Mary Gagnin (Fonte: Mary Gagnin Art o Facebook) |
A
ilustradora e quadrinista Mary Cagnin participou no sábado dia 30 de setembro de
um encontro com a mangaká sueca e professora da Escola de Quadrinhos de Malmö Natália Batista, durante a da Feira Internacional do
Livro de Gotemburgo, na Suécia. Mary foi convidada para representar o Brasil no
evento com seu álbum "Black Silence". Em 2016 a quadrinista Bianca Pinheiro também foi convidada para representar o Brasil na Feira Internacional do Livro de Gotemburgo.
Mariana (Mary) Cagnin é formada em Artes Visuais pela Unesp. Ela é também autora do
quadrinho Vidas Imperfeitas, publicado pela editora HQM e está atualmente
com um novo projeto no Catarse, Lovers. Black Silence lhe rendeu o Trofeu Angelo Agostini de 2017, de melhor desenhista. Mary Cagnin foi a primeira mulher a ganhar nesta categoria.
Mary com Natalia Batista (Fonte: Mary Gagnin Art o Facebook) |
Em
uma conversa rápida com Natalia Batista ela me contou um pouco de como foi o
encontro. Elas falaram sobre a indústria dos quadrinhos em seus respectivos países.
Uma troca de experiências e impressões entre duas autoras que vivem em
contextos culturais diferentes.
Entre as diferenças está o tamanho do Brasil e do mercado potencial que nós temos para quadrinhos. Na Suécia, uma HQ que vende 1000 exemplares é um sucesso, no Brasil, as tiragens são muito menores.
Entre as semelhanças está a popularidade dos fanzines, tanto aqui
no Brasil quando lá na Suécia e de como eles são importantes como ponto de
partida para muitos artistas em início de carreira. Outro ponto seria a má
vontade por parte de alguns setores da indústria dos quadrinhos em investir no
mangá.
E
é claro, as impressões foram para lá de positivas. Natalia Batista achou Mary Cagnin
super talentosa, além de muito simpática.
Mary Cagnin disponibilizou alguns trechos da conversa na sua página no Facebook - Mary Gagnin Art - onde ela fala da experiência de ensinar arte em seus workshops.
Na Suécia os quadrinhos possuem um status
cultural elevado, se comparado ao Brasil. Os quadrinistas, enquanto produtores
de cultura são muito valorizados. Existem, inclusive, programas de rádio e TV
que dedicam alguns de seus quadros para falar sobre lançamentos de quadrinhos e
entrevistar autores. É um mercado pequeno, mas que tem reunido muitos talentos,
notadamente femininos.
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