domingo, 4 de dezembro de 2022

OFICINA DE PERFUME INSPIRADA NO UNIVERSO DE HARRY POTTER

Oficina realizada no dia 18 de novembro com alunos do Ensino Fundamental II da E. M. Judith Lintz Guedes Machado, em Leopoldina - MG.

Acredito que várias gerações, até mesmo a minha, leu as obras da autora britânica   J. K. Rowling, criadora a série de romances de Harry Potter, que foram posteriormente adaptados para mídias como quadrinhos, filme e games. O universo fantástico de Harry Potter influenciou e ainda influencia muitas mentes jovens e ávidas por aventura. Mas não é apenas isso, Harry Potter se tornou, também, uma porta para a ciência.

Ficção Fantástica e ciências? Será?

Ora, claro que sim! Não foi muitas vezes na ficção que a ciência encontrou inspiração para grandes descobertas e invenções? O maior exemplo dessa afirmação talvez seja o aclamo romancista do século XIX, Júlio Verne. Com seus livros "Cinco Semanas em um Balão", "Viagem ao Centro da Terra”, "Da Terra à Lua", "Vinte Mil Léguas Submarinas" e "A Volta ao Mundo em 80 Dias" ele não apenas foi um dos pioneiros na da ficção científica como inspirou cientistas do mundo inteiro. Não seria demais dizer que Verne era pop, a sua maneira.

A cultura pop, e aqui especificadamente o universo de Harry Potter, pode ser um caminho para se introduzir a ciência entre os jovens, inspirar novos cientistas, criar futuros adultos mais críticos e abertos ao novo. Exemplo disso foi a oficina que tivemos nas escolas aqui em Leopoldina (MG), entre os dias 17 e 19 de novembro.  Com o título "Perfumes: obras de arte, composições químicas ou poções mágicas?", a oficina se baseia no universo de Harry Potter para levar aos jovens estudantes temas complexos ligados às Ciências da Natureza e suas Tecnologias, usando de interdisciplinaridade, discutindo tópicos de Biologia e Química numa abordagem CienciArte.


Falando assim, o leitor deve se perguntar: "Mas é possível?". Pois eu confirmei que é. Participei como observadora de uma das oficinas, com alunos de escola pública entre 12 e 14 anos e fiquei encantada tanto com o que eles aprenderam como pela forma como o conteúdo foi apresentado. Esses estudantes puderam ter acesso a informação sobre a botânica de plantas aromáticas, sobre metabolismo vegetal, biodiversidade, misturas, solutos e solventes orgânicos, moléculas apolares, volatilidade molecular, cultura do perfume: aspectos históricos e outros temas igualmente complexos, em duas horas de oficina. E, no final, todos muito perfumados, não queriam ir embora. Eu, particularmente fiquei fã do pesquisador/cientista /arte educador da Fiocruz Helder Silva Carvalho.

Eu o assisti ensinado meus alunos a lerem gráficos e entenderem o que leram. Depois de quase dois anos de isolamento, com pouco ou nenhum acesso a aulas remotas, estes estudantes voltaram para a sala de aula este ano com uma série de deficiências de aprendizagem que vão pesar no futuro. Mas na oficina eu percebi que eles estão abertos ao apreender novos conteúdos e que a forma como ensinamos faz diferença. Sei que não podemos ter uma oficina como essa toda semana, ou mesmo todos mês mas, se pudermos planejar atividades como esta com certa regularidade para alunos e mesmo para professores, creio que será possível vencer os desafios que a pandemia de Covid-19 trousse para os professores de todo o mundo.

Por fim, é preciso agradecer à FIOCRUZ por nos proporcionar essa atividade e à ASPAS, a Secretaria de Educação e o Colégio Imaculada Conceição que, juntos tornaram possível que nossos alunos e os alunos de outras escolas pudesse ter essa oportunidade.

Veja a seguir o depoimento do oficineiro sobre a experiência:




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