Fiz minha primeira viagem longa desde o
início da pandemia, em 2020, e foi para o Estado de São Paulo. Passei uns dias
em Campinas (SP) na casa de uma amiga. Fui curtir um pouco de frio e tomar um
bom vinho a noite, acompanhado de uma conversa agradável. Em Campinas eu tive
três momentos marcantes. O primeiro foi conhecer a gibiteca da Biblioteca
Pública Municipal Prof. Ernesto Manuel Zink. Fui por indicação de um amigo e
gostei muito de poder conhecer uma gibiteca que fica dentro de uma biblioteca.
É outro tipo de trabalho, ambiente e organização. Fui muito bem recebida, por
sinal, e voltei de lá com muitas ideias para futuras parcerias.
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Gibiteca da Biblioteca Pública Municipal Prof. Ernesto Manuel Zink |
O segundo momento foi reencontrar, depois de uma
década, o querido Bira Dantas, cartunista que fez o logotipo da nossa Gibiteca,
aqui em Leopoldina (MG). Marcamos de nos encontrar na Nico Paneteria, uma
padaria/lanchonete com um cardápio incrível. Boa conversa e doces deliciosos.
Foi ótimo. Não sei vocês, mas uma das coisas que eu mais senti falta durante essa
pandemia foi de fazer esse tipo de programa. Algo que parece tão trivial, mas
que ganhou importância justamente porque não podíamos ter mais esses pequenos
prazeres.
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Mini-bolo de chocolate com morango do Nico Paneteria. Divino! |
O terceiro momento foi assistir a uma manifestação
do sindicato dos servidores municipais, que estavam aguardando o resultado das
negociações sobre o seu aumento salarial. Minha amiga é servidora aposentada e queria participar. Fui junto pois queria ver como era. Tinha até cartaz pedindo greve. Foi
emocionante, no início, mas a emoção acabou quando o líder do sindicato anunciou o fechamento de
um acordo desfavorável aos servidores. Acreditam nisso? E ele ainda jogou a
seguinte frase: "Não vai ter greve por que amanhã é feriado". Em???
Sério, eu comecei a rir histericamente. Foi tão ridículo. Mas os servidores
estavam furiosos, e com razão.
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Manifestação dos servidores municipais em frente da Prefeitura de Campinas (SP). |
Mas vamos ao prato principal. São Paulo, capital. Fui para
São Paulo na sexta-feira dia 17 de junho para assistir a um show de k-pop. Eu combinei com mais duas amigas e resolvemos ter essa
experiência. O grupo que se apresentou foi o 2k(Tu:Zi), um grupo formado por 5
rapazes. Olha, foi um excelente show, com mais de duas horas de duração.
Foi minha primeira experiência do tipo. Como o show foi em um teatro, na Mooca,
foi bem intimista. Eles pararam e conversaram com o público, em inglês, receberam
homenagens de fãs e até bilhetes escritos de improviso. As músicas são um
rock-pop agradável para os ouvidos. Foi bem além da minha expectativa inicial.


No dia seguinte eu marquei de encontrar com alguns
amigos na feira coreana, no bairro de Bom Retiro. Foi bem legal. Experimentei comidas de
rua coreanas, daquelas que a gente vê nos dramas. Tudo uma delícia.
Comi tteokbokki, uma massa de arroz (que parece um inhoque) com molho picante e,
também comi Odeng um bolinho de peixe com a massa feita com
amido, farinha, vinho de arroz e outras especiarias. Na feira estava tendo uma
série de apresentações em comemoração ao 9º aniversário do BTS. Aliás, no
metrô, linha amarela, havia várias propagandas sobre o aniversário desse famoso
grupo de k-pop. Isso me surpreendeu e me deu uma noção maior de como a hallyu
está mesmo tomando conta do ocidente. Vejam meu caso, eu quis experimentar tudo que eu sempre vejo na televisão.
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Comendo Odeng! |
Depois de assistir apresentações e comer os
petiscos de rua coreanos, fomos a um famoso supermercado coreano, o Otugui, que tem todos os
produtos populares na coreia. De macarrão instantâneo (vários tipos) a bebidas,
pães e frutas. Eu queria experimentar de tudo um pouco,
mas me contive. Comprei algumas coisas, claro. O que eu mais gostei foi do doce
de arroz com recheio de feijão. Gente, é muito bom! Não é muito doce e derrete
na boca. Quero aprender a fazer.
Quase no fim do nosso passeio fomos a um restaurante
coreano super badalado, o Choyee Café e Restaurante. Pedimos um frango
frito para comer tomando cerveja, claro. Quando recebemos o cardápio, achamos o
preço bem salgado, mas resolvemos ficar, afinal, era um momento de
confraternização. Mas, eis a surpresa. O frango que daria para duas pessoas,
foi suficiente para quatro, isso porque todos os pratos vinham com acompanhamentos,
salada, kimchi, pajeon , japchae e barata doce empada e frita. Tudo delicioso
reposto por três vezes. Tudo incluído no preço do prato escolhido. No
final ficou super barato, pela quantidade de comida que foi servida.
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Melhor frango frito que já comi em toda a minha vida! |
Mas senti falta de uma coisa. Fui pesando que entraria na feira artesanato típico da Coreia do Sul, mas não havia nada. A feira tem apenas barracas de comida. Estava ótimo, lógico, mas isso meio que me decepcionou pois eu queria comprar coisas como xícaras, por exemplo.
Passeio apesar disso foi um ótimo momento, compartilhado com queridos amigos. Por fim, quando nós estávamos nos despedindo nos deparamos com duas
belíssimas pinturas na lateral de dois edifícios. A primeira, uma versão
coreana de Alice no país das Maravilhas, a outra uma imagem rural da Coreia
antiga. É com essas duas imagens que eu encerro esse texto. Espero que meu
relato sirva para quem também está curioso sobre a cultura coreana e quer experimentar comidinhas deliciosas.