Já estão disponíveis os anais das 5ªs Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos da USP, de 2018. Eu tenho um artigo lá, que é parte da minha pesquisa de doutorado. Quem quiser dar uma olhada nos anais é só clicar aqui!
Segue o título e o resumo do meu trabalho:
A PRESENÇA FEMININA NOS QUADRINHOS FRANCESES NOS ANOS
1970 - Natania Aparecida da Silva Nogueira
Esta comunicação busca analisar a participação
feminina no mercado de quadrinhos francês na década 1970, concomitante à
chamada “segunda onda” do feminismo, que tem início nos anos 1960 e se estende
até a década de 1980. As mulheres protestavam contra sua invisibilização.
Queriam maior acesso à universidade, que o valor do seu trabalho fosse
reconhecido e equiparado ao dos homens. Não queriam mais permanecer confinadas
ao ambiente doméstico nem ter como única missão a maternidade. Neste contexto,
um grupo de mulheres colocou no papel a sua experiência vivida de forma
independente discutindo a arte, a política e a sociedade de sua época. Estas mulheres,
tais como Olivia Clavel e Chantal Montellier, passaram a integrar grupos
criativos e a ser convidadas a contribuir com várias publicações, dentre elas
as revistas em quadrinhos, conquistando alguma visibilidade em um campo
dominado pelos homens. Estabelecido isso, entendemos que as histórias em
quadrinhos devam ser estudadas como “tecnologias do gênero”, seguindo o
conceito criado por Teresa de Lauretis para quem o gênero é um produto de
várias tecnologias que formam discursos que se apoiam em instituições como o
Estado, a família e a escola. Por possuírem e disseminarem discursos, os
quadrinhos podem ser considerados uma tecnologia de gênero e uma fonte rica
para se estudar a História das Mulheres.
Palavras-chave: História das Mulheres; Histórias em
Quadrinhos; Gênero.
Quem quiser dar uma conferida no meu artigo, clique aqui.
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