quarta-feira, 3 de abril de 2019

A SOCIEDADE LITERÁRIA E A TORTA DE CASCA DE BATATA


Baseado no livro da americana Mary Ann Shafer, o filme "A Sociedade Literária e a torta de casca de batata" (2018) está disponível no programação da Netflix.  
Ambientado no ano de 1946, o filme conta a história da jovem escritora  Juliet Ashton, interpretada pela atriz Lily James, que está refazendo sua vida após a trágica perda da sua família, durante os bombardeios a Londres. 

O filme chama a atenção justamente por focar na reconstrução, no recomeço após a o fim do conflito. Não apenas da reconstrução urbana em si, mas no fortalecimento dos espíritos, do desejo de um novo recomeço para aqueles que sobreviveram e tiveram seus traumas e perdas durante o conflito. E este, a meu ver, é seu maior mérito. 

Escritora de sucesso, Juliet vive um momento importante da sua vida, vendo-se prestes a fazer grandes escolhas com relação ao seu futuro profissional e pessoal.  Após receber a carta de um fazendeiro, decide visitar Guernsey, uma ilha no Canal da Mancha, na costa da Normandia que faz parte da Grã-Bretanha, invadida pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Juliet vai à Guernsey para conhecer a "Sociedade Literária e a torta de casca de batata", grupo de leitores formado durante a ocupação.

A viagem acaba se transformado não apenas numa jornada de autoconhecimento como também revela histórias de amor e coragem, protagonizadas por pessoas simples, que usaram os livros como forma de se unir e resistir à ocupação nazista. A trama gira em torno dos participantes do clube de leitura mas tem seu foco especialmente nas mulheres, sua força, sua capacidade de lutar e de resistir.

É um filme sensível, com belas paisagens e uma atuação dos autores, tanto os mais jovens quanto os veteranos. Eu particularmente tenho gostado muito da atuação de Lily James, que conheci há alguns anos na série britânica Downton Abbey. Como professora eu certamente o utilizaria na sala de aula para trabalhar o pós-guerra, para tratar de temas como o nazismo, empoderamento feminino e principalmente, trabalhar a leitura como forma de resistência e libertação.

Assista ao trailler!

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