sábado, 18 de outubro de 2014

FALANDO SOBRE FANZINES NA GIBITECA DE SANTOS


Gibiteca de Santos
No domingo passado, dia 12 de outubro, eu participei de uma mesa redonda sobre fanzines na Gibiteca de Santos. Para quem não sabe o que são fanzines, uma explicação rápida. Fanzine é uma publicação impressa independente, onde o autor expressa suas ideias e pensamentos. São revistas (magazines) feitas por fãs (fan). O Fanzine surgiu nos anos de 1930 nos Estados Unidos e no Brasil começaram a ser publicanos na década de 1960. Por meio dos fanzines os autores divulgam poesias, quadrinhos e até suas ideologias de vida. O Fanzine é uma publicação geralmente sem fins lucrativos. 

Foi algo bem informal, na verdade, um momento de compartilhar experiências de trabalho. Eu particularmente gostei muito. Não trabalho diretamente com fanzines, mas na Gibiteca Escolar nós temos uma produção relativamente grande de material de alunos, estimulados por professores a criarem suas próprias revistas em quadrinhos.
 
Exposição de Boozines - fanzine totalmente feita à mão
Foi muito interessante compartilhar a nossa experiência e, ao mesmo tempo, ter contato direto com pessoas que fazem do fanzine uma forma de expressão artística, cultural e intelectual. Havia, também, professores universitários que colocaram sua experiência com o fanzine no universo acadêmico, o que reforçou minha convicção de que todo estimulo à criatividade é um estímulo à aprendizagem, não importa de na educação infantil ou no curso superior.

Veja bem, na escola municipal onde trabalho nos não negligenciamos o ensino do conteúdo, mas valorizamos muito um ensino voltado ao lado cultural, participativo e engajado dos alunos. Embora o conteúdo seja necessário acreditamos que ele é melhor assimilado quando o aluno consegue enxergar a realidade que o cerca a partir de um horizonte mais amplo. Estimulamos a leitura de revistas em quadrinhos para despertar a curiosidade e a criatividade dos alunos. Incentivamos a dança e música como formas de expressão. Atividades lúdicas podem ser prazerosas, mas são muito mais do que isso. Elas nos conduzem a questionamentos, nos fazem sonhar, nos tornam mais criativos.
 
Palestrantes
Acho que os fanzines, como quadrinhos, música e dança tem um papel importante nessa formação intelectual e cultural do jovem e mesmo do adulto (não é porque temos um diploma em mãos ou porque somos chefes de família que devemos esquecer de alimentar nossa mente e nosso espírito). Eles rompem com a rigidez do conteúdo formal e são uma caminho para a construção do conhecimento, processo esse que eu acredito ser o ponto crucial da aprendizagem. 

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