sexta-feira, 27 de abril de 2018

ARTIGO SOBRE HUMOR E RESISTÊNCIA DURANTE A DITADURA MILITAR


Semana curta, mas produtiva. Tive um artigo aceito para publicação na revista Pesquisa & Educação a Distância, da Universidade Salgado de Oliveira. O artigo é sobre O Pasquim e a resistência através do humor, durante a Ditadura Militar no Brasil. Eu cheguei a apresentar meu trabalho durante um congresso, mas ele não havia sido publicado. Agora apareceu a oportunidade. 

Veja o resumo e, se interessar, clique aqui para ler o texto completo, em pdf

O Pasquim e o papel do humor na resistência contra a Ditadura Militar
O presente trabalho busca analisar o humor gráfico como instrumento de resistência durante a ditadura militar no Brasil a partir de O Pasquim, periódico que circulou durante duas décadas e que nasceu sob a égide do AI-5, no ano de 1969. A partir do humor irreverente, O Pasquim conquistou público e driblou a censura imposta pela ditadura a todos os meios de comunicação. Esse periódico acabou se transformando em um modelo de jornalismo alternativo que iria ser imitado por outros periódicos. O humor como forma de resistência o nosso objeto de estudo no presente texto. Entendemos como resistência um como um processo sociocultural, conforme,definiu Pierre Laborie, uma tomada de consciência acerca de determinada situação que pode levar a ações subversivas contra o elemento opressor. A partir da análise de charges e cartuns publicados no Pasquim, desejamos demonstrar a importância dos cartunistas e da impressa alternativa em combater as imposições do regime militar. Ao mesmo tempo, o Pasquim buscava levar informações ao grande público, chamando a atenção para os abusos do regime e, desta forma, tentar promover a conscientização política que, de outra maneira, não seria possível. O humor foi apropriado e transformado, portanto, num instrumento de resistência que não pôde ser calado durante os anos da ditadura militar no Brasil.

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