sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

NO CINEMA, ASSISTINDO BUMBLEBEE

Na primeira semana de janeiro eu fui ao cinema e assisti ao filme Bumblebee, da franquia de Transformers. Normalmente não seria um filme que me levaria ao cinema. Mas a crítica havia sido muito generosa com a produção e com o desempenho dos atores, resolvi então arriscar. Bumblebee é um filme ambientado nos anos de 1980. A direção ficou a cargo de Travis Knight, que até então só havia se destacado por filmes de animação, tendo algumas indicações para o Oscar no currículo.

Bumblebee é um filme de ação mas é, também, um filme sobre relacionamentos afetivos e sobre família. O foco desta vez não está na luta entre bem e mal ou nos efeitos especiais que mostram robôs gigantescos lutando tão rápido que nem se consegue visualizar seus movimentos. O filme apresenta como protagonistas duas pessoas "quebradas": a jovem Charlie, que não consegue superar a morte do pai e que se isola da família, sempre mergulhada em uma grande tristeza, e Bumblebee, avariado quando chega a Terra, sem memória e sozinho. 

O roteiro é simples de entender: Charlie encontra Bumblebee e devolve a ele seu propósito; o robô, por sua vez, retira a menina do seu mundo triste e depressivo e a ajuda a se reconectar com a família. Acreditem, há momentos realmente dramáticos neste filme da franquia Transformers. 

Sem tirar o mérito do diretor, acredito que o sucesso do filme  deve ser creditado a duas mulheres: a protagonista Hailee Steinfeld, que interpreta Charlie, e a roteirista Christina Hodson, que usando uma narrativa simples, mas de grande sensibilidade, deu uma nova roupagem a um filme que poderia ser outro longa superficial de robôs lutando entre si. 

Aliás, a quantidade de Transformers no filme foi um elemento que fez diferença. Fora algumas passagens em que Optimus Prime apareceu, o longa só teve três Transformers em atuação constante: Bumblebee e dois Decepticons, o que foi mais do que suficiente.

Sem me estender muito, gostaria de finalizar dizendo que Bumblebee tem um ar de nostalgia, ao retratar os anos de 1980. Ele me fez lembrar os filmes daquela época, que ainda não abusavam dos efeitos especiais. Aliás, esse é outro mérito do filme: ele foca nos personagens e suas relações com sensibilidade e humor, e não nos efeitos especiais, que estão lá, são bons, mas que não são, desta vez, o suporte da produção.

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