domingo, 26 de maio de 2013

CARTA DE REPÚDIO - GRUPO DE ESTUDOS DA LOCALIDADE


CARTA DE REPÚDIO

 A Rede Estadual de Ensino vem sendo impactada com as propostas curriculares implementadas em 2008 que excluem Geografia, História e Ciências da Natureza de seu projeto para a formação de alunos nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Em 2011, nova ação corrobora nessa mesma direção, trata-se da Resolução SEE/SP nº 81, de 16/12/2011, que restringe a carga horária de História e Geografia para 10% da carga horária nos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental. Agora, no ano 2013, nova Resolução dessa secretaria ratifica tal política ao apresentar a reorganização curricular para as escolas de Tempo Integral. Nessa reorganização, também se comprova a redução da carga horária de História, Geografia e Ciências Naturais.

Diante desse quadro, vimos por meio desta carta apresentar nosso manifesto, reiterando o conteúdo da Carta Aberta resultante do Fórum SP Sem Passado: ensino de História e Currículo, enviado pelo Grupo de Trabalho – GT Ensino de História e Educação da ANPUH, assim como a denúncia publicada no artigo “Escolas empobrecidas: sem História nem Geografia”, da Revista Carta Capital (online), de autoria de Maria Amélia Santoro Franco, Valéria Belletati, Cristina Pedroso e Ligia Paula Couto, do dia 25 de fevereiro de 2012.

Somos contrários à política de exclusão ou redução da carga horária disciplinar de História, Geografia, e Ciências da Natureza do currículo do Estado de São Paulo. Entendemos que o domínio da linguagem não se limita à leitura e escrita nos anos iniciais. Envolve, por outro lado, habilidades ligadas à interpretação de contextos históricos, espaciais, políticos, sociais, dentre outros, primordiais para o exercício pleno da cidadania. O currículo do Ensino Fundamental das escolas da Rede Estadual não pode ser pautado pelas exigências das avaliações externas. Não é possível reduzir o processo de ensino-aprendizagem do Ensino Fundamental em mero treinamento do aluno para o preenchimento de provas padronizadas. Tal ação inibe e reduz, substancialmente, a utilização de diversas outras linguagens e tecnologias essenciais para possibilitar a leitura autônoma e reflexiva do mundo atual.

A expectativa é adensar essa manifestação para que repercuta na coletividade acadêmica e escolar a fim de sensibilizar a todos sobre a importância da valorização das diversas áreas do conhecimento escolar e sua fundamental influência na formação do cidadão.



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