Existem pessoas que fazem a diferença e sua
memória, justamente por causa disso, não deve ser esquecida. É o caso de Luiz
Raphael Domingues Rosa, artista plástico local, que está sendo homenageado neste mês de
novembro, aqui em Leopoldina (MG), com duas exposições da sua obra.
A primeira, permanente, está acontecendo no Museu 'Espaço dos Anjos", que por sinal só existe graças ao esforço individual dele, que transformou o local, enquanto viveu o poeta paraibano Augusto dos Anjos, num espaço de memória da cidade e do poeta. Ela foi inaugurada no dia 31 de novembro, como parte das comemorações do centenário da morte de Augusto dos Anjos.
A outra, temporária, está na Casa de Leitura Lya Müller Botelho, e vai ser inaugurada na segunda, dia 03 de novembro. No dia 31 de novembro houve um pré-estreia, se posso assim chamar, onde professores e pessoas envolvidas com a promoção da cultura local foram convidadas para conhecer a exposição, que já está com a agenda aberta para visitações escolares.
Luiz Raphael fez a diferença em Leopoldina, dedicando toda a sua vida ao incentivar as artes e a cultura. Quando eu tinha 15 anos de idade eu fui sua aluna de pintura. Alguns dos momentos mais alegres da minha adolescência eu passei nos fundos da casa de Augusto dos Anjos, com pincel e tinta. Como não lembrar da primeira exposição da qual participei com algumas das telas que eu produzi? Ele organizavam todo final de ano. Fazia isso para valorizar o esforço dos alunos.
A primeira, permanente, está acontecendo no Museu 'Espaço dos Anjos", que por sinal só existe graças ao esforço individual dele, que transformou o local, enquanto viveu o poeta paraibano Augusto dos Anjos, num espaço de memória da cidade e do poeta. Ela foi inaugurada no dia 31 de novembro, como parte das comemorações do centenário da morte de Augusto dos Anjos.
A outra, temporária, está na Casa de Leitura Lya Müller Botelho, e vai ser inaugurada na segunda, dia 03 de novembro. No dia 31 de novembro houve um pré-estreia, se posso assim chamar, onde professores e pessoas envolvidas com a promoção da cultura local foram convidadas para conhecer a exposição, que já está com a agenda aberta para visitações escolares.
Luiz Raphael fez a diferença em Leopoldina, dedicando toda a sua vida ao incentivar as artes e a cultura. Quando eu tinha 15 anos de idade eu fui sua aluna de pintura. Alguns dos momentos mais alegres da minha adolescência eu passei nos fundos da casa de Augusto dos Anjos, com pincel e tinta. Como não lembrar da primeira exposição da qual participei com algumas das telas que eu produzi? Ele organizavam todo final de ano. Fazia isso para valorizar o esforço dos alunos.
Eu tinha 15 anos e isso me marcou muito. As
noções básicas de arte que eu tive com ele eu uso até hoje. Não tem uma
exposição que eu tenha ido, no Brasil ou no exterior, que não me faça lembrar
do Raphael. Só lamento o fato de eu ser muito imatura na época e não poder
aproveitar ao máximo o que ele tinha para me ensinar. Quem me conhece, sabe que
sou impaciente, imagine aos 15 nas de idade!
Mas nunca deixei de dar valor ao querido professor de pintura. Assistia, às vezes de perto, às vezes de longe, tudo aquilo que ele fazia. Os desfiles de carnaval que organizava, os eventos culturais. A maioria das coisas sem ajuda, usando o dinheiro do próprio bolso. Aliás, as aulas de pintura eram justamente para manter o Espaço dos Anjos aberto.
Quem faz uma coisa dessas?
Quem faz um sacrifício desses?
Imagino que ele deva ter aberto mão de muitas coisas, que poderia ter tido uma vida mais confortável, poderia ter tido empregos melhores. Imagino, também, que não teria sido uma pessoa feliz. O que para nós pode parecer um sacrifício, para ele deve ter sido um grande prazer, uma grande motivação.
Mas nunca deixei de dar valor ao querido professor de pintura. Assistia, às vezes de perto, às vezes de longe, tudo aquilo que ele fazia. Os desfiles de carnaval que organizava, os eventos culturais. A maioria das coisas sem ajuda, usando o dinheiro do próprio bolso. Aliás, as aulas de pintura eram justamente para manter o Espaço dos Anjos aberto.
Quem faz uma coisa dessas?
Quem faz um sacrifício desses?
Imagino que ele deva ter aberto mão de muitas coisas, que poderia ter tido uma vida mais confortável, poderia ter tido empregos melhores. Imagino, também, que não teria sido uma pessoa feliz. O que para nós pode parecer um sacrifício, para ele deve ter sido um grande prazer, uma grande motivação.
Deve ter havido momentos de desânimo, claro. Faz
parte da vida. Afinal, as dificuldades estão aí para todos. Mas eu penso que
existem dois tipos de pessoas: as que veem um obstáculo e desistem, e as que
tentam superá-lo. Luiz Raphael era desse último tipo.
Então, nada mais justo do que duas homenagens. Mas que não sejam apenas duas.
Sua memória deve servir como estímulo para futuras gerações. Ela deve representar o nosso desejo de superação, que começa com a formação do bom caráter, passar pelo reconhecimento pela importância do outro e se encerra na realização de um ou mais sonhos, fruto do esforço e da perseverança. Que a memória e os feitos de Luiz Raphael inspirem uma nova geração de sonhadores e que eles possam elevar Leopoldina à grandeza.
Então, nada mais justo do que duas homenagens. Mas que não sejam apenas duas.
Sua memória deve servir como estímulo para futuras gerações. Ela deve representar o nosso desejo de superação, que começa com a formação do bom caráter, passar pelo reconhecimento pela importância do outro e se encerra na realização de um ou mais sonhos, fruto do esforço e da perseverança. Que a memória e os feitos de Luiz Raphael inspirem uma nova geração de sonhadores e que eles possam elevar Leopoldina à grandeza.
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