Gibiteca de Santos |
No domingo
passado, dia 12 de outubro, eu participei de uma mesa redonda sobre fanzines na
Gibiteca de Santos. Para quem não sabe o que são fanzines, uma explicação
rápida. Fanzine é uma publicação impressa
independente, onde o autor expressa suas ideias e pensamentos. São revistas (magazines)
feitas por fãs (fan). O Fanzine surgiu nos anos de 1930 nos Estados Unidos e no
Brasil começaram a ser publicanos na década de 1960. Por meio dos fanzines os
autores divulgam poesias, quadrinhos e até suas ideologias de vida. O Fanzine é
uma publicação geralmente sem fins lucrativos.
Foi algo bem
informal, na verdade, um momento de compartilhar experiências de trabalho. Eu
particularmente gostei muito. Não trabalho diretamente com fanzines, mas na
Gibiteca Escolar nós temos uma produção relativamente grande de material de
alunos, estimulados por professores a criarem suas próprias revistas em
quadrinhos.
Foi muito
interessante compartilhar a nossa experiência e, ao mesmo tempo, ter contato
direto com pessoas que fazem do fanzine uma forma de expressão artística,
cultural e intelectual. Havia, também, professores universitários que colocaram
sua experiência com o fanzine no universo acadêmico, o que reforçou minha
convicção de que todo estimulo à criatividade é um estímulo à aprendizagem, não
importa de na educação infantil ou no curso superior.
Veja bem, na
escola municipal onde trabalho nos não negligenciamos o ensino do conteúdo, mas
valorizamos muito um ensino voltado ao lado cultural, participativo e engajado
dos alunos. Embora o conteúdo seja necessário acreditamos que ele é melhor
assimilado quando o aluno consegue enxergar a realidade que o cerca a partir de
um horizonte mais amplo. Estimulamos a leitura de revistas em quadrinhos para
despertar a curiosidade e a criatividade dos alunos. Incentivamos a dança e
música como formas de expressão. Atividades lúdicas podem ser prazerosas, mas
são muito mais do que isso. Elas nos conduzem a questionamentos, nos fazem
sonhar, nos tornam mais criativos.
Acho que os
fanzines, como quadrinhos, música e dança tem um papel importante nessa
formação intelectual e cultural do jovem e mesmo do adulto (não é porque temos
um diploma em mãos ou porque somos chefes de família que devemos esquecer de
alimentar nossa mente e nosso espírito). Eles rompem com a rigidez do conteúdo
formal e são uma caminho para a construção do conhecimento, processo esse que
eu acredito ser o ponto crucial da aprendizagem.
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