralmente em versos, vem da Europa. No século XVIII, já era comum entre os portugueses a expressão literatura de cego, por causa da lei promulgada por Dom João V, em 1789, permitindo à Irmandade dos Homens Cegos de Lisboa negociar com esse tipo de publicação.
Seguem alguns versos do livrinho:
No ano de 1823,
Dois fazendeiras e escravos
Vieram para este lado de cá
Para tomar posse
Desta terra que aqui está.
Tudo isso era só mato,
Com animal feroz, tiveram que lutar.
Dizem que até assombração
Eles tiveram que enfrentar.
Mas os homens eram valentes,
Nada eles temiam não.
Tinham tanta ambição,
Que começou a confusão.
Muito briga nesta terra
Pela qual demarcação.
Houve mortem muita dor
E muito sangue neste chão.
Só que um dos fazendeiros,
Já cansado de lutar,
Doou esta terra tão linda
Para este arraial formar.
Tudo isso vos falo.
É a mais pura verdade.
Sabe para quem doou as terras?
Para Nossa Senhora da Piedade.
Eis uma exceletente idéia que pode servir para professores que trabalham no ensino fundamental e mesmo no ensino médio. Uma forma lúdica de contar a história, ensinar e aprender História. A professora, Maria José Furtado e os alunos estão de parabéns.
Para conhecer mais sobre a literatura de cordel vá no site da Academia Brasileira de Literatura de Cordel ou visite o site Teatro de Cordel.
2 comentários:
Olá Natania. Actividade bem bonita. É bom que, neste tempo de tecnologias, não esqueçamos coisas belas e antigas. Mas...fiquei a pensar como seria bom divulgar virtualmente. E só pensei: que tal digitalizar e passar para PDF e depois colocar no issuu? :-) Veja no meu site como os alunos podem ler o jornal da escola:
http://profteresa.no.sapo.pt
Oi, Teresa! Eu tb fiquei encantada. Pensei em digitalizar, tb. Ganhei uma multifuncional com scaner, mas eu ainda não instalei. Pensei em colocar como apresentação de slide. Infelizmente não sei transfrmar em pdf. Mas a idéia é ótima. Vou dar um jeito de fazer, sim.
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