O registro de projetos desenvolvidos na escola, assim como relatos de experiências são fundamentais para o amadurecimento do profissional do ensino. No início da minha carreira como professora eu não tinha ainda esta preocupação. Assim, muitos dos meus projetos, realizados até o ano de 1998, não foram nem transformados em relatos, nem detalhados de qualquer outra forma.
Então, nada mais pertinente do que regatar a memória destes trabalhos, a começar pelo primero, que marcou muito a minha vida, como professora e como pesquisadora. Meu primeiro projeto com alunos do ensino médio, em 1995 e foi justamente um projeto de educação patrimonial. Não cheguei a escrever artigos ou comunicações sobre a experiência, pois ainda era uma professora bem imatura.
Na época eu cursava o primeiro ano da minha especialização em História Regional e estava tendo minhas primeiras noções de pesquisa. Praticamente não saia do Arquivo Histórico da UFJF. Meu projeto de monografia era sobre a escola onde eu trabalhava na época, o antigo Ginásio Leopoldinese.
Resolvi então propor aos alunos que formássemos uma equipe para recuperar e registrar livros antigos, fotos e outros documentos que marcaram a história da escola, fundada em 1906. Durante duas tardes por semana, cerca de 30 alunos se revezavam em turnos, fazendo limpeza de livros antigos e de equipamentos, como máquinas de datilografia. Nosso trabalho era realizado no antigo laboratório da escola, que hoje foi destruído e transformado em duas salas de aula.
Encontramos muita coisa interessante e pude começar a formar um perfil do tipo de aluno que frequentava a escola no início do século XX e o tipo ensino que a escola oferecia. Hoje, mais de 10 anos depois, o material que separamos e recuperamos foi parar em algum porão, infelizmente. No entanto me recordo que por mais de uma vez encontrei alguns destes alunos, muitos nem residem mais em Leopoldina. Nas vezes que nos encontramos eles comentaram justamente sobre o trabalho que fazíamos e eu sempre dizia que iria relatar a experiência um dia.
Embora o fruto do nosso esforço físico tenha se perdido, o objetivo do trabalho, que era valorização do patrimônio histórico-cultural foi alcançado. Prova disto é que mais de 10 anos depois ele continua na memória destes alunos, muitos deles pais e mães que irão repassar a seus filhos sua experiência, seu aprendizado. Se a escola faz seu papel como formador de mentes pensantes e conscientes do valor daquilo que as cerca, ela se torna uma peça fundamental da sociedade. Acho que naquele ano atingimos esta meta.
O projetos deste tipo, diferentemente das avaliações convencionais, é capaz de romper com a resistência que os alunos tem com relação à escola e ao aprendizado. Se sentir fazendo parte do processo de aprendizagem é fundamenta para que ocorra de fato a aprendizagem.
Seguem algumas fotos que tirei na época, único registro, até então, do trabalho que nós realizamos durante cerca de 4 meses.
Então, nada mais pertinente do que regatar a memória destes trabalhos, a começar pelo primero, que marcou muito a minha vida, como professora e como pesquisadora. Meu primeiro projeto com alunos do ensino médio, em 1995 e foi justamente um projeto de educação patrimonial. Não cheguei a escrever artigos ou comunicações sobre a experiência, pois ainda era uma professora bem imatura.
Na época eu cursava o primeiro ano da minha especialização em História Regional e estava tendo minhas primeiras noções de pesquisa. Praticamente não saia do Arquivo Histórico da UFJF. Meu projeto de monografia era sobre a escola onde eu trabalhava na época, o antigo Ginásio Leopoldinese.
Resolvi então propor aos alunos que formássemos uma equipe para recuperar e registrar livros antigos, fotos e outros documentos que marcaram a história da escola, fundada em 1906. Durante duas tardes por semana, cerca de 30 alunos se revezavam em turnos, fazendo limpeza de livros antigos e de equipamentos, como máquinas de datilografia. Nosso trabalho era realizado no antigo laboratório da escola, que hoje foi destruído e transformado em duas salas de aula.
Encontramos muita coisa interessante e pude começar a formar um perfil do tipo de aluno que frequentava a escola no início do século XX e o tipo ensino que a escola oferecia. Hoje, mais de 10 anos depois, o material que separamos e recuperamos foi parar em algum porão, infelizmente. No entanto me recordo que por mais de uma vez encontrei alguns destes alunos, muitos nem residem mais em Leopoldina. Nas vezes que nos encontramos eles comentaram justamente sobre o trabalho que fazíamos e eu sempre dizia que iria relatar a experiência um dia.
Embora o fruto do nosso esforço físico tenha se perdido, o objetivo do trabalho, que era valorização do patrimônio histórico-cultural foi alcançado. Prova disto é que mais de 10 anos depois ele continua na memória destes alunos, muitos deles pais e mães que irão repassar a seus filhos sua experiência, seu aprendizado. Se a escola faz seu papel como formador de mentes pensantes e conscientes do valor daquilo que as cerca, ela se torna uma peça fundamental da sociedade. Acho que naquele ano atingimos esta meta.
O projetos deste tipo, diferentemente das avaliações convencionais, é capaz de romper com a resistência que os alunos tem com relação à escola e ao aprendizado. Se sentir fazendo parte do processo de aprendizagem é fundamenta para que ocorra de fato a aprendizagem.
Seguem algumas fotos que tirei na época, único registro, até então, do trabalho que nós realizamos durante cerca de 4 meses.
2 comentários:
Um excelente trabalho de pesquisa historiográfica envolvendo os alunos. Adorei!
Meus parabéns, Natania!
Obrigada, Adinalzir!
Faz tanto tempo que fiz este trabalho. Tenho vontade de fazer algo semelhante novamente. o texto ficou um pouco tosco, talvez eu revise e de uma melhorada.
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