Quando não trabalhavam direito, podiam ser castigados de forma cruel, com chicotadas e surras. Muitos de nossos fazendeiros lutaram contra o fim da escravidão, através de nossos representantes políticos na Corte.
Mas nem todos os donos de escravos eram cruéis e nem todos os leopoldinenses defendiam a escravidão. A historiadora Nilza Cantoni nos conta que em Leopoldina havia pessoas que eram contra a escravidão. Um desses casos foi o do José Jeronymo de Mesquita, o Barão do Bonfim, proprietário da Fazenda do Paraíso que, em 15 de abril de 1888, alforriou 182 escravos e os levou para a cidade onde assistiram juntos a uma missa, como homens livres.
Segundo sua biografia, o Barão do Bonfim teria recebido a fazenda Paraíso como presente de casamento de seu avô. A fazenda de café possuía 300 escravos, que eram bem tratados e cujos filhos, inclusive, recebiam aulas. Ele chegou a construir uma sala de música para os escravos aprenderem a tocar instrumentos musicais.
Um dos grandes abolicionistas brasileiros, que morou e trabalhou em Leopoldina, foi o Dr. Antônio Augusto de Lima (1859-1934), jornalista, poeta, magistrado, jurista, professor e político. Nasceu em Congonhas de Sabará (hoje Nova Lima), MG. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, em 5 de fevereiro de 1903. Foi nomeado promotor do Termo de Leopoldina, e, em 1885, era juiz municipal. Chegou a ser governador de Minas Gerais, em 1895 (na época título de governador correspondia a “presidente do Estado”)."
2 comentários:
LI SEU ESTUDO FEITO SOBRE OS ESCRAVOS, QUE FIZERAM A HISTÓRIA DE LEOPOLDINA, VOCÊ ESTÁ DE PARABÉNS!!! TUDO QUE JÁ LI SOBRE NOSSA CIDADE, EU NÃO SABIA QUE AQUI VIVERAM TANTOS ESCRAVOS. ACHO A HISTORIA DE MINAS GERAIS MUITO IMPORTANTE E LEOPOLDINA FAZ PARTE DESSA HISTORIA.TRABALHO MAGNIFICO DESSE LIVRO E ESSE SITE.UXLMDBJ
Muito obrigada! Ainda é muito pouco, mas pretendemos fazer mais. A Lucilene é que é a "mulher dos escravos", ela tem pesquisado muito e, em breve, talvez ela tenha mais novidades.
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