É um filme lusitano, Palavra e Utopia (2000), 38 filme do portugues Manural de Oliveira, que tem a participação de Lima Duarte, interpretando o Pe. Viera em seus sessenta anos de idade. O objetivo, ao que parece, é exemplificar a importância da oratória na comunicação e na política (corrija-me o professor se eu estiver errada).
Vieira é muito bom e, embora eu não possa utilizar esse material em sala (não creio que meus alunos ainda tenham maturidade para isso), posso encontrar meios de usar a informação de forma a embasar atividades em torno de colonização, catequese jesuíta e até contra-reforma.
Participei por três anos das reuniões do grupo de Estudos sobre Educação Colonial, liderado por José Maria Paiva. A aula está sendo, de certo modo, uma forma de rever o tema, de relembrar outros debates. Bom, deixa eu rretomar minha atenção ao filme, senão vão achar que estou fazendo mal uso da internet durate a aula.
Para quem não sabe quem foi Vieira:
Notável prosador e o mais conhecido orador religioso português, o Padre António Vieira nasceu em 1608, em Lisboa, e faleceu na Baía em 1697. Aos seis anos vai para o Brasil com os pais e fixa-se na Baía. Em 1623 inicia o noviciado na Companhia de Jesus. Ordena-se sacerdote em 1635, exerce as funções de pregador nas aldeias baianas e começa a granjear notoriedade como pregador.
Os primeiros sermões já reflectem as preocupações sócio-políticas de Vieira porquanto a colónia da Baía lutava contra as invasões dos holandeses. Em 1641, restaurada a independência, regressa a Portugal e cativa o favor de D. João IV. Por isso, inicia em 1646 missões diplomáticas na Europa. Volta ao Brasil em 1653, para o estado do Maranhão, depois de se envolver em questões relacionadas com a Companhia de Jesus. Aí toma um papel muito activo nos conflitos entre jesuítas e colonos, como paladino dos direitos humanos, a propósito da exploração dos indígenas. No ano seguinte prega o "Sermão de Santo António aos Peixes ".
É expulso do Maranhão pelos colonos, em 1661, e regressa a Lisboa. Em 1665 é preso em Coimbra pelo Tribunal do Santo Ofício sob a acusação de acreditar nas profecias do poeta Bandarra. Três anos depois é amnistiado e retoma as pregações em Lisboa. Em 1669 parte para Roma e obtém grande sucesso como pregador, combatendo o Tribunal do Santo Ofício. Regressa a Portugal em 1675; mas, agora sem apoios políticos e desiludido pela perseguição aos cristãos-novos (que tanto defendera), retira-se de vez para a Baía em 1681 onde se entrega ao trabalho de compor e editar os seus Sermões.
A sua prosa é vista como um modelo de estilo vigoroso e lógico, onde a construção frásica ultrapassa o mero virtuosismo barroco. A sua riqueza e propriedade verbais, os paradoxos e os efeitos persuasivos que ainda hoje exercem influência no leitor, a sedução dos seus raciocínios, o tom por vezes combativo, e ainda certas subtilezas irónicas, tornaram a arte de Vieira admirável.
As obras Sermões, Cartas e História do Futuro ficam como testemunho dessa arte.
Capturado em: http://www.edusurfa.pt/area.asp?seccao=4&area=2&artigoid=2938&tipo=1, acesso em 27 de março de 2010.
Sobre o filme:
Palavra e Utopia, de Manoel de Oliveira Direção: Manoel de Oliveira
Elenco: Lima Duarte, Luís Miguel Cintra, Ricardo Trêpa, Miguel Guilherme, Leonor Silveira, Renato De Carmine, Diogo Dória, Paulo Matos, António Reis, Canto e Castro, José Pinto, José Manuel Mendes
Ano de Produção: 2000
Duração: 130 minutos
Cor: Colorido
Formato da Tela: Widescreen anamórfico 1.66:1
País de Produção: Portugal
Legenda: Português
Idioma: Português(Portugal)
Áudio: Dolby Digital 2.0
2 comentários:
Sem dúvida que sempre que seguimos um blog ou somos seguidos, formamos uma verdadeira teia, capaz de ter um alcance quantitativo e qualitativo para matérias formativas e informativas, que mídia alguma consegue ter. POR ISSO PARABÉNS PELO BLOG.
Doutra feita, CONVIDO VOCÊ, seus seguidores e quem você segue, para lerem matéria sobre o espetáculo SAGRADO E PROFANO, que ocorrerá na cidade de Senador Pompeu, interior do Ceará, no pequeno Distrito de Engenheiro José Lopes. Experiência artística que mobiliza toda a população, que além de encenar a Paixão de Cristo ainda tem os caretas, que há cerca de 70 anos, saem pelas ruas. Experiência artística, social, política, folclórica, econômica..... que merece ser relatada, imitada e, sendo possível, vista e visitada ao vivo. Boa leitura em:
www.valdecyalves.blogspot.com
Obrigada, vou visitar seu blog agora e desculpe a demora em responder. às vezes eu me perco nos comentários e tenho que sair catando no meu histórico.
ABRAÇOS!
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