Tendo morrido em 1914, de uma pneumonia, Augusto dos Anjos recebeu homenagens em Leopoldina, Paraíba e Rio de Janeiro, que foram registradas em jornais da época como O Paiz, o Correio da Manhã e o Imparcial, periódicos que circularam no Rio de Janeiro durante muitos anos e que registraram não apenas a presença do poeta naquela cidade, assim como sua obra.
Correio da Manhã, Rio de Janeiro de janeiro, 13 de novembro de 1914, p. 03 |
O Paiz, Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1914, p. 04 |
"As letras brasileiras perderam ante-ontem um dos poetas novos que mais a dignificavam, pela sua originalidade, pela sua sinceridade e pela sua cultura: Augusto dos Anjos. Espírito votado, todo inteiro ao culto da ideia e da rima, que tratava como objetos da sua religião, Augusto dos Anjos era, talvez, o poeta mais perfeito, mais completo, da sua geração, no Brasil; Inimigo da "reclame", odiando o elogio mutuo tecia em silêncio a trama de seu verso, qual se cumprisse, nesse trabalho, como aranha do pensamento, seu verdadeiro destino na terra. Daí não ter seu nome soprado constantemente nas folhas, entre adjetivos mentirosos e retumbantes; daí não andar de roldão entre as nossas celebridades da Avenida, que tem a imortalidade dos cogumelos; mas daí também ter morrido com a consciência do seu valor e da impericibilidade do seu esforço na vida"
Jornais da região, como o Pharol, de Juiz de Fora, chegaram a publicar poesias de Augusto dos Anjos, anos depois de sua morte.
O Pharol, Juiz de Fora, 01 de maio de 1915, p. 02 |
O Pharol, Juiz de Fora, 20 de maio de 1915, p. 02 |
FONTES:
Correio da Manhã, Rio de Janeiro de janeiro, 13 de novembro de 1914, p. 03
O Paiz, Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1914, p. 04
O Pharol, Juiz de Fora, 01 de maio de 1915, p. 02
O Pharol, Juiz de Fora, 20 de maio de 1915, p. 02
2 comentários:
Muito interressante Natania. Não sabia que o famoso poeta tinha sido diretor de escola em Leopoldina. Sabia que era da Paraíba, terra de gente muito criativa...até hoje. Parabéns pelo trabalho. Que ele continue.
Ele veio para Leopoldina para morrer, coitado. Morou alguns meses aqui, faleceu e está enterrado no cemitério municipal. A família não aceitou que o corpo fosse transferido para a Paraíba, então, Leopoldina ficou sendo a "cidade de Augusto dos Anjos", para muitas pessoas. Ano passado inauguraram um museu em homenagem a ele.
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