Ao chegar nas páginas finais deparei-me com a compilação da Lei N. 403, de 27 de Novembro de 1926. A citada lei concede perpetuidade para a sepultura do ator Manuel del Valle, falecido em 6 de Fevereiro de 1906.
Minha curiosidade foi então despertada: que importância teve Manuel del Valle para ter direito a um túmulo perpétuo? Mais ainda, o túmulo ainda existe? Para responder à segunda parte da pergunta, só mesmo fazendo uma rápida excursão ao cemitério municipal. Algo que posso providenciar amanhã mesmo. Mas a primeira parte é mais difícil e nestas horas eu tenho que recorrer a quem sabe mais: Nilza Cantoni.
Liguei para a pesquisadora, que mora em Petrópolis, e contei sobre a minha descoberta. Ela também não sabia quem era Manuel. Logo estávamos as duas a especular sobre as muitas possibilidades.
Nilza imediatamente consultou seus arquivos e achou o registro de óbito de Manuel, que na verdade assinava como Manuel delValle Alonso, imigrante espanhol, filho de João del Valle Alonso, 44 anos, residente em Leopoldina até a ocasião de sua morte. seu túmulo localiza-se na secção do cemitério, 3º plano, sepultura de nº 189. Segundo o registro, foi concedido privilégio de gratuidade por 20 anos (dados retirados do livro de obituário de nº 01, folha 10, ordem 15/1906). Em 1926, o privilégio havia acabado e foi, então decretada a lei de perpetuidade.
Segue abaixo, uma cópia do documento, que foi encontrado na página 103, do livro de relatórios da Câmara Municipal de Leopoldina, ano de 1926.
Mas ainda continua a questão? Alguém sabe quem foi Manuel del Valle? Se souber, tiver alguma indicação, ajude-nos a descobrir quem ele foi.
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