domingo, 9 de outubro de 2022

CAPÍTULO SOBRE QUADRINHOS AUTIOBIOGRÁFICOS NO LIVRO " QUADRINHOS & CONEXÕES INTERMÍDIAS"

Esta semana tivemos mais dois lançamentos da ASPAS: os volumes 01 e 02 de Quadrinhos e Conexões Intermídias, resultado de pesquisas apresentadas em evento da ASPAS de 2021. Eu dei minha pequena colaboração como organizadora e estou participando do primeiro volume com o um texto que eu particularmente adorei escrever, no qual eu trabalhei a questão da autobiografia. Usei como referência três autoras que eu gosto muito Anneli Furmark, Nicole Claveloux e Catia Ana Baldoíno, com seus quadrinhos, produzidos em  períodos e países diferentes, nos quais podemos trabalhar várias questões dentre elas a memória.

Convido a todos e todas conferir não apenas meu capítulo, mas a todos os capítulos dos dois livros. Há textos excelentes, para todos os gostos. Recomendo a leitura e o download dos livros, que são gratuitos, dentro do espírito da ASPAS de contribuir para a democratização e o acesso ao conhecimento. Para ter acesso aos dois volumes, assim como a outras publicações da ASPAS, basta clicar aqui! Segue um breve resumo do meu capítulo.

Os quadrinhos autobiográficos como forma de expressão para as mulheres

No texto iremos analisar o componente autobiográfico na produção de quadrinhos por mulheres, a partir da análise de obras de autoras como Anneli Furmark, Nicole Claveloux e Catia Ana Baldoíno.  São quadrinhos que misturam elementos ficcionais com as experiências das autoras que, por meio de seus personagens, trazem suas auto-representações e utilizam os quadrinhos como recurso como um espaço para autoconhecimento e autoanálise. Partimos da ideia de que, ao utilizar suas experiências, essas mulheres quadrinistas transformaram seus quadrinhos em “lugares de fala”, nos quais podemos encontrar não apenas representações sociais, ideias políticas ou posicionamentos ideológicos, mas, também, experiências de vida a serem apropriadas e compartilhadas com seus leitores e leitoras. Podemos, também, por meio deles, adentrar ao ambiente privado, tão restrito e pouco documentado enquanto objeto de análise. Neste sentido, trataremos essa produção midiática como um produto da cultura material e uma fonte para se estudar a História das Mulheres, uma vez que esse componente autobiográfico, muitas vezes implícito em uma obra, nos ajuda a compor um quadro geral acerca de relações familiares e profissionais que envolvem mulheres comuns cujas memórias possivelmente não serão registradas nos anais da história. Como base teórica utilizamos a obra de Michelle Perrot e Roger Chartier.

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